Trabalho de parto prematuro e Infecção urinária Flashcards
1) Por que dores são sinais de alarme importantes?
Pode ser preocupante, pois pode ser contrações uterinas efetivas que estão acontecendo antes do normal, podendo assim, impulsionar o feto no colo do útero, promovendo dilatação, apagamento do colo, descida fetal e nascimento.
2) Qual importância da anamnese?
Importante para nos direcionar ao DX, haja visto que essa dor pode ser constipação intestinal, ITU, movimentação fetal, etc, todavia, se for contrações efetivas antes do esperado, é de extrema importância diagnosticar o mais rápido possível, pois está trabalhando o colo antes do esperado.
3) O sangramento transvaginal com 29 semanas e 3 dias nos direciona para o que?
Sangramentos de segunda semana de gestação.
4) Toda dor é contração efetiva? Qual característica das contrações fisiológicas ao longo da gravidez?
Não, mesmo por que o útero tem contração durante toda gestação, se contraindo com intensidade muito baixa, e mesmo com alta frequência, essa baixa intensidade não promove dilatação, nem apagamento, nem nascimento.
5) O que são as BRAXTON-HICKS?
Temos que lembrar que possuímos tais contrações fisiológicas que podem causar desconforto, mas não geram dor, são perceptíveis, mas não são capazes de trabalhar o colo, ou seja, não dilatam nem apagam colo antes do esperado.
6) Qual definição de trabalho de parto prematuro?
É a presença de dinâmica uterina associada a modificações cervicais importantes, no período entre 22 a 36 semanas.
7) Como sabemos se essa dor é uma atividade de contração uterina efetiva ou não?
Por meio do exame físico. Lembrando que a primeira etapa é o toque (sendo que se o colo estiver posterior, grosso e impérvio, significa que ainda está longe do parto, ou seja, não temos uma atividade uterina preocupante). Porém se no toque tivermos um apagamento antes do esperado ou dilatação, isso sim irá nos preocupar, pois com certeza essa contração uterina efetiva está acontecendo.
Dessa forma, se identificarmos alterações pelo toque devemos posteriormente realizar a dinâmica uterina, que consiste em colocar a mão sobre a barriga da mãe por 10 minutos e analisar os eventos de contração.
8) O que conseguimos ver pelo exame de toque?
-Posição do colo: Quando mais centralizado, maior chance de TP.
-Apagamento: Quanto mais apagado, mais chance de TP
-Dilatação: Quanto mais dilatado, mais chance de TP.
-Altura de apresentação: quanto maior, menor será a chance de TP.
-Formação de bolsas de agua: quando está se contraindo percebemos uma bolsa cheia de liquido como se fosse uma bexiga cheia de agua sendo formada.
9) Detalhe a dinâmica uterina que será analisada:
Ficamos com a mão em torno de 10 minutos na barriga da gestante e sentimos durante esse tempo se há enrijecimento da musculatura uterina, por que ela é perceptível. Se sim, contamos por quanto tempo ela ficou presente dentro desses 10 minutos e quantas tiveram.
-Se gestação a termo: consideramos efetiva quando durar mais de 40 segundos de tônus fortalecido com pelo menos duas.
-Se pré termo: 1 contração de 30 segundos ou 40 já é o suficiente para preocupar, pois ainda estamos com menos de 37 semanas. Na prematuridade não precisamos de duas contrações para preocupar, ou seja, apenas uma já nos preocupa.
Logo, a dinâmica uterina nos permite identificar se a gestante ainda está em trabalho de parto ou não.
10) Cite as possíveis complicações de uma pré maturidade/ parto pré termo:
Desconforto respiratório
Processos infecciosos
Enterocolite necrosante intestinal
Hemorragias intraventriculares, com comprometimento neurológico
Estresses psicológicos
Gera necessidade de UTI neonatal
Maiores gastos financeiros
(Sendo assim, ao chegar em uma idade gestacional que passa de 37 semanas, já conseguimos ter menos chances de infecções, desconforto respiratório, etc, pois o bebe já amadureceu bastante). Devido essas complicações a especialidade de ginecologia irá sempre acompanhar possíveis eventos que podem levar a cenários de parto prematuro, como sorologias, glicemia, níveis pressóricos, toque seriados (se alteração exame especular), rastreio de urina, se risco de parto prematuro podemos vigiar o colo desde o primeiro trimestre (se risco pedimos USTV junto com primeiro morfológico).
