TPS 2020/21 Português Flashcards
TPS - IADES - 2020/21
A partícula “se” em “Está-se aqui, sozinho, sentado à mesa” (linha 15) funciona como índice de indeterminação do sujeito.
Trecho: Está-se aqui, sozinho, sentado à mesa e colocou-se na máquina uma página em branco com todas as possibilidades possíveis.
Item certo! ✅
Trata-se da única possibilidade possível, pois o verbo estar é um verbo de ligação. Assim, não há possibilidade da partícula se ser um pronome apassivador.
💭 Lembrando:
- índice de indeterminação do sujeito = junta-se a VI, VTI ou VL.
- pronome apassivador = junta-se a VTD ou VTDI.
Além disso, o se como pronome pode ser parte integrante do verbo ou pronome reflexivo. E, ademais, ele pode ser conjunção.
TPS - IADES - 2020/21
A substituição de “neste” (linha 24) por nesse promoveria incorreção ao texto.
Trecho: E ainda há quem diga que a emancipação neste País não é questão de partidos!
Item certo! ✅
Trata-se da diferença entre pronomes demonstrativos referidos à noção de espaço. Este (e flexões) aplica-se aos seres que pertencem à ou estão perto da 1.ª pessoa, isto é, daquela que fala.
Esse (e flexões) aplica-se aos seres que pertencem ou estão perto da 2.ª pessoa, isto é, daquela com quem se fala.
TPS - IADES - 2020/21 - PORTUGUÊS
Segundo o texto, a imaginação do homem amazônico é uma predisposição imposta pela geografia, que lhe comprime entre as “infinitas melancolias” (linha 17) do rio e da floresta.
Trecho: A imaginação do homem, na Amazônia, é uma diátese geográfica. (…)
Item certo! ✅
Diátese = predisposição de um indivíduo para determinadas doenças ou afecções.
TPS - IADES - 2020/21
O termo “entrementes” (linha 57) poderia ser substituído no texto, sem prejuízo para sua correção e sem alteração de seu sentido original, por entretanto.
Item certo! ✅
Conforme o dicionário Houaiss da língua portuguesa, “entrementes” é um advérbio que significa “nesse ou naquele espaço de tempo; entretanto, nesse ínterim, nesse meio-tempo; nessa oportunidade; nessa mesma ocasião”.
TPS - IADES - 2020/21
A palavra “ignomínia” (linha 10) foi empregada no texto com o mesmo sentido de opróbrio.
Trecho: Só nós alimentamos no seio esta ignomínia.
Item certo! ✅
Questões de vocabulário são sempre muito difíceis. Conforme o dicionário Houaiss da língua portuguesa, “opróbrio” significa “grande desonra pública; degradação social; ignomínia, vergonha, vexame”.
TPS - IADES - 2020/21
A supressão da preposição “de” (linha 28) manteria a correção gramatical e o sentido original do texto.
Trecho: Convenci-me de que aquela era a língua mais fácil do mundo e saí;
Item certo! ✅
O uso facultativo da preposição “de” é defendido por alguns gramáticos, como Evanildo Bechara (página 646 da Moderna Gramática Brasileira – 39ª Edição): “pode-se prescindir da preposição que inicia uma oração objetiva indireta ou completiva nominal”.
TPS - IADES - 2020/21
O trecho “Ou, quem sabe? — apenas permanecer numa casa, caixa, onde no quarto durmam crianças, no fogão haja um resto de comida e, na cama, esperando, certa mulherzinha.” (linhas de 21 a 24) poderia ser reescrito, mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto, da seguinte forma: Ou, quem sabe, apenas permanecer em uma casa-caixa, cujos quartos durmam crianças, em cujo fogão haja um resto de comida e em cuja cama haja uma certa mulherzinha esperando.
Item errado! ❌
Há dois erros na reescrita do trecho. O primeiro deles é a substantivação de “casa-caixa”, pois restringe o sentido de casa que, no trecho original (“apenas permanecer numa casa, caixa, onde no quarto durmam…”), possui um sentido explicativo, generalizado. O segundo erro é a falta da preposição “em” antes do pronome “cujos”, em “cujos quartos durmam crianças”.
