Pericárdio Flashcards

1
Q

Ausência total de pericárdio (produz/não produz) doença clínica evidente

A

Não produz

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2
Q

Processo patologico mais frequente do pericárdio

A

Pericardite aguda (<6 semanas)

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3
Q

Classificação etiológica da pericardite

A
  1. Infecciosa
  2. Não infecciosa
  3. Relacionada com hipersensibilidade ou autoimunidade
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4
Q

Pericardite: dor torácica nas pericardites de evolução lenta como p.e…

A
  • Constritiva
  • Neoplasia
  • Pós-irradiação
  • TB
  • Urémica

Mnemo: “estou com o coração apertadinho desde que descobri que tenho cancro. Tive que fazer RT e a minha TB reativou, de tal forma que me afectou os rins e fiquei urémica”

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5
Q

Pericardite neoplásica costuma causar do torácica?

A

Não

Relembrar: (outras causas de pericardite não dolorosa) pós-irradiação, urémica, TB, constritiva

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6
Q

Pericardite aguda pode causar uma dor torácica contínua e constritiva que irradia para os braços?

A

Sim, assemelhando-se a EAM. Mais frequentemente causa dor pleurítica devido à inflamação da pleura.

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7
Q

Dor da pericardite aguda

A

Dor pleurítica (agrava com inspiração e tosse) devido a inflamação da pleura associada. Alivia quando o doente se inclina para a frente na posição de sentado (relaxamos o pericárdio) e agrava na posição supina (esticamos o pericárdio).

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8
Q

Fator de alívio da dor da pericardite aguda

A

Posição sentada com inclinação anterior

Relembrar: é também nesta posição que o atrito pericárdico (presente em 85% em algum momento) vai ser melhor ouvido

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9
Q

Fator de agravamento da dor da pericardite

A

Supinação (pericárdio está esticado)

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10
Q

Pericardite aguda pode causar aumento dos MNM?

A

Sim, dificultando ainda mais o ddx com EAM (a dor também pode ser similar). MAS… na pericardite aguda, as elevações dos MNM são modestas quando comparadas com as extensivas elevações ST no ECG.

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11
Q

Pericardite, tal como EAM, pode causar aumento dos MNM: como diferenciar?

A

Na pericardite as elevações dos MNM são modestas para as extensivas elevações ST (i.e. com as elevações de ST que têm no ECG esperaríamos MNM muito mais aumentados).

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12
Q

Na pericardite aguda, o atrito pericárdico é audível em 85% dos casos em toda a duração da doença?

A

Não, é audível nalgum momento (transitório).

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13
Q

Em que % dos doentes com pericardite aguda o atrito pericárdico vai ser ouvido em algum momento?

A

85%

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14
Q

Características do atrito pericárdico

A
  • Até 3 componentes/ciclo: sístole ventricular, enchimento diastolico precoce e contracção auricular.
  • Alta frequência: áspero ou em raspagem.
  • Mais comum: final da expiração, doente inclinado para a frente em posição vertical
  • Audível em 85% dos casos nalgum momento da doença
  • Quase 100% Sp para pericardite aguda
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15
Q

Porque é que os doentes com pericardite aguda podem ter aumento dos MNM?

A

Porque o pericárdio inflamado pode causar epimiocardite -> necrose.

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16
Q

Alterações no ECG numa pericardite aguda têm em quantos estadios?

A

4

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17
Q

ECG na pericardite: estadio 1

A
  • Elevações difusas do ST, com concavidades superiores, em 2 ou 3 derivações dos membros e V2-V6
  • Depressões recíprocas SÓ em aVR (às vezes em V1)
  • Depressão PR (polaridade oposta a ST)
  • QRS sem alterações
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18
Q

QRS encontra-se alterado na pericardite aguda?

A

Não (vs. EAM - ondas Q e diminuição amplitude das ondas R)

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19
Q

Na pericardite aguda, o ECG mostra depressões reciprocas em que derivações?

