Doença cardíaca congénita Flashcards

1
Q

Defeitos congénitos mais comuns afectam que sistema de órgãos

A

Sistema cardiovascular

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2
Q

Aberrações cromossómicas e mutações genética são responsáveis por que % das malformações cardíacas?

A

<10%

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3
Q

Que % de todos os nascimentos vai ter malformações cardíacas

A

1% (mas 10% se a mãe tiver DCC)

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4
Q

Que % dos que nascem com doença cardíaca congénita conseguem atingir a idade adulta?

A

> 90% = população com doença cardíaca congénita está a aumentar!

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5
Q

População com doença cardíaca congénita está a aumentar ou diminuir?

A

Aumentar (porque muitos mais atingem a idade adulta; >90%)

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6
Q

Mulheres com doença cardíaca congénita podem engravidar?

A

Sim, DCC não são CI à gravidez excepto se presentes características de alto risco:

  • Cianose
  • HTP
  • ICC descompensada
  • Arritmias
  • Aneurismas da aorta

Relembrar: Cianose é um valor absoluto de Hb desoxigenada >4g/dL

Mnemo: “a [C]ianose e a [I]C descompensada [CI] a gravidez”

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7
Q

DCC: TODAS as reparações podem deixar resíduos, sequelas ou complicações?

A

Sim. Verdadeiras curas cirúrgicas são RARAS.

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8
Q

É frequente conseguirmos verdadeiramente curar uma malformação cardíaca congénita com cirurgia?

A

Não, é raro. Normalmente a cirurgia deixa resíduos, sequelas ou complicações (doentes devem ser seguidos por especialista durante toda a vida).

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9
Q

Como é que podem ser divididos os defeitos cardíacos congénitos?

A
  • Simples: lesão única com shunt ou malformação valvular
  • Intermédio: lesão que compreende 2 ou + defeitos simples
  • Complexo: componente intermédio + anatomia CV complexa (frequentemente cianose ou complexos de transposição)
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10
Q

DCC simples

A
  • Doença valvular aórtica congénita não complicada
  • Doença mitral congénita ligeira, EXCEPTO válvula em paraquedas e folheto fendido
  • CIA pequena não complicada
  • CIV pequena não complicada
  • Estenose pulmonar ligeira
  • Ducto arterioso REPARADO
  • CIV, CIA tipo ostium secundum e CIA tipo sinus venosus REPARADAS sem resíduo

Mnemo: todas as lesões simples são “não complicadas”, “ligeiras” ou “sem resíduo”. Cuidado com o ducto arterioso reparado!

Relembrar: ducto arterioso patente é uma anomalia intermédia

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11
Q

DCC complexas

A
  • TODAS as Cardiopatias cianóticas
  • Snd Eisenmenger
  • Anomalia Ebstein
  • TODAS as formas de Tetralogia de Fallot
  • Procedimentos de Fontan e Rastelli
  • Transposição das grandes artérias
  • Truncus arteriosus
  • Ventrículo único (atresia tricuspide ou mitral)
  • Ventrículo com duplo trato de saída

Mnemo: “O Sr. Eisenmenger e o Sr. Ebstein (2x)Fogem para ver T(2x)V(2x)”
Se tem um epónimo, é complexo.

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12
Q

CIV complicada é uma DCC de que tipo?

A

Intermédia

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13
Q

Ducto arterioso patente é uma DCC de que tipo?

A

Intermédio

Relembrar: ducto arterioso reparado é simples

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14
Q

Coarctação da aorta é uma DCC de que tipo?

A

Intermédio

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15
Q

Classificação da comunicação inter-auricular (CIA)

A
  • Seio venoso
  • Ostium secundum (+++)
  • Ostium primum

Mnemo: “os meus SEIOS estão cá em CIMA”
Ostium secundum = 2º = 2º defeito (a meio; posição médio-septal)

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16
Q

Comunicação inter-auricular é mais comum em que sexo?

