Trabalho de parto prematuro e Infecção urinária Flashcards

1
Q

1) Por que dores são sinais de alarme importantes?

A

Pode ser preocupante, pois pode ser contrações uterinas efetivas que estão acontecendo antes do normal, podendo assim, impulsionar o feto no colo do útero, promovendo dilatação, apagamento do colo, descida fetal e nascimento.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

2) Qual importância da anamnese?

A

Importante para nos direcionar ao DX, haja visto que essa dor pode ser constipação intestinal, ITU, movimentação fetal, etc, todavia, se for contrações efetivas antes do esperado, é de extrema importância diagnosticar o mais rápido possível, pois está trabalhando o colo antes do esperado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

3) O sangramento transvaginal com 29 semanas e 3 dias nos direciona para o que?

A

Sangramentos de segunda semana de gestação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

4) Toda dor é contração efetiva? Qual característica das contrações fisiológicas ao longo da gravidez?

A

Não, mesmo por que o útero tem contração durante toda gestação, se contraindo com intensidade muito baixa, e mesmo com alta frequência, essa baixa intensidade não promove dilatação, nem apagamento, nem nascimento.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

5) O que são as BRAXTON-HICKS?

A

Temos que lembrar que possuímos tais contrações fisiológicas que podem causar desconforto, mas não geram dor, são perceptíveis, mas não são capazes de trabalhar o colo, ou seja, não dilatam nem apagam colo antes do esperado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

6) Qual definição de trabalho de parto prematuro?

A

É a presença de dinâmica uterina associada a modificações cervicais importantes, no período entre 22 a 36 semanas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

7) Como sabemos se essa dor é uma atividade de contração uterina efetiva ou não?

A

Por meio do exame físico. Lembrando que a primeira etapa é o toque (sendo que se o colo estiver posterior, grosso e impérvio, significa que ainda está longe do parto, ou seja, não temos uma atividade uterina preocupante). Porém se no toque tivermos um apagamento antes do esperado ou dilatação, isso sim irá nos preocupar, pois com certeza essa contração uterina efetiva está acontecendo.
Dessa forma, se identificarmos alterações pelo toque devemos posteriormente realizar a dinâmica uterina, que consiste em colocar a mão sobre a barriga da mãe por 10 minutos e analisar os eventos de contração.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

8) O que conseguimos ver pelo exame de toque?

A

-Posição do colo: Quando mais centralizado, maior chance de TP.
-Apagamento: Quanto mais apagado, mais chance de TP
-Dilatação: Quanto mais dilatado, mais chance de TP.
-Altura de apresentação: quanto maior, menor será a chance de TP.
-Formação de bolsas de agua: quando está se contraindo percebemos uma bolsa cheia de liquido como se fosse uma bexiga cheia de agua sendo formada.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

9) Detalhe a dinâmica uterina que será analisada:

A

Ficamos com a mão em torno de 10 minutos na barriga da gestante e sentimos durante esse tempo se há enrijecimento da musculatura uterina, por que ela é perceptível. Se sim, contamos por quanto tempo ela ficou presente dentro desses 10 minutos e quantas tiveram.
-Se gestação a termo: consideramos efetiva quando durar mais de 40 segundos de tônus fortalecido com pelo menos duas.
-Se pré termo: 1 contração de 30 segundos ou 40 já é o suficiente para preocupar, pois ainda estamos com menos de 37 semanas. Na prematuridade não precisamos de duas contrações para preocupar, ou seja, apenas uma já nos preocupa.

Logo, a dinâmica uterina nos permite identificar se a gestante ainda está em trabalho de parto ou não.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

10) Cite as possíveis complicações de uma pré maturidade/ parto pré termo:

A

Desconforto respiratório
Processos infecciosos
Enterocolite necrosante intestinal
Hemorragias intraventriculares, com comprometimento neurológico
Estresses psicológicos
Gera necessidade de UTI neonatal
Maiores gastos financeiros
(Sendo assim, ao chegar em uma idade gestacional que passa de 37 semanas, já conseguimos ter menos chances de infecções, desconforto respiratório, etc, pois o bebe já amadureceu bastante). Devido essas complicações a especialidade de ginecologia irá sempre acompanhar possíveis eventos que podem levar a cenários de parto prematuro, como sorologias, glicemia, níveis pressóricos, toque seriados (se alteração exame especular), rastreio de urina, se risco de parto prematuro podemos vigiar o colo desde o primeiro trimestre (se risco pedimos USTV junto com primeiro morfológico).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

11) Qual porcentagem de acometimento de trabalho de parto prematuro?