A

Só em aVR (às vezes V1)

vs. EAM que tem depressoes reciprocas mais proeminentes

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20
Q

Na pericardite aguda, a depressão PR tem polaridade igual ou oposta a ST?

A

Oposta

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21
Q

Pericardite aguda: estadio 2 das alterações ECG

A

Segmento ST normaliza (após vários dias)

vs. EAM ST normaliza em HORAS

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22
Q

Pericardite aguda vs EAM: tempo até normalização do segmento ST

A

Pericardite: dias
EAM: horas

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23
Q

Pericardite aguda: estadio 3 no ECG

A

Inversão ondas T (depois do segmento ST se tornar isoeletrico)

Relembrar: no EAM há inversão das ondas T horas ANTES do segmento ST se tornar isoeletrico.

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24
Q

No estadio 4 das alterações no ECG na pericardite há normalização do ECG - isto ocorre quanto tempo após o inicio?

A

Semanas a meses (no EAM o segmento ST normaliza em horas)

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25
Q

Eletrical alternans pode ser observado na…

A

Efusão pericárdica (secundária a pericardite) ou Tamponamento

Extra-HPIM: o coração está a “flutuar” no liquido e por isso ora está mais perto, ora está mais longe dos eletrodos (QRS/onda P/onda T de diferentes amplitudes beat-to-beat)

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26
Q

RXT efusão pericárdica mostram aumento da silhueta cardíaca: DDx com..

A
  • Cardiomegalia (IC)

- Díficil distinguir no exame físico, mas sons cardíacos + abafados na efusão pericárdica

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27
Q

Uma efusão pericárdica que ocorre num curto espaço de tempo pode causar…

A

Tamponamento cardíaco

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28
Q

O que acontece ao atrito pericárdico e ao impulso apical quando há um derrame pericárdico?

A

Podem desaparecer

Relembrar:

  • 85% dos doentes com pericardite vão ter atrito pericárdio nalgum momento
  • Melhor ouvido no fim da expiração, com o doente em posição vertical e inclinado para a frente (= posição de alivio)
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29
Q

Sinal de Ewart

A
  • Pode estar presente no derrame pericárdico
  • Macicez + aumento frémito + egofonia sob o ângulo da omoplata esquerda
  • Deve-se à base do pulmão esquerdo comprimida pela efusão
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30
Q

Silhueta cardíaca em garrafa de água

A

Efusão pericárdica

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31
Q

Como é feito o diagnóstico de pericardite aguda?

A
  • Ecografia (técnica mais usada)

- TAC/RMN: confirmam fluído; detectam espessamento pericárdio, efusões loculadas, massas pericárdicas

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32
Q

Qual a técnica de imagem mais usada no dx de pericardite aguda?

A

Ecografia:

  • Sensível e específica
  • Identifica fluido pericárdico
  • Identifica tamponamento

Relembrar: TAC/RMN melhores para efusões loculadas, massas pericárdicas e espessamento pericárdico

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33
Q

A ecografia é sensível e específica para pericardite aguda?

A

Sim

Relembrar: é a técnica + usada, mas a TC/RMN são melhores a identificar espessamento pericárdico, massas ou efusões loculadas

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34
Q

Pericardite aguda tem tratamento específico

A

Não (????)

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35
Q

Tratamento da pericardite aguda

A

Repouso no leito + Aspirina (com proteção gástrica) -> AINEs (responde: dar durante 2 semanas e depois fazer desmame ao longo de várias semanas) -> Colchicina (4-8 semanas)

  • Doentes que não responde a terapêutica com anti-inflamatórios podem fazer Glicorticoides
  • Vai-se progredindo de um para o outro quase o anterior seja ineficaz.
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36
Q

Colchina reduz a recidiva de pericardite aguda?

