Terapia Intensiva Flashcards

1
Q

4 tipos de IRpA

A

Tipo 1:
Hipoxêmica
- gasometria :: PO2 baixo -> dificuldade pra oxigenar
OU
Aumento do trabalho resp (taquicardico, taquipneico, sudoreico)
- responde só com OXIGENOTERAPIA, geralmente

Tipo 2:
Hipercápnica
- PCO2 alto -> dificuldade pra ventilar
OU
Hipoxemia refratária -> alvéolos destruídos (SHUNT)
- precisa de PRESSÃO POSITIVA

Tipo 3:
Perioperatória
- ex: atelectasia, etc
OU
Não conseguem proteger a via aérea
- INTUBAÇÃO

Tipo 4:
Chique com hipoperfusão
OU
Apneicos/não respiram
- INTUBAÇÃO

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2
Q

SARA - definição e classificação

A

É AGUDA, não é explicada por congestão cardiogênica

Infiltrado pulmonar bilateral - consolidação -> posterior na TC
-> edema alveolar e intersticial e presença de membrana hialina

É INFLAMAÇÃO -> não adianta dar diurético

PO2/FiP2 < 300 -> hipoxêmico
Leve: <300
Moderada: <200
Grave: < 100

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3
Q

SARA - manejo

A

Volume corrente 4-6ml/kg

Acompanhar pressão-> Pplatô <30cmH2O e driving pressure < 15cmH2O e FR até 35irpm

Hipercapnia permissiva :: tolerar ACIDOSE RESP CASO não seja possível manter ventilação protetora desde que pH>7,2 —> se nao, AUMENTA FR para “lavar” o CO2

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4
Q

SARA
Pacientes com ventilação otimizada por >/=12h E PaO2/FiO2 < 150 ????? O que fazer???

A

PRONAR por pelo menos 16h

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5
Q

SARA:
Medidas de resgate

A
  • bloqueio neuromuscular -> assincronias incorrigíveis
  • óxido nítrico (quase nao cai em prova)
  • NAOOO FAZERRRR. NUNCA EM PROVA fazer recrutamento alveolar
  • ECMO VV -> refratário a todos anteriores
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6
Q

Ventilação mecânica - após intubar

A

Acabei de intubar -> consegue puxar ar sozinho? Não
Então não adianta um modo assistido
-> modo assitocontrolado é o correto :: PCV ou VCV

FiO2 é sempre 100% (hiperoxia só é ruim a longo prazo)
PEEP 5
Vc 6-8ml/kg (se SARA 4-6) -> DECORAR 6
FR 8-20irpm (necessário para manter o volume/minuto que tava ANTES da intubação)

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7
Q

Ventilação mecânica:
Termos

A

• Curva de fluxo: quanto de ar entra em um intervalo de tempo
- componente positivo (fase inspiratória) e componente negativo (fase expiratória).

• Ciclagem: transição da inspiração pra expiração

• Disparo: transição da expiração pra inspiração

• Curva de volume: sai do zero, termina em zero
- (todo volume que entra no pulmão sai também).

• Curva de pressão: não atinge o zero (pois existe uma PEEP).

• Ciclo respiratório: fase inspiratória, ciclagem, fase expiratória, disparo.

Ajustes do ventilador::

• Ajustando CO2: aumentar volume minuto (FR x Volume corrente). -> caso do paciente hipercápnico
-> induz uma “hiperventilação”, como no caso da acidose metabólica -> hiperventila para compensar e “corrigir” a acidose

• Ajustando 02: aumentar FiO2 ou PEEP.
-> SHUNT -> com o aumento da PEEP -> melhora a area colapsada -> melhora o shunt -> ventila o lado esquerdo

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8
Q

Ventilação mecânica:
Modos

A

• PCV: modo assisto-controlado.
- Controlo pressão (e por diferença de pressão gero fluxo de ar, mas não sei quanto de volume total).
- fluxo começa alto e vai caindo

• VCV: modo assisto-controlado.
- Controlo volume e o volume que entrar gera uma pressão, mas não sei quanto).
- controla diretamente o fluxo de ar
- “quadrada”

OS ACIMA (Depressão do drive respiratório -> anestesia geral, acabou de intubar, etc)

• PSV; modo assistido (só o paciente dispara).
- Forneço uma pressão de suporte, que gera fluxo por diferença de pressão.
- por diferença de pressão -> entra ar
- NÃO CONTROLA FR
- desmame ventilatória

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9
Q

DOPE
deterioração aguda de pacientes intubados

A

D: Deslocamento do tubo causando extubação ou inserção do tubo além da carina

O: Obstrução por secreção, sangue, corpo estranho ou torção do tubo

P: Pneumotorax

E: Falha no equipamento (desconexão do sistema fornecedor de oxigênio, escape do ar do ventilador, falha mecânica ou do fornecimento de energia)

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10
Q

A monitorização da mecânica ventilatória é muito importante para facilitar a monitorização dos parâmetros ventilatórios e evitar possíveis danos aos pacientes. Quais manobras devem ser realizadas para a detecção da pressão de platô e da auto-PEEP (pressão positiva expiratória final), respectivamente?