A

8-10% das gestantes passam por esses episódios. Logo, a anamnese nos direciona para analisar se essa é uma dor preocupante ou não.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

12) Quais possíveis outras causas de dor na barriga da gestante?

A
  • O próprio crescimento da barriga
  • Infecção urinária
  • Constipação intestinal
  • Contrações efetivas (nosso rastreio maior é aqui devido preocupações).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Logo, qual será o passo a passo de uma gestante que chega ao PS queixando-se de dor, não podemos nos esquecer de fazer quais procedimentos? E se menos de 22 semanas?

A

Anamnese detalhada
TOQUE (verificar apagamento, dilatação)
Dinâmica uterina se toque vier alterado
Se percebermos dinâmica uterina alterada classificamos como trabalho de parto prematuro se a paciente tiver entre 22 e 36 semanas e 6 dias. E lembrando que, se idade gestacional menor que 22 semanas, não há como agirmos nesse caso, pois estaremos diante de um processo de abortamento, logo, não teremos ações efetivas que salvem esse bebe. Todavia, se mais de 22 semanas o bebe está mais viável e assim podemos tentar impedir esse trabalho de parto para melhoras as condições fetais (amadurecer pulmão e demais órgãos e verificar possíveis ações).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

14) Como é feito o diagnóstico de um trabalho de parto então?

A

Não precisamos de nenhum exame complementar, apenas , toque, dinâmica uterina (que se alterada analisamos idade gestacional para criarmos as condutas).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

15) Critérios que avaliamos, clinicamente, para falar se a paciente está em trabalho parto, quais são? (5)

A

-DILATAÇÃO DE PLEO MENOS 3-4CM
- COLO 50% A 100% APAGADO
- 2 CONTRAÇÕES DE 40 A 60 SEGUNDOS EM 10 MIN (a termo)
- FORMAÇÃO DE BOLSAS DE AGUA DURANTE ESSAS CONTRAÇÕES
- PERDA DE TAMPÃO MUCOSO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

17) Quais classificações de prematuridade de acordo com IG?

A

-Leve: entre 34 a 36s6d
- Moderada: entre 32 e 33s e 6d
- Grave: entre 28 e 31s 6d
- Extrema: < 28 semanas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

18) Por qual motivo as gestantes entram em trabalho de parto prematuro?

A

50% das vezes o motivo é desconhecido, pode ser espontâneo, pode ser devido processos infecciosos, malformações (como o mioma submucoso que compete lugar com o feto), incompetência istmo cervical, distensão uterina (gemelaridade, fetos macrossomicos e polidrâmio), mulheres conizada, mulheres que tiveram parto prematuro prévio.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

16) Critérios que identificam TP para idade gestacional prematura?

A

Qualquer apagamento, dilatação, já são preocupantes, porque ainda não queremos que esse parto comece a ocorrer, diante de IG mais baixa. Desse modo, fazemos dinâmica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

19) Temos situações em que o próprio medico indica o parto prematuro?

A

Sim, casos em que são identificados sofrimento fetal agudo, como na pré eclampsia, iminência de pré eclampsia e eclampsia, ou até mesmo descolamento de placenta.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

20) Como traçar a conduta diante de uma gestante que está comprovadamente em trabalho de parto prematura? Internar ou não?

A

Depende muito do exame físico, se colo mais dilatado, apagado e criança mais insinuada com mais contrações efetivas, internamos e fazemos inibição. Caso contrário talvez podemos realizar conduta ambulatorial. Lembrar que antes de traçar uma conduta é ideal tentar identificar o que está predispondo tal trabalho de parto prematuro para sabermos como amenizar tal situação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

21) O que são os indícios de TOCÓLISE?

