HIV Flashcards
O que é / formas de contaminação / sorologia? / quais momentos pode passar para o feto ?
É uma doença sexualmente transmissível, na qual temos que lembrar que, a principal forma de contaminação é a via sexual, todavia, podemos ser infectados ao entrar em contato com fluidos contaminados. O bebe é pega da mãe por transmissão vertical, podendo ser intraútero (principalmente no 3T), pós-natal pelo aleitamento e pelo próprio parto ao entrar em contato com o sangue materno.
Em relação a sorologia toda mulher deve realizar o exame por se tratar de uma epidemia, sendo que, a gestante ao negativar, deverá realizar de 3-3 meses o exame novamente. Lembrar que o teste utilizado é o ELISA.
Oque é visado quando analisa uma positividade da sorologia para HIV?
Ao se deparar com uma sorologia positivada devemos acompanhar os níveis de carga viral, uma vez que, tem-se como objetivo deixar esses níveis baixos para que seja possível diminuir as chances e TV.
Quais são os riscos gestacionais observados e pós gestacionais?
Riscos gestacionais: Restrição de crescimento intraútero, o qual pode ser causado por uma circulação de fluxo inadequado, sendo que além de RCIU pode causar hipóxia e dano fetal, logo, devemos acompanhar com doppler e US.
Pós gestacionais: A longo prazo os problemas relacionados a HIV não são de má formações, mas sim, alterações imunológicas que deixa a criança predispostas às infecções oportunistas (baixo peso ao nascer, dificuldade de sucção, linfoadenopatia, hepatoesplenomegalia, diarreia crônica e recorrente, alterações neurológicas, pneumonites recorrente, etc).
Os morfológicos são dispensados?
Não, pelo contrário, devemos realiza-los principalmente para acompanhar uma possível restrição de crescimento uterino, uma vez que, alterações morfológicas não são vistas nessas doenças. Essa vigilância deve ser aumentada principalmente no 3T, haja visto que é um período de maior chance de contaminação.
Quais exames e quando fazer?
Pedimos a sorologia e veio negativa, repito em 3 meses e depois na hora do parto, lembrando que, é por meio do Elisa que analisa tanto IGM quanto IGG.
Se vier +, iremos pedir mais uma amostra de ELISA, a qual se vier positiva novamente iremos pedir um teste mais especifico que é o Western-Blot, o qual detecta proteínas p6 e p7, ou seja, um teste confirmatório. Diante de um resultado positivo iremos ter as preocupações necessárias em cada período de maior chance de TV.
Paciente positivou para HIV, qual conduta e tratamento ?
Iremos acompanhar com maior vigilância essa paciente realizando os cuidados necessários, sendo eles redobrados nos períodos de maior chance de contaminação. O momento que mais oferece risco é na hora do parto, por isso é feito uma terapia antirretroviral, a qual tem por finalidade diminuir a carga viral na paciente portadora para diminuir as chances de contaminação. Além disso, devemos lembrar que, TARV preconizada para gestantes do segundo trimestre em diante engloba 3 medicamentos, sendo eles, LAMIVUDINA, TENOFOVIR e RALTEGRAVIR, lembrando que, faremos orientações sobre atividade sexual
protegida, não utilização de drogas injetáveis e tentar regular o sistema imunológico.
O que temos que saber sobre a genotipagem do HIV?
Devemos saber que existem muitos genótipos relacionados a doença, sendo assim, iniciamos o uso da TARV, todavia, após 4-6 semanas iremos analisar se a carga viral está caindo e se o CD4 está aumentando, ou seja, utilizaremos esses critérios para analisar se a terapia está sendo efetiva. Depois reavalio novamente com 34 semanas e perto do parto, sendo que se parar de ser eficaz devo reavaliar medicamentos e reavaliar genotipagem
O que mais pode ser feito além da TARV para diminuir chances de TV?
Além da TARV, caso paciente seja usuária de drogas devemos orientar não realizar uso de drogas injetáveis, não compartilhar agulhas, realizar sexo protegido, pois mesmo que já tenha HIV +, ela pode adquirir por meio de tais hábitos genótipos diferentes e aumentar sua carga viral. Além disso, orientamos a dormir/descansar mais, se alimentar de forma correta para que seu sistema imunológico esteja bem controlado e disposto.
Qual medicação fazemos pré parto?
2-3 horas antes do parto indica-se realização de AZT endovenoso ou oral, sendo que temos contraindicação da ENDOVENOSA se a carga viral estiver INDETECTÁVEL, COM CD4 BEM ALTO, ou seja, nesse caso utilizamos somente oral. Também podemos analisar um possível clampeamento imediato do cordão umbilical. Devemos evitar episiotomia, fórceps e amniotomia.
Quais critérios nos direcionam para parto normal ou cesariana?
A carga viral é a que mais nos direciona quanto a escolha do tipo de parto. Além disso, lembrar que se risco de hipóxia, qualquer ocasião deve ser realizada o parto cesariana ao invés de parto normal.
Cesariana: Mais e 1000 cópias de carga viral, risco de hipóxia, parto prematuro e se tiver rompido bolsa amniótica.
Normal: Baixa carga viral ou indetectável desde que esse bebe esteja em boas condições. Se for parto vaginal, mesmo que carga viral baixa ou indetectável com cd4 alto realizamos AZT.
Sobre o clampeamento, como realizar?
Devemos esperar de 2 a 3 minutos para evitar chances de anemias neonatais. Todavia, gestantes com retroviroses deve ser feito imediatamente o clampeamento para diminuir ainda mais as chances de TV.
O que mais não devemos fazer em uma gestante com retrovirose?
Não devemos realizar episiotomia, não realizar uso de fórceps e não realizar amniotomia.
Quais ações pediátricas são feitas?
Banho imediato do bebê, AZT oral via xarope e PROSCRIÇÃO da amamentação materna, ou seja, terá que enfaixar as mamas da mãe e utilizar medicações como cabergolina e bromotriptina para evitar descida/parar do leite.