A

Mulheres

Mnemo: todas as cardiopatias congénitas do HPIM são + frequentes em HOMENS do que em mulheres excepto a CIA (Sia = mulher)

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17
Q

CIA é uma anomalia cardíaca comum?

A

Sim

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18
Q

CIA tipo seio venoso: localização?

A

Porção mais alta do septo interauricular

Mnemo: “os meus SEIOS estão cá em CIMA”

Relembrar: associa-se a conexão pulmonar anomála com a VCS ou AD

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19
Q

A que anomalia se associa a CIA tipo seio venoso?

A

Conexão pulmonar anómala entre pulmão dto VCS ou AD

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20
Q

CIA tipo ostium primum: localização

A

Porção mais inferior do septo interauricular, perto das válvulas AV

Mnemo: “o meu PRIMO está muito em BAIXO porque tem Snd Down”

Relembrar: CIA tipo ostium primum é comum no síndrome de Down e também se associa a deformidades/regurgitação valvulares

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21
Q

Que tipo de CIA é comum no síndrome de Down?

A

CIA tipo ostium primum

Mnemo: “tenho um PRIMO que está muito em BAIXO porque tem Snd Down”

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22
Q

Qual o tipo de CIA mais frequente e qual a sua localização?

A

CIA tipo ostium secundum. Localização numa posição médio-septal.

Mnemo: Ostium secundum -> 2º -> 2º defeito (a meio)

“Os últimos são os primeiros”, neste caso os “segundos (secundum) são os primeiros (+ comum)”

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23
Q

Quando temos uma CIA qual a direção do shunt?

A

Shunt esquerdo -> direito (sangue passa das câmaras de maior pressão para as de menor pressão). Leva a sobrecarga diastólica do VD e aumento do fluxo sanguíneo.

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24
Q

Doentes com CIA costumam ser sintomáticos precocemente na vida?

A

Não, são assintomáticos precocemente na vida (podem ter restrição crescimento, risco de infecções pulmonares). 4ª década começam a ser sintomáticos -> arritmias, HTP, IC direita

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25
Q

Quando é que os doentes com CIA começam a ser sintomáticos e a desenvolver problemas?

A

4ª décadas: arritmias, HTP, IC direita (shunt esq -> dta)

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26
Q

Achados na ACP de um doente com CIA

A
  • Sopro mesossistólico de ejeção pulmonar (aumento do fluxo devido ao shunt esq -> dt)
  • Desdobramento amplo e fixo de S2 (como o VD tem mais volume, a válvula pulmonar fecha mais tarde que a aórtica; isto não se altera com o ciclo respiratório = fixo)
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27
Q

Em que patologia temos: sopro mesossistólico de ejecção pulmonar + desdobramento amplo e fixo do S2?

A

CIA (tipo ostium secundum)

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28
Q

Podemos ter um sopro holossistólico apical em que tipo de CIA?

A

CIA tipo ostium primum -> associada a regurgitação das válvulas mitral ou tricúspide -> sopro holossistólico (apical)

Relembrar: CIA tipo ostium primum associa-se a Snd Down + defeitos/regurgitação das válvulas auriculoventriculares

Mnemo: “tenho um PRIMO que está muito em BAIXO porque tem Snd de Down”

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29
Q

O que acontece num doente com CIA à medida que a resistência vascular pulmonar vai aumentando?

