TPS 2006 Português Flashcards

1
Q

CACD 2006

O pronome “lhe”, na oração “que lhe parece haver estampado na organização e no temperamento a sua rudeza extraordinária”, funciona como objeto indireto usado com sentido possessivo.

Trecho: Insulado deste modo no país, que o não conhece, em luta aberta com o meio, que lhe parece haver estampado na organização e no temperamento a sua rudeza extraordinária, nômade ou mal fixo à terra, o sertanejo não tem, por bem dizer, ainda capacidade orgânica para se afeiçoar a situação mais alta.

folha 2 do curso de aprofundamento

A

Item certo! ✅

→ “lhe” é sempre objeto indireto

→ « com sentido possessivo » = equivale a “dele(a)”

→ Só substituir por “dele(a)” = que parece haver estampado na organização dele e no temperamento dele a sua rudeza… Macete: se o “lhe” puder ser substituído pelo “dele” e associado como pronome possessivo aos substantivos, ele é pronome oblíquo usado com sentido de posse. Esse é o macete 😉

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2
Q

CACD 2006

No trecho “Insulado (…) à terra”, observa-se perfeito paralelismo sintático.

Trecho: Insulado deste modo no país, que o não conhece, em luta aberta com o meio, que lhe parece haver estampado na organização e no temperamento a sua rudeza extraordinária, nômade ou mal fixo à terra

folha 2 do curso de aprofundamento

A

Item errado! ❌

→ a estrutura estava: característica + oração adj. explicativa, mas o autor corta essa estrutura ao escrever as duas últimas características do sertanejo: diz que ele é nômade ou mal fixo à terra, mas não traz a oração adjetiva explicando; portanto, ele quebra o paralelismo. Tem paralelismo, mas não é perfeito, pois ele só acontece nos dois primeiros termos (e são 4 ao total).

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3
Q

CACD 2006

Pode-se substituir “por bem dizer” (l.3) pela expressão por assim dizer, sem causar prejuízo ao sentido do período.

Trecho: o sertanejo não tem, por bem dizer, ainda capacidade orgânica para se afeiçoar a situação mais alta.

folha 2 do curso de aprofundamento

A

Item errado! ❌

Por bem dizer = a bem dizer = na verdade (está dicionarizado)

Por assim dizer = como que; digamos assim

Não possuem o mesmo sentido. Ambas, porém, são expressões modalizadoras (= trazem uma subjetividade).

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4
Q

CACD 2006

Em “a sua rudeza extraordinária” (l.2), o referente de “sua” é o termo “o sertanejo” (l.3).

Trecho: Insulado deste modo no país, que o não conhece, em luta aberta com o meio, que lhe parece haver estampado na organização e no temperamento a sua rudeza extraordinária, nômade ou mal fixo à terra, o sertanejo não tem, por bem dizer, ainda capacidade orgânica para se afeiçoar a situação mais alta.

folha 2 do curso de aprofundamento

A

Item errado! ❌

O referente é « o meio ».

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5
Q

CACD 2006

Os adjetivos contidos no período “É o homem primitivo, audacioso e forte, mas ao mesmo tempo crédulo, deixando-se facilmente arrebatar pelas superstições mais absurdas.” (l.7-8), conforme classificação da gramática tradicional, são termos essenciais das orações a que pertencem.

folha 2 do curso de aprofundamento

A

Item errado! ❌

Esse é o tipo de questão que não precisa voltar ao texto. O que é termo essencial? Apenas sujeito e predicado.

Então, adjetivo será termo essencial? Nunca! 🤭

Um colega teve uma dúvida se esse verbo « é » era de fato de ligação. Prof. Isabel sugeriu, sempre que tivermos essa dúvida, substituir o verbo por « acontece » ou « ocorre ». Se fizer sentido, então ele não é de ligação (será intransitivo). Nesse caso, porém, não faz sentido, pois não podemos dizer que “o homem ocorre/acontece”. Nesse caso, portanto, não resta dúvidas que o « é » é de ligação 😅.

Uma observação: “absurdas” é adjunto adnominal porque traz uma ideia de restrição para a palavra “superstições”. Não é qualquer superstição. São as + absurdas (restringe).

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6
Q

CACD 2006

Na locução “eis que” (l.8), a palavra “eis” perde não só o traço semântico de imprevisão, ou de ocorrência súbita, mas também sua equivalência com a forma veja.

Trecho: Mas eis que a minha camareira fez-me cair em tentação.

folha 2 do curso de aprofundamento

A

Item errado! ❌

eis ≠ eis que

eis = palavra denotativa de designação (só existe o « eis » nessa classificação). E pra que existe essa palavra? Para apresentar algo ou alguém, para designar.

eis que = advérbio = locução adverbial de modo. Significa: subitamente, de repente, repentinamente.

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7
Q

CACD 2006

O pronome “este” (l.10) refere-se a seu antecedente, o “Bric-à-brac da vida”.

Trecho: Dá-se o caso que saiu a edição do meu livro Canções, ilustrado por Noêmia e que, ao ser noticiado por Nilo Tapecoara no Bric-à-brac da vida, este o publicou com o meu retrato em duas colunas e, abaixo do mesmo, uma notícia que assim principiava, com a primeira linha impressa em letras maiúsculas: MÁRIO QUINTANA, CUJAS CANÇÕES etc.

folha 2 do curso de aprofundamento

A

Item errado! ❌

Refere-se a Nilo Tapecoara.

O referente não poderia ser o bric-à-brac (jornal) porque só tem ele como elemento. Caso o autor quisesse referir-se ao jornal, teria que usar o « esse ».

Usa-se o « este » anafórico quando se tem dois termos precedentes de mesma natureza, mesmo que não se use o « aquele » (e vice-versa), como pode-se ver nesse exemplo. Os termos de mesma natureza são: Noêmia e Nilo = dois nomes próprios.

Prof. Isabel complementou:
Caso a frase fosse escrita da forma abaixo, haveria uma ambiguidade.
… edição do meu livro Canções que, ao ser noticiado por Nilo Tapecoara no Bric-à-brac da vida, esse o publicou… A ambiguidade seria: quem publicou? O Nilo ou o jornal?

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