ECG Flashcards
As derivações do ECG mostram as diferenças (?) de potencial entre os electrodos
Instantâneas
(?) é o evento inicial para a contracção cardíaca
Despolarização do coração
O ECG regista apenas os potenciais de despolarização e repolarização gerados pelo (?) auricular e ventricular
Miocárdio (apesar das correntes elétricas serem produzidas também pelas células pacemaker e tecido especializado de condução)
As ondas de despolarização propagam-se pela parede ventricular em que direção?
Endocárdio -> Epicárdio (desencadeando a contracção ventricular)
Qual dos ramos do feixe His tem 2 fascículos?
Esquerdo (fascículo anterior esquerdo + fascículo posterior esquerdo)
Onda P
Despolarização auricular
Repolarização auricular (STa e Ta) consegue ser detectada no ECG?
Normalmente não (amplitude baixa demais). Excepções: pericardite aguda e enfarte auricular.
Na pericardite aguda e no enfarte auricular a (?) consegue ser detectada no ECG
Repolarização auricular -STa e Ta (normalmente a sua amplitude é baixa demais para ser detectada)
Complexo QRS
Despolarização ventricular
Complexo ST-T-U
Repolarização ventricular
Ponto J
Junção entre o final do QRS e inicio do ST
Relembrar:
- Hipotermia: ondas J de Osborn (elevação convexa do ponto J); sendo um ddx de supraST e prolongamento QT
As ondas QRS-T do ECG correspondem às diferentes fases dos potenciais de acção ventricular: o que é que corresponde ao quê?
Fase 0 (rápida ascensão): inicio QRS
Fase 2 (plateau): segmento ST isoeletrico
Fase 3 (repolarização activa): onda T
HiperK+ e Fleicainide causam (encurtamento/prolongamento) do QRS
Prolongamento QRS
Amiodarona e HipoCa encurtam ou prolongam o QT?
Prolongam
Mnemo: no HPIM só há 2 causas para encurtamento QT e/ou ST = digitálicos e hiperCa
Digitálicos e HiperCa fazem o quê ao segmento ST / QT?
Encurtam
Mnemo: únicas causas de encurtamento ST e/ou QT no HPIM
Intervalo PR
120-200ms (tempo entre despolarização auricular e despolarização ventricular)
Intervalo QRS
<100-110ms (duração da despolarização ventricular)
Intervalo QT
<0.44s (<0.43s nos homens e <0.45s nas mulheres)
Período entre a despolarização e a repolarização ventriculares
Varia inversamente com a FC
Como é que varia o intervalo QT com a frequência cardiaca?
Inversamente (à medida que aumentamos FC o QT devia diminuir porque o coração precisa de repolarizar mais rápido de batimento em batimento)
QTc corrigido para a FC
(QTc) = QT/√RR
Como se chama a um complexo QRS totalmente negativo?
QS
Complexo QRS: 1ª deflexão negativa
Onda Q
Complexo QRS: 1ª deflexão positiva
Onda R
Complexo QRS: deflexão negativa após uma onda R
Onda S
Complexo QRS: ondas subsequentes positivas ou negativas
R’ ou S’
Complexo QRS: ondas de amplitude pequena
letras minúsculas
As 6 derivações de membros do ECG registam os potenciais transmitidos para o plano…
Frontal
As 6 derivações precordiais do ECG registam potenciais transmitidos para o plano…
Horizontal
Posições dos eletrodos precordiais
V1: 4º EIC, à direita do esterno
V2: 4ºEIC, à esquerda do esterno
V3: meia distância entre V2 e V4
V4: linha hemiclavicular, 5ºEIC
V5: linha axilar anterior, mesmo nível V4
V6: linha axilar média, mesmo nível de V4 e V5
Relembrar: derivações adicionais posteriores são por vezes colocadas no mesmo plano horizontal de V4 para detectar enfartes posterolaterais
Onde são colocadas as derivações precordiais posteriores adicionais para deteção de enfartes posterolaterais?