A

Aumentam as pressões nas câmaras direitas até que se tornam&raquo_space; câmaras esquerdas -> reversão da direcção do shunt -> shunt direito-esquerdo -> Cianose + Clubbing

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30
Q

ECG na CIA: em todos, podemos ter alargamento ou hipertrofia variáveis das câmaras (esquerdas/direitas) dependendo da presença de HTP

A

Direitas

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31
Q

ECG CIA subtipo sinus venosus

A
  • Pacemaker ectópico

- Bloqueio 1º grau

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32
Q

ECG CIA subtipo ostium secundum

A
  • Desvio direito do eixo

- Padrão rSr’ nas précordiais direitas

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33
Q

ECG CIA subtipo ostium primum

A
  • Desvio superior esquerdo do eixo
    (Relembrar: no subtipo ostium secundum havia desvio direito do eixo)
  • Rotação contrária aos ponteiros do relógio do QRS no plano frontal

Mnemo: “tenho um PRIMUM com Snd de Down que tem um relógio cujos ponteiros andam sempre ao CONTRÁRIO”

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34
Q

Achados ECO na CIA

A
  • Movimento paradoxal do septo interventricular (devido a sobrecarga de volume do coração dto)
  • Dilatação das câmaras direitas e artéria pulmonar
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35
Q

Achados no EcoTE numa CIA

A

Ambíguo (++ seio venoso)

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36
Q

Quais os doentes com CIA que são candidatos a reparação cirúrgica?

A
  • CIA não complicada com shunt esq-dto significativo (rácio fluxo pulmonar:sistémic>1.5:1)
    (i. e. queremos operar doentes com shunt esq-dto e não dto-esqdo que significaria que as pressões nas câmaras direitas já estão muito altas. Queremos: fluxo pulmonar > fluxo sistémico)
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37
Q

Situações de CIA que não requerem reparação cirúrgica

A
  • Defeitos pequenos
  • Shunts triviais
  • Doença vascular pulmonar grave sem shunt esqd-dto significativo

Relembrar: para operarmos uma CIA queremos ter um shunt esqd-dto significativo. Se o fluxo pulmonar estiver baixo significa que as pressões nas câmaras direitas já estão a ficar altas demais para oprar

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38
Q

Qual a alternativa à reparação cirúrgica para encerrar uma CIA?

A

Vasodilatadores: diminuem a pressão e resistência -> defeito consegue fechar

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39
Q

Os doentes com ostium secundum ou seio venoso raramente morrem antes de que idade?

A

5ª década (a partir daí começam a ter sintomas)

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40
Q

Profilaxia de endocardite infecciosa na CIA

A

Risco é baixo por isso profilaxia ATB não é recomendada

Mnemo: todas as cardiopatias congénitas constituem um FR para endocardite, mas há umas que têm maior risco que outras

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41
Q

CIV é um defeito comum?

A

Sim é um dos mais comuns

Relembrar: CIA também é comum

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42
Q

CIV costumam ser apenas detectadas na vida adulta?

A

Só as de pequenas-moderadas dimensões. As de grandes dimensões são detectadas precocemente.

Relembrar: CIA não eram detectadas precocemente na vida, começavam a dar problemas na 4ª década.

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43
Q

Comunicação IV: (…) é frequentemente o principal determinante da clínica e viabilidade da reparação cirúrgica

A

Estado da vasculatura pulmonar (doentes com HTP grave e fluxos pulmonares baixos não são para operar)

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44
Q

Síndrome de Eisenmenger/CIV: o grau de elevação da (?) antes da cirurgia é um fator crítico determinante do prognóstico

A

Resistência vascular pulmonar

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45
Q

Gravidez está CI na Snd Eisenmenger?

A

Sim

Relembrar: gravidez não está CI na DCC a menos que hajam características de alto risco

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46
Q

Quando é que está recomendada a reparação cirúrgica de uma CIV?

A
  • Rácio fluxo pulmonar:sistémico >1.5:1 (tem que haver fluxo pulmonar > sistémico considerável)
  • SEM níveis de resistência vascular pulmonar proibitivos
    ( = CIA, DAP!)

