tut 1 testes neonatais,ictericia Flashcards

1
Q

➢ Recém-nascido: 0 a 28 dias;
➢ Lactente: 29 dias a <2 anos;
➢ Pré-escolar: 2 a <5 anos;
➢ Escolar: 5 a 10 anos.

A
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2
Q

anamnese

A

➢ Gestação espontânea ou fertilização in vitro.
➢ Data da última menstruação e realização de ultrassonografia obstétrica
para idade gestacional confiável.
➢ Adesão ao pré-natal, com controle de saúde materno-fetal.
Doenças prévias ou desenvolvidas durante a gestação
➢ Antecedentes obstétricos: gestações anteriores, abortos, natimortos,
número de filhos vivos, história de baixo peso e prematuridade.
➢ Situação vacinal.
➢ Uso de medicamentos, procedimentos e intervenções cirúrgicas;
➢ Hábitos alimentares e estilo de vida.

Avaliação dos exames laboratoriais:
➢ Mãe: grupo sanguíneo, fator Rh e pesquisa de anticorpos irregulares;
sorologias

Parto:
➢ Presença de febre materna, rotura da bolsa amniótica antes do trabalho de
parto, tipo de parto

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3
Q

classificacao de recem nascido

A

peso, IG

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4
Q

Peso:
➢ Baixo peso: Menos de 2.500g;
➢ Peso normal: Entre 2.500g e 3.999g;
➢ Alto peso: 4.000g ou mais.

A
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5
Q

PERDA PONDERAL NORMAL AO NASCER

A

Recém-nascidos a termo (nascidos entre 37 e 42 semanas de gestação):
➢ Considera-se normal uma perda ponderal de até 7-10% do peso de
nascimento nos primeiros dias de vida.
➢ Geralmente, essa perda ocorre nos primeiros 3 a 5 dias após o nascimento.
➢ O bebê deve retomar o peso de nascimento por volta do 10o dia de vida.

● Recém-nascidos pré-termo (nascidos antes de 37 semanas de gestação):
➢ A perda ponderal pode ser maior do que em recém-nascidos a termo,
podendo chegar a cerca de 10-15% do peso de nascimento.
➢ O tempo para recuperar o peso inicial também pode ser mais prolongado
em comparação com os nascidos a termo (cerca de 15 dias).

● Causas da perda ponderal fisiológica: perda de líquidos do RN, ingestão inicial
limitada (o colostro, primeiro leite materno, é rico em nutrientes e anticorpos,
mas pobre em gordura), gasto energético para adaptação ao ambiente
extrauterino (como manter a temperatura corporal), entre outras.

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6
Q

AVALIAÇÃO DA VITALIDADE DO RN

A

Logo após a extração completa do concepto da cavidade uterina, avalia-se se o RN
começou a respirar ou chorar e se o tônus muscular está em flexão.

Após essa avaliação inicial, a vitalidade do RN passa a ser determinada por
avaliação simultânea da frequência cardíaca (FC) e da respiração, sendo a FC o
principal norteador da decisão de indicar as diversas manobras de reanimação.

Logo após o nascimento, o RN deve respirar de maneira regular, suficiente para
manter a FC acima de 100 bpm.

A FC deve ser avaliada inicialmente por meio da ausculta do precórdio com
estetoscópio. Se houver necessidade de qualquer procedimento de reanimação, a
avaliação da FC é feita por meio do monitor cardíaco com três eletrodos.

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7
Q

ESCORE DE APGAR

A

É um dos métodos mais utilizados para a avaliação imediata do recém-nascido,
principalmente, no 1o e no 5o minutos de vida.

O método é capaz de avaliar a adaptação do RN à vida extrauterina.

Este teste é realizado ao primeiro, ao quinto e ao décimo minuto de vida do
recém-nascido e expressa-se num índice de 0 a 10. Quanto mais alta a
pontuação, melhor é o estado clínico do bebé após o nascimento.

Sinais avaliados: coloração da pele, pulso, irritabilidade reflexa, esforço
respiratório, tônus muscular.

Prognóstico: este teste é uma avaliação do momento em que foi feito. Uma
pontuação inicial baixa não significa que o bebé terá complicações de saúde
depois de lhe ser prestada a assistência que se revele necessária.

Leitura: se um APGAR é 7/10, significa que no 1o minuto a pontuação foi 7, e no 5o
minuto a pontuação foi 10. Se for 2/3/7: no 1o minuto foi 2, no 5o foi 3, e no 10o foi 10.

Escore de 7 a 10: boa vitalidade.
Escore menor ou igual a 6: indica asfixia. Deverá continuar a ser calculado com
intervalos de 5 minutos, até o 20o minuto de vida.

