marcha atopica Flashcards
MARCHA ATÓPICA
Condição na qual algumas pessoas apresentam níveis séricos de IgE aumentados
Hiperreatividade do sistema imunológico do indivíduo
TRÍADE ATÓPICA CLÁSSICA: Dermatite atópica, asma e rinite alérgica
SEQUÊNCIA ATÓPICA MAIS COMUM: Dermatite atópica, alergia alimentar, em seguida, acometimento respiratório (rinite e asma)
ETIOLOGIA:
Predisposição genética e hereditária
Depende de fatores maternos e do próprio feto/RN
Fatores maternos
Infecções virais no 3º trimestre da gestação
Presença de eczema
Níveis de IgE
Fatores do RN
Desenvolvimento fetal
Resposta imune do RN
Exposição antigênica precoce
FISIOPATOLOGIA
As inflamações fetais, ou seja, na vida intrauterina ocorrem com um perfil predominantemente Th2
Em indivíduos não atópicos estas infecções favorecem o desvio do perfil Th2 em direção ao Th1, tornando tais indivíduos menos suscetíveis ao desenvolvimento de doenças alérgicas
LEITE MATERNO
Muito importante para prevenção e redução na carga da doença alérgica alimentar em crianças
Os fatores de crescimento tecidual presentes no leite materno (TGF-beta, EGF e IGF) representam os principais impulsionadores na proliferação, diferenciação e reparo do epitélio. Eles atuam localmente no epitélio intestinal em desenvolvimento, promovem uma forte barreira anti-inflamatória e controlam o mecanismo de tolerância oral
O colostro é necessário para expansão específica das células linfoides inatas tipo 2 (ILC2) às 2 semanas de idade, mas não afeta a expressão de ILC1 e ILC3, nem a expressão de Th1, Th2, Th17 ou Tregs no intestino delgado.
IMUNOLOGIA
Elevação da IgE sérica
Eosinofilia no sangue periférico e infiltração eosinofílica tecidual
Predomínio das citocinas padrão Th2 (interleucinas 4, 5, 6 e 13)
Disfunção epitelial
É POSSÍVEL INTERROMPER A MARCHA ATÓPICA? Não é possível
Profilaxia primária
Aleitamento materno na infância, introdução de alimentos sólidos apenas após o 4º mês de vida e evitar a exposição passiva ao fumo
Controle ambiental
Não há evidências que sustentem a utilização indiscriminada de anti-histamínicos como forma de prevenção primária
Profilaxia secundária
Controle ambiental no ambiente domiciliar e eliminação do contato com o tabaco são medidas prioritárias
ALERGIA ALIMENTAR
Alergia alimentar IgE mediada
Resposta imunológica adversa a alimentos específicos
ALERGIA A PROTEINA DO LEITE DA VACA (APLV)
APLV LEVE/MODERADA:
GI:
constipacao
irritabilidade
colica
vomito
diarreia
flatulencia
pele:
prurido
eritema
dermatite atopica moderada
APLV GRAVE:
sangue ou muco nas fezes
insuficiencia ou parada do crescimento
pele: dermatite atopica grave
DIAGNÓSTICO
Teste cutâneo de hipersensibilidade imediata
Teste específico e Microarray:
Teste de provocação oral (TPO): padrão ouro para diagnosticar alergias alimentares mediadas por IgE
Indicações: história clínica e resultados de exames inconsistentes, avaliar aquisição de tolerância após um diagnóstico de alergia alimentar e avaliar a tolerância à diferentes formas de processamento do alimento
ABORDAGEM TERAPÊUTICA
evitar exposicao ao alergino
manejar a reacao alergica
imunoterapia oral:
imunobiologicos
O aleitamento materno deve ser estimulado até os dois anos de idade.
Caso o lactente apresente reações alérgicas à amamentação, o leite deve ser eliminado da dieta materna.
Na impossibilidade do aleitamento materno, o lactente deve ser alimentado com as fórmulas especiais.
Fórmulas extensamente hidrolisadas (FEH) constituem a primeira opção e são toleradas por 90% dos alérgicos.
Nos casos refratários e naqueles que cursam com anafilaxia, são recomendados as fórmulas de aminoácidos (FAA).
Fórmulas de soja (FS) devem ser ofertadas somente a partir dos 6 meses de vida.
Fórmulas hidrolisadas de proteínas de arroz, podem ser uma alternativa.
Todas as fórmulas necessitam de complementação dietética de cálcio, fósforo e vitaminas A, D, B2 e B12.