A

Pausa inspiratória e pausa expiratória.

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11
Q

Intoxicação exógena

Hipnótica-sedativa:

A

BZD / opióides.

bradicardia, bradipnéia, RNC, hipotensão, miose (BZD não faz). -> tudo LENTO

Naloxona - opioides e
flumazenil - BZD

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12
Q

Intoxicação exógena

Colinérgica

A

> Carbamatos/ organofosforados,

sindrome HOMEM MOLHADO - broncorreia, lacrimejamento, sudorese, vômitos, diarreia, miose, RNC.

> Atropina e Pralidoxima.

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13
Q

Intoxicação exógena

Anticolinérgico

A

› Anti-histamínicos/ atropina/ tricíclicos -

hipertermia, retenção urinária e fecal, confusão mental, taquicardia, taquioneia, midríase, mucosas SECAS.

• Antídotos= Piridostigmina (colinérgico- evitar em tricíclicos).

• Bicarbonato e lidocaína (TRICICLICOS - atenção ao ECG).
> ECG: R’, alargamento QRS, desvio de elxo, taquicardia sinusal

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14
Q

Intoxicação exógena

Simpatomimética

A

> Cocaína, anfetaminas, cafeína.

Agitação, tremores, midriase, hipertermia, taquicardia, taquipneia, alucinações, etc. -> tudo RÁPIDO

• Tratamento: Benzodiazepínicos, vasodilatadores, resfriamento.

Obs • Cuidado com betabloqueadores. Cocaína pode fazer efeito similar aos tricíclicos.

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15
Q

Intoxicação exógena

Descontaminação

A

lavagem gástrica (1h)

carvão ativado (2hs)

lavagem intestinal (PEG - metais) (4hs)

descontaminação cutânea

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16
Q

Intoxicação exógena

Metahemoglobinemia

A

Baixa satO2 (cianose) -> não responde a O2 e PO2 normal na gaso

—- dapsona, sulfas, nitratos e anestésicos tópicos

Antídoto: azul de metileno

17
Q

Intoxicação por arsênio:
Sintomas?
Tto?

A

• Intoxicação rápida e muito letal;

• Sintomas principalmente de TGI. Outras vias de ação podem desencadear outros sintomas;

• Terapia de suporte e terapia quelante, ácido meso-dimercaptosuccínico (DMSA), ácido 2,3-dimercapto-1 - propanosulfônico (DMPS).

18
Q

Metamoglobinemia:
(Intoxicação exógena)

Sinais?
Gaso?
Tto?
Remedio?

A

Cianose + hipóxia sem melhora com O2

PaO2 normal
PaCO2 alto

Tto: azul de metileno

DAPSONA - hanseníase

19
Q

Intoxicação por Cádmio

A
  • alimentos contaminados, cigarros, trabalho
  • RIM + OSSO + PULMÃO + ANOSMIA!!!!!
  • LITÍASE (hipercalciúria)
  • fraturas
  • pneumonite
  • ANOSMIA
  • COR AMARELADA NO DENTE
20
Q

Intoxicação por Chumbo

A
  • anemia
  • declínio da função cognitiva
  • nefropatia
  • TREMOR
  • hipertensão

LINHAS DE CHUMBO NO DENTE perto da gengiva

21
Q

Intoxicação por Mercúrio

A

Sintomas variam de acordo com a forma de contato:
- elementar
- inorgânico
- orgânico

TGI

22
Q

Intoxicação por Arsênio

A
  • sintomas de TGI
  • arritmias : ALARGAMENTO DE QT
  • neuropatia periférica
  • manifestações cutâneas :: MÁCULAS HIPOpigmentadas, PÁPULAS HIPERQUERATÓCICAS
23
Q

Intoxicação por Selênio

A
  • sintomas de TGI
  • descoloração
  • ALOPECIA
  • PERDA DAS UNHAS
  • fadiga
  • irritabilidade
  • mau hálito - HÁLITO DE ALHO

CASTANHA DO PARÁ

24
Q

USP-RP 2023
Mulher, 60 anos, obesa (peso = 120 Kg; altura = 1,60 m), tabagista de
40 anos maço, internada devido a tromboembolismo pulmonar grave, necessitando de intubação orotraqueal há 5 dias. Parâmetros atuais do ventilador mecânico: controlado a volume, com volume corrente = 390 mL
PEEP = 10 cmH2O, frequência respiratória = 16 pm, FiO2 = 60%, fluxo = 40 L/min, sensibilidade = 2 L/min. Há 10 minutos apresenta redução da saturação arterial de 02 e dessincronia com o ventilador, que mostra a seguinte curva:
Qual é a principal medida a ser tomada?
A) Aumentar a PEEP.
B) Beta 2 agonista inalatório.
C) Alterar para modo pressão controlada.
D) Aspirar tubo orotraqueal.

