Sofrimento fetal agudo Flashcards
‘Introdução
- Sofrimento fetal agudo: durante o parto -> hipoxia, acidose e hipercapnia (aumento da PCP2)
- Quando crônico: o sofrimento se desenvolve ao longo do pré-natal
- Fisiopatologia: insuficiência nas circulações uteroplacentária e fetoplacentária
Insuficiência nas circulações uteroplacentária
- Redução excessiva de sangue que supre os espaços intervilosos, causada por:
- Hiperatividade uterina:
- Hipersistolia: contrações > 40s (taquitócico)
- Taquissistolia: várias contrações -> 6/7 em 1 min (taquitócico)
- Hipertonia: estado de constante contração uterina (descolamento de placenta)
- Hiperatividade uterina:
- Os espaços se abrem no relaxamento -> aumento do suprimento sanguíneo.
- BCC, beta agonistas: podem diminuir a hiperatividade uterina
- Hipotensão materna ( impede a boa circulação uteroplacentária): reposição volêmica
Insuficiências na circulação proveniente do cordão umbilical-fetoplacentária
- Alteração na circulação do cordão umbilical
- Causas:
- Circulares: mais leve. Não é
indicação absoluta de cesárea - Prolapsos: indicação absoluta de cesárea. Diagnostico clinico
- Nós verdadeiros: diagnóstico no trabalho de parto. Pode reduzir ou cessar o fluxo sanguíneo - risco de óbito
- Oligodramnio: compromete a
proteção do bebe (usg)
- Circulares: mais leve. Não é
Diagnóstico
- Clínico: toque, analise do líquido amniótico, palpação abdominal , sinais vitais, monitorização dos movimentos (5-10x em 1-2h)
- Cardiotocografia: FC fetal (na parte inferior\dorso do bebê) e contração uterina (no fundo uterino)
- Ausculta fetal intermitente (5-15, 15-30)
- Microanálise do sangue fetal: retira sangue do cordão (mais ácido < 7,2)
- Eliminação de mecônio: depende (isolado não é sinal)
Cardiotocografia
- Precisa de maturidade fetal
- Não é exame de rotina
- Hipóxia - perda só estimulo simpático - perda das acelerações - perda da variabilidade - bradicardia e desacelerações tardia - perda dos movimentos e tônus
- Registro do traçado da FCF
- Método não invasivo, inócuo e de baixo custo usado para rastreamento primário do bem-estar fetal em gestantes de alto risco
- Sensibilidade >95%
- Especificidade baixa
- Alto VPN
Parâmetros - cardiotocografia - linha de base
- (FCF média em 10 min)
- Normal: 110\120 a 160 bpm
- Bradicardia: < 110 bpm
- Taquicardia: > 160 bpm
Parâmetros - cardiotocografia - variabilidade
- Pico máximo e pico mínimo em 1 minuto
- Ausente: indetectável
- Mínima: < 5 bpm (hipóxia, dormindo)
- Moderada\normal: 6-25 bpm
- Aumentada: > 25 bpm
- Padrão sinusoidal: monótono, fixo e regular, ondas em sino com amplitude 5-15 bpm
Acelerações transitória
- Aumento abrupto da FC total)
- A falta não é sinônimo de sofrimento
- Melhor parâmetro para indicar O2 fetal. Se presente indica boa reserva de O2
- 1 aceleração: aumento de 15 bpm por 15s
- < 32 semanas: > 10 bpm e > 10 seg
- > = 32 semanas: > 15 bpm e > 15 seg
Desacelerações
- Fisiológico é não ter, é o contrário de aceleração transitória. Acontece quando o bebê desacelera na contração e relaxamento
- Precoces
-Tardias - Variáveis ou umbilicais
Passo a passo - laudar
- Linha superior: FC
- Linha inferior: contrações
- Tempo mínimo: 10 min
- Passa a passo
- 1º passo: Analisar a “Linha de base”. Se estiver entre 120 e 160 bpm está normal
- 2º passo: Variabilidade. É a diferença entre o pico máximo e o mínimo. Normal entre 6 e 25 bpm
- 3º passo: Presença de Acelerações transitórias (AT) - faz platô e não pico
- 4º passo: Ausência de Desacelerações (nadir da linha de base)
Pontuação
- Linha de base normal: 1 ponto
- Variabilidade entre 6-25: 1 ponto
- Pelo menos 1 acelerações transitória: 2 pontos
- Nenhuma desaceleração: 1 ponto
- Feto ativo: 4-5
- Feto hipoativo: 2-3
- Feto inativo: 0-1
Alterações basais (FCF basal e variabilidade\oscilações)
- Tipo 0 (silenciosa-5bpm)-hipoxia acentuada
- Tipo 1 (comprimida-5-10bpm) - fármacos depressores do SNC/adormecidos
-Tipo 2 (ondulatória-10-25bpm)-fetos reativos/padrão normal - Tipo 3 (saltatória >25bpm) -compressão de cordão umbilical decorrente de intensa atividade motora fetal
-Extra: Padrão sinusoidal (- dos bebês isoimunizados ao fator rh)
Alterações transitórias (acelerações e desacelerações - DIP)
- DIP I (precoce): fisiológica, simétrica a contração uterina |(nadir e pico quase se tocam); queda rápida e com baixa amplitude da FCF; compressões do polo cefálico durante a contração; fisiológico no TP com bolsa rota, no final da dilatação e período expulsivo; na CTG basal (fora do trabalho de parto) pode estar associada a oligoâmnio - NÃO É SINAL DE SOFRIMENTO
- DIP II (tardia): RUIM - desaceleração simétricas e recorrentes; inicio, nadir e recuperação atrasados 20-30s em relação a contração uterina; marcador biofísico que melhor se correlaciona com hipoxia fetal (pO2 < 18 mmHg). Contrai, passa um tempinho e só depois desacelera
-> indicação imediata de cesárea - DIP III (desfavorável): queda >= 70 bpm; duração longa > 60s; recuperação lenta; recuperação da FCF em níveis inferiores (não retorna a linha de base); perda da oscilação; desaceleração bifásica (forma em W); ausência de aceleração inicial ou secundaria. desacelerações ás vezes vem antes outras vezes vem depois das contrações
TRATAMENTO
Profilático
1. evitar uso excessivo de ocitocina
2. triar os partos que deverão ser induzidos
3. quando induzir, utilizar a menor dose possível de ocitocina
4. monitorar os partos (induzidos ou pacientes de risco)
5. Critério na decisão de romper as membranas ovulares
Ativo
1. mudança de decúbito
2. corrigir hipotensão materna
3. oxigenioterapia
4. ⇩ contrações uterinas
5. cesariana
6. reanimação do R
Alterações
- Baixa probabilidade de hipóxia\acidose: ausência de pelo menos 1 critério de normalidade (linha de base, variabilidade, desacelerações) mas sem nenhum patológico -> corrigir causas reversíveis, monitorar
- Alta probabilidade de hipóxia\acidose: < 100bpm, variabilidade alterada, desacelerações repetitivas tardias ou prolongadas > 30 min ou se baixa variabilidade > 20 min ou desaceleração > 5 min -> ação imediata ou parto imediato