11) Qual porcentagem de acometimento de trabalho de parto prematuro?
8-10% das gestantes passam por esses episódios. Logo, a anamnese nos direciona para analisar se essa é uma dor preocupante ou não.
12) Quais possíveis outras causas de dor na barriga da gestante?
- O próprio crescimento da barriga
- Infecção urinária
- Constipação intestinal
- Contrações efetivas (nosso rastreio maior é aqui devido preocupações).
Logo, qual será o passo a passo de uma gestante que chega ao PS queixando-se de dor, não podemos nos esquecer de fazer quais procedimentos? E se menos de 22 semanas?
Anamnese detalhada
TOQUE (verificar apagamento, dilatação)
Dinâmica uterina se toque vier alterado
Se percebermos dinâmica uterina alterada classificamos como trabalho de parto prematuro se a paciente tiver entre 22 e 36 semanas e 6 dias. E lembrando que, se idade gestacional menor que 22 semanas, não há como agirmos nesse caso, pois estaremos diante de um processo de abortamento, logo, não teremos ações efetivas que salvem esse bebe. Todavia, se mais de 22 semanas o bebe está mais viável e assim podemos tentar impedir esse trabalho de parto para melhoras as condições fetais (amadurecer pulmão e demais órgãos e verificar possíveis ações).
14) Como é feito o diagnóstico de um trabalho de parto então?
Não precisamos de nenhum exame complementar, apenas , toque, dinâmica uterina (que se alterada analisamos idade gestacional para criarmos as condutas).
15) Critérios que avaliamos, clinicamente, para falar se a paciente está em trabalho parto, quais são? (5)
-DILATAÇÃO DE PLEO MENOS 3-4CM
- COLO 50% A 100% APAGADO
- 2 CONTRAÇÕES DE 40 A 60 SEGUNDOS EM 10 MIN (a termo)
- FORMAÇÃO DE BOLSAS DE AGUA DURANTE ESSAS CONTRAÇÕES
- PERDA DE TAMPÃO MUCOSO
17) Quais classificações de prematuridade de acordo com IG?
-Leve: entre 34 a 36s6d
- Moderada: entre 32 e 33s e 6d
- Grave: entre 28 e 31s 6d
- Extrema: < 28 semanas
18) Por qual motivo as gestantes entram em trabalho de parto prematuro?
50% das vezes o motivo é desconhecido, pode ser espontâneo, pode ser devido processos infecciosos, malformações (como o mioma submucoso que compete lugar com o feto), incompetência istmo cervical, distensão uterina (gemelaridade, fetos macrossomicos e polidrâmio), mulheres conizada, mulheres que tiveram parto prematuro prévio.
16) Critérios que identificam TP para idade gestacional prematura?
Qualquer apagamento, dilatação, já são preocupantes, porque ainda não queremos que esse parto comece a ocorrer, diante de IG mais baixa. Desse modo, fazemos dinâmica.
19) Temos situações em que o próprio medico indica o parto prematuro?
Sim, casos em que são identificados sofrimento fetal agudo, como na pré eclampsia, iminência de pré eclampsia e eclampsia, ou até mesmo descolamento de placenta.
20) Como traçar a conduta diante de uma gestante que está comprovadamente em trabalho de parto prematura? Internar ou não?
Depende muito do exame físico, se colo mais dilatado, apagado e criança mais insinuada com mais contrações efetivas, internamos e fazemos inibição. Caso contrário talvez podemos realizar conduta ambulatorial. Lembrar que antes de traçar uma conduta é ideal tentar identificar o que está predispondo tal trabalho de parto prematuro para sabermos como amenizar tal situação.