A

São aqueles 5 que foram citados anteriormente, sendo que, iremos analisar para saber sobre a necessidade de internar ou não. Sendo assim, ira nos nortear quanto às condutas que deverão ser tomadas. (CONTRAÇÕES VEMOS PELA DINAMICA UTERINA). Esses índices de tocólise servem para vermos se temos tempo para darmos corticoide para amadurecer feto, procurar vaga em uti neonatal, manter feto amadurecendo dentro da barriga da mãe e analisar os riscos fetais/maternos.

20
Q

22) Detalhe os índices de tocólise associados as respectivas pontuações:

A

-Posição do colo
Posterior: 0 pontos
Anterior: 1 ponto
Centralizado: 2 pontos

-Apagamento:
Imaturo: 0
30-50%: 1 ponto
Maior ou igual 50%: 2 pontos

Dilatação:
Nenhuma: 0
2 a 4 cm: 1 ponto
Maior que 4 cm: 2 pontos

Altura de apresentação
Alta: 0
Media: (insinuado, mas ainda não abaixou) 1 ponto
Baixa: 2 pontos
Bolsa d’água
Não formada: 0
Formada: 1 ponto
Herniada: 2 pontos

Contrações (dinâmica uterina com mão na barriga da mãe por 10 minutos)
-Menos de 1 por hora: 0
- 1 Contração de 15 segundos em 10 minutos: 1 ponto
- 2 Contrações de 25 segundos em 10 minutos: 2 pontos

21
Q

23) Como funciona a pontuação depois de realizar o índice de tocólise? Quais exames pedir em caso de confirmação de trabalho de parto prematuro?

A

Se a pontuação do índice der entre 5-10 temos certeza que estamos diante de um caso de trabalho de parto prematuro, sendo assim, temos que investigar quais são as possíveis causas desencadeantes desse cenário, sendo assim, pedimos alguns exames, como:
-EXAME DE URINA E CULTURA
- HEMOGRAMA PARA INVESTIGAR PROCESSOS DE INFECÇÃO
- SWAB VAGINAL E RETAL PARA INVESTIGAR STREPTO
- PCR PARA IVESTIGAR INFECÇÕES SISTEMICAS
- USTV PARA ANALISAR MEDIDA DE COLO
- EXAMES PARA ANALISAR VITALIDADE FETAL (USG OBSTÉTRICO COM DOPPLER, LEMBRANDO QUE SE TIVR MAIS DE 30 SEMANAS PEDIR TAMBÉM CARDIOTOCO.

22
Q

24) Como analisar os resultados de exame para tomar a conduta correta?

A

Se nenhuma alteração ou se presente somente doença compensada, iremos utilizar de medicamentos para interromper esse parto, ou seja, tentamos viabilizar a gestação. Todavia, se diante de cenários de instabilidade como eclampsia devemos urgentemente interromper o processo gestacional.

23
Q

25) Quais medicamentos podemos utilizar para interromper o parto?

A

Duas classes de medicamentos são muito citadas diante desse cenário. Damos nifedipina que é um anti-hipertensivo bloqueador de canal de cálcio que irá bloquear as contrações uterinas (damos 30mg em dose de ataque e 10mg de 8-8 horas), avaliamos se está resolvendo e parando a contração e o apagamento do colo de onde estava, ou seja, também não forma as bolsas de água, impedindo em um contexto geral, a progressão do trabalho de parto. Temos um remédio também conhecido como terbutalina (beta agonista), outra droga utilizada quando a NIFEDIPINA não funciona, mas essa por sua vez não é seletiva, logo também atua no coração, nos bronquíolos, etc.
Lembrar que também utilizamos o corticoide a fim de amadurecer principalmente capacidade respiratória do feto, ou seja, melhorando e averiguando as vitalidades fetais e administrando as medicações de acordo com a necessidade.
Utilizaremos principalmente em pacientes com menos de 34 semanas e mais de 22 semanas. Aqui no TDPP damos corticoide imediatamente sendo betametasona a droga de escolha sendo adm IM 12mg a cada 24 horas por 28 horas. Seu efeito de ação dura em torno de 48 horas e promove aumento de surfactante melhorando condições de amadurecimento pulmonar, lembrando que também diminui chance de enterocolite e hemorragia intraventricular.

