Sofrimento Fetal Agudo (SFA) Flashcards
Camada diferenciada do blastocisto responsável pela invasão do miométrio e das artérias espiraladas
SINCICIOTROFOBLASTO
3 mecanismos fisiológicos de adaptação do feto em decorrência de sua hipóxia relativa
◦ Aumento da concentração de Hb (Htc)
◦ Hb fetal com maior avidez por O2
◦ Aumento da FC (110-160 bpm) → garante que o O2 recebido pela placenta seja rapidamente distribuído pelos tecidos
A oxigenação fetal depende do ___ materno, sendo que esse suprimento se dá na fase de ___ do útero
FLUXO SANGUÍNEO
RELAXAMENTO DO ÚTERO
O sofrimento fetal corresponde ao prejuízo dos mecanismos de ___ do feto
OXIGENAÇÃO
Diferença básica entre o sofrimento fetal agudo e o crônico
AGUDO → injúria sem tempo do feto fazer mecanismo compensatório
CRÔNICO → tem tempo para realizar adaptações fetais
O SFA é mais frequente no decorrer do ___
TRABALHO DE PARTO
2 categorias etiológicas para os quadros de SFA
1️⃣ Problema na circulação ÚTERO-PLACENTÁRIA (MATERNA)
2️⃣ Problema na circulação FETO-PLACENTÁRIA (FETO)
◦ Acometimento do cordão - compressão ou aumento das necessidades fetais e dificuldade de trocas
Caso os mecanismos compensatórios fetais falhem, quais órgãos / sistemas são priorizados? (3) Quais respostas fisiológicas são observadas?
🧠 SNC, ♥️ CORAÇÃO e ADRENAIS
◦ Vasodilatação central ◦ Vasoconstrição periférica ◦ Aumento da FCF ◦ Redução da movimentação fetal ◦ Maior desvio do fluxo pelo ducto venoso, para retornar ao coração ao invés de ir para os pulmões
3 formas para realizarmos o diagnóstico de SFA
◦ CLÍNICO
◦ BIOQUÍMICO
◦ ELETRÓNICO
3 exames que podem ser avaliados no diagnóstico clínico
- MOBILOGRAMA (movimentos fetais)
- AUSCULTA INTERMITENTE DO BCF
- MECÔNIO
“MAE” - Mobilograma – Ausculta – mEcônio
A avaliação dos movimentos fetais deve ser recomendada a partir de ___ semanas (alto risco) e para todas as demais, a partir de ___ semanas
ALTO RISCO: 26 semanas
DEMAIS: 34 semanas
Número de movimentos fetais esperados em condição normal
NORMAL: 6 a cada 2h
Ausculta intermitente do BCF: gestantes de ___ risco → dilatação - a cada ___ min / expulsivo - a cada ___ min
BCF INTERMITENTE
. Baixo risco
. Dilatação 30/30’
. Expulsivo 5/15’
Presença de mecônio é indicação de cesárea de emergência?
NÃO
Método mais específico para diagnóstico de SFA
MÉTODO BIOQUÍMICO
. Considerando as alterações metabólicas presentes em caso de hipóxia fetal
Como é feita a coleta do método bioquímico, 2 exigências para a coleta e quais valores indicam SFA? (3)
. MÉTODO: microanálise do sangue fetal do couro cabeludo
→ Pelo menos 3cm de dilatação + bolsa rota
. DIAGNÓSTICO:
◦ pH <7.2
◦ BE < -12 (descompensado)
◦ LACTATO >4.8 (acidose, respiração anaeróbica)
Exame de escolha para o método eletrônico de diagnóstico e quais parâmetros são descritos nesse exame
CARDIOTOCOGRAFIA
Estudo indireto dos efeitos da hipóxia
. ATIVIDADE CARDÍACA FETAL
. MOVIMENTAÇÃO FETAL
. ATIVIDADE UTERINA
A CTG é válida a partir de quantas semanas?
