Teoria da Precificação de Carteiras Flashcards
Baseado na Teoria de Markowitz, pode-se dizer que as carteiras:
Carteira Retorno Esperado Desvio Padrão
1 8% 15%
2 10% 14%
3 12% 19%
4 14% 17%
A 2 e 3 dominam as carteiras 4 e 1, respectivamente.
B 2 e 4 dominam as carteiras 1 e 3, respectivamente.
C 2 e 4 dominam as carteiras 3 e 1, respectivamente.
D 2 e 3 dominam as carteiras 1 e 4, respectivamente.
B
A relação de dominância, com base na Teoria de Markowitz, está relacionada a uma carteira que possui melhor relação retorno/risco que outra. As carteiras dominam as carteiras 1 e 3, respectivamente. Isso porque a carteira 2 apresenta um retorno maior e risco menor que a carteira 1, ao passo que a carteira 4 tem um retorno maior e risco menor que a carteira 3.
Orientação de Estudo: Formular o teorema da separação e explicar as alterações trazidas à fronteira eficiente pela introdução de um ativo sem risco e o conceito de taxa livre de risco.
Os títulos posicionados graficamente à direita e abaixo da fronteira eficiente:
A não são atingíveis.
B não são bons investimentos.
C geram indiferença.
D estão precificados corretamente.
B
Segundo o gráfico da fronteira eficiente, constatamos que as carteiras localizadas abaixo da fronteira eficiente são ineficientes, ou seja, não apresentam o maior retorno para seu nível de risco. Portanto, não são consideradas bons investimentos.
Considere uma CML com as seguintes informações:
risco da carteira de mercado: 7% a.a.
retorno da carteira de mercado: 10% a.a.
retorno do ativo sem risco: 3% a.a.
risco da carteira Y: 12% a.a.
O retorno da carteira Y, localizada nessa fronteira, é de:
A 11%.
B 9%.
C 10%.
D 15%
D
Como a carteira Y faz parte da CML, ela terá o mesmo Sharpe de todas as carteiras pertencentes a essa reta.
A carteira de mercado tem o seguinte Índice de Sharpe =10 – 3 / 7= 1
Então; 1 = RetY – 3 / 12; Ret Y = 15%.
Para o retorno de uma ação ficar acima reta SML (Security Market Line), esse ativo deve estar sendo negociado com preço:
A superior àquele calculado pelo modelo CAPM.
B inferior àquele calculado pelo modelo CAPM.
C superior àquele calculado pelo modelo APT.
D inferior àquele calculado pelo modelo APT.
B
reta SML (Security Market Line) é a reta característica do CAPM (Capital Asset Pricing Model). Se o preço de um ativo é negociado exatamente conforme aquele calculado pelo CAPM, o retorno do ativo se encontra na reta SML. Porém, se o preço for inferior, o retorno do ativo será superior ao requerido pelo modelo CAPM e, portanto, estará acima da reta SML. O APT (Arbitrage Princing Theory) é um modelo multifatorial de apreçamento de ativos que não utiliza a SML.
Orientação de Estudo: Entender e interpretar o diagrama da Security Market Line (SML).
Com base nas informações abaixo das ações ABC, analise as seguintes afirmativas:
Preço do mercado R$ 67,00
Dividendo atual R$ 2,00
Crescimento do dividendo 8%
Taxa livre de risco 5%
Retorno do mercado 11%
Beta da ação ABC 1,15
I. A ação está supervalorizada em aproximadamente R$ 11 de acordo com o modelo de crescimento de dividendos.
II. De acordo com o CAPM, o retorno exigido é 12,5%.
III. Se a ação foi comprada no ano passado por R$ 65, o retorno esperado do período seria 3%.
Está correto o que se afirma apenas em:
A II.
B I e II.
C III.
D I.