No mesmo plano horizontal de V4:
V7: linha médio-axilar (= V6??)
V8: linha axilar posterior
V9: linha escapular posterior
Derivações precordiais posteriores são utilizadas com que intuito?
Detectar enfartes posterolaterais
Derivações V7, V8 e V9 permitem identificar…
Enfartes posterolaterais
Relembrar: o ECG convencional de 12 derivações pode ser suplementado com derivações adicionais. V3R e V4R são para detectar isquemia ventricular aguda direita.
Derivações precordiais direita V3R e V4R conseguem detectar…
Isquemia ventricular direita aguda
Relembrar:
33% dos EAM inferiores causam, pelo menos, necrose leve do VD. Alguns, podem mesmo ter enfartes extensos do VD. MAS… enfartes limitados ao VD são raros.
Juntos os elétrodos dos planos frontal e horizontal permitem uma representação (2D/3D) da atividade elétrica cardíaca
D
Os monitores à beira doleito e o Holter habitualmente empregam quantas derivações modificadas?
1-2
Uma deflexão bifásica ocorre quando a orientação do vector de despolarização é (?) ao eletrodo
Perpendicular
Orientação do vector de despolarização auricular normal (onda P)
Para baixo e para a esquerda
Onda P é + em (?) e - em (?)
Positiva: DII (vector vai na direcção do pólo positivo de DII)
Negativa: aVR (vector vai na direcção do pólo negativo de aVR)
Em que derivação é que a onda P é positiva e em qual é negativa?
+ em DII
- em aVR
Activação das aurículas por um pacemaker ectópico pode produzir ondas P retrógadas: + em (?) e - em (?)
Ondas P retrógadas (são ao contrário):
- em DII
+ em aVR
Onda P NORMAL pode ser bifásica em que derivação?
V1
componente +: despolarização AD
componente -: despolarização AE
Quais as duas fases do processo de despolarização ventricular?
- Despolarização do septo interventricular: vector 1 aponta da esquerda -> direita e anteriormente
- Despolarização simultânea VD e VE (dominada pelo VE mais volumoso): vector 2 aponta para a esquerda e posteriormente
(i. e. os vectores 1 e 2 apontam em direções totalmente opostas)
A derivação precordial em que as ondas R e S têm amplitudes aproximadamente iguais é denominada a zona de transição e é geralmente em…
V3-V4
O que acontece ao complexo QRS à medida que se progride V1 -> V6
V1: onda r septal (pequena) + onda S (grande)
Intermediárias: onda R vai aumentando de amplitude e onda S vai diminuindo à medida que se progride ao longo do tórax da direita para a esquerda…
V6: onda q septal (pequena) + onda R (grande)
Mnemo: a onda correspondente à despolarização do septo é sempre pequena porque o vector é pequeno, enquanto que a onda correspondente à despolarização dos ventrículos é sempre grande porque o vector tem grande magnitude
O padrão QRS nas derivações de membros pode variar entre individuos normais?
Sim, dependendo do eixo.
Eixo QRS normal varia entre
-30º a +100º
Se eixo é mais negativo que -30º: desvio para a esquerda
Se deixo é mais positivo do que +100º: desvio do eixo para a direita
Causas de desvio do eixo para a esquerda
- Variante do normal
- Hipertrofia VE
- Bloqueio fascículo anterior esquerdo
- Enfarte do miocárdio inferior (*)
(*) afecta principalmente VD -> desvio lado oposto -> desvio esquerdo
Mnemo: “regras”
- Variante do normal nos dois
- Hipertrofia - desvia para mesmo lado
- Enfarte - desvia para lado oposto
- Bloqueio de ramo - desvia para o mesmo lado (excepto: hemibloqueio POSTERIOR esquerdo)
Causas de desvio do eixo para a direita
- Variante do normal (++ crianças, adultos jovens)
- Achado espúrio (troca eletrodos)
- Sobrecarga VD (aguda ou crónica)
- Enfarte parede lateral VE
- Bloqueio fascículo POSTERIOR esquerdo
- Dextrocardia
- PTX esquerdo
Mnemo: “regras”
- Variante do normal nos dois
- Hipertrofia - desvia para mesmo lado
- Enfarte - desvia para lado oposto
- Bloqueio de ramo - desvia para o mesmo lado (excepto: hemibloqueio POSTERIOR esquerdo)
A repolarização normalmente ocorre na direcção inversa da despolarização: de onde para onde?