A

Sim

Relembrar: glicocorticoides aumentam o risco de recidiva (dar dose máxima durante 2-4 dias e depois fazer desmame)

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37
Q

CI para Colchicina

A

Disfunção renal ou hepática

Relembrar: usada no tratamento da pericardite aguda quando AINEs falham, reduz o risco de recidiva. Causa diarreia e efeitos adversos GI.

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38
Q

Glicocorticoides na pericardite aguda (aumentam/diminuem) o risco de recorrência

A

Aumentam (dose máxima 2-4d -> desmame)

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39
Q

Anticoagulantes na pericardite aguda

A

Devem ser evitados pelo risco de hemorragia para a cavidade pericárdica e tamponamento.

Cave! EAM é um DDx importante pois nesse caso anticoagulantes são usados.

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40
Q

Em que patologia é que tem que ser feito desmame de AINEs?

A

Pericardite aguda (AINEs tomados durante 2 semanas na dose terapêutica e depois desmame ao longo de várias semanas)

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41
Q

Indicação para remoção pericárdica na pericardite aguda

A

Recidivas frequentes e debilitantos durante >2A, não preveníveis com Colchicina e AINEs, nem controladas com CCT.

Eficaz.

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42
Q

V ou F: remoção pericárdica é eficaz em doentes que mantêm recidivas frequentes durante >2A e que não são controlada com tratamento médico (AINEs, colchicina, CCT)

A

V

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43
Q

Qual a quantidade de fluido necessária para causar tamponamento?

A

Depende da rapidez da acumulação:

  • Rápido: 200mL
  • Lento: >2L
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44
Q

Causas + comuns de tamponamento pericárdico

A
  • Pericardite idiopática (porque são as mais comuns)
  • Pericardite secundária a neoplasia

Relembrar: pericardite neoplásica é indolor

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45
Q

Tamponamento pericárdico pode resultar de hemorragia pericárdica: causas

A
  • Disseção aórtica com leakage
  • Tratamento de pericardite aguda com anticoagulantes
  • Cirurgia cardíaca
  • Trauma
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46
Q

Tríade de Beck

A

Tamponamento cardíaco
1. Hipotensão (diminuição do enchimento ventricular -> diminuição DC)
2. Sons cardíacos diminuidos ou ausentes
3. Distensão jugular venosa
(PVJ: ondas x proeminentes, descida y ausente)

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47
Q

PVJ no tamponamento cardíaco

A
  • Descida x proeminente

- Descida y ausente

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48
Q

ECG tamponamento cardíaco

A
  • QRS amplitude reduzida

- Eletrical alternans da onda P, QRS ou onda T

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49
Q

Num tamponamento lento as manifestações clínicas são semelhantes as da IC?

A

Sim (dispneia, ortopneia, congestão hepatica)

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50
Q

Pulso paradoxal

A

PAS diminui >10mmHg com a inspiração

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51
Q

Pulso paradoxal é um achado patognomónico de tamponamento cardíaco?

A

Não

Relembrar:

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52
Q

Causas de pulso paradoxal

A
  • Tamponamento cardíaco
  • Embolia pulmonar maciça
  • Choque hemorrágico
  • Pericardite constritiva (1/3)
  • Enfarte VD (ocasionalmente)
  • DPOC (aguda e crónica) grave
    (+ PTX hipertensivo)
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53
Q

Em que % dos casos a pericardite constritiva da tamponamento?

A

33% (1/3)

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54
Q

Tamponamento de baixa pressão

A

Pressão intrapericárdica sobe para +5 a +10 mmHg

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55
Q

Quais os dois achados de um tamponamento classico que nao sao vistos no tamponamento de baixa pressao?

A
  • PA não é afetada (no tamponamento há hipotensão)

- Não há pulso paradoxal

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56
Q

Dx de tamponamento cardíaco

A

Ecografia

57
Q

Tratamento do tamponamento cardíaco (pericardiocentese) é lifesaving?