26 semanas
(abaixo disso o SNA está imaturo)
Alto risco: 28-32 semanas, ao menos 1x/semana ou variado a depender da avaliação de vitalidade fetal
Categorias (tipos) de CTG
- ANTEPARTO
a) De repouso
b) Estimulada
- INTRAPARTO
Indicações FEBRASGO + HCFMUSP para realização de CTG (4)
◦ Alto risco
◦ Baixo risco pós-datismo (>40 semanas)
◦ Alterações na FCF (USP)
◦ Redução da movimentação fetal >26 semanas (USP)
Mnemônico para avaliação da CTG anteparto
DR CONIVADO
D efinir Risco CO ntrações NÍ vel da linha de base V ariabilidade A celerações D esacelerações O pinião
Valores de referência para nível da linha de base e variabilidade na CTG
Nível da linha de base → FCF 110-160bpm
◦ Bradicardia preocupa mais
Variabilidade → ENTRE 6-25
Causas de bradicardia x taquicardia fetal na CTG
BRADICARDIA
◦ SFA ◦ Pós-datismo ◦ Medicamentos (beta-block) ◦ Arritmias fetais ◦ Monitor registrando FC materna
TAQUICARDIA
◦ Hipóxia crônica (síndromes hipertensivas, tabagismo, DM) ◦ Hipertermia materna ◦ Medicamentos: atropina, uterolíticos ◦ Excesso de atividade fetal ◦ Taquiarritmias fetais
Causas de variabilidade reduzida x aumentada
REDUZIDA
◦ Sofrimento fetal
◦ Sono fetal
◦ Medicações (opioides, MgSO4-, bloqueadores parassimpáticos)
◦ Prematuridade
AUMENTADA
◦ SFA
◦ Movimentação fetal excessiva
Padrão de aceleração transitória normal (<32 semanas e > ou = 32 semanas) e significado de ausência de acelerações na maioria dos casos
< 32 semanas:
◦ Sobe pelo menos 10bpm em 10s
> ou = 32 semanas:
◦ Sobe pelo menos 15bpm em 15s
👀 AUSÊNCIA DE ACELERAÇÕES - acidose (em cerca de 50% dos casos)
Características gráficas e base fisiopatológica da desaceleração do tipo I
DIP I - precoce
◦ NADIR (ponto mais baixo da desaceleração) = PICO DA CONTRAÇÃO
◦ Intervalo entre os picos de no máximo 30 segundos (DECALAGEM)
◦ Fisiopatologia: “CABEÇA” → compressão do polo cefálico secundária às contrações uterinas → fisiológica no TP e em RPMO / anormal em Braxton-Hicks (alerta para oligoâmnio)
Características gráficas e base fisiopatológica da desaceleração do tipo II
DIP II - tardia
◦ NADIR =/= PICO DA CONTRAÇÃO (nadir após a contração)
◦ DECALAGEM >20s
◦ Fisiopatologia: “CORAÇÃO” → insuficiência placentária por compressão após contração uterina → sinal de HIPÓXIA
Características gráficas e base fisiopatológica da desaceleração do tipo III
DIP III - variável
◦ Sem relação do nadir com as contrações uterinas
◦ Padrão ANÁRQUICO
◦ Ondas mais IRREGULARES, com queda SÚBITA e ABRUPTA, com desacelerações PROFUNDAS
◦ Fisiopatologia: COMPRESSÃO FUNICULAR (CORDÃO UMBILICAL) → oligoâmnio, RPMO, prolapso de cordão, nó de cordão
Desacelerações não complicadas x complicadas: perfil de cada cardiotoco
NÃO COMPLICADA
◦ Acelerações presentes
◦ Retorno à FCF basal
◦ Saída rápida da desaceleração
COMPLICADA
◦ Aceleração ausente
◦ Desaceleração somada
◦ Retorno à FCF basal menor
◦ Subida lenta
Critérios de mau prognóstico na desaceleração variável complicada
◦ Morfologia em W
◦ Retorno lento à linha de base
◦ Cai < 70bpm
◦ Duração >60s
◦ Taquicardia compensatória (>20 bpm ou com > 20s de duração pós-desaceleração)