D
A primeira afirmativa é verdadeira. Para verificar se a afirmativa I está correta é preciso calcular o retorno requerido pela ação segundo o modelo CAPM. E(r) = 5% + 1,15 (11%-5%) = 11,9% Preço = R$ 2 x (1,08) / (11,9% - 8%) = 2,16 / 0,039 = R$ 55,38. A ação custa R$ 67 quando, segundo o modelo de dividendos, deveria custar R$ 55,38 (está supervalorizada em R$ 11,61) A afirmação 2 é Falsa. O retorno requerido segundo o modelo CAPM é 11,9% conforme calculado acima. E a afirmação 3 também é Falsa. {[(R$ 67+R$ 2) / R$ 65] -1} x 100 = 6,15%.
Orientação de Estudo: Determinar se a ação está subavaliada, superavaliada ou corretamente avaliada por meio do CAPM e, a partir dessa análise, tomar a decisão de investimento apropriada.
Sobre a utilização doo múltiplo Preço/Fluxo de Caixa (P/FC), ou Price-to-Cash Flow ratio (P/CF):
I. Os fluxos de caixa são menos suscetíveis à manipulação que lucros e vendas.
II. Tende a ser mais estável que os múltiplos P/L e P/V.
III. Suas desvantagens independem da modalidade de fluxo de caixa escolhida.
Está correto o que se afirma apenas em:
A I, II e III.
B I e III.
C I e II.
D II e III.
C
As afirmativas I e II estão corretas, pois os fluxos de caixa são menos suscetíveis à manipulação que os lucros e as vendas, enquanto o múltiplo P/FC tende ser mais estável que os múltiplos P/L e P/V. A afirmativa III é incorreta, já que as desvantagens do uso do P/FC dependem, basicamente, da modalidade de fluxo de caixa utilizada.
Orientação de Estudo: Calcular o múltiplo Preço/Fluxo de Caixa (P/FC) e explicar seu uso.
Uma empresa espera para o próximo ano um FCFF = 1,3 bilhões e FCFE = 1,7 bilhões. Considerando que há um crescimento estimado de 7% no FCFF e 7,5% no FCFE nos próximos anos, qual o valor justo de suas ações, já que a empresa tem uma dívida contábil de 15 bilhões, WACC de 12% e custo do capital próprio de 15%?
A R$ 11,0 bilhões.
B R$ 22,7 bilhões.
C R$ 7,7 bilhões.
D R$ 26,0 bilhões.
B
O modelo de FCFE de único estágio permite o cálculo do valor do capital próprio requerido, no qual as dívidas não são consideradas. Sendo assim, o valor do capital próprio = FCFE do próximo ano / (custo do capital próprio - taxa de crescimento do FCFE) = 1,7 bilhões / 0,15 - 0,075 = 1,7 bilhões / 0,075 = 22,7 bilhões. Devemos evitar usar o modelo de FCFF de um único estágio por não termos valor de mercado da dívida da empresa, mas apenas o seu valor contábil.
Orientação de Estudo: Explicar os métodos de avaliação FCFF e FCFE, contrastando as taxas de desconto apropriadas para cada modelo, assim como explicar as vantagens e limitações do modelo FCFE.
onsidere uma companhia cujo lucro operacional (earnings before interest and taxes - EBIT) em determinado período foi de R$ 200 milhões e a despesa de depreciação foi de R$ 15 milhões. Uma vez que os investimentos líquidos em ativos não circulantes (capital expeditures – CAPEX) foi de R$ 60 milhões e em capital de giro (working capital) foi de R$ 20 milhões, fluxo de caixa livre para a firma (FCFF), pressupondo uma alíquota efetiva de IR de 30%, corresponde a:
A R$ 75 milhões.
B R$ 55 milhões.
C R$ 145 milhões.
D R$ 155 milhões.
A
O FCFF pode ser calculado a partir do EBIT mediante os seguintes ajustes: computá-lo após impostos [EBIT x (1 – IR)], acréscimo da depreciação e outras despesas não-caixa (Dep) e dedução dos investimentos em ativos não circulantes (InvANC) e em capital de giro (InvCDG), através da seguinte fórmula:
FCFF = [EBIT x (1 – IR)] + Dep – InvANC – InvCDG
FCFF = [200 x (1 – 0,30)] + 15 – 60 – 20
FCFF = 140 + 15 – 60 – 20
FCFF = R$ 75 milhões.