24
Q

26) Se utilizamos as medicações e conseguimos interromper apagamento e dilatação, precisamos utilizar logo em seguida sulfato de magnésio para neuroproteção fetal?

A

Ainda não, o ideal é que permaneça com nifedipina e corticoide por 48 horas ainda, lembrando que até podemos dar progesterona via oral ou vaginal após conseguir realizar a interrupção de tal cenário.

25
Q

27) E se eu internei, usei as medicações requisitadas e mesmo assim trabalho de parto não para e continua evoluindo?

A

Nesse caso < 34 semanas com TDPP refratário aos medicamentos iremos utilizar o sulfato de magnésio para realizarmos uma neuro proteção fetal, lembrando que também poderá ter um efeito como relaxante da contração uterinas, mas que esse não é o foco. Além disso, podemos tentar dar um antagonista de ocitocina (ATOSIBAN), o qual só tem pelo particular e também tem por objetivo frear as contrações.

26
Q

28) Cite um resumo das medicações utilizadas para interromper as contrações uterinas:

A

Nifedipina
Terbutalina
Antagonista de ocitocina
Sulfato de magnésio
Corticoide

27
Q

29) O que fazer de ante dos diferentes índices de tocólise?

A
  • Se menor que 5: significa que está em trabalho de parto prematuro, mas está longe de alcançar o parto. Logo, deixa no PS, hidratação para melhorar desconforto abdominal, analgesia simples, reavaliação depois de um curto tempo para ver se está evoluindo. Se continuar baixo podemos até liberá-la, mas se aumentar, mas ainda abaixo de 5, ainda não oferece muito perigo, mas precisamos aumentar vigilância, não necessita internação ainda. Do ponto de vista prático e do bom senso do profissional, não estaria errado internarmos essa paciente para averiguá-la de um modo mais certeiro e de perto, mesmo que com poucas chances de parto.
  • Tocólise maior que 10: conduzir parto.

Resumindo:

< 5: não faço nada (hidrato, analgesia, reavaliação)
Entre 5-10: interna, frear com uterolítico + corticoide, achar causa e avaliar mãe e feto (anamnese, hemograma, urina, urocultura, pcr, swab vaginal e anal e feto pela cardiotoco se maior que 30 semanas + US obstétrico com doppler, USTV para avaliar medida de colo.
> 10: condução do parto, lembrar de ter avaliação

28
Q

30) Em quais situações devemos interromper o parto?

A
  • Sofrimento fetal agudo: HELLP, pré eclampsia, eclampsia, DPP, HAS descompensada, DM descompensada, etc.
  • Bolsa rota
  • Malformação
  • Infecções maternas
  • Óbito fetal
    -RCIU
  • DPP
29
Q

31) Como fazer prevenção de trabalho de parto caso paciente tenha FR?

A

Diminuição de atividade física
Tratamento de Vaginose bacteriana (clindamicina)
Cerclagem (correção de insuficiência istmo cervical – colo menor que 25mm entre 14-24 semanas com história anterior de parto prematuro).
Suplementação com progestágenos
Interrupção do tabagismo e uso de álcool.

30
Q

INÍCIO DE INFECÇÃO URINÁRIA
1) O que caracteriza uma infecção urinária? Quais bactérias são as mais associadas e qual infecção é a mais comum da gestação?

A

Processo bacteriano no trato urinário baixo (cistite) ou alto (pielonefrite), frequente na gestação. A principal bactéria é E. COLI, mas a GARDNERELLA está fortemente associada a trabalhos de parto prematuros. Lembrando que a infecção urinária é a mais comum da gestação.

31
Q

2) Quais modificações ocorrem na gestação que facilitam infecção urinária?

A

Estase urinaria pela redução do peristaltismo
Aumento da produção de urina
Glicosúria
Aminoacidúria

32
Q

3) Como funciona um rastreio normal?

