Gravidez ectópica Flashcards
1
Q
Gravidez ectópica
A
- Gestação cuja implantação e desenvolvimento do ovo ocorrem fora da cavidade corporal do útero
-95-98% dos casos: tuba uterina;- 70-80% ampular;
- 12% ístmica;
- 6-11% infundibular;
- 2-3% intersticial
- Ovariana: 1-3%
- Abdominal e de cérvix uterina: < 1%
- Em cicatriz de cesárea: > 1%
- Gravidez ectópica pós-fertilização assistida: intersticial 7,3%, cervical 1,5% e heterotópica (tópica e ectópica) ou combinada 11,7%
2
Q
ETIOLOGIA GRAVIDEZ ECTÓPICA
A
- Fatores que causam lesão tubária ou alteração no transporte ovular
- DIP: infecções por Clamidia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae (alterações e obstrução tubária; diminuição dos cílios; aglutinação das dobras da mucosa com estreitamento da luz; microdivertículos e destruição das fimbrias)
- Endometriose
- Tabagismo
- Uso de DIU: 50% de chance de ser ectópica caso falhe (levonogestrel) e 1:16 (cobre)
- Cirurgia tubária prévia: salpingostomia, reanastomose, fimbrioplastia e lise de aderências.
- Gravidez posterior a falha na esterilização tubária
- Antecedente gravidez ectópica: risco de 6 a 8
3
Q
ETIOLOGIA GRAVIDEZ ECTÓPICA
A
- Estado da tuba contralateral, o tipo de tratamento
(salpingectomia, salpingostomia, metotrexato), laparotomia ou laparoscopia e esterilidade anterior ao evento - Procedimentos ligados à reprodução assistida
- O aumento de estrogênio (efeito das drogas indutoras de ovulação) interferência no mecanismo de transporte tubário (alteração da motilidade tubária - retenção)
- Na fertilização in vitro: o uso de volume excessivo de meio de transferência injetado no útero
- Anticoncepção de emergência: o levonogestrel - alteração da motilidade tubária, que causa retardo na chegada do ovo ao endométrio
- Início precoce da atividade sexual
- Antecedente de múltiplos parceiros sexuais
- Tabagismo: efeitos da nicotina na atividade ciliar e na motilidade tubária
4
Q
Anamnese
A
- Tríade clássica: dor abdominal, sangramento vaginal e atraso ou irregularidade menstrual\amenorreia
- Outros locais de dor: abdome superior, região lombar, região cervical e escápula (sinal de Laffont)
5
Q
Exame físico
A
- Variam de acordo com o estado hemodinâmico da paciente
- Exame físico normal ou instabilidade hemodinâmica
- Sinal de Cullen (equimose periumbilical): volumosa hemorragia intra-abdominal →sinal raro
- Dor localizada em um dos quadrantes (GE íntegra) ou difusa (GE rôta)
- Sinais de irritação peritoneal: distensão, sinal de Blumberg e diminuição ou parada dos RHA
- ETG: sangramento vaginal em pequena quantidade, escuro, com coágulos e restos de decídua. Colo uterino amolecido. Exame do fundo de saco posterior doloroso (sinal de Proust), grito de Douglas
6
Q
Exames complementares
A
- B-HCG sérico (>1500 -> achar saco gestacional, se < 1500 repetir) + usg + HMG
- US pélvica ou transvaginal: espessura diminuída; ausência saco gestacional no interior da cavidade uterina ou pseudo saco gestacional (mascarando a gestação ectópica).
- Visualização de embrião com BCF fora cavidade uterina → sinal de certeza
- Anel tubário: imagem anexial paraovariana semelhante a saco gestacional
-Formação anexial (massa heterogênea) sólida ou complexa: sugestão forte - Líquido livre em cavidade abdominal
- Massa anexial paraovariana heterogênea não cística: imagem ecográfica com maior acurácia no diagnóstico de gravidez tubária
- Zona discriminatória: B-hCG de 2.000 mUl/ml (6/8 semanas) e ausência de saco gestacional intrauterino
- Métodos invasivos:
- culdocentese, a curetagem uterina e a laparoscopia(líquido livre cavidade pélvica)
- Culdocentese(insere uma agulha maior no fundo de saco): sangue escuro, não coagulável →hemoperitôneo
- Diagnóstico diferencial: rotura cisto ovariano, abortamento (sangue mais vivo), salpingite e afecções intestinais
7
Q
TRATAMENTO
A
- Cirúrgico
- Radical (salpingectomia) ou conservador (salpingostomia ou ressecção parcial)
- Salpingectomia: laparotomia, laparoscopia, ou por colpotomia
- É cirurgia ideal: promove hemostasia adequada e garante a remoção completa do tecido trofoblástico
- Cirúrgico conservador: paciente com desejo reprodutivo, massa anexial <= 5 cm no seu maior diâmetro, a
gravidez ectópica deve ser íntegra e é preciso haver estabilidade hemodinâmica
- Radical (salpingectomia) ou conservador (salpingostomia ou ressecção parcial)
- Salpingostomia por via laparoscópica (padrão ouro)
- Curetagem dos anexos por laparoscópica ou laparotomica
- Ressecção segmentar (salpingectomia parcial)
- Ordenha tubária
- Metotrexato
- Expectante: raramente, B-hCG baixo, estável
8
Q
Tratamento - Gravidez ectópica persistente
A
- Consequência da remoção incompleta do tecido trofoblástico após cirurgia conservadora (salpingostomia)
- Cirurgia radical x cirurgia conservadora
- O prognóstico de uma futura gestação após episódio de gravidez ectópica - antecedentes e estado da tuba contralateral
- Imagem de embrião com atividade cardíaca e valores de B-hCG superiores a 5.990 mUl/mL mostraram-se preditoras de penetração completa do trofoblasto na parede tubária
- Laparotomia x laparoscopia
Laparotomia é mais efetiva na retirada do tecido trofoblástico - Laparoscopia: menor tempo cirúrgico, menos perda sanguínea, menor
tempo de internação, menor tempo de analgesia e de convalescença. - Técnica fácil, segura e de menor custo
- Contraindicação absoluta laparoscopia: instabilidade hemodinâmica paciente
- Instabilidade: laparotomia com salpingectomia
- Contraindicação relativa laparoscopia: gravidez ectópica intersticial, massa com mais de 5cm, B-hCGsérico superior 20000mUl/ml, e obesiidade