TPS 2019 Português Flashcards
(IADES - 2019) Em “No estágio de desenvolvimento de nossa música, a discriminação proposta pelos “nacionalistas” só nos poderá fazer retomar à condição de fornecedores de “matéria-prima musical” (ritmos exóticos) para os países estrangeiros.” (linhas de 89 a 93), o acento indicativo de crase poderia ser suprimido, mantendo-se a correção gramatical e as principais informações do texto se acrescentássemos o pronome possessivo nossa antes do substantivo “condição”.
Certo! ✅
Antes de pronome possessivo adjetivo, o artigo é opcional, o que torna a crase facultativa (nesse caso, porque está no singular). Se o pronome possessivo for substantivo, o artigo será obrigatório, o que tornará a crase obrigatória.
(IADES - 2019)
A substituição de “Trata-se” (linha 20) por Esse fato trata-se manteria a correção e a coerência do texto.
Trecho: “Trata-se, sobretudo, de um debate político em torno da língua.”
Item errado! ❌
A partícula se em trata-se de é índice de indeterminação do sujeito (= v.t.i + se), portanto, não é possível a colocação do “esse fato” junto com a partícula “se”, já que “esse fato” passaria a ser o sujeito da frase. Poderia ser: esse fato trata de…
(IADES - 2019 - PORTUGUÊS)
A substituição do ponto e vírgula empregado após “Estado” (linha 11) por vírgula manteria a correção do texto.
Trecho: “Um dos problemas que o chanceler teve de enfrentar foi a carência de pessoal na Secretaria de Estado; após 15 anos sem a realização de concurso público, era preciso dar início a certame para a contratação de terceiro oficial da Secretaria de Estado.”
Item errado! ❌
O ponto e vírgula está sendo empregado para separar orações. A vírgula não pode ser usada com esse mesmo propósito.
(IADES - 2019 - Português)
Na linha 10, a forma verbal “possam” refere-se às “Partes”.
Trecho: “…designadas conjuntamente pelas Partes, às quais o Governo da República Federativa do Brasil somente permitirá acesso a pessoas autorizadas pelo Governo dos Estados Unidos da América, a fim de assegurar que, de maneira ininterrupta, possam monitorar, inspecionar, acessar e controlar o acesso…”
Item errado!❌
“Possam” refere-se a “pessoas autorizadas pelo Governo dos Estados Unidos da América”.
(IADES - 2019 - Português)
A palavra “como” (linha 64) exprime uma relação de conformidade em “Mas, como observou Décio Pignatari” (linhas 64 e 65), da mesma forma que em “como um adorno exterior” (linhas 77 e 78).
Trecho 1: “Mas, como observou Décio Pignatari, enquanto a letra de Gil…”
Trecho 2: “Não se trata meramente de adicionar guitarras elétricas à música popular brasileira, como um adorno exterior.”
Item errado!❌
O 1º “como” é conformidade, mas o 2º “como” é comparação.
TPS - IADES - 2019
Em “É usualmente utilizado no singular, significando a filosofia específica ou a doutrina que sustenta as estratégias multiculturais.” (linhas de 11 a 14), a palavra “que” exerce a mesma função sintática que os termos “distintas sociedades multiculturais” e ‘“multiculturalismos’ bastante diversos” em “Assim como há distintas sociedades multiculturais, assim também há ‘multiculturalismo’ bastante diversos.” (linhas de 42 a 44)
Trecho1: É usualmente utilizado no singular, significando a filosofia específica ou a doutrina que sustenta as estratégias multiculturais.
Trecho2: Assim como há distintas sociedades multiculturais, assim também há “multiculturalismos” bastante diversos.
Item errado! ❌
No primeiro trecho, o pronome relativo “que” retoma o substantivo “doutrina” e exerce a função sintática de sujeito do verbo “sustenta”. No segundo, o verbo “haver” é impessoal, sendo utilizado com o sentido de “existir”, de modo que não pede sujeito. A oração é sem sujeito, mas, como o verbo “haver” é, sempre, transitivo direto, os termos em destaque exercem a função sintática de objeto direto, não de sujeito.
(IADES - 2019) Nas linhas 14 e 15 em “‘Multicultural’, entretanto, é, por definição, plural”, a conjunção “entretanto” apresenta a ideia de plural para o multicultural, opondo-se à de singular para o multiculturalismo. Assim, pode ser substituída por conquanto, mantendo-se o sentido e a correção gramatical do texto.
Item errado! ❌
“Entretanto” é conjunção coordenada adversativa. “Conquanto” é conjunção subordinada concessiva, sinônimo de “embora” e “posto que”. Por isso, não pode haver a substituição.
TPS - IADES - 2019
Na linha 37, é facultativo o emprego da preposição “a” em “no cargo a que aspira”.
Trecho: “O requerimento trazia apenas certidão de nascimento, certidão de aptidão física assinada pelo médico Manuel Bernardino Costa e carta de recomendação do diretor da Câmara de Comércio do Rio de Janeiro, Cândido Mendes de Almeida, em que afirmava que a interessada ‘tem dado, neste estabelecimento de ensino, belas provas de um talento digno de ser aproveitado no cargo a que aspira’.