A

Sim, por isso é de extrema importância que num doente com suspeita de tamponamento se faça uma ecografia rapidamente.

58
Q

Ecografia tamponamento: velocidade de fluxo valvular tricuspide e pulmonar com a inspiração

A

+++

= pericardite constritiva

59
Q

Ecografia tamponamento: velocidade de fluxo valvular mitral, aórtico veia pulmonar com a inspiração

A

-

= pericardite constritiva

60
Q

Tamponamento na Eco: colapso da parede livre do VD e AD na…

A

Diástole tardia

61
Q

Tratamento de tamponamento cardiaco

A
  • Pericardiocentese: subxifoide (+++), paraesternal ou apical; guiada por eco
  • Pode-se administrar solução salina IV mas não deve atrasar a pericardiocentese (para dar volume e encher o coração visto que o doente está hipotenso)
62
Q

Em que casos está recomendada drenagem cirúrgica de um tamponamento em vez da pericardiocentese?

A
  • Tamponamento recorrente
  • Queremos obter tecido para diagnóstico
  • Efusão loculada

Toracotomia subxifoide limitada

63
Q

Tamponamento cardíaco: tipos de fluído e qual o mais comum

A
  • Exsudado (+++)
  • Transudado: IC
  • Sanguinolento: TB, neoplasia, insuficiência renal/diálise, pós-lesão cardíaca, pós-EAM, febre reumática aguda
    • comum nos EUA
      • comum paises desenvolvimento

Relembrar: as causas + comuns de tamponamento são pericardite idiopática e pericardite secundária a neo

64
Q

Tamponamento cardíaco após EAM tem fluido…

A

Sanguinolento

65
Q

Na pericardite aguda vírica/idiopático é comum as serologias e isolamento vírico virem (positivos/negativos)

A

Negativos (frequentemente não conseguimos estabelecer a causa vírica -> “pericardite aguda idiopática”

66
Q

Efusão pericárdica é uma manifestação cardíaca (comum/incomum) do HIV

A

Comum

Relembrar: é secundária a infecções (++ TB) ou a neoplasia (++ linfoma), não devido ao HIV em si.

67
Q

Efusão pericárdica no HIV é devido ao efeito do vírus em si ou é secundário a outros processos que podem acontecer no HIV?

A

Secundário a :

  • Infeção (++ TB)
  • Neoplasia (++ linfoma)
68
Q

Na maioria parte das pericardites agudas víricas a causa vírica (pode/não pode) ser estabelecida

A

Não pode (serologias e isolamento vírico negativos) = pericardite aguda idiopática

69
Q

Pericardite aguda vírica/idiopática ocorre em TODAS as idades mas mais frequentemente…

A

Jovens adultos

70
Q

V ou F: pericardite aguda vírica/idiopática costuma associar-se a pneumonite e efusão pleural

A

V

71
Q

Qual a relação temporal entre a febre e a dor precodial na pericardite aguda vírica/idiopática?

A
  • Febre e dor precordial ocorrem quase ao mesmo tempo (vs. EAM em que dor torácica precede a febre)
  • Ocorrem 10-12 dias após (presumível) infeção viral
72
Q

Quanto tempo após a infeção vírica surge a pericardite aguda vírica/idiopatica?

A

10-12 dias

Relembrar: a febre surge ao mesmo tempo que a dor

73
Q

Tamponamento e pericardite constritiva são comuns na pericardite aguda vírica/idiopatica?

A

Não. Raros. Comum é haver acumulação de algum fluido pericardico.

Relembrar: - Complicação + frequente de pericardite idiopática é a pericardite recorrente (1/4)
- Uma das causas mais comuns de tamponamento é a pericardite idiopática, mas o tamponamento na pericardite idiopática é raro.

74
Q

Que proporção dos doentes com pericardite aguda vírica/idiopática vão ter recidiva?

