Transplante cardíaco e circulação assistida prolongada Flashcards

1
Q

Coração transplantado é cirurgicamente desnervado, sendo incapaz de responder a estímulos simpáticos/parassimpáticos directos, mas reage a…

A

Catecolaminas circulantes

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2
Q

Respostas do coração transplantado ao exercício

A

Atípicas, mas permitem uma atividade física normal

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3
Q

Na técnica cirurgica do transplante cardíaco a anastomose da AD é feita ao nível das…

A

Veias cavas (preservar geometria e evitar arritmias auriculares)

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4
Q

Limite de tempo de isquemia do coração

A

3h

Relembrar:
Fígado: 20h (mas 12h melhor)
Rim: 48h

Mnemo: os órgãos mais nobres são mais delicados e toleram menos tempo de isquemia fria

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5
Q

Compatibilidade para transplante cardíaco

A
  • Tamanho corporal
  • Grupo sanguíneo ABO

Relembrar: não se faz matching HLA (porque não há dadores suficientes e há muitas restrições de tempo)

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6
Q

Quem são os candidatos ideais a transplante cardíaco?

A

Jovens sem comorbilidades graves

Mnemo: Salvador Sobral

Relembrar: idosos com IC terminal refratária ou em estadio D -> medidas de confoto de fim de vida (maioria)

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7
Q

Transplante cardiaco: sobrevida a 1 ano

A

83%

Relembrar:
Rim: 96% (cadaver) e 99% (dador vivo)
Fígado: >90%

Mnemo: sobrevida a 1 ano tem uma progressão inversão do tempo de isquemia (órgão mais nobre, menor sobrevida a 1 ano)

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8
Q

Transplante cardiaco: sobrevida a 3 anos

A

76%

Relembrar:
Sbv a 1 ano = 83%

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9
Q

Transplante cardiaco: semi-vida do enxerto

A

10A

Relembrar: Rim = 14 anos (cadaver) e 20 anos (dador vivo)

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10
Q

Como é qualidade de vida após transplante cardíaco?

A

Excelente. >90% dos doentes recuperação função normal, sem restrições

Relembrar: os candidatos a transplante cardíaco devem ser jovens sem comorbilidades significativas

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11
Q

> (?) dos transplantados cardíacos têm uma QOL excelente, com recuperação da função normal sem restrições

A

90%

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12
Q

Esquemas de ISS no transplante cardiaco são específicos ou inespecificos?

A

Inespecificos (= rim, figado). Causam hiporreatividade generalizada a antigénios estranhos, com aumento do risco de infeções e neoplasias.

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13
Q

Transplante cardiaco: esquema de ISS com 3 fármacos

A
  1. Inibidor calcineurina: CSA, Tacrolimus
  2. Inibidores da diferenciação/proliferação céls T: AZA, MMF, Sirolimus
  3. CCT (pelo menos inicialmente)

+ indução inicial com atcs mono ou policlonais anti-célula T: diminui frequência ou gravidade da rejeição precoce (Daclizumab, Basiliximab = anti-receptor IL-2)

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14
Q

Transplante cardiaco: Daclizumab e Basiliximab conseguem prevenir a rejeição precoce sem necessidade de ISS adicional?

A

Sim

Relembrar:

  • anticorpos monoclonais anti-receptor IL-2
  • Usados como ciclo de indução inicial (peri-op)
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15
Q

Como se faz o diagnóstico de uma rejeição de aloenxerto cardíaco?

A

Biópsia endomiocárdica

Relembrar:
É feita se:
- Deterioração clínica
- Vigilância: regularmente durante o 1º ano e, em alguns programas, nos primeiros 5 anos

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16
Q

Faz-se biópsia endomiocárdica para “rastreio” de uma possível rejeição de aloenxerto?

A

Sim. Feita regularmente durante o 1º ano e, em alguns programas, durante os primeiros 5 anos.

17
Q

Tratamento rejeição aloenxerto cardíaco

A

Intensificação da imunossupressão

18
Q

Causa da maioria das mortes tardias pós-transplante cardíaco

A

Coronariopatia do enxerto

Relembrar: processo difuso, longitudinal e concêntrico

Mnemo: Coronariopatia -> Concêntrico, CMV

19
Q

Etiologia da coronariopatia do enxerto

A
  • Lesão imunológica do endotélio

- FRs: dislipidemia, DM, infeção por CMV

20
Q

Qual a infeção que é um FR para coronariopatia do enxerto?