A

Como estamos diante de um cenário que é mais fácil de ocorrer infecção, rastreamos de 3-3 meses urina tipo 1 e urocultura e caso a paciente tenha queixa realiza-se a qualquer hora. A cultura deve ser pedida, pois até mesmo bacteriúria assintomática deve ser tratada. Gestantes em trabalho de parto prematuro devemos rapidamente investigar possível infecção.

33
Q

4) Quais são as possíveis interpretações de exames que podemos ter? se cultura positiva assintomática, o que é importante diferenciar, se chegar com sintomas típicos sem SS sistêmicos, se com chegar ao PS com sinais e sintomas sistêmicos.

A

-Paciente em pré-natal se queixas, recomenda-se como rotina de urina, e tendo ou não leucocitúria, com cultura positiva estamos diante de um quadro assintomático que deve ser tratado. A droga de escolha é amox + clavulanato (500/125mg) por 7 a 10 dias, aumentar ingestão hídrica a após 7-10 dias do tratamento repete exame para verificar se tratamento foi realizado de forma efetiva. Se não efetivo analisamos possível troca de ATB devido resistência ou baixa sensibilidade. Pode usar cefalexina, cefufoxima, nitrofurantoina e fosfomicina, lembrar que costuma evitar quinolonas, pois essas podem provocar fechamento precoce das epífises ósseas.

-Paciente chega ao OS com disúria (quando faz xixi, dor no canal por dentro ou quando sai? Urina escura, fétida, dor pélvica e dor abdominal: inicialmente precisamos lembrar que cândida (dor é quando passa pela vulva, se leucorreia, vulva mais hiperemiada, certas fissuras, corrimento branco, grumoso, etc).
ITU BAIXA: tem sinais e sintomas de infecção urinária, dor pélvica, dor no canal urinário, fétida, sem sinais e sintomas sistêmicos. Pedimos exames de urina que fica pronta no mesmo dia a urocultura que demora 3 dias, lembrando que se na urina leucócitos > 100.000 tratamos antes de sair urocultura (amox+clavulanato).

-Paciente em trabalho de parto prematuro: Rastreia obviamente para analisar se é a infecção que está causando isso. Se na urina simples vemos leucócitos > 100.000, ou nitrito positivo, iremos tratar antes mesmo da urocultura ficar pronta, logo tratamos como ITU baixa sem urocultura. Inibimos parto, hidratamos, corticoide e antibiótico via oral.

  • Paciente chega com febre, mal-estar geral, cefaleia, lombalgia, náuseas e vômitos, disúria, urina escura, odor fétido, é um possível quadro de pielonefrite (Giordano positivo). Laboratorialmente, a paciente terá hemograma com desvio à esquerda com urina alterada tendo leucocitúria importante.
    TTO = interna + ATB EV + Hidratação + Anti-hemético
    *Pedimos exames para confirmar, mas a clínica é soberana e já iniciamos tratamento para evitar que possa evoluir para sepse, uma vez que gestante tem uma imunidade mais baixa.
34
Q

5) Cite observações do tratamento que são importantes de serem lembradas:

A

Se ITU baixa, trato se queixa ou se leuco > 100.000
Não trato ITU sem queixa se leuco < 100.000, temos que esperar urocultura.

35
Q

6) Qual tratamento de Pielonefrite? como ver se foi eficaz?

A

Interna – hidrata – ATB endovenoso (a droga de escolha é ceftriaxona e faz um tratamento de ATB endovenoso por 14 dias, sendo que o ideal é que ela fica internada e medicada por 48 horas afebril, com melhora clínica. Após esse prazo diante e uma melhora clinica podemos dar continuidade ao tratamento em casa na forma oral (se usar 4 dias de ATB Ev, usa 10 dias ORAL em casa). Se não melhorou precisamos avaliar a bactéria e trata-la devidamente. Ademais, podemos ter um caso de associação com nefro litíase que é outra causa que mantem a dor lombar.
*Depois da melhora e devidamente tratada, pedir urina e urocultura após 7-10 dias para avaliar se está realmente curada.

36
Q

7) Quais são os tipos de pielonefrite?