Epicárdio para o endocárdio
Onda U tem polaridade (igual/oposta) à onda T
Igual
Causas de aumento anormal da onda U
Fármacos: dofetilide, amiodarona, sotalol*, quinidina
Hipocaliémia
- anti-arritmicos classe III: bloqueadores canais K+
Relembrar:
- HipoK+ prolonga o QT
- Ondas U muito proeminentes sugerem uma susceptibilidade aumentada a desenvolver torsades des pointes
- Inversão onda U nas derivações precordiais é anormal e pode ser um sinal de isquemia.
Ondas U muito proeminentes sugerem uma susceptibilidade aumentada a desenvolver…
Torsades des Pointes
Relembrar:
- Ondas U aumentadas: fármacos como dofetilide, amiodarona, sotalol e quinidina + hipoK
- Ondas U invertidas nas precordiais: sinal subtil de isquemia
Ondas U invertidas nas derivações precordiais sugere…
Isquemia (sinal subtil)
ECG: sobrecarga AD (aguda ou crónica)
“P-pulmonale”: aumento da amplitude da onda P (>2.5mm)
ECG: sobrecarga AE
- Onda P bifásica em V1 tem o componente negativo alargado
ou - Onda P alargada (>120ms) e frequentemente entalhada em uma ou + derivações dos membros (“P-mitral”). Contudo, este padrão pode ocorrer devido a atrasos de condução AE sem dilatação real.
Hipertrofia VD: achados no ECG
- Onda R ampla em V1 (pelo menos da mesma amplitude que a onda S)
- Desvio direito do eixo (eixo desvia para onde há mais massa)
- “Strain ventricular direito”: infraST e inversão da onda T nas derivações precordiais direitas e médias
- Ondas S proeminentes nas derivações precordiais laterais e esquerdas
- Se HVD for secundária a CIA ostium secundum: bloqueio de ramo direito (total ou parcial) com desvio do eixo do QRS para a direita
Relembrar: hipertrofias geralmente associam-se a bloqueios de ramo
A HVD devido a CIA ostium secundum acompanha-se comummente de um padrão de bloqueio de ramo direito (total ou parcial) com desvio do eixo para…
Direita
Relembrar: também causa padrão rSr’ nas précordiais direitas.
Mnemo: o eixo desvia para o lado do bloqueio, excepto no caso do fascículo posterior esquerdo, que causa desvio p/ esquerda.
Um doente com DPOC e cor pulmonale crónico costuma apresentar os padrões electrocardiograficos clássicos de HVD?
Não, porque a hiperinsuflação dos pulmões desloca o diafragma para baixo e com ele o coração, ptt os complexos vão ser de baixa voltagem.
DPOC associa-se a ondas R (grandes/pequenas) em derivações precordiais e médias decorrentes do deslocamento inferior do diafragma e coração
Pequenas (progressão lenta da onda R)
Relembrar:
- onda R tem baixa amplitude em V1 e onda S tem alta amplitude
Achados ECG no cor pulmonale agudo
Normal
ou
Vários:
- Inversão ondas T V1-V4 (padrão + comum)
- Taquicardia sinusal (arritmia + comum)
- Outras taquis (FA e FLA)
- Desvio QRS para direita
- S1Q3T3 (padrão + citado, pouco Sn apesar de específico)
- Alteração na condução VD