Síndromes Sexualmente Transmissíveis Flashcards
Quais doenças cursam com síndrome de corrimento vaginal?
- Vaginose bacteriana (+ comum).
- Candidíase.
- Tricomoníase
- Cervicite/DIP.
Quais doenças cursam com síndrome de corrimento uretral?
Uretrite gonocócia e não-gonocócia.
Quais doenças cursam com síndrome de úlcera genital?
- Sífilis.
- Herpes genital.
- Cancro mole.
- Linfogranuloma venéreo.
- Danovanose.
Qual doença cursa com síndrome de verrugas genitais?
Infecção pelo HPV.
Além do tratamento, qual a conduta quando há uma DST?
- Convocar e tratar parceiro.
- Procurar outras DSTs.
- Orientar formas de prevenção.
Quais os fatores de risco para uma DST?
- Idade < 25 anos.
- Múltiplos parceiros sexuais.
- Sexo sem preservativo.
- Inicio precoce da atividade sexual.
- DSTs prévias.
Qual o pH normal da vagina?
3,8 - 4,2
Qual a flora normal da vagina?
- Lactobacilos/bacilos de Döderlein (principais).
- Gardenerela.
- Cândida.
- Micoplasma.
Todo fluxo vaginal aumentado é patológico?
Não! Mucorréia = aumento da secreção, podendo conter grumos, sem sintomas nem sinais de inflamação. Mais comum na 2ª metade do ciclo menstrual.
Quais os passos na avaliação de um corrimento?
- Determinar o pH vaginal.
- Exame a fresco.
- Bacterioscopia (gram).
- Teste das aminas (whiff test) com KOH 10%.
Paciente com queixa de corrimento cinza de odor fétido, sem outros sintomas. Qual o diagnóstico?
Vaginose bacteriana.
Qual o agente da vaginose bacteriana?
Gardnerella vaginalis.
Qual o quadro clínico da vaginose bacteriana?
- Corrimento branco-acinzentado fluido e honogênio.
- Odor de peixe podre (piora com o coito e menstruação).
- Raramente com sintomas irritarivos.
Quais os critérios diagnósticos para vaginose bacteriana (Amsel)?
- Corrimento branco-acinzentado homogênio fino.
- pH vaginal > 4,5.
- Presença de clue cells (células chave/células-guia/células-alvo).redução dos lactobacilos e crecimento de anaerobios estritos e facutativos
- Teste das aminas positivo com KOH (também pode positivar com solução salina).
Qual o tratamento da vaginose bacteriana?
- Metronidazol vaginal por 5 dias
- Meteonidazol 500mg vo(2cps de 250mg) de 12/12h por 7 dias (incluindo gestantes).
- Vitamina C tópica (acidificar a vagina).
- Abstinência alcoólica (efeito antabuse ou dissufiran)
FRisco para vaginose Bacteriana: duchas vaginais recorrentes
.
Devemos tratar o parceiro na vaginose bacteriana?
Não! Não é DST!
Paciente com queixa de prurido vulvar intenso, com corrimento branco em leite talhado, sem odor desagradável. Qual o diagnóstico?
Candidíase.
Quais os fatores de risco para candidíase?
- Uso de corticóides, imunossupressores e antibióticos.
- Estresse.
- Diabetes melitus.
- Vestuário inadequado.
- Preservativo (látex).
Qual a clínica da candidíase?
- Prurido intenso.
- Ardor e hiperemia vulvovaginal.
- Corrimento branco grumoso, inodoro e aderido (leite coalhado).
Quais os critérios diagnósticos de candidíase?
- Clínica sugestiva (corrimento, prurido, etc).
- pH < 4,5.
- Presença de pseudohifas( fase sintomatica) ou esporos (assintomatica) no exame a fresco (facilitada pelo KOH).
Qul o tratamento da candidíase?
- Miconazol (imidazólico) creme por 7 noites ou
- Nistatina tópica.ou
- Fluconazol 150mg VO DU.
- Não usar fluconazol nem cetoconazol na gestação.
se >4 episodios/ano( recorrente):
fluconazol 150mg 1cp vo nos dias 1, 4 e 7 e apos,1cp vo 1xsemana por 6meses
Qual o tratamento de candidíase recorrente (>4 episódios/ano)?
fluconazol 150mg 1cp vo nos dias 1, 4 e 7 e apos,1cp vo 1xsemana por 6meses
Devemos tratar o parceiro?
Só em casos de balanopostite (não é DST!).
Paciente com queixa de prurido e hiperemia vulvar moderadas, com corrimento amarelo-esverdeado bolhoso e malcheiroso. Qual o diagnóstico?
Tricomoníase.
Qual o agente da tricomoníase?
Trichomonas vaginalis.
Qual o quadro clínico da tricomoníase?
- Prurido, ardência e hiperemia vulvar moderados.
- Corrimento amarelo-esverdeado bolhoso e fétido.
- Colpite focal (colo em morango/framboeza).