3 nomenclaturas para classificação da CTG anteparto segundo a FEBRASGO
◦ CTG normal (reativa)
◦ CTG atípica ou indeterminada (não reativa)
◦ CTG anormal (não reativa)
Sequência de alterações progressivas que ocorrem na CTG de um feto em sofrimento (6 alterações)
- Desaceleração
- Desaparecem as acelerações transitórias
- Diminuição da variabilidade
- Taquicardia fetal (>160bpm)
- Bradicardia fetal por falência miocárdica isquêmica
- Óbito fetal
´HCFMUSP: índice cardiométrico modificado para classificação de CTG anteparto (4 parâmetros, normalidade, pontuações e suas respectivas classificações de CTG)
Parâmetros:
◦ Linha de base: 110-160 bpm (1 ponto)
◦ Variabilidade: 10-25 bpm (1 ponto)
◦ Acelerações transitórias: 1 (2 pontos)
◦ Desacelerações: nenhuma (1 ponto)
4-5 = ATIVO 2-3 = HIPOATIVO 0-1 = INATIVO
Manobra que devemos realizar diante de um feto hipoativo, segundo o HCFMUSP
Feto hipoativo = ESTÍMULO SONORO
Resposta satisfatória (feto dormindo) x Resposta inadequada sugestiva de SFA
4 possíveis respostas do feto hipoativo à manobra de estímulo sonoro
◦ Hipoativo reativo: ↑pelo menos 20 bpm por pelo menos 3’ (NORMAL)
◦ Hipoativo hiporreativo bifásico: ↑<20 bpm por <3’, mas com acelerações transitórias após (NORMAL)
◦ Hipoativo hiporreativo monofásico: aumento inicial que não preenche critérios de 20bpm por 3’ e não faz aceleração após (ANORMAL)
◦ Hipoativo não reativo: ausência de resposta fetal ao estímulo (ANORMAL)
Teste realizado para CTG anteparto de estresse
PROVA DE POSE (TESTE DA OCITOCINA)
◦ Induz contrações uterinas
◦ Substituído pelo PBF
Possíveis apresentações da CTG intraparto
. Categoria 1
. Categoria 2
. Categoria 3
VER MATERIAL AULA
Regra básica para classificarmos a CTG intraparto (2 parâmetros avaliados)
◦ VARIABILIDADE ADEQUADA (6-25 bpm)
◦ SEM DESACELERAÇÕES “RUINS” (tardia ou variável complicada)
2 OK = categoria 1
1 OK = categoria 2
0 OK = categoria 3
MANOBRAS DE RESSUSCITAÇÃO INTRAUTERINA (3 FUNÇÕES PRINCIPAIS DAS MANOBRAS E QUAIS MANOBRAS SÃO)
MELHORAR OXIGENAÇÃO E REDUZIR HIPOTENSÃO MATERNA
- Mãe em decúbito esquerdo
- Suspender os puxos da mãe
- Oxigenoterapia
DIMINUIR CONTRATILIDADE UTERINA E CORRIGIR HIPOTENSÃO MATERNA
- Suspender ocitocina
- Hidratação com cristaloides
- Terbutalina SC
ALIVIAR COMPRESSÃO FUNICULAR
- Reposicionamento materno
- Suspensão dos puxos
- Infusão de líquido amniótico
Complicação temida do SFA e 4 elementos que falam a favor de seu diagnóstico
PARALISIA CEREBRAL
. APGAR <5 (5’ e 10’)
. GASO DE CORDÃO pH <7 ou BE < -12
. RNM: INJÚRIA CEREBRAL AGUDA
. FALÊNCIA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS (ENCEFALOPATIA ISQUÊMICA AGUDA)
Definição de óbito fetal
MORTE INTRA-ÚTERO (ANTES DA EXPULSÃO OU EXTRAÇÃO COMPLETAS) DE UM FETO COM:
. Peso <500g
ou
. > ou = 20-22 semanas ou > ou = 25cm
Óbito fetal precoce e tardio
PRECOCE: 20-27 semanas
TARDIO: > ou = 28 semanas
Causas maternas de óbito fetal
DOENÇAS HIPERTENSIVAS
SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLIPIDE
LES
ENDOCRINOPATIAS
ISOIMUNIZAÇÃO
Rh
INFECÇÕES
MEDICAMENTOS
COCAÍNA