Fiquei em dúvida se poderia usar preposição com “cujo(a)” e sim, pode. O que não pode é usar artigos!! 😅
TPS - IADES - 2020/21
Embora as relações entre as orações e os termos das orações sejam alteradas, a sentença “Na minha cabeça… escrevê-los.” (linhas de 20 a 23) poderia ser reescrita, mantendo-se a correção e a coerência do texto, da seguinte forma: Na minha cabeça dançavam hieróglifos, de quando em quando, e eu consultava as minhas notas. Entrava nos jardins e, como desejava guardá-los bem na memória e habituar a mão a escrevê-los, escrevia-os na areia.
Trecho: Na minha cabeça dançavam hieróglifos; de quando em quando consultava as minhas notas; entrava nos jardins e escrevia estes calungas na areia para guardá-los bem na memória e habituar a mão a escrevê-los.
Item errado! ❌
No trecho reescrito, a expressão “de quando em quando” passa a referenciar os hieróglifos que dançavam, o que altera a relação original estabelecida com a consulta às notas. Além disso, o termo “guarda-los” passa a fazer referência a “jardins”, o que altera sua referência original (“calungas”).
TPS - IADES - 2020/21
Com manutenção das ideias e da correção gramatical, o último período do texto poderia ser redigido da seguinte forma: A servidão que temos vivido até hoje, assim como a completa ausência de animação política do País, nos têm habituado a desdenhar desses fatos que, sob a modéstia de suas feições, ocultam graves sistemas de regeneração pública.
Trecho: A servidão em que temos vivido até hoje, a ausência completa de animação política do País, tem-nos habituado a desdenhar esses fatos, que, sob a modéstia de suas feições, ocultam graves sistemas de regeneração pública.
Item errado! ❌
É possível indicar vários erros gramaticais nesse item. Um deles diz respeito a concordância do verbo “ter”, que passou para o plural na reescritura, embora a oração a qual pertença contém apenas um sujeito (“A servidão que temos vivido até hoje”). O item pode ter causado confusão devido à presença da oração subordinada adverbial comparativa “assim como a completa ausência de animação política do País”, que dá a impressão de ser parte de um possível sujeito composto, o que não é o caso.
Acertei em 20/21 e qnd refiz em 23 😀 Analisei corretamente a parte do verbo “ter” e da oração que parecia ser sujeito (mas eu acho que é aposto).
TPS - IADES - 2020/21
Na linha 34, o pronome “o” pode ter como referente tanto o nome “homem” (linha 31) quanto o sintagma “o itinerário” (linha 32); em ambos os casos, a coerência do texto é preservada.
Trecho: Um livro que, dentro de nós, já poderá estar escrito. Como se cada homem já nascesse com seu próprio livro. Deixar pois o itinerário a este acaso necessário, predestinado. Que a mulher, a viagem, a estória e a História de certo modo o escolham, ao invés de serem escolhidas. Livrem-no de escolher por si mesmo entre todas as hipóteses do possível. E libertem-no de qualquer possibilidade porventura escolhida.
Item errado! ❌
Inicialmente considerado como “Certo” pela banca, o item foi alterado para “Errado” pois, dada a sequência do texto, apenas a referência a “o homem” seria possível, conforme as substituições feitas no seguinte trecho: “Um livro que, dentro de nós, já poderá estar escrito. Como se cada homem já nascesse com seu próprio livro. Deixar pois o itinerário a este acaso necessário, predestinado. Que a mulher, a viagem, a estória e a História de certo modo o escolham, ao invés de serem escolhidas. Livrem-no (o homem) de escolher por si mesmo entre todas as hipóteses do possível. E libertem-no (o homem) de qualquer possibilidade porventura escolhida.”
Errei em 2020/21 e acertei qnd refiz em 23, mas pelos motivos errados 🥲 Pensei que o pronome só poderia referir-se a “o itinerário”, mas é justamente o contrário.