Orientação de Estudo: Explicar as características de companhias para as quais o modelo de FCFF é preferido ao modelo de FCFE.
Calcule o valor intrínseco de uma companhia, pelo modelo de fluxo de caixa de dois estágios, cujas estimativas são as seguintes:
Fluxo de caixa livre para a firma (FCFF) para o próximo ano: R$ 30 milhões
Taxa de crescimento nos próximos dois anos: 10% a.a.
Taxa de crescimento sustentável no longo prazo: 5% a.a.
Custo médio ponderado de capital (WACC): 8% a.a.
A R$ 1.093,5 milhões.
B R$ 1.185,0 milhões.
C R$ 1.085,0 milhões.
D R$ 1.193,5 milhões.
A
Correta
No primeiro estágio de taxa de crescimento de 10% nos dois anos, calcula-se o valor presente (VP) dos respectivos fluxos de caixa, descontados ao WACC de 8% ao ano, sendo que o segundo apresenta uma taxa de crescimento nominal de 10% ao ano:
VPFCFF1 = 30,0 / 1,08 = 27,8
VPFCFF2 = (30,0 x 1,10) / 1,082 = 28,3
No segundo estágio de crescimento constante (g) de 5% ao ano, obtemos o valor da firma no segundo ano (VFirma2), através do fluxo de caixa do terceiro ano (FCFF3):
FCFF3 = 30,0 x 1,102 = 36,3
VFirma2 = FCFF3 / (WACC – g)
VFirma2 = 36,3 / (0,08 – 0,05)
VFirma2 = 36,3 / 0,03 = 1.210,0
Deve-se então trazer o valor da firma acima obtido a valor presente pelo WACC:
VPVFirma2 = 1.210,0 / 1,082 = 1.037,4
Assim, o valor intrínseco da firma corresponde ao somatório dos valores presentes dos fluxos de caixa do primeiro estágio, acrescido ao valor presente da firma em crescimento constante do segundo estágio:
VFirma = (VPFCFF1 + VPFCFF2) + VPFirma2
VFirma = (27,8 + 28,3) + 1.037,40 = R$ 1.093,5 milhões.
Orientação de Estudo: Calcular o valor de uma companhia utilizando modelos FCFF e FCFE de etapa única e duas etapas.
No cálculo do fluxo de caixa livre da firma (free cash flow to the firm):
A consideram-se juros sobre dívidas e mudanças na estrutura de capital.
B consideram-se mudanças na estrutura de capital.
C consideram-se juros sobre dívidas.
D não se consideram juros sobre dívida, e mudanças na estrutura de capital.
D
Como o free cash flow to the firm (FCFF) considera o fluxo de caixa para a firma como um todo, ele não contempla o pagamento de juros efetuados aos credores, já que estes também participam da estrutura de capital da empresa. Sendo assim, no cálculo do FCFF não se deve levar em conta as despesas financeiras (gastos com pagamento de juros) e nem mudanças na estrutura de capital (alterações na proporção entre dívida e capital próprio).
Ano X1
NOPAT
2400
Despesas de Vendas
1300
Depreciação
200
Capex
3000
Dividendos
230
Aumento do Capital de Giro
350
Aumento da Dívida
500
Despesas de Juros
140
Alíquota de IR
30%
Considere que o fluxo de caixa livre para a firma é (-) 750. Com base nas informações acima, o fluxo de caixa livre para os acionistas no ano X1 será:
A -250.
B -848.
C -348.
D -652.
C
Incorreta
A fórmula do fluxo de caixa livre para os acionistas é o fluxo de caixa livre para a firma (-750), menos as despesas de juros após o imposto de renda [-140 x (1 -0,30)] = (-98) , mais o aumento da dívida (500). Ou seja, o fluxo de caixa livre para os acionistas é de -348.