25
Sequência rápida de intubação (SRI): 7 Ps
1 • Preparação 2 • Pré-oxigenação 3 • Otimização da pré-intubação 4 • Paralisia com indução 5 • Posicionamento 6 • Colocação com prova 7 • Manejo pós-intubação
26
Homem, 32 anos de idade, no segundo dia de internação hospitalar por pneumonia viral, foi submetido a intubação orotraqueal em unidade de terapia intensiva. Atualmente encontra-se sedado, estável hemodinamicamente, sob ventilação mecânica. Peso ideal estimado de 70kg. Parâmetros ventilatórios: modo ventilação controlada, com volume corrente de 490mL, frequência respiratória (FR) = 18 incursões/minuto, fração inspirada de oxigênio (FiO2) 50%, pico de pressão expiratória final - PEEP 10 cmH2O. Gasometria arterial coletada, com esses parâmetros: pH 7,16; Pa02 80 mmHg; PaCO2 86 mmHg; HCO3 24 mEq/L; Saturação periférica de 02 = 96%. Ao realizar manobra de pausa inspiratória, obtêm-se os seguintes parâmetros: Pressão de Platô (Pplatô) = 32 cmH20; Pressão de Pico (Ppico) = 40 cmH20. Neste momento, os ajustes ventilatórios necessários serão: A) Aumentar a PEEP e reduzir a FiO2. B) Aumentar a FR e reduzir o volume corrente. C) Aumentar a FR e aumentar a FiO2. D) Reduzir a FR e aumentar o volume corrente.
B) O paciente precisa de um AUMENTO da FR com o intuito de melhorar a hipercapnia e a acidose respiratória e de uma REDUÇÃO do volume corrente para realizar uma ventilação mecânica protetora. —> Afinal, o paciente já está ventilando com um volume corrente de 7ml/kg (490ml/70kg), acima do recomendado de no máximo 6 ml/kg no caso de SDRA • como manejar os parâmetros ventilatórios (volume corrente menor do que 6ml/kg, por vezes necessitando de uma FR mais alta, com Pplatô < 30, Driving pressure (Platô - PEEP) menor ou igual a 15, hipercapnia permissiva e PEEP aumentada conforme titulação (PEEP table). "problemas e soluções na ventilação mecânica": Hipercapnia: • AUMENTO de FR; • AUMENTO de volume corrente (aumento de volume corrente no modo VCV ou aumento da pressão no modo PCV ou PSV). Hipoxemia: • AUMENTO da PEEP; • REDUÇÃO da relação de tempo inspiratório/expiratório; • AUMENTO da FIO2. Auto - Peep: • Ajuste da PEEP; • Aumento do tempo expiratório (Redução de frequência respiratória ou redução do volume corrente no modo VCV ou redução da pressão no modo PCV ou PSV). OBS: No modo PSV também é possível aumentar a porcentagem de ciclagem do limite do fluxo ou aumentar o tempo de rampa (rise time).
27
Sinal de Chvostek e Trousseau indicam::
HIPO CALCEMIA
28
tto CAD -> estabilidade hemodinamica e bom fluxo urinario -> troca a soluçao salina 0,9% por ringer com lactato ou soluçao salia 0,45%. isso e para evitar: A) hipervolemia B) hipercalemia C) herpercloremia D) hipernatremia
C) devido a acidose hipercloremica
29
Pilares da VM na SDRA/SARA
• Volume corrente ideal: 4-6mL/kg; • Lembrar da necessidade de uma FR mais alta para "compensar" o baixo VC; -> FR até 35irpm • PEEP: >5cmH20. Otimização da PEEP para melhor complacência do paciente; • Pressão de platô < 30 cmH20; • Driving pressure < 15cmH20; • PH > 7.2; • Relação de troca (índice de Horowitz): Pa02/Fi02. Lembrar que se < 150 (pensar na possibilidade de pronar o paciente e bloquear).
30
Shock index
SI = FC/PAS >0,8 Cuidado extra se for >1,0
31
ABCDE queimados: formula intoxicaçoes
formula de ATLS: 2 x SCQ x peso -> adultos 3 x SCQ x peso -> crianças 4 x SCQ x peso -> trauma ELETRICO --> metade nas primeiras 8h (A PARTIR DO ACIDENTE) e metade nas 16h seguintes --> SE FOI HA 5H -> FAZ O VOLUME INICIAL EM 3H INTOXICAÇOES: MONOXIDO DE CARBONO>>>> O2 100% CIANETE>>>>>> HIDROXICOBALAMINA grande queimado = >20% no adulto ****NAO TEM INDICAÇAO DE ATB ****NAO FAZ COLOIDE (ALBUMINA) **NAO usar agente NEUTRALIZANTE em queimaduras QUIMICAS ****sd. COMPARTIMENTAL ocorre por associação da diminuição da elasticidade da pele com edema de partes moles
32
sindrome de abstinencia alcoolica - SAA
delirium tremens apos 72h de abstinencia tto: BENZOdiazepinicos (BZD) IV ou VO - hidrataçao - manejo dos disurbios hidroeletroliticos (hipoK e hipoMG) - reposiçao de tiamina (wernicke)