TPS - IADES - 20/21
O sujeito segue o verbo nas seguintes orações do texto: “desapareceu a escravidão” (linha 9), “No meio de tudo isto o que fez o governo?” (linha 13) e “Felizmente, porém, há um preceito e um fato de observação” (linhas 46 e 47).
Trecho1: Na Europa e na América desapareceu a escravidão.
Trecho2: No meio de tudo isto o que fez o governo?
Trecho3: Felizmente, porém, há um preceito e um fato de observação que nos animam.
Item errado! ❌
O terceiro exemplo citado é uma oração sem sujeito. O verbo “haver” com sentido de existir é impessoal e, por isso, marca uma oração sem sujeito. Nesse caso, “um preceito e um fato de observação” são complementos do verbo.
Errei em 20/21, mas acertei qnd refiz em 23 e fiz a análise certinha 😅
TPS - IADES - 20/21
No texto, a locução “desde que” (linha 48) introduz uma condição.
Trecho: O primeiro é que, desde que a verdade chega a amadurecer com os acontecimentos, cada embaraço com que trabalhamos por contrariá-la é um acréscimo de força para a sua multiplicação.
Item errado! ✅
A locução “desde que” estabelece um marcador de tempo no trecho em que aparece. Se fosse condicional, o verbo estaria no subjuntivo (desde que ela chegue = caso ela chegue), não no indicativo’’.
Acertei em 20/21 e qnd refiz em 23 😀
TPS - IADES - 2020/21
Em textos literários, por vezes infringem-se as regras da gramática normativa. No mencionado texto, um exemplo de não observância das regras gramaticais pode ser encontrado na linha 13, no uso da vírgula após “Mas”, e outro exemplo pode ser encontrado na linha 32, na ausência de vírgulas que isolem a conjunção “pois”.
Trecho1: Pronto, está escolhido, tipos negros mancham agora uma página branca, comprometida, é só seguir o fio. Mas, que fio?
Trecho2: Deixar pois o itinerário a este acaso necessário, predestinado.
Item errado! ❌
Inicialmente considerado como “Certo” pela banca, o item foi alterado para “Errado” pois, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, “mas”, como advérbio, ante uma determinada situação, enfatiza surpresa, espanto ou admiração. No caso em apreço, o vocábulo tem essa função. Logo, pode ser sucedido de vírgula.
(TPS - IADES - 20/21)
A forma verbal “há” (linha 46) poderia ser substituída, no texto, tanto por existe quanto por existem, sem que isso acarretasse alteração de sentido ao texto, nem incorreção gramatical.
Trecho: Felizmente, porém, há um preceito e um fato de observação que nos animam.
Item certo! ✅
Como o verbo está anteposto ao sujeito, é possível tanto a concordância atrativa (com o primeiro núcleo; “existe um preceito”) quanto a concordância com ambos os núcleos (“existem um preceito e um fato”).
Comentário do Clipping:
Questão tradicional de concordância. A língua moderna em geral dá preferência à concordância atrativa quando o verbo vem anteposto ao sujeito, mas não tira ao escritor a faculdade de optar pela outra forma, principalmente quando há razões estilísticas.
(TPS - IADES - 2020/21)
Como é usual em textos literários, no texto apresentado, observa-se o emprego recorrente de figuras de linguagem, tais como a prosopopeia, presente em “o papel aceita tudo” (linha 2) e “tipos negros mancham agora uma página branca” (linhas 12 e 13).
Item errado! ❌
Não há uso da prosopopeia nos exemplos citados no item. Essa figura de linguagem é utilizada quando se personificam as coisas inanimadas, atribuindo-lhes os feitos e ações das pessoas, como nas fábulas. No primeiro exemplo (“o papel aceita tudo”), ocorre a metonímia, pois a palavra “papel” é utilizada no lugar de “uma página em branco”. No segundo caso (“tipos negros mancham agora uma página branca”), ocorre a antítese (paradoxo), pois há uma aproximação de duas palavras que expressam ideias opostas – tipos negros e página branca.
Errei em 2020/21 por não lembrar o que era personificação. Acertei qnd refiz em 23, mas pensei que o 1º exemplo era personificação. O 2º, com certeza, sabia que não era.