Explicar os métodos de avaliação FCFF e FCFE, contrastando as taxas de desconto apropriadas para cada modelo, assim como explicar as vantagens e limitações do modelo FCFE.
Utilize os dados abaixo para calcular o fluxo de caixa livre para firma (FCFF) no ano X:
Ano X1
Lucro Líquido
R$ 2.400
Despesas de Vendas
R$ 1.300
Depreciação
R$ 200
Capex
R$ 3.000
Dividendos
R$ 230
Aumento do Capital de Giro
R$ 350
Aumento da Dívida
R$ 500
Despesas de Juros
R$ 140
Alíquota de IR
30%
O FCFF da firma no ano X corresponde, aproximadamente, a:
A (-) R$ 650.
B (-) R$ 950.
C (-) R$ 400.
D (-) R$ 750.
A
Correta
O FCFF corresponde ao lucro líquido (R$ 2.400), mais a depreciação (R$ 200), mais as despesas financeiras após de IR [(R$ 140 x (1 - 0,30) = R$ 98], menos o investimento em ativo não circulante, ou capex (- R$ 3.000), menos o aumento do capital de giro (- R$ 350), o que resultará em (-) R$ 652. Cabe ressaltar que um aumento do capital de giro enseja o uso de caixa, por isso devemos subtrair o aumento do capital de giro no cálculo o fluxo de caixa livre para a firma.
Orientação de Estudo: Definir e interpretar os conceitos de Fluxo de Caixa Livre para a Firma (Free Cash Flow to the Firm — FCFF) e Fluxo de Caixa Livre para o Capital Próprio (Free Cash Flow to Equity — FCFE).
Assinale a alternativa correta em relação ao apreçamento de ativos:
A o CAPM com risco país não é mais considerado um single index model, por incluir um prêmio por risco país, além de um prêmio por risco de mercado.
B o CAPM não é considerado um single index model, mas um single factor model.
C um single index model considera a existência de apenas um fator de risco que pode ser representado por um índice ou uma cesta de ações.
D o único single index model existente é o CAPM que considera o risco de mercado da ação
C
Um single index model considera a existência de apenas um fator de risco que pode ser representado por um índice ou uma cesta de ações. Esta definição se encaixa perfeitamente com o modelo CAPM. Um single factor model considera a existência de apenas um fator de risco, mas este pode não ser representada por um índice. O CAPM é um single index model e também um single factor model. Risco país não pode ser considerado um fator de risco, mas um ajuste na taxa livre de risco norte americana com base no risco país.
Orientação de Estudo: Explicar modelos de índice e calcular o retorno esperado de um ativo, dados os parâmetros do modelo.
Em um portfólio de ações, ao aumentar o número de ações:
A aumenta o risco sistemático do portfólio.
B reduz o risco não sistemático do portfólio.
C reduz o risco sistemático do portfólio.
D aumenta o risco não sistemático do portfólio.
D
O risco não sistemático, ou risco específico, de uma ação pode ser minimizado com a diversificação de um portfólio com várias ações ou ativos. O risco sistemático, ou risco de mercado, não diminuirá com a quantidade de ação, já que todas as ações têm esse risco de mercado. O risco total = risco sistemático + risco não sistemático.
As carteiras eficientes:
A possuem maior variância quanto maior o beta.
B não possuem risco não sistemático.
C possuem o maior retorno possível, mas também o maior risco
D possuem beta sempre menor que 1.
A
Carteiras eficientes são aquelas que trazem o maior retorno possível para um determinado risco medido pelo desvio padrão. O desvio padrão de uma carteira é o resultado do risco sistemático e não sistemático de uma carteira. O risco não sistemático é o risco específico de uma ação. A diversificação diminui o risco não sistemático de uma carteira de ações, mas não o elimina completamente. Para ações específicas ou carteiras não diversificadas de ações, quanto maior a variância nem sempre maior o beta. Porém, carteiras eficientes são diversificadas e quanto maior a variância, maior será o beta. Portanto as carteiras eficientes podem ter beta acima de 1, podendo ter um risco sistemático acima do mercado.