Parto: indução e condução do trabalho de parto Flashcards
Indicações relativas de episiotomia
○ PARTO OPERATÓRIO
○ EXAUSTÃO MATERNA
○ EXPULSIVO PROLONGADO
○ DISTÓCIA DE OMBROS
○ SFA
Mnemônico para conduta na distócia de ombros no período expulsivo e condutas gerais
A L E E R T A !
A JUDA L EVANTAR AS PERNAS E XTERNAS (McRoberts + Rubin I) E PISIOTOMIA R EMOVER BRAÇO POSTERIOR (Jacquemier) T OQUE (MANOBRAS INTERNAS) A LTERAR A POSIÇÃO DA PACIENTE (Gaskin)
. Abordagem calma e precisa
. Comando efetivo da equipe
. 30-60’’ em cada manobra
Manobra que resolve grande parte das distocias de ombro na prática obstétrica (nome e descrição)
McRoberts - abdução com hiperflexão da coxa
+
Rubin I - pressão suprapúbica para desprendimento dos ombros
“Manobra do parafuso” - epônimo e descrição da manobra
Manobra de Woods
Realização de pressão na face anterior do ombro fetal posterior (repousado sobre o sacro) com auxílio de 2 dedos, para realizar uma rotação em 180º, provocando a ABDUÇÃO do ombro do feto
Descrição da manobra de Rubin II
Introdução dos dedos de uma mão na vagina, por trás do ombro anterior do feto (posterior do ombro anterior), empurrando o ombro em direção ao tórax fetal, provocando a ADUÇÃO do tórax fetal
Introdução da mão dentro da vagina e retirada do ombro fetal posterior, diminuindo o diâmetro para sua passagem - manobra
Manobra de Jacquemier
Descrição da manobra de Gaskin
Posicionar a paciente de 4 apoios e tentar realizar o desprendimento, iniciando pelo ombro posterior e a seguir pelo ombro anterior
Manobra proscrita atualmente, que consiste na reintrodução da cabeça fetal na vagina, inversamente à rotação fetal realizada pelo mecanismo de parto, para realização de parto cesárea de emergência
Manobra de Zavanelli
Quando pode ser feito o clampeamento imediato do cordão umbilical? (3)
○ HIV
○ SFA
○ Rh MATERNO -
Graus de laceração do canal de parto e estruturas lesadas em cada um deles
1º GRAU: pele perineal + fúrcula (mucosa vaginal)
2º GRAU: 1º grau + fáscia e mm. do períneo
○ SEM lesão mm. do esfíncter anal
○ Episiotomia (porém previamente à expulsão fetal)
3ºGRAU: 2º grau + mm. do esfíncter anal
3a = até 50% do esfíncter anal externo (EAE) 3b = >50% do EAE, porém com EAI íntegro 3c = rotura do EAI
4º GRAU: 3ºgrau + mucosa retal
Ordem de sutura das camadas lesadas em cada grau de laceração
1º / 2º graus: MUCOSA VAGINAL → MUSCULATURA → PELE
3º grau: ESFÍNCTER ANAL → MUCOSA → MUSCULATURA → PELE
4º grau: MUCOSA RETAL → ESFÍNCTER ANAL → MUCOSA VAGINAL → MUSCULATURA DO PERÍNEO → PELE
Características da distócia funcional no partograma: parâmetro alterado, principal causa e condutas
DISTÓCIA FUNCIONAL
. PARÂMETRO: ▲ < 1 cm/h (dilatação ineficaz)
. CAUSA: contração uterina ineficaz o irregular
. CONDUTAS: estimular deambulação + ocitocina / rotura de membranas SN
Características da parada secundária da dilatação no partograma: parâmetro alterado (destacar o delta T do exame para fechar o diagnóstico), principal causa e condutas
PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO
. PARÂMETRO: ▲ na mesma linha por 02 toques consecutivos com intervalo de 2h entre eles, estando a mulher em fase ativa do trabalho de parto (contrações eficazes e regulares)
. CAUSAS: Desproporção cefalopélvica (deflexões; variedades transversas ou posteriores)
. CONDUTAS: posição verticalizada + alívio da dor (hidroterapia, massagem, acumpuntura) + analgesia peridural
Parto taquitócito: partograma característico e principal consequência temida desse processo
PARTO TAQUITÓCITO
Distocia diagnosticada após o nascimento, quando o período entre o começo da fase ativa e da expulsão fetal é <4h