A

Não complicada: melhora rápida com hidratação, ATB EV, pode mudar para ATB VO e mandar para casa, são simples e melhoram rapidamente e passa a febre.

Complicada: Melhora clínica não ocorre tão rápida, pode ter nefrolitiase obstrutiva associada, dilatação da pelve renal, hidronefrose e até abcesso, ou algo mais associado. Tratamos em conjunto com nefro ou urologista. Tem que fazer USG quando pielonefrite de repetição e se o primeiro episódio a dor lombar não melhorou.

37
Q

8) Conduta para paciente que chegou com perdas vaginais?

A

Sempre passar espéculo para identificar a causa e origem da perda transvaginal para descartamos sangramento da segunda semana de gestação, como DPP, placenta prévia, rotura prematura de membranas, etc).

38
Q

INÍCIO ROTURA PREMATURA DE MEMBRANA
1) Paciente retorna após 2 semanas, ou seja, ela está com 31 semanas de idade gestacional e afirma que usou corretamente o ATB por conta da leucocitúria, mas refere perda transvaginal de grande intensidade, qual conduta?

A

Diante disso devemos realizar um exame especular (perda de líquidos, corrimentos, perda de sangue). Além disso, devemos lembrar que, as preocupações para perda de sangue no primeiro trimestre (aborto, gestação ectópica e mola) são diferentes de das perdas de sangue do segundo trimestre, como DPPP, placenta prévia, rotura uterina, etc. Mas de fato, uma coisa que temos que ter me mente é o seguinte: perda transvaginal deve-se passar espéculo para investigação.

39
Q

2) Como interpretar os diferentes tipos de corrimento?

A

-Corrimento claro, transparente, pequena quantidade, sem cheiro e sem cor: corrimento fisiológico, não precisamos passar espéculo.

-Corrimento com prurido, ardor, calor, coloração mais escurecida: passar especulo por conta da suspeita de vulvovaginites.

-Perdas de líquidos: Claro, vazando pernas abaixo, molhando calcinha?? Passar espéculo.
***Nossa maior preocupação é saber se a bolsa rompeu.

40
Q

3) Qual a definição do termo rotura prematura de membranas e qual outro nome?
Por qual outro nome é conhecida?

A

É empregado quando há rompimento da bolsa antes de iniciar o trabalho de parto. (Não significa romper quando idade gestacional é prematura), ou seja, essa rotura pode ocorrer pré termo ou a termo, ocorre quando há rompimento pelo menos 2 horas antes do parto. Também conhecida como amniorrexe prematura ou rupreme. Responsável por até 40% dos trabalhos de parto prematuros que ocorrem. Qual incidência no TPP?

41
Q

4) Como identificar se a RPM está acontecendo?

A

O diagnóstico na maioria das vezes é clinico, basta passarmos o espéculo e visualizar se há liquido no fundo vaginal, liquido saindo do óstio do colo, formando bolsinhas no fundo vaginal, lembrar que ao retirar o espéculo o líquido vaza. Pelo exame especular vemos a saída ativa e direta do líquido.

42
Q

5) Quais sinais indiretos de possível bolsa rota prematura?

A

-Na posição ginecológica podemos ver vulva toda úmida e molhada
-Altura uterina mais baixa, pois vazou líquido
-Na segunda manobra de leopold palpamos o feto com mais facilidade, pois tem menos líquido.

43
Q

6) E se mesmo passando o espéculo eu ainda tiver dúvidas a respeito de bolsa rota? É possível fazer algum exame que identifique essa condição?

A

Sim, por meio do teste de cristalização. Por ele passamos o especulo avistamos as paredes vaginais, colo e uma secreção não muito abundante como a citada anteriormente, mas ela é cristalina, ou seja, pegamos espátula de AYRES, colhemos tal secreção e passamos na lâmina, com isso, aguardamos e observamos a formação de folhinhas de samambaia, o que indicaria que é um líquido amniótico presente no corrimento, ou seja, caracterizando a rotura de membranas ovulares. Temos também em alguns casos o teste de PH, sendo que tende a ficar mais básico quando temos extravasamento do líquido amniótico na região da vagina, a qual em condições normais tem PH mais ácido.