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8
Q

TESTES DE TRIAGEM NEONATAL

A

TESTE DO REFLEXO VERMELHO (TRV) / “TESTE DO OLHINHO”

TESTE DA OXIMETRIA (DO CORAÇÃOZINHO)

TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL UNIVERSAL (TANU) / “TESTE DA ORELHINHA”

TESTE DE TRIAGEM NEONATAL BIOLÓGICA / “TESTE DO PEZINHO”

TESTE DA LINGUINHA

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9
Q

TESTE DO REFLEXO VERMELHO (TRV) / “TESTE DO OLHINHO”

A

Quando fazer: nas primeiras 72 horas de vida ou antes da alta da maternidade.

Objetivo: triagem precoce de problemas oftalmológicos congênitos que
comprometem a transparência dos meios oculares e que podem impedir o
desenvolvimento visual cortical.

A cor vermelha do reflexo decorre da vasculatura da retina e coroide e do
epitélio pigmentário, em resposta à luz. A luz normalmente refletida pela
retina varia de vermelho até amarelo ou amarelo-alaranjado.

Principais causas de TRV alterado: catarata congênita, glaucoma congênito,
retinoblastoma

Recomenda-se ainda que o teste seja repetido durante as visitas pediátricas
regulares.

● Em caso de alteração: o RN deverá ser encaminhado para o oftalmologista.

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10
Q

TESTE DA OXIMETRIA (DO CORAÇÃOZINHO)

A

Quando fazer: a partir de 24 horas de vida.
Os eventos da transição da circulação fetal para neonatal leva um tempo
para acontecer (como o fechamento de shunts).

Objetivo: afastar cardiopatias críticas.

Pode ser realizado no alojamento conjunto, colocando-se o sensor do oxímetro
na mão direita e no membro inferior esquerdo ou direito.
Qualquer medida da saturação de oxigênio menor que 95% ou diferença igual
ou maior que 3% entre as medidas do membro superior direito e membro
inferior obriga a uma nova aferição após 1 hora.

● Se persistir alterado: realizar ecocardiograma dentro das próximas 24 horas.

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11
Q

TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL UNIVERSAL (TANU) / “TESTE DA
ORELHINHA”

A

Quando fazer: antes da alta hospitalar, no máximo no seu primeiro mês de vida.

Objetivo: avaliar a presença de surdez congênita.

Na maternidade, recomenda-se a realização dos procedimentos de emissões
otoacústicas evocadas (EOA) em crianças sem indicadores de risco para a
deficiência auditiva e do potencial evocado auditivo de tronco encefálico
automático (PEATE-A) em crianças com indicadores de risco, em especial
naquelas que permaneceram na UTI neonatal por mais de 5 dias.

Em caso de alteração: antes da alta
hospitalar, recomenda-se que seja realizado
um reteste após 15 dias da alta hospitalar.
Caso esta falha permaneça, deve-se realizar
o encaminhamento para diagnóstico médico e audiológico

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12
Q

TESTE DE TRIAGEM NEONATAL BIOLÓGICA / “TESTE DO PEZINHO”

A

Realizado em sangue armazenado em papel filtro, colhido entre o 3o e 5o dia de
vida e repetido em situações especiais em RN internados em UTI neonatal.

Doenças detectadas: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística,
anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita.atrofia
muscular espinhal, toxoplasmose
congênita, sífilis congênita, HIV, rubéola
congênita, herpes congênito,chagas etc

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13
Q

TESTE DA LINGUINHA

A

Objetivo: o teste da linguinha é um exame padronizado que possibilita
diagnosticar e indicar o tratamento precoce das limitações dos movimentos da
língua causadas pela língua presa.

A avaliação do frênulo lingual não dói e permite detectar se há alguma
alteração na membrana da língua capaz de interferir diretamente na
qualidade da amamentação do bebê e no desenvolvimento da fala,
mastigação, deglutição e higiene oral. Uma anomalia na língua pode levar o
recém-nascido a ter dificuldades na pega, causando fissuras mamárias e
ocasionando também dificuldades de ganho de peso.

Deve ser realizado por um profissional da área da saúde qualificado, como por
exemplo, o fonoaudiólogo. Ele deve elevar a língua do bebê para verificar se a
língua está presa, e observar o bebê chorando e sugando.

● Quando fazer: entre 24h-48h de vida do RN, no máximo em até 30 dias de vida.

Se alterado: frenotomia.

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14
Q

ICTERÍCIA NEONATAL

A

HIPERBILIRRUBINEMIA:
Os níveis séricos de bilirrubinas em recém-nascidos (RN) são crescentes logo após
o nascimento. Aproximadamente 60% dos RN a termo e 80% dos pré-termos
apresentam hiperbilirrubinemia clinicamente visível na primeira semana de vida.
Na maioria das situações, o quadro de icterícia pode ser considerado benigno. No
entanto, o aumento além dos níveis considerados normais da bilirrubinemia pode ocasionar a encefalopatia bilirrubínica aguda (EBA).