A

1/4 (um nº mais pequeno vai ter multiplas recidivas)

75
Q

Pericardite pós-lesão cardíaca pode ocorre após…

A
  • Pericardiectomia (cirurgia cardíaca)
  • Trauma cardíaco (penetrante ou fechado)
  • Perfuração cardíaca com cateter
  • Raramente, após EAM (síndrome Dressler) -> surge + cedo que os restantes (1-3d)

Relembrar: pericardite aguda (dor) surge 1-4 semanas após a lesão, mas mais cedo se pós-EAM: 1-3dias

76
Q

Pericardite é comum após EAM (síndrome de Dressler)?

A

Não, é raro.

Relembrar: a pericardite aguda pós-EAM surge + cedo (1-3dias) do que nas restantes causas de pericardite pós-lesão miocárdica (1-4semanas)

77
Q

Pericardite pós-lesão cardíaca pode surgir após meses?

A

Sim, mas geralmente:
1-3dias: pós-EAM
1-4semanas: resto

Relembrar: dura 1-2 semanas

78
Q

Recidivas de pericardite pós-lesão cardíaca são comuns? Quando podem acontecer?

A

Sim. Podem acontecer até 2 anos ou mais após a lesão cardíaca.

79
Q

Pericardite pós-lesão cardíaca causa pleurite e pneumonite?

A

Sim

Relembrar: pericardite aguda vírica/idiopática também se associa a pneumonite

80
Q

Síndrome de Dressler surge quanto tempo após EAM?

A

1-3 dias

Relembrar: é uma causa rara de pericardite pós-lesão cardíaca

81
Q

Característica comum a todas as pericardites pós-lesão cardíaca

A

Sangue na cavidade pericárdica (efusão sero-sanguinolenta que raramente causa tamponamento)

82
Q

A efusão sero-sanguinolento da pericardite pós-lesão cardíaca costuma causar tamponamento?

A

Raramente

83
Q

Fisiopatologia da pericardite pós-lesão cardíaca

A

Lesão cardíaca (miocárdio e/ou pericárdio) -> reacção de hipersensibilidade a antigénio -> pericardite

84
Q

Há algum teste específico para pericardite aguda idiopatica?

A

Não, é um dx de exclusao

85
Q

DTCs que podem causar pericardite aguda + importantes?

A

LES
Lúpus induzido por fármacos (hidralazina, procainamida)

Relembrar: Hidralazina está CI na disseção aortica

86
Q

Pericardite aguda piogénica (purulenta) tem bom ou mau px?

A

Mau px

Relembrar: requer drenagem do liquido pericárdico + ATB intensivo

87
Q

Tratamento pericardite aguda piogénica

A

Drenagem + Antibioterapia intensiva

Relembrar: tem mau px

88
Q

Causas de pericardite aguda piogénica

A
  • Rotura esofágo
  • Cirurgia cardiotorácica
  • Extensão de infeções dos pulmões ou pleura
  • Abcesso em anel na endocardite
89
Q

Pericardite aguda ocorre em que proporção dos doentes com uremia crónica?

A

1/3 = pericardite urémica (ureia aumentada causa aumento da permeabilidade das membranas)

90
Q

Pericardite aguda pode ocorrer em doentes a fazer diálise, que têm níveis (alterados/normais) de Cr e Ureia?

A

Sim (“pericardite associada à diálise”). Não sabemos explicar porque acontece. A pericardite urémica (associada à IR) é devido à Ureia +++.

Relembrar:

  • Pericardite urémica é indolor (ou doi ligeiramente)
  • Pericardite urémica/HD causa efusão sanguinolenta
91
Q

Pericardite da IR (urémica/HD) normalmente é fibrinosa ou causa efusão serosanguinolenta?