A

CMV

21
Q

Doentes com coronariopatia do enxerto experienciam angina?

A

Não, mesmo nos estágios avançados, uma vez que o coração está desnervado

Relembrar: responsável pela maioria das mortes TARDIAS pós-transplante

22
Q

Porque é que todos os transplantados cardíacos devem receber estatinas?

A

Porque diminuem a incidência da coronariopatia do enxerto

Relembrar: FR para coronariopatia do enxerto incluem dislipidemia, DM e infeção CMV

23
Q

Coronariopatia do enxerto: PCI

A
  • Medida paliativa: eficaz a curto prazo

- Doença progride inexoravelmente -> único tratamento definitivo é re-transplante

24
Q

MMF, Sirolimus e Everolimus diminuem a incidência da coronariopatia do enxerto a curto ou a longo prazo?

A

Curto prazo (e também diminuem o espessamento da íntima)

Relembrar:

  • Estatinas também diminuem incidência de coronariopatia do enxerto pelo que devem ser dadas a TODOS os doentes.
  • Causa mais comum de morte tardia pós-transplante
  • Doentes com coronariopatia do aloenxerto raramente sentem angina porque o coração está desnervado
25
Q

Neoplasias + comuns nos transplantados cardíacos

A
  1. Linfoproliferativas: +++ EBV, reduzir ISS

2. Cutâneas (BCC, SCC): não reduzir ISS

26
Q

Transplante cardíaco: papel da redução da ISS no tratamento das neoplasias cutaneas

A

Menos evidentes (vs. disturbios linfoproliferativos)

27
Q

Distúrbios linfoproliferativos são complicações comuns/incomuns pós-transplante cardíaco

A

Comuns (são das mais frequentes)

Relembrar: maioria dos casos -> EBV

28
Q

Maioria dos casos de distúrbios linfoproliferativos num transplantado cardiaco parecem ser devido a…

A

Infeção EBV

29
Q

Principal causa de morte durante o primeiro ano pós-transplante cardíaco

A

Infeções (embora a sua incidência tenha diminuido desde a introduçao da CSA - não afeta as céls em rápida divisão na MO)

Relembrar:

  • Renal: doenças CV (>50% das mortes
  • Hepático: complicações hepaticas > IR > doenças CV
  • Causa mais frequente de morte tardia pós-transplante cardíaco: coronariopatia aloenxerto
30
Q

LVAD atualmente é usado para que fim?

A

Ponte temporária até ao transplante cardíaco

Relembrar: LVAD é um misnomer = pode substituir qualquer um dos ventrículos ou ambos

31
Q

Indicações para LVAD

A
  1. Risco de morte iminente por choque cardiogénico
  2. FEV <25%; ou
    VO2 máx <14mL/kg/min (indicação p/transplante); ou
    dependentes de inotropicos ou balao de contrapulsaçao intra-aortico
32
Q

LVAD: podem ser pulsáteis ou não pulsáteis. Os não pulsáteis podem ter bombas de fluxo axial ou centrífugas, qual tem MENOR ativação plaquetária?

A

Bombas centrífugas (são as mais recentes e de menores dimensões)

33
Q

Único dispositivo aprovado para pacientes com insuficiência biventricular grave

A

Total Artificial Heart

34
Q

LVAD como ponte para transplante: (?) % dos pacientes mais jovens são transplantados dentro de 1 ano com sobrevida pós-transplante excelente

A

75%

35
Q

Sobrevida pós-transplante cardíaco é melhor se a ponte tiver sido feita com LVAD ou com tx médico?

A

Semelhante (mas o LVAD é uma opção mais atraente do que o suporte inotrópico continuado*)

  • dependência de suporte inotrópico é uma das indicações para LVAD
36
Q

Doentes com cardiopatia terminal não candidatos a transplante: sobrevida é > com LVAD + terapia médica OU apenas com terapia médica?

A

LVAD (mas > complicações, especialmente neurológicas)

37
Q

Sobrevida a 2 anos em doentes com cardiopatia terminal com HeartMate II (fluxo contínuo)

A

58% (vs. 8% só com tratamento médico)!

38
Q

Sobrevida média com LVAD de fluxo contínuo como terapia de destino

A

5 anos

*terapia destino vs. ponte para transplante

Relembrar: semi-vida enxerto cardíaco = 10 anos