44
Q

7) Cite 10 fatores de riscos para RMP?

A

Exames invasivos como amniocentese
Incompetência istmo cervical
Inserção baixa da placenta
Macrossomia
Polidrâmio
Trabalho de parto prematuro
Infecções genitais (strepto é a mais comum)
Tabagismo
Sangramento genital
Vaginose bacteriana
Atividade sexual
Gestação múltipla
Traumatismos
Deficiências nutricionais
Etc.

45
Q

8) Por que as bolsas rompem geralmente?

A

A termo as bolsas podem se romper, mas isso não gera preocupação, pois o bebe está bem desenvolvido. Todavia, temos ocasiões em que a bolsa pode se romper devido deficiência de colágeno ou até mesmo por ITU, por isso infecções genito-urinárias devem ser tratadas, por risco tanto de TPP quanto de RPM.

*a paciente em questão do caso estudado pela professora deve rompimento da bolsa, todavia, não está ainda em trabalho de parto, pois se mantem com dilatação de 2 cm, mesmo 70% de colo apagado.

46
Q

9) Quando confirmada que era perda líquido mesmo, o que devemos fazer?

A

-Inicialmente procuramos as causas
-Solicito: hemograma, urina 1, cultura, PCR e swab retal e vaginal.
(É um processo de rastreio de causas semelhantes ao trabalho de parto prematuro)
*mulheres com RPM possuem infecções como corioamnionite, endometrite e sepse.

47
Q

10) O que fazer diante de uma rotura prematura de membranas ovulares confirmadas?

A

Depende da idade gestacional em que rompeu essa bolsa:
-Se mais de 36 semanas interrompe gestação, pois vale mais a pena retirar o bebê.
-Se idade menor que 20 semanas é aborto, não tem o que fazer para ser efetivo e viabilizar as condições de vitalidade fetal.
-Se entre 22- 34 semanas: se tiramos o bebe ficamos com os riscos e prematuridade, porém se mantivermos ficamos diante de riscos de infecções para a mãe, riscos maternos. Dessa forma, temos que lembrar que mesmo diante de qualquer conduta temos riscos. SE O BB ESTIVER BEM, COM BOA OXIGENAÇÃO E CARDIOTOCO ADEQUADA, MÃE SEM SIANIS DE INFECÇÃO, TEMOS UMA CONDUTA EXPECTANTE/ATIVA. Ou seja, não interrompemos e ativa, porque entramos com corticoide para amadurecer feto, ATB até saída do resultado do swab, se positivo mantenho se negativo retiro, monitorização diária por risco de corioamnionite (curva térmica, analisando dor e secreção diária), monitorar frequência cardíaca materna e fetal, exame laboratorial 3-3 dias se necessário.

***Avaliar vitalidade fetal todos os dias, já que mãe internada, BCF diariamente, se mais de 30 semanas realizar cardiotoco todos os dias, ATB com ampicilina + azitromicina 48 horas. Assim tentamos verificar se conseguimos manter essa gestação por mais um ou dois dias, pois 1 dia na barriga são dois dias a menos na UTI neonatal.

48
Q

11) Quais possíveis complicações?

A

Infecções
Prematuridade
Acidentes de parto e compressão do cordão
Sofrimento fetal
Malformações
Retenção placentária
Riscos de cesariana

49
Q

12) Qual importância do líquido amniótico (como justificar para paciente que bebe com menos de 20 semanas não possui viabilidade para gestar)?

A

Com a bolsa integra, liquido protege contrachoques mecânicos, atua como barreira contra infecções, mas diante da bolsa rota não temos tal proteção. O bebe nada no liquido, mexe e tem sua musculatura estimulada. Bebe além disso ingere liquido diariamente e urina, tendo sua formação do trato gastro intestinal e trato urinário estimulados.
Líquido no início da gestação promove trocas gasosas, dessa forma sem liquido essas trocas ficam deficientes com expansibilidade pulmonar fetal comprometida, pulmão do feto fica hipoplásico.