Item errado!❌
O verbo aspirar pode ser transitivo direto, quando tiver o sentido de “inalar”, “absorver”, “respirar”; porém, será transitivo indireto, quando tiver o sentido de “almejar”, “ambicionar”, “cobiçar”. Dessa forma, a remoção da preposição “a” não é facultativa, pois mudaria o sentido do verbo.
aspirar algo ≠ aspirar a algo
(IADES - 2019) Dados os sentidos do texto, é correto afirmar que os sujeitos elípticos das formas verbais “Descreve” (linha 3) e “Refere-se” (linha 9) têm referentes distintos.
Trecho 1: “Multicultural é um termo qualificativo. Descreve as características sociais…”
Trecho 2: “Em contrapartida, o termo ‘multiculturalismo’ é substantivo. Refere-se às estratégias e políticas adotadas para governar…”
Item certo! ✅
O referente de “descreve” é “multicultural” e o de “refere-se” é “multiculturalismo”.
(IADES - 2019)
Os termos “às”, em “às influências” (linhas 29 e 30) e “a”, em “a modificações” (linhas 34) introduzem complementos indiretos (respectivamente, nominal e verbal) e são intercambiáveis no texto, sendo correto, portanto, o emprego de a influências e às modificações.
Trecho 1: “Ressalta-se que os discursos em torno da questão da língua nacional fazem pouca ou nenhuma menção às influências das línguas africanas.”
Trecho 2: “… em decorrência das influências das línguas africanas faladas pelos escravizados, defendendo que corresponderiam a modificações profundas…”
Item errado! ❌
No primeiro caso, trocar “às influências das línguas africanas” por “a influências das línguas africanas” tiraria o caráter específico das influências.
Quando o texto traz “corresponderiam a modificações profundas”, não se sabe quais são as “modificações profundas”, pois não existe um artigo definido antes do substantivo “modificações”. Colocar “corresponderiam às modificações profundas” traria o sentido inverso, pois, nesse caso, o uso do artigo definido especifica quais são as “modificações”. Dessa forma, não são intercambiáveis.
TPS - IADES - 2019
Na linha 5, a omissão do pronome “se” junto da forma verbal “haver” promoveria incorreção e incoerência ao texto.
Trecho: “O então chanceler era Nilo Peçanha, que devia haver-se, desde maio de 1917, com as sucessivas violações da soberania brasileira pelo império alemão, e, a partir de 26 de outubro daquele ano, com as obrigações decorrentes do engajamento brasileiro no conflito internacional.”
Item certo! ✅
O verbo haver na forma pronominal, tem o sentido de “estar envolvido com” ou “dar conta de algo”. Caso seja retirado o “se”, o verbo haver passaria a ter o sentido de “existir”, alterando o sentido do texto.
(IADES - 2019) Em “O multiculturalismo corporativo (público ou privado) busca ‘administrar’ as diferenças culturais da minoria, visando aos interesses do centro.” (linhas de 60 a 63), a preposição que compõe a combinação “ao” poderia ser suprimida, mantendo-se a correção gramatical e as principais informações do texto, tendo em vista a variação, no português do Brasil, da transitividade do verbo visar com a acepção ter em vista, ter como fim ou objetivo.
Item certo! ✅
Item polêmico. A Academia Brasileira de Letras, a gramática do Celso Cunha e o dicionário Houaiss dizem que o verbo “visar”, no sentido de “ter em vista”, é transitivo indireto, sendo obrigatória a preposição. Apesar disso, a banca entende que o verbo “visar” tem preposição facultativa. Em 2018, a banca chegou a anular uma questão que dava essa interpretação como correta, porém, em 2019, a banco manteve o gabarito correto, ignorando os recursos.
TPS - IADES - 2019
O adjetivo “quinhoã” (linha 21) refere-se ao quinhão de tristeza que cabe ao narrador.
Trecho: “O senhor não pode estabelecer em sua ideia a minha tristeza quinhoã.”
Item certo! ✅
O termo “quinhão” equivale a uma parte que cabe ou que deveria caber a uma pessoa.
Outros exemplos de uso da palavra: quinhão do terreno (parte/porção do terreno), quinhão da herança (parte da herança), etc.
Ou seja, pode-se concluir que a expressão “minha tristeza quinhoã” se refere à porção de tristeza que cabe ao narrador.
TPS - IADES - 2019
O emprego recorrente de parênteses no texto de Augusto de Campos reforça a presença predominante da função fática da linguagem, pois o autor interrompe a discussão acerca da canção de Caetano Veloso para, com informalidade própria dos textos literários, conversar com mais proximidade com o leitor.
Item errado! ❌
O erro está em “com informalidade própria dos textos literários”, pois não é correto assumir que textos literários são, essencialmente, informais. Além disso, parênteses, além de terem previsão gramatical, de modo que não são recursos informais, são usados como recursos explicativos, não como meios de interrupção de discussões.
Quando o autor exprime a própria opinião por meio de parênteses, como ocorre no texto (ex. linhas 8 e 9 “muito bem afinado, por sinal”), temos a função emotiva, e não a fática. Esta enfoca o canal de comunicação. Pense em um palestrante ao falar “som, som”. Ele apenas testa o canal de comunicação.
fática = testa canal
TPS - IADES - 2019
A palavra “chave” (linha 49) foi empregada em sentido conotativo.
Trecho: “Esse período agrupou uma série de discursos sobre as línguas que mobilizavam uma chave interpretativa que girava em torno das ideias de miscigenação, cultura popular, oralidade e regionalismos (Severo, 2016).”
Item certo! ✅
Sentido conotativo = sentido figurado. Significa que os discursos sobre as línguas davam acesso a interpretações.