Não está recomendado para doentes com pequenos shunts (rácio <1.5:1) e pressões arteriais pulmonares normais

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47
Q

Tratamento da hiperviscosidade (eritrocitose) na Síndrome de Eisenmenger

A

(sangue desoxigenado a ir para circulação sistémica -> hipoxemia tecidual -> EPO -> eritrocitose -> hiperviscosidade)

  • Se eritrocitose compensada: flebotomias raramente são necessárias, porque estes doentes raramente têm sintomas de hiperviscosidade.
  • Se eritrocitose descompensada resposta à hipoxia crónica (excluir desidratação e depleção Fe): flebotomia controlada com reposição de volume (flebotomia aguda s/ reposição de volume está CI!)
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48
Q

Causas de hiperviscosidade em doentes com cardiopatias cianóticas

A
  • Hipóxia crónica (++ EPO): flebotomia na eritrocitose descompensada (hiperviscosidade sintomática) COM reposição de volume.
  • Desidratação: hidratar
  • Deficiência Fe: repor Fe gradualmente
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49
Q

Mulheres com cardiopatia cianótica podem tomar contracetivos orais?

A

Não, porque aumentam o risco de trombose vascular.

Relembrar: mulheres com cardiopatias cianóticas também não podem engravidar.

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50
Q

Sintomas de ferropenia são/não são indistinguíveis da hiperviscosidade

A

São!
(Cuidado ao fazer flebotomias num doente c/ suspeita de hiperviscosidade porque pode ter défice de Fe e vamos estar a agravar ainda mais com as flebotomias).

51
Q

Snd Eisenmenger: flebotomia terapêutica costuma ser necessária na eritrocitose compensada?

A

Não, é raramente indicada na eritrocitose compensada (que não causa sintomas de hiperviscosidade).

52
Q

Snd Eisenmenger: eritrocitose ou policitemia?

A

Eritrocitose

53
Q

Snd Eisenmenger: eritrocitose compensada costuma causar sintomas de hiperviscosidade para Ht < 65%?

A

Não, raramente causa.

54
Q

Ducto arterioso patente

A

Vaso que liga a bifurcação da artéria pulmonar à aorta distal à artéria subclávia esquerda

55
Q

Ducto arterioso patente: como são as pressões pulmonares na maioria dos adultos?

A

Normais

56
Q

Principal causa de mortalidade nos doentes com ducto arterioso patente

A
  • Insuf cardíaca

- Endocardite infecciosa

57
Q

Doença na qual podemos ter cianose diferencial

A

Ducto arterioso patente: cianose e clubbing dos pés e não das mãos (quando o shunt passa a direito->esquerdo o sangue desoxigenado chega à aorta descendente porque o ducto arterioso liga-se à aorta distalmente à saída da a. suclavia esquerda)

58
Q

Sopro contínuo em maquinaria com acentuação telessistólica ++ bordo superior esquerdo do esterno + frémito = ?

A

DAP

59
Q

Ducto arterioso patente: gradiente e shunt persistem ao longo de todo o ciclo cardíaco?

A

Sim

60
Q

Aneurisma do seio de valsava costuma romper por volta de que idade e o que costuma suceder?

A

3ª-4ª década -> forma-se fistula (++ cúspide coronária dta -> VD)

61
Q

Fístula arteriovenosa coronária é uma anomalia comum ou incomum?

A

Incomum

62
Q

Fístula AV coronária

A
  • Anomalia incomum em que há comunicação entre uma a. coronária e outra câmara cardíaca (seio coronário, AD ou VD)
  • Shunt pequeno (++): não compromete perfusão do miocárdio
  • Shunt grande: síndrome de roubo coronário
63
Q

ACP na fístula AV coronária

A

Sopro contínuo superficial de alta intensidade no bordo médio ou inferior do esterno (mesmo em assx)

64
Q

Origem anómala da artéria coronária esquerda: qual a origem da artéria nesta doença? Qual a sua origem normalmente?

A

Coronária esquerda normalmente vem da aorta, neste caso vem da a. pulmonar.

65
Q

Origem anómala da artéria coronária esquerda: enfarte do miocárdio e fibrose causam morte quando?