A rápida identificação da hiperbilirrubinemia grave nos RN ≥ 35 semanas de
idade gestacional (IG), definida como bilirrubina total (BT) maior que 20 mg/dL,
é importante para prevenção de quadros potencialmente graves.

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15
Q

Encefalopatia bilirrubínica aguda (EBA):

A

os primeiros sinais da EBA nos RN ≥ 35
semanas de IG são insidiosos e inespecíficos, com dificuldades na sucção e
letargia. Quando ela não é identificada e tratada com urgência, o RN progride
para quadro de irritabilidade, opistótono, choro agudo e convulsões, muitas vezes
evoluindo para o óbito. As crianças sobreviventes geralmente desenvolvem
sequelas neurológicas em longo prazo com disfunção neurológica (kernicterus).

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16
Q

Kernicterus:

A

refere-se à coloração amarelada do cérebro por bilirrubina
juntamente com evidências de lesão neuronal. É uma complicação grave e
potencialmente fatal resultante da deposição de bilirrubina indireta nos
tecidos cerebrais.

A bilirrubina indireta é lipossolúvel, o que permite que ela atravesse a
barreira hematoencefálica e entre no tecido cerebral.

17
Q

FATORES DE RISCO para hiperbilirrubinemia

A

icteria nas primeiras 24h
incompatibilidade rh
irmao que teve ictericia
descendencia asiatica
bilirrubina total alta

18
Q

METABOLISMO DA BILIRRUBINA E ICTERÍCIA FISIOLÓGICA

A

A bilirrubina resulta do catabolismo das proteínas do heme.Cerca de 75% da
produção diária da bilirrubina provém da destruição de hemácias no sistema
reticuloendotelial.

Com a deficiência relativa de enzimas bacterianas no intestino do RN, ocorre
desconjugação de parte da bilirrubina direta, com consequente reabsorção de
bilirrubina indireta pela circulação entero-hepática, contribuindo para o aumento
da bilirrubinemia.

Além disso, outros fatores contribuem para o aumento do nível
da bilirrubina no RN, como maior volume de glóbulos vermelhos circulantes,
menor tempo de sobrevida da hemoglobina fetal,

A bilirrubina do feto é metabolizada pela placenta. Logo após o clampeamento do
cordão umbilical, o RN assume a função da degradação da bilirrubina.
Consequentemente, há hiperbilirrubinemia transitória

Essa manifestação clínica, denominada icterícia fisiológica, ocorre após 24 horas
de vida com bilirrubinemia acima de 5 mg/dL.

Os autores ressaltam que o aleitamento materno bem-sucedido foi fator protetor,
com diminuição dos níveis de BT transcutânea.

19
Q

diferencas entre icteria fisiologica e patologica

A

fisio:
apos 24h
duracao 7-10 dias
aumento de bb indireta

pato:
dentro de 24h
duracao mais de 14 dias
aumento de bb direta

20
Q

Fatores de risco para neurotoxicidade bilirrubínica: uma das grandes
preocupações é o desenvolvimento da icterícia neonatal nas primeiras 24 horas
de vida pós-natal e que deve ser detalhadamente abordada clínica e
laboratorialmente. Nesse caso, deve-se considerar a doença hemolítica a principal
etiologia. Doença hemolítica do RN é causada por incompatibilidade sanguínea
materno-fetal decorrente da aloimunização por diferentes sistemas sanguíneos.
As principais doenças relacionadas à doença hemolítica são incompatibilidade
sanguínea materno-fetal Rh (D), ABO e outros sistemas de subgrupos (antígenos
irregulares).

A
21
Q

Doença hemolítica Rh: o mecanismo fisiopatológico da doença hemolítica Rh
com manifestação clínica no RN ocorre por passagem para a circulação fetal de
anticorpos anti-D presentes no plasma de mães sensibilizadas, desencadeando
hemólise decorrente da destruição de eritrócitos do feto e posteriormente do
RN Rh positivos. Com a destruição das hemácias, há liberação de bilirrubina.

A
22
Q

A gravidade do acometimento fetal é progressiva nas gestações
subsequentes de fetos Rh positivos. Para realizar o diagnóstico durante o
pré-natal, deve-se detectar a presença de anticorpos séricos anti-D
maternos, detectáveis no teste de Coombs indireto.

A realização de Coombs direto não contribui para o esclarecimento da
gravidade e do diagnóstico da doença hemolítica.

A
23
Q

O exame padrão-ouro para identificar a hiperbilirrubinemia no RN é a dosagem
sérica da BT.

A
24
Q
A