Bronquiectasias Flashcards

1
Q

Definição:

A

As bronquiectasias são dilatações irreversíveis das vias respiratórias que envolvem o pulmão de maneira focal ou difusa.

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2
Q

Sinais e sintomas

A
  • Tosse produtiva e persistente
  • Dispneia e sibilos
  • Dor pleurítica
  • Hipoxemia e ICC - hipertensão pulmonar
  • Perda de massa magra
  • Sinusite e pólipos nasais
  • Escarro purulento
  • Estertores e sibilos
  • Baqueteamento digital
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3
Q

Diagnóstico

A

Diagnóstico é definido pela presença de dilatações brônquicas não reversíveis na TC
TC: bronquiolectasias, pequenos nódulos de baixa densidade e aspecto de árvore em brotamento, Perfusão em mosaico, Dilatações brônquicas

  • fibrose cística (lobos superiores), micobactérias não tuberculosas (lobo médio e língula) e aspergilose broncopulmonar alérgica (predomínio central com sinal de dedo em luva)

Investigação etiológica

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4
Q

ACOMPANHAMENTO E MONITORIZAÇÃO: Aspectos funcionais

A
  • Espirometria com o uso de broncodilatador
  • Distúrbio obstrutivo
  • Reduções significativas da CVF podem ser encontradas em doença mais avançada, com maior destruição do parênquima pulmonar. O VEF1 reduzido se correlaciona com a presença de dispneia
  • Resultados positivos para o teste de broncoprovocação induzida por metacolina ou histamina.
  • DLCO geralmente é normal, podendo estar reduzido em doença avançada e quando há enfisema associado.
  • Teste de caminhada de seis minutos e o teste incremental de caminhada com velocidade controlada
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5
Q

ACOMPANHAMENTO E MONITORIZAÇÃO - Aspectos microbiológicos

A
  • A identificação de micro-organismos potencialmente patogênicos é um achado comum -> maior inflamação brônquica e deterioração clínica progressiva
  • Gravidade
  • Perda da arquitetura brônquica e prejuízo dos mecanismos de defesa locais
  • É + quando duas ou mais culturas para o mesmo MPP em um período de 12 meses em amostras coletadas com intervalos de pelo menos 3 meses
  • Por escarro ou LBA
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6
Q

Qualidade de vida

A

Sintomas de fadiga e astenia, depressão e ansiedade, tosse crônica
P. aeruginosa têm pior qualidade de vida

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7
Q

Marcadores e escores

A

proteína C reativa (PCR) e o número de leucócitos, IL-1, IL-6, e TNF-α aumentada e a 10 diminuída

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8
Q

Manejo do paciente estável

A
  • Primoinfecção: P. aeruginosa sensível a quinolona, sugere-se iniciar tratamento com ciprofloxacino. Associação de um beta-lactâmico com ação antipseudomonas e um aminoglicosídeo
  • Infecção brônquica crônica:
    * Colistimetato nebulizado, gentamicina, tobramicina (inalatórios)
    * Macrolídeos: 6 a 12 meses. Azitromicina -> P. aeruginosa (1ª escolha vai ser ATB inalatórios). Pacientes com 2 ou mais exacerbações/ano
    * Corticóide inalatório: s/ evidencias para uso rotineiro. + asma ou DPOC
  • Cuidado com ATB sistemico rotineiro. Melhor ATB inalado
  • Obstrução do fluxo: broncodilatadores. + asma ou DPOC ou antes de usar mucoativos ou ATB, risco de broncoespasmo
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9
Q

Manejo do paciente estável

A
  • Fisioterapia respiratória: ciclo ativo da respiração, exercícios de expansão torácica, técnicas de expiração forçada e drenagem autogênica
  • Exercício físico/reabilitação pulmonar:
  • Agentes osmóticos: solução salina. Risco de broncoespasmo
  • Mucolíticos: mucocinéticos - beta agonistas
  • Vacinas: anti-influenza, VPPS23, VPPS13
  • Oxigenoterapia domiciliar: em PaO2 < 55 mmHg ou SpO2 < 88% em ar ambiente ou PaO2 entre 56-59 mmHg associada a cor pulmonale e/ou hematócrito > 55%
  • VMNI: cuidado quando tiver secreção. BiPAP: pressão positiva
  • Transplante pulmonar: VEF1 < 30% do previsto, hipoxemia e hipercapnia, VNI, hospitalizações frequentes, hipertensão pulmonar
  • Cirurgia: curativo ou paliativo em hemoptise grave ou embolização ruim - lobectomia por toracoscopia ou videotoracoscopia
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10
Q

Manejo das exacerbações:

A
  • piora de três ou mais dos sintomas seguintes, por pelo menos 48 h: tosse; volume ou viscosidade do escarro; purulência de escarro; dispneia ou intolerância ao exercício; fadiga; e hemoptise
  • São sinais de gravidade da exacerbação: FR ≥ 25 ciclos/min, desconforto respiratório com uso de musculatura acessória, deterioração da saturação de oxigênio, cianose, ≥ 38° C ou outro critério para sepse e hemoptise
  • instáveis hemodinamicamente, confusão mental devem ser considerados para tratamento em UTI
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11
Q

Tratamento das exacerbações:

A
  • ATB: coleta de amostra de escarro, mas o início do tratamento não deve esperar esse resultado
    • entre 14 e 21 dias ou até 10 dias
    • fazer espirometria ou PFE - ver gravidade
    • marcadores inflamatórios - ver gravidade
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12
Q

Considerações gerais:

A

São dilatações irreversíveis das vias respiratórias, com causas congênitas (fibrose
cística, discinesia ciliar) e adquiridas (pós infecciosa, infecções fúngicas, TB).
● Clinicamente, o mais clássico são os períodos de tosse persistente, com piora do
quadro nas exacerbações.
● Tem grande risco de infecção por pseudomonas, independente de internação. Toda
doença que acomete pulmão acarreta quadro maior, devendo ter cobertura para
pseudomonas (ciprofloxacino, ceftazidima, cefepime, piperacilina com tazobactam)
até o diagnóstico. Se VO ou EV depende do quadro e da internação.
● Caso o paciente tenha muitas infecções, pode-se pensar em um uso prolongado dos
macrolídeos.
● Broncodilatadores podem ser utilizados, especialmente em quadros concomitantes
de asma ou dpoc.

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