- Colo tigróide no teste de Schiller.
Como é feito o diagnóstico da tricomoníase?
- Clínica sugestiva.
- pH > 4,5.
- Presença de protozoários flagelados móveis no exame a fresco.
- Teste das aminas positivo.
colpite: colo em framboesa
Qual o tratamento da tricomoníase?
- Metronidazol 500mg de 12/12h por 7 dias.
- Abstinência alcoólica.
não pode ser uso topico
Devemos tratar o parceiro?
Sim! É uma DST!
Qual a clínica da vaginite descamativa?
- Corrimento vaginal purulento.
- Ausência de lactobacilos e presença de estreptococos b-hemolíticos.
- Intensa descamação vaginal.
Quais as características da vaginite aeróbia?
- Inflamação vaginal devido à presença de bactérias aeróbias da flora intestinal (E. coli, E. faecalis, S. agalactiae e S. aureus).
- Causa corrimento purulento, fétido e com teste das aminas negativo, além de dispareunia.
- Queda acentuada na quantidade de lactobacilos.
- Tratar com corticóides e antibióticos.
Qual a clínica da vulvovaginite inexpecífica?
- Comum em crianças (menos fatores de proteção vaginal).
- Presença de flora intestinal (E. coli, Proteus).
- Leucorréia.
- Prurido e ardência.
Qual o tratamento da vulvovaginite inespecífica?
- Boas medidas de higiene.
- Banho de acento antisséptico.
Qual a clínica da vaginite atrófica?
paciente menopausada
Prurido ardência e dispareunia pela deficiência de estrogênio.
- Perda da elasticidade e turgor vaginal.
- Ausência de parasitas e lactobacilos.
- aumento de celulas PMN e celulas basais e parabasais
- pH > 5,0.
Qual o tratamento da vaginite atrófica?
Estrogênios tópicos.
Qual a clínica da vaginose citolítica?
- Corrimento branco.
- Prurido e ardência.
- Aumento da população de lactobacilos.
- Presença de citólise (núcleos desnudos).
OBS.: é o principal diagnóstico diferencial de candidíase vulvovaginal.
Qual o tratamento da vaginose citolítica?
Alcalinização vaginal com bicarbonato de sódio.
em banho de assento
Paciente com queixa de sinusorragia e dispareunia de profundidade. Ao exame, conteúdo purulento saindo do orifício cervical externo. Qual o diagnóstico?
Cervicite.
Qual os agentes das cervicites?
- Chlamydia trachomatis.
- Neisseria gonorrhoeae.
Qual a clínica das cervicites?
- Sinusorragia e dispareunia de profundidade.
- Secreção purulenta do orifício cervical externo (principalmente gonococo).
- Colo friável.
- Cervivite folicular (clamídia).
OBS.: a infecção por clamídia é MUITO mais frequente do que por gonoco, e tende a ser mais amena.
Como é feito o diagnóstico das cervicites?
- Meio de Thayer-Martin e diplococos gram - = gonococo.
- Meio de McCoy = clamídia.
Qual o tratamento das cervicites?
- Cefriaxona 500mg IM DU.
- Azitromicina 1g VO DU.
Mulher com dor em baixo ventre, anexial e à mobilização do colo. Apresenta febre e secreção cervical purulenta. Qual o diagnóstico?
Doença inflamatória pélvica (DIP).
Quais os principais agentes da DIP?
- Gonococo e clamídia (inicialments).
- Depois, polimicrobiana.
- Pode ser causada pelo M. tuberculosis!
Quais os fatores de risco para DIP?
- Cervicite não-tratada.
- Fatores de risco para DSTs.
- Tabagismo.
- Uso de DIU (DIP por Actinomyces).
- ACO protege!
Qual o quadro clínico da DIP?
- Dor à mobilização do colo uterino (sinal de Chandelier)
- Dor pélvica (endometrite).
- Febre.
- Secreção cervical purulenta.
Quais os critérios diagnósticos de DIP (parte 1)?
- Critérios maiores (mínimos): dor pélvica, dor anexial e dor à movilização do colo uterino.
- Critérios menores (adicionais): febre, leucocitose, secreção vaginal purulenta.
- Critérios elaborados (definitivos): evidencias histopatológicas de endometrite, abcessos tubo-ovarianos (massas anexiais) ou evidencias de DIP na videolaparoscopia.
Quais os critérios diagnósticos de DIP (parte 1)?
3 critérios maiores + 1 critério menor OU 1 critério eleborado.
Qual exame padrão-ouro na endometrite? E nos abcessos da DIP?
Histopatológico. Videolaparoscopia.
Quais as possíveis sequelas da DIP?
- Abcessos tubo-ovarianos.
- Infertilidade.
- Prenhez ectópica.
- Dor pélvica crônica.
- Síndrome de Fritz-Hugh-Curtis (exudato purulento na cápsula de Gleason, que evolui para aderências hepáticas em “cordas de violino”).