A

Efusão sanguinolenta

Relembrar: (outras causas) TB, neoplasia, febre reumática aguda, EAM, lesão cardíaca

92
Q

Tratamento da pericardite associada à IR

A

Intensificação diálise + AINEs

Relembrar: normalmente AINEs são evitados em insuficientes renais porque causam vasoconstrição da arteríola aferente

93
Q

Neoplasias que mais commumente causam pericardite aguda

A
  • Linfoma
  • Leucemia
  • Mama
  • Melanoma
  • Pulmão
94
Q

Irradiação mediastinica pode causar pericardite aguda e pericardite constritiva crónica?

A

Sim

95
Q

V ou F: efusões pericardicas cronicas sao por vezes encontradas em doentes sem hx de pericardite aguda

A

V

96
Q

TB é uma causa comum de efusão pericárdica crónica?

A

Sim

97
Q

Causas de efusão pericárdica crónica

A
  • Mixedema
  • TB
  • Neoplasias
  • Insuficiência renal
  • Infeções piogénicas ou micóticas
  • Leakage lento de disseção aórtica (é uma causa de tamponamento hemorrágico se acontecer rápido)
  • Radioterapia
  • Quilopericárdio
  • LES, AR
98
Q

Efusão pericárdica crónica por Mixedema responde à reposição da hormona tiroideia?

A

SIm

99
Q

Efusão pericárdica crónica por Mixedema causa tamponamento?

A

Não (raramente ou nunca)

100
Q

Efusão pericárdica crónica por Mixedema pode ser massiva?

A

Sim (silhueta cardíaca marcadamente aumentada), mas nunca ou raramente causa tamponamento.

Relembrar: corrige com hormona tiroideia

101
Q

Causas + comuns de liquido pericardico sanguinolento numa efusão crónica

A
  • TB
  • Neoplasia
  • IR
  • Leakage lento de disseção aórtica

Mnemo: TB + IR + Neoplasia estão em basicamente todas as listas do cap. do pericárdio

102
Q

A causa de pericardite constritiva é muitas vezes indeterminada?

A

Sim (pericardite aguda vírica/idiopática assintomática pode ter sido o evento desencadeante)

103
Q

Pericardite constritiva tem elevada prevalência nos paises em desenvolvimento, sendo que uma alta percentagem se deve a…

A

TB (calcificação pericárdica + comum)

104
Q

Existe um impedimento ao enchimento ventricular durante toda a diástole na pericardite constritiva?

A

Não, na diástole precoce não existe impedimento. Há uma redução abrupta do enchimento quando o limite elástico é atingido (vs. tamponamento: enchimento diminuida durante toda a diástole)

105
Q

Casos avançados de pericardite constritiva: fibrose pode-se estender ao…

A

Miocárdio (cicatrização e atrofia)

106
Q

Pericardite constritiva: volumes ventriculares telediástolico e volume de ejecção

A

-

= tamponamento

107
Q

Pericardite constritiva: pressões telediastólicas ventriculares, pressões médias auriculares, das veias pulmonares e sistémicas

A

Aumentadas para níveis SIMILARES (<5 mmHg de diferença)

108
Q

PVJ na pericardite constritiva

A
  • Descida x acentuada
  • Descida y proeminente (vs. tamponamento em que está ausente) -> reflete enchimento ventricular precoce rápido, mas que é interrompido quando o limite elástico do pericárdio é atingido, havendo subida rápida na pressão auricular na diástole precoce
109
Q

Pericardite constritiva: veias jugulares distendidas?

A

Sim

110
Q

Sinal da raíz quadrada durante a diástole (pulsos de pressão ventriculares)

A

Pericardite constritiva

111
Q

As alterações hemodinâmicas da Pericardite constritiva são patognomónicas?

A

Não, também presentes na MCR

112
Q

Que proporção dos casos de Pericardite constritiva vão ter sinal de Kussmaul?

A

1/3

113
Q

Na Pericardite constritiva as veias cervicais estão distendidas e podem assim permanecer após tx diurético intensivo?

A

Sim

114
Q

Aumento do perímetro abdominal e desconforto abdominal são comuns na pericardite constritiva?

