DPOC Flashcards
Definição:
Enfermidade respiratória prevenível e tratável que se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos causada primariamente pelo tabagismo
Carga tabágica e DPOC:
nº de anos fumando x maços fumados por dia
DPOC > 20 anos maço
Patogênese:
Partículas → resposta inflamatória local → destruição do tec pulmonar (traves do parênquima) → constrição decorrente da inflamação, proliferação de cel musculares e inflamatórias → hipersecreção de muco → com o tempo há destruição das paredes dos alvéolos formando bolhas
Inflamação crônica:
Inflamação - aumento de neutrófilos, macrófagos e linfócitos - aumento de citocinas inflamatórias - aumento de elastase - aumento de muco - redução da fagocitose - colonização do trato por bactérias
cigarro- proteases dos neutrofilos - destruição do parenquima - enfizema e hipersecreção de muco
Clínica
Tosse, sibilância, rouquidão, tórax em tonel (devido
a alteração na elastância), aumento do tempo expiratório aumentado, diminuição do murmúrio vesicular
ECG: SAD p/ pressão na artéria pulmonar, taquicardia p/ hipóxia
Enfisema pulmonar (pink puffler)
Aumento dos espaços aéreos com destruição de paredes sem fibrose óbvia
Pacientes mais magros, policitemia - aumento de hemácias e TVP
Bronquite crônico (blue bloatter)
Tosse produtiva por mais de 3 meses por 2 anos - muito muco
Mais gordos, mais risco CV, cianóticos, secreção obstruindo vias
evolução para pink ou blue depende da resposta imune
Diagnóstico
Sintomas + exposição a fatores de risco ou genética + espirometria pré e pós + rx + oximetria
Sintomas: Tosse, secreção, dispneia, infecção de via recorrente
Espirometria:
Com e sem broncodilatador
DPOC: hiperinsuflação pulmonar
VEF1/CVF: menor que 70% com e sem broncodilatador (diferença pra asma: não melhora com broncodilatador)
RX de tórax:
RX de tórax pode identificar bolhas, com possível indicação cirúrgica
TC: casos especiais
Outros exames:
Gasometria < 90% PH Capacidade pulmonar total Capacidade residual funcional Volume residual ECG e eco
Classificação da DPOC
I: leve/ VEF1 >80%
II: moderada/ VEF1 entre 50 e 80%. Dispneia e fraqueza notadas
III: grave/ VEF1 entre 30 e 50%. Sintomas frequentes
IV: muito grave/ VEF1 < 30%. ICC, dispneia incapacitante (MRC - de 0 a 4)
Outras classificações:
CAT
GOLD: risco de exacerbação
- Histórico de exacerbação >2 ou >1 com hospitaliação - C ou D
- Histórico de exacerbação 0 ou 1 sem hospitalização - A ou B
- MRC 0-1 ou CAT < 10: A ou C
- MCR >2 ou CAR > 10: B ou D
Tratamento:
Zero cigarro (-morte)
Remedio das exacerbações
Remédio cronico
Programas de reabilitação cardiopulmonar
Oxigenioterapia (-morte): para SpO2 < 88 ou 89% (chegar em 90%)
Transplante de pulmão ou cirurgia (-morte)
Vacinação: influenza (reduz morte) e anti-pneumococica com >65 anos e jovens com comorbidades
Tratamento farmacológico:
SABA, LABA, anticolinérgico de longa e curta duração, inibidor da fosfodiesterase, macrolídeos, mucolítico
Grupo A: mais leve - broncodilatador
Grupo B: LAMA ou LABA -> LAMA + LABA
Grupo C: LAMA -> LAMA+LABA -> LABA + ICS
Grupo D: LAMA + LABA -> LAMA +LABA+ICS -> considerar macrolídeos ou roflumilaste
Exacerbação da DPOC:
- Geralmente precipitada por infecção viral/bacteriana ou por exposição ambiental
- Sintomas: piora da dispneia, da quantidade expectorada e da aparência
- Sinais: aumento de barric (diametro antero posterior do tórax), murmurio diminuido, sibilancia
- Exames: RX, hemograma com leucocitose, gasometria com acidose metabolica, ecg com flutter ou fibrilação, eco com ICC direita