TEP Flashcards
Defina embolia a acavaleira:
Quando o trombo impacta a região de grande extensão, podendo evoluir com choque cardiogenico
Causas da TEP:
- trauma, cirurgias, faturas em MMII e próteses e doenças da medula espinhal (paciente muito vasodilatado), gravidez, imobilização, terapia de reposição hormonal
Em idosos sem causa evidente - buscar neoplasia
Alterações hemodinâmicas:
Trombo → AD → VD → pulmão (impactando) → isquemia do território pulmonar (se demorar pode evoluir para infarto pulmonar) → aumenta a pressão nas artérias pulmonares → aumenta a pressão de forma retrograda até aumentar a pressão na artéria
pulmonar e ventrículo direito → VD vai ter que vencer a pressão da artéria pulmonar → VD perde a capacidade de vencer essa pressão → aumento da pós carga → aumento da pressão do AD → turgência jugular, edema, hepatomegalia
O VD empurra o septo para o lado esquerdo diminuindo o espaço do VE (diminuindo a pré carga do VE) e o debito cardíaco, diminui a pressão → hipotensão → parada e morte
Clínica:
Dispneia de início súbito, Dor pleurítica, Tosse, Dor torácica, Febre, hemoptise (decorrente do infarto pulmonar), sincope, dor na perna unilateral, sinais de trombose
Classificação de risco
Alto risco (maciço): sinais de gravidade -> choque cardiogênico (oligúria, acidose, baixa consciencia), hipotensão (PAS <90), para cardiorespiratória Intermediário risco (submaciço): Disfunção do VD ou aumento de troponina com PA normal Baixo risco (não maciço) -
Escore de Wells
TVP ou TEP prévio: 1,5 FC>100: 1,5 Cirurgia/imobilização: 1,5 Hemoptise: 1 Neoplasia: 1 Sinais de TVP: 3 Outro diagnóstico menos provável: 3 TEP provável > ou = 5 Probabilidade alta > ou = 7
Escore de Genebra
Alta probabilidade > ou = 11
Baixa 0 a 3
Diagnóstico
❖ D- dímero ❖ USG Doppler de MMII ❖ Cintilografia V/Q ❖ Angiotomografia de tórax ❖ Arteriografia pulmonar ❖ RNM de tórax ❖ Ecocardiograma ❖ ECG ❖ Radiografia de tórax ❖ BNP e troponina
D-dímero
Produto da degradação da fibrina
Muito inespecífico mas muito sensível
Bom pra excluir TEP
Se a suspeita for muito alta - angiotomografia
Radiografia
Para todos os casos
Achados inespecíficos
Sinais de Westermark - oligoemia focal (vascularização reduzida - área mais escura)
Concorda de Hampton → consolidação em forma de cunha (triangulo-opacidade triangular)
Dilatação da A. pulmonar descendente direita
ECG:
BRD devido a sobrecarga
Baixa voltagem
Taquicardia sinusal
Inversão de onda T
Gasometria arterial:
Acidose devido hipoxemia
Hipocapneia - alcalose respiratória
Angio CT de tórax:
Padrão ouro
Contraste
Luz do vaso escuro com falha de enchimento
Pode usar também:
- Arteriografia - pouco usada pois invasivo
- Cintilografia V/Q - antigo padrão ouro que avalia áreas ventiladas e perfundidas pelo contraste visualizando ar e sangue, onde áreas brancas indicam baixa perfusão
- AngioRNM: infos sobre função ventricular
- Eco: SVD
- Duplex scan de MMII: TVP na perna
Fluxograma diagnóstico:
Baixa ou moderada proabilidade - D dímero - se for positivo faz angio TC
Alta probabilidade - angio TC
Tratamento de fase aguda:
O2, ventilação, aminas vasoativas
Trombobílitico - auteplase, streptoknase (fibrinolítico em até 14 dias)
Anticoagulantes: depois do trombolítico (HNF, HBPM, Fondaparinux, varfarina) - quando chega ao alvo de RNI deixa só varfarina oral por pelo menos 6 meses
Embolectomia cirúgica
Filtro de VCI: TEP e TVP recorrentes ou com contraindicação a anticoagulação