Pode haver taquissistolia (com o uso iatrogênico de ocitocina) e é uma distócia com fator de risco para ocorrência de HEMORRAGIA PUERPERAL, tanto por atonia uterina quanto lacerações de trajeto
Período pélvico prolongado: perfil do partograma, causa possível e tempo determinado para primíparas e multíparas
PERÍODO PÉLVICO (EXPULSIVO) PROLONGADO
. PARTOGRAMA: descida fetal progressiva (NÃO PARA DE DESCER!), porém com velocidade menor do que a esperada
. CAUSA: contrações ineficazes
. TEMPO:
⚫ PRIMÍPARAS >2H
⚫ MULTÍPARAS >1H
+1H EM CADA DE ANALGESIA
Parada secundária da descida: perfil do partograma (destacar o intervalo entre os exames), principal causa e condutas
PARADA SECUNDÁRIA DA DESCIDA
. PARTOGRAMA: ▲ em 10cm + parada de descida fetal por pelo menos 1h (02 toques consecutivos)
. CAUSA: desproporção cefalopélvica
. CONDUTAS: verticalização / amniotomia / rotação manual / analgesia / instrumentalização (fórceps ou vácuo extrator)
Novas recomendações da ACOG
- FASE ATIVA INICIA-SE COM 6cm (não mais 3-4cm) → ABRIR PARTOGRAMA SOMENTE NESTE MOMENTO
- FASE ATIVA PROLONGADA NÃO INDICA PCST
- PARADA DA DILATAÇÃO SOMENTE DIAGNOSTICADA APÓS 6cm. após 4h de parada de progressão OU. após 6h de parada caso haja contrações ineficazes estimuladas com ocitocina
- NÃO HÁ TEMPO MÁXIMO PARA O PERÍODO EXPULSIVO
- PARADA DA PROGRESSÃO APÓS 3H DE EXPULSIVO EM NULÍPARAS OU 2H EM MULTIPARAS
- ACRESCENTAR 1H SE ANALGESIA
Indicações absolutas e relativas de cesariana
. SFA: mecônio isolado e/ou redução do LA não são indicações de cesárea
. Iteratividade (≥2 cesáreas prévias) ou cicatriz prévia não segmentar (fúndica, por exemplo)
. PP centro-total
. DPP (exceção se via vaginal mais rápida)
. Prolapso de cordão (via mais rápida; se morto ou inviável não indica cesárea)
. Macrossomia: PFE >5.000g em mães não DM / PFE >4.500g em mães com DM
. Vasa prévia (considerar)
. Gemelares: primeiro feto não cefálico OU ≥3 fetos
. HIV: carga viral >1.000 cópias/mL ou carga desconhecida >34 semanas
. Herpes simples: se lesões ativas na região vaginal, sintomas prodrômicos da infecção ou 1ª infecção no último tri da gestação
. DCP: individualização
. Obstrução mecânica do canal de parto (condilomatose extensa)
. Pós-morte materna: na tentativa de salvar o feto e melhorar as manobras de ressuscitação materna; idealmente nascimento dentro de 5min após PCR materna e a incisão deve ser preferencialmente longitudinal
Conduta contraindicada na indução do parto vaginal de pacientes com uma cesárea prévia
Indução com misoprostol
Profilaxia antibiótica a fim de diminuir os riscos de infecção pós-operatória de cesárea (endometrite, ITU, infecção de ferida operatória)
Cefazolina 2g
“Entrando em campo”: tempos da cesariana
1) Incisão segmentar (transversal) da pele → Pfannestiel 2-3cm da sínfise púbica, medindo 8-12cm
2) Abertura do SC
3) Aponeurose
4) M. reto abdominal + m. piradmidal → separação na linha média, apenas com uso da divulsão
5) Peritônio parietal + visceral
6) Histerotomia → transversal ou vertical (prematuridade extrema, acretismo, leiomiomas volumosos, aderência vesical intensa) → mais realizada = TRANSVERSAL ARCIFORME - na altura do segmento inferior (mas com risco de lesão de vasos nobres)
7) Extração fetal
8) Extração placentária
9) Curetagem da parede uterina
10) Histerorrafia → fio absorvível
11) Inventário da cavidade e fechamento da parede abdominal
Cesárea a pedido: atualidade
CESÁREA A PEDIDO → SE NÃO TIVER INDICAÇÃO MÉDICA PARA OPERAR ANTES, FEBRASGO ORIENTA >39 SEMANAS, DESDE QUE BEM INFORMADA E ESCLARECIDA A RESPEITO DOS RISCOS E BENEFÍCIOS DE CADA VIA DE PARTO, DESDE QUE ASSINADO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO E AINDA, CASO O PROFISSIONAL NÃO CONCORDE COM TAL CONDUTA, TEM O DIREITO DE SOLICITAR QUE OUTRO COLEGA ASSUMA O CASO