A

SIm

115
Q

Dispneia de esforço e ortopneia podem acontecer na Pericardite constritiva?

A

Sim, ortopneia não é muito severa.

116
Q

Sinal de Broadbent

A
  • Pericardite constritiva

- Choque da ponta reduzido que pode retrair na sistole

117
Q

V ou F: Na pericardite constritiva, um terceiro som cardíaco precoce (pericardial knock) é frequentemente audível

A

V (audível no ápice 0.12s após encerramento da válvula aórtica)

118
Q

Insuficiência aguda do VE com EAP é (muito comum/muito incomum) na pericardite constritiva

A

Muito incomum

119
Q

Ascite é comum na pericardite constritiva?

A

Sim, mais pronunciada que edema

Relembrar:

  • Possível confundir com cirrose hepática
  • Inspeccionar veias cervicais (se distensão -> coração)
120
Q

Na Pericardite constritiva o que é mais pronunciado: ascite ou edema?

A

Ascite

121
Q

Pericardite constritiva: ECG

A

QRS baixa voltagem + aplanamento ou inversão das ondas T

FA (1/3)

122
Q

Que proporção dos doentes com Pericardite constritiva vai ter FA?

A

1/3

Relembrar:
1/3 tem pulso paradoxal

123
Q

Pericardite constritiva: calcificação pericárdica ocorre mais frequentemente com qual etiologia?

A

TB

Relembrar:
- Pode haver constrição s/ calcificação e calcificação s/ constrição

124
Q

Pericardite constritiva: Eco consegue excluir o diagnóstico de pericardite constritiva?

A

Não (não é muito boa a avaliar espessamento do pericárdio) -> RMN/TC são mais precisos no estabelecimento ou exclusao da presença de espessamento pericardico

125
Q

Pericardite constritiva: função sistólica

A

N

126
Q

Pericardite constritiva: Eco Doppler

A

Inspiração

  • Aumento fluxo: VCI, AD
  • Diminuição fluxo: veias pulmonares, válvula mitral
  • Desvio esqdo do septo
127
Q

Único tx definitivo da Pericardite constritiva

A

Resseção pericárdica (asap)

Relembrar:

  • Mortalidade 10% (++ doença severa)
  • Benefícios progressivos ao longo de meses
128
Q

Mortalidade da resseção pericárdica na pericardite constritiva

A

10% (++ doença grave) -> fazer asap

129
Q

Doentes com pericardite constritiva e >50A que vão fazer resseção pericárdica devem ser também submetidos a…

A

Coronariografia

130
Q

Pericardite constritiva: restrição de sal e diuréticos no pré-op?

A

Sim

Relembrar:

  • Resseção pericárdica é o único tx definitivo
  • Mortalidade 10%
131
Q

Pericardite subaguda efusiva-constritiva

A

Derrame pericárdico tenso + constrição cardíaca

132
Q

Pericardite subaguda efusiva-constritiva: pulso paradoxal?

A

Sim

Relembrar: 1/3 dos doentes com pericadite constritiva

133
Q

Pericardite subaguda efusiva-constritiva: PVJ

A
  • Descida x proeminente
  • Sem descida y proeminente

(após pericardiocentese)
- PVC diminui mas não para o normal

134
Q

Cistos pericárdicos causam sintomas?

A

Habitualmente não

Relembrar: ++ ângulo cardiofrénico dto

135
Q

Localização + frequente dos cistos pericárdicos

A

ângulo cardiofrénico dto

136
Q

Tumores do pericárdio

A
  • Secundários a neoplasias que originam no mediastino ou que o invadem (+++)
  • Tumor primário + comum: mesotelioma
137
Q

Tumor primário + comum no pericárdio

A

Mesotelioma

138
Q

Na pericardite subaguda efusiva-constritiva submetida a pericardiocentese, o padrão passa de tamponamento -> constrição. Como varia o PVC?

A

Diminui mas não para o normal.