O Parto Flashcards

1
Q

Quais os diâmetros do estreito superior da pelve?

A
  • Transverso: é o maior diâmetro do estreito superior.
  • Conjugata anatômica: borda superior da sínfise púbica ao promontório.
  • Conjugata obstétrica: face interna da sínfise púbica ao promontório (é o menor diâmetro do estreito superior, sendo adequada se > 10,5cm).
  • Conjugata diagonal: borda inferior da sínfise púbica ao promontório (é a única que pode ser medida pelo exame físico).

OBS.: conjugata obstétrica = conjugata diagnonal - 1,5 cm.

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2
Q

Qual o principal diâmetro do estreito médio da pelve?

A
  • Diâmetro transverso ou bi-isquiático (é o menor diâmetro de toda a pelve).
  • É o local onde mais ocorre distócia.
  • Adequado se > 10cm.

OBS.: representa o ponto 0 de DeLee e 3 de Hodge.

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3
Q

Qual o principal diâmetro do estreito inferior da pelve?

A

Conjugata êxitus (única que altera as suas medidas no trabalho de parto).

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4
Q

Quais as características da pelve ginecóide?

A
  • É a mais comum.
  • Apresenta o melhor prognóstico para o parto vaginal.
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5
Q

Quais as características da pelve androide?

A
  • Similar a uma bacia masculina.
  • Possui formato de coração ou triangular.
  • Apresenta distórcias crescentes.
  • É a que apresenta pior prognóstico para o parto vaginal.
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6
Q

Quais as características da pelve antropóide?

A
  • Similar à bacia de um gorila.
  • É a única que apresenta o diâmeteo anteroposterior maior que o transversal.
  • Maior incidências de apresentações diretas (OP ou OS).
  • Se ultrapassar o estreito superior, o parto apresenta bom prognóstico.
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7
Q

Quais as características da pelve platipelóide?

A
  • É a bacia mais rara.
  • É achatada no sentido anteroposterior, apresentando o maior diâmetro transversal.
  • Maior incidência de apresentações transversas.
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8
Q

Quais os planos de DeLee da bacia?

A
  • Apresenta as espinhas isquiáticas como plano zero.
  • Caso a apresentação tenha ultrapassado, são contados centímetros positivos.
  • Caso a apresentação não tenha ultrapassado, sãp contados centímetros negativos.
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9
Q

Quais os planos de Hodge da bacia?

A
  • Primeiro plano: borda superior da do pube.
  • Segundo plano: borda inferior do pube ao meio da segunda vértebra sacra.
  • Terceiro plano: espinha isquiática.
  • Quarto plano: ponta do cóccix.
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10
Q

O que é estática fetal?

A

Relação do feto com a bacia e com o útero.

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11
Q

O que é atitude fetal?

A
  • Relação das diversas partes fetais entre si.
  • Geralmente adquire a postura de flexão generalizada (ovoide fetal).
  • No eixo laterolateral, pode apresentar sinclitismo (sutura sagital equidistante entre o pube e o sacro) ou assinclitismo (a cabeça fetal se inclina sobre um dos parietais).
  • Assinclitismo anterior (obliquidade de Nägele): cabeça próxima ao sacro.
  • Assinclitismo posterior (obliquidade de Litzmann): cabeça próxima ao pube.
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12
Q

O que é situação fetal?

A
  • Relação do maior eixo do feto com o maior eixo do útero.
  • Pode ser longitudinal, transversal ou oblíqua.
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13
Q

O que é posição fetal?

A
  • É a relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo da mãe.
  • Pode ser direita ou esquerda.

OBS.: nas situações transversas pode ser anterior (dorso voltado para o abdome) e posterior (dorso voltado para a coluna).

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14
Q

O que é apresentação fetal?

A
  • Região do feto que se insinua no estreito superior da bacia.
  • Na situação longitudinal, pode ser cefálica ou pélvica.
  • Na situação transversal, só pode ser córmica.
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15
Q

Quais as variedades de apresentação cefálica do feto?

A
  • Fletida (subocciptobregmática): é o menor diâmetro (9,5cm) do feto, tendo como pontos de referência o lâmbida e a sutura sagital.
  • Defletida de 1º grau (occiptofrontal): o ponto de referência é o bregma e a sutura sagitometópica.
  • Defletida de 2º grau (occiptomentoniano): é o maior diâmetro (12cm) do feto, tendo como pontos de referência a glabela e a sutura metópica.
  • Defletida de 3º grau (submentobregmática): o ponto de referência é o mento e a linha facial.

OBS.: a defletida de 2º grau só sai com cesareana, e a de 3º grau, vaginal se posições anteriores.

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16
Q

Quais as variedades de apresentação pelvica do feto?

A
  • Pélvica completa (pelvipodálica): quando as pernas e as coxas estão fletidas.
  • Pélvica incompleta (agripina): coxas fletidas, mas as pernas estão estendidas.
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17
Q

O que é variedade de posição?

A
  • Relação entre os pontos de referência do feto com os pontos de referência da pelve materna.
  • É dada em três letras: a primeira indica a apresentação fetal, a segunda a posição e a terceira a variedade da posição.
  • Ex.: OEA = ocipto-esquerda-anterior.
  • Apenas as posições OP (occiptopube) e OS (occiptosacra) são de duas letras.

OBS.: a maioria dos bebês nascem em OP.

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18
Q

Quais os pontos de referência da pelve materna?

A
  • Sínfise púbica.
  • Iminência iliopectínea.
  • Espinha isquiática.
  • Sinestose sacroilíaca.
  • Sacro.
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19
Q

Quais os símbolos utilizados na apresentação fetal?

A
  • O (occipital): fletida.
  • B (bregama): defletida de 1º grau.
  • N (osso nasal): defletida de 2º grau.
  • M (mento): defletida de 3º grau.
  • S (sacro): pélvica.
  • A (acrômio): córmica.
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20
Q

Quais são os tempos da manobra de Leopold?

A
  • 1º tempo: delimitar o fundo do útero.
  • 2º tempo: identificar o dorso fetal ao deslizar as mãos pela lateral do útero.
  • 3º tempo: sentir o polo fetal no estreito superior da pelve.
  • 4º tempo: colocar as mãos para dentro da pelve.
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21
Q

Quais os pontos da estática fetal são avalidos, respectivamente, pelas manobras de Leopold?

A

SPAA!

  • Situação.
  • Posição.
  • Apresentação.
  • Altura da apresentação (estima a insinuação).
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22
Q

Quais as principais variáveis no estudo do motor uterino?

A
  • Tônus: pressão do útero em repouso.
  • Intensidade: maior valor da pressão na contração uterina.
  • Frequência: número de contrações em 10 minutos.
  • Atividade uterina: intensidade x frequência, fornecida em unidades Montevidéu.

OBS.: no período ativo do trabalho de parto, as contrações são de intensidade de 30 a 40 mmHg e frequência de 2 a 3 em 10 minutos.

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23
Q

O que é o tríplice gradiente descendente?

A

As contração se iniciam e são mais intensas no fundo uterino e se propagam do fundo até o colo.

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24
Q

Quais as principais funções das contrações uterinas?

A
  • Dilatar e apagar o colo do útero.
  • Expulsar o feto.
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25
Q

O que são contrações de Braxton-Hicks?

A

Contrações fracas, indolores e incoordenadas que surgem no período pré-parto,

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26
Q

Quais as indicações de indução do parto?

A
  • Gravidez > 41 semanas.
  • Amniorrexe prematura com sinais de infecção ovular.
  • Morte fetal.
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27
Q

Quais as contraindicações de indução do parto?

A
  • Desproporção cefalopélvica.
  • Obstrução do canal de parto (ex.: placenta prévia, condiloma gigante).
  • Útero com cicatriz prévia.
  • Sofrimento fetal agudo.
  • Gestações múltiplas.
  • Infecção por herpes genital ou HIV.

OBS.: uma única cesariana segmentar NÃO é contraindicação absoluta para indução do parto (mas sim para o uso de misoprostol).

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28
Q

Como fazer a indução do parto?

A
  • Ocitocina (primeira linha): só é eficaz se o colo for favorável (índice de Bishop > 9).
  • Misoprostol 25 mcg de 6/6h: utilizado na preparação de colos desfavoráveis para a ocitocina.
  • Método de Krauser: colar uma sonda de Foley para preparar o colo do útero em mulheres com cesareana prévia.

OBS.: NUNCA usar misoprostol em mulheres com cicatriz uterina!!!

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29
Q

Quais as características de um colo uterino favorável (Bishop > 9) para a indução com ocitocina?

A

5A’s!

  • Anterior.
  • Amolecido.
  • Aberto > 7cm.
  • Apagado > 80%.
  • Apresentação incinuada (0 de DeLee).
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30
Q

Quais as características da hipoatividade uterina?

A
  • Decorre de hipossistolia ou bradissistolia.
  • A paciente não consegue dilatar o colo uterino nem progredir a apresentação pelo canal de parto.
  • Tratar com ocitocina.
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31
Q

Quais as características da hiperatividade uterina?

A
  • Decorre de hipersistolia ou taquissistolia, geralmente por uso intempestivo de ocitocina.
  • Suspender ocitocina, decúbito lateral e aplicar uterolíticos (ex.: terbutalina).
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32
Q

Quais os períodos clínicos do parto?

A
  • Período de dilatação.
  • Período expulsivo.
  • Secundamento.
  • 4º período (de Greenberg).
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33
Q

O que é o período pré-parto (fase latente do trabalho de parto)?

A
  • Período onde inicia a dilatação cervical, com perda do tampão mucoso e aumento progressivo das contração, com duração média de 8h.
  • Ainda não entrou na fase ativa do trabalho de parto.
  • Nas nulíparas, o colo primeiro apaga para depois dilatar, enquanto nas multíparas dilata e apaga ao mesmo tempo (0,35cm/h).
34
Q

Quais as características do período de dilatação?

A
  • Inicia com a fase ativa do trabalho de parto e termina com a dilatação total do colo uterino (10cm).
  • Fase ativa: 2 a 3 contrações regulares em 10 minutos com o colo dilatado 4cm e formação da bolsa das águas.
  • O colo se dilata em uma velocidade média de 1,2cm/h (menos que isso é fase ativa prolongada).
35
Q

Qual a conduta na fase de dilatação do trabalho de parto?

A
  • Hidratação venosa.
  • Liberar deambulação.
  • Posição que a paciente achar mais confortável.
  • Toques vaginais de 2/2h (4/4h pelo MS).
  • Ausculta dos batimentos fardíacos fetais de 30/30 minutos.
  • Analgesia medicamentosa (ex.: peridural contínua → não altera o motor nem o estado hemodinâmico) ou não medicamentosa (banho quente, imersão em água, acumputura, deambulação, etc).
  • Evitar: tricotomia, dieta zero e amniotomia (apenas para correção de distócias funcionais).
36
Q

Quais as características do período expulsivo?

A
  • Vai da dilatação total do colo do útero até a expulsão do concepto.
  • Deve demurar até 2h (mais que isso é período expulsivo prolongado).
37
Q

Qual a conduta no período expulsivo?

A
  • Avaliar o bem-estar fetal.
  • Posição de preferência da paciente para o parto (as verticalizadas são melhores).
  • Anestesia do períneo (nervo pudendo interno, atrás da espinha isquiática).
  • Proteção do períneo com manobra de Ritgen modificada (compressão do períneo e controlar deflexão da cabeça fetal), episiotomia ou hands-off (só observar).
  • Corrigir distócias de ombro.
  • Clampeamento tardio do cordão umbilical.
38
Q

Quais os tipos de episiotomia?

A
  • Mediana: mais anatômica, estética, menos sangramento e menos dolorosa, porém tem maior risco de lesão anal.
  • Paramediana: mais dolorosa, mais sangramento e mais lesão muscular, porém protege melhor o reto.

OBS.: as principais indicações são parto à forcipe, distócias e apresentação pélvica → sempre analgesiar o nervo pudendo!

39
Q

Quais os músuclos seccionados pela episiotomia?

A
  • Mediana: bulbocavernoso e transverso superficial do períneo.
  • Paramediana: bulbocavernoso, transverso superficial do períneo e puborretal.

OBS.: deve ser feita quando a cabeça fetal distende o períneo

40
Q

Quais as manobras para reduzir distócia de ombro?

A
  • McRoberts + pressão suprapúbica (princiapal): hiperflexão das coxas e leve pressão suprapúbica.
  • Manobras rotacionais: Rubin II e Woods.
  • Jacquemier: remoção do braço posterior.
  • Gaskin: posição de quatro apoios.
  • Zavanelli: colocar o feto de volta na cavidade uterina e fazer cesariana de emergência.
  • NUNCA fazer manobra de Kristeller!

OBS.: as principais complicações da distócia de ombro são a lesão de plexo braquial (principal) e fratura de clavícula.

41
Q

Qual manobra utilizada na cabeça derradeira no parto pélvico?

A

Manobra de Bracht (elevação do dorso fetal, em alavanca, para o abdome materno).

OBS.: no caso de falhas, utilizar o fórcipe de piper.

42
Q

Quais as características do secundamento?

A
  • Corresponde a saída da placenta (dequitação).
  • Pode durar até 30 minutos.
  • Diagnosticado pelo pinçamento do cordão umbilical ou por tração intermitente do mesmo.
  • Baudelocque-Schultze: a placemta sai com a face fetal, com o sangramento saindo em seguida (“guarda chuva”).
  • Baudelocque-Duncan: a placenta sai com a face materna juntamente com o sangramento.
43
Q

Qual a conduta no secundamento?

A
  • Ocitocina 10U IM (principal).
  • Tração controlada do cordão umbilical.
  • Manobra de Jacob-Dublin: tração e rotação da placenta.
  • Sutura da episiotomia de baixo para cima (mucosa retal → musculatura → mucosa vaginal → pele).

OBS.: se placenta aderida após 30 minutos com essas manobras, proceder a extração manual da placenta (Manobra de Credé) ou compressão do útero ( Manobra de Harvey).

44
Q

Quais as características do 4º período (de Greenberg)?

A
  • É a primeira hora após o secundamento.
  • Período mais suceptível a hemorragias puerperais.
  • Ocorre miotamponagem e trombotamponagem dos vasos uteroplacentários.
45
Q

O que é um partograma?

A

Representação gráfica da evolução do trabalho de parto.

46
Q

Como montar um partograma?

A
  • Iniciar a marcação na fase ativa do trabalho de parto (3-4cm de dilatação com 2 a 3 contrações em 10 minutos).
  • Desenhar uma linha de alerta 1h após o início do partograma e uma linha de ação 4h após a linha de alerta.
  • Acompanhar a dilatação cervical (se < 1cm/h, ultrapassará a linha de alerta e de ação).
  • Após a dilatação total, o feto deve sair em até 2h.
47
Q

Como é representado a apresentação fetal no partograma?

A

Com as