A

1º ano de vida
(coronária esquerda irriga grande parte do miocárdio, ++ anterior -> vai irrigar com sangue desoxigenado -> enfartes e fibrose)

66
Q

Origem anómala da artéria coronária esquerda: % que sobrevive até à adolescência sem cirurgia?

A

20%

Relembrar: é comum estes doentes morrer durante o 1º ano de vida devido a enfarte e fibrose do miocárdio

67
Q

Origem anómala da artéria coronária esquerda: ECG

A

Enfarte anterolateral

68
Q

Válvula aórtica bicuspide pode ser inicialmente funcionalmente normal?

A

Sim. Aliás, ela é um FR para estenose da aorta, mas não é um subtipo de estenose da aorta. Pode permanecer indetectada precocemente na vida.

69
Q

Válvula aórtica bicuspide: comum?

A

Sim, é uma das malformações congénitas cardíacas + comus.

70
Q

Válvula aórtica bicuspide: a aorta ascendente costuma estar (estenosada/dilatada)

A

Dilatada (devido a anomalias histológicas da média). Não pode ser chamada dilatação pós-estenótica porque não tem a ver com a estenose.

71
Q

Válvula aórtica bicuspide: em quem vamos fazer substituição valvular?

A
  • Adultos com obstrução crítica!
  • Disfunção VE
  • Isquemia miocárdica
72
Q

Válvula aórtica bicuspide: em quem vamos fazer valvuloplastia por balão?

A
  • Jovens assintomáticos com obstrução crítica SEM calcificação (se tivesse o balão não ia conseguir dilatar)!
  • Adultos em quem substituição valvular esteja CI ou para servir de ponte
73
Q

Estenose subaórtica dá estenose ou regurgitação valvular?

A

Dá regurgitação valvular e fibrose da válvula

74
Q

Qual o defeito cardíaco mais comum no síndrome de Williams-Beuren?

A

Estenose aórtica supravalvular (logo acima da origem das coronárias que ficam dilatadas e tortuosas devido às pressões excessivas)

Relembrar: estenose subaótica dá regurgitação

75
Q

Estenose aórtica supravalvular é causa por mutação de que gene?

A

Gene da Elastina no cr 7

76
Q

Coarctação da aorta

A

Estreitamento do lúmen da aorta que mais commumente ocorre distalmente à origem da subclávia esquerda, perto da inserção do ligamento arterioso

77
Q

Coarctação da Aorta: % das cardiopatias congénitas?

A

7%

78
Q

Coarctação da Aorta: H ou M?

A

Homens

Relembrar: todas as cardiopatias congénitas do HPIM são > em homens, excepto CIA (Sia = cantora)

79
Q

Coarctação da Aorta é particularmente frequente no Síndrome de …

A

Turner

Mnemo: “Hey WILLIS, my aorta TURNEd out to be stenotic”

80
Q

Qual a anomalia cardíaca mais comummente associada a coarctação da aorta?

A

Válvula aortica bicuspide (50%)

81
Q

10% dos doentes com (doença cardíaca congénita?) têm aneurismas do círculo de Willis

A

Coarctação da aorta

Mnemo: “Hey WILLIS, my aorta TURNEd out to be stenotic”

82
Q

Coarctação da aorta isolada e ligeira costuma ser sintomática em crianças/adultos jovens?

A

Não

83
Q

EO na coarctação da aorta

A
  • HTA diferencial (++ nas extremidades superiores; pulsos femorais fracos e/ou atrasados)
  • Sopro mesossistólico no espaço interescapular esquerdo que se pode tornar contínuo
84
Q

Causa nº1 de HTA congénita

A

Coarctação da aorta

85
Q

RXT na coarctação da aorta

A
  • Sinal do 3: patognomónico

- Entalhamento 3ª-9ª costelas

86
Q

O sinal do 3 no RXT é um achado patognomónico de coarctação da aorta

A

Sim

Relembrar: também pode causar entalhamento 3ª-9ª costelas

87
Q

Coarctação da aorta: todos os doentes operados com colocação de stent devem efetuar follow-up com que exame(s) de imagem?

A

RM ou TC (ECOTT não consegue avaliar de forma ótima todos os segmentos da aorta)

88
Q

Doentes com coartação da aorta que foram operados sem coartação residual podem ter HTA sistémica pós-operatória, que se deve PARCIALMENTE a….

A

Duração da HTA antes do doente ser operado (i.e. quanto mais tempo passar antes de se operar, mais a probabilidade do doente ficar com HTA após ser operado; mas este não é o único fator)

89
Q

Forma mais comum de obstrução isolada do trato de saída do VD

A

Estenose pulmonar com septo intacto

90
Q

Múltiplos locais de estreitamento das aa. pulmonares periféricas são uma característica de que patologias?

A
  • Embriopatia da rubéola

- Estenose aórtica supravalvular

91
Q

Estenose pulmonar com septo intacto: qual o determinante mais importante do curso clínico?

A

Gravidade da obstrução (e não a sua localização - pode ser subvalvular, valvular ou supravalvular).

Relembrar: gravidade da estenose pulmonar é avaliada pelo gradiente de pressão sistólico, que classifca em ligeira, moderada ou grave.

92
Q

Doentes com estenose pulmonar ligeira com septo intacto costumam ser sintomáticos?

A

Não, e a doença não costuma progredir com a idade, ou progride pouco

Relembrar: ligeira é um gradiente de pressão sistólico <30mmHg; grave é >50mmHg.

93
Q

ACP na estenose pulmonar com septo intacto

A

P2 parvus et tardus (atenuado e atrasado)
- Sopro sistólico áspero em crescendo-decrescendo
(no EO pode ter lift paraesternal esqdo)

Atrasado = ejeção está prolongada logo a válvula fecha mais tarde

Atenuado = intensidade do som é diretamente proporcional à distância entre os folhetos valvulares

94
Q

Estenose pulmonar com septo intacto dá pulsações hepáticas…

A

Pré-sistólicas + ondas A proeminentes (contração auricular vigorosa)

95
Q

Tratamento da estenose pulmonar com septo intacto

A

Valvuloplastia por balão: eficaz!

Se multiplas estenoses de aa. pulmonares periféricas: angioplastia transcateter com ou sem stent.

96
Q

Tetralogia de Fallot e qual o fator que determina a apresentação clínica

A
  1. Obstrução do trato de saída do VD**
  2. Hipertrofia VD
  3. CIV desalinhada
  4. Aorta sobreposta ao septo
97
Q

Em 25% dos doentes com Tetralogia de Fallot o arco aórtico + aorta descendente ocorrem…

A

À direita

98
Q

A obstrução ao trato de saída do VD na tetralogia de Fallot em crianças tende a progredir mesmo que seja inicialmente ligeira?

A

Sim

Relembrar: estenose pulmonar LIGEIRA isolada tendencialmente não progride, ao contrário da tetralogia, que habitualmente progride mesmo em formas ligeiras.

99
Q

Na tetralogia de Fallot o coração tem dimensões…

A

Normais, mas tem forma de bota (“coeur en sabot”)

100
Q

No RTX da tetralogia de Fallot a trama vascular pulmonar tipicamente está…

A

Diminuída (temos obstrução ao trato de saída do VD)

101
Q

Utilidade da angiografia clássica na tetralogia de fallot

A

Mostra o percurso e anatomia das coronárias que podem ser anómalas na Tetralogia

102
Q

Tetralogia Fallot: Qual o gold-standard em termos de exame de imagem para quantificar o volume e função do VD, bem como para avaliar a gravidade da regurgitação pulmonar?

A

RM

103
Q

Quais as principais causas para reoperação num doente com tetralogia de fallot?

A

Estenose ou Regurgitação Pulmonar Grave

104
Q

Nos doentes com tetralogia de fallot que foram submetidos a correção cirúrgica, permanece o risco de endocardite infecciosa?

A

Sim

105
Q

Arritmias auriculares e arritmias ventriculares: ocorrem em que % dos doentes com tetralogia de fallot?

A

Arritmias auriculares: 25%
Arritmias ventriculares: 15%

Mnemo: “câmaras superiores têm risco superior”

106
Q

Transposição completa das grandes artérias: de forma a que consigam sobreviver tem que haver…

A

Alguma comunicação entre ambas as circulações:

  • CIA +++
  • DAP 2/3
  • CIV 1/3
107
Q

Transposição completa das grandes artérias: % das doenças cardíacas cianóticas

A

10%

Relembrar: apesar de DCC por si só não ser CI para gravidez; mulheres com cardiopatia cianótica não podem engravidar

108
Q

Transposição completa das grandes artérias: pela 3ª década, 30% dos doentes submetidos a switch auricular desenvolve diminuição da função do VD/VE?

A

VD

109
Q

Transposição completa das grandes artérias: switch arterial é preferível ser feito em que grupo etário?

A

Infância

110
Q

Transposição completa das grandes artérias: switch auricular (procedimento de Mustard Senning) - sobrevida e complicações tardias

A
  • Sobrevida tardia é boa

- Após 30A: 50% vai desenvolver arritmias ou defeitos de condução

111
Q

Transposição completa das grandes artérias: após 30A, metade dos doentes submetidos a switch auricular desenvolve…

A

Arritmias (++ flutter) ou defeitos de condução

112
Q

Tratamento de ventrículo único

A

Abordagem de Fontan

113
Q

Tríade da Atresia Tricuspide

A

Atresia tricuspide + CIA + Hipoplasia VD e a. pulmonar (frequente)

114
Q

O que domina o quadro clínico da Atresia Tricuspide?

A

Cianose SEVERA (mistura anormal de sangue sistémico e venoso no VE através da CIA)

115
Q

Atresia Tricuspide: ECG

A
  • Alargamento auricular dto
  • Desvio esqdo eixo
  • Hipertrofia ventricular esquerda (vai mais volume para lá)
116
Q

Anomalia de Ebstein

A

Deslocamento inferior da válvula tricuspide para o VD, que se torna hipoplásico (auricularização do VD entre o anel AV e a localização normal da válvula)

117
Q

Arritmia associada à anomalia de Ebstein

A

Taquiarritmias auriculares paroxísticas +- vias acessórias (ex: WPW)

118
Q

Transposição congenitamente corrigida pode levar a disfunção de que ventrículo?

A
  • VD subaórtico sistémico (VD é fraquinho e tem que bombear contras grandes pressões)
  • 33% vai apresentar disfx VD + regurgitação tricúspide na 3ª década
119
Q

Na transposição congenitamente corrigida podemos ter anomalias tipo Ebstein da tricúspide de que lado?

A

Esquerda (porque os ventrículos trocaram e a tricúspide portanto foi para o lado oposto)

120
Q

Doentes com transposição congenitamente corrigida podem desenvolver bloqueio cardíaco completo a uma taxa de (?)% / década

A

10%

121
Q

Formas de malposição cardíaca

A
  • Dextrocardia
  • Mesocardia
  • Levocardia isolada (apéx N mas posição anormal das vísceras)
122
Q

Dextrocardia com situs inversus completo ocorre mais frequentemente em doentes com corações (normais/anormais)

A

Normais

123
Q

Exceto pela (?), quase TODAS as outras reparações cirúrgicas cardíacas deixam ou causam alguma anomalia no coração ou circulação

A

Ligação de um ducto arterioso não complicado

124
Q

Profilaxia da endocardite em doentes com DCC

A

Indicações:

  • Procedimentos dentários
  • Instrumentação através de um local infetado, particularmente se formos colocar material exógeno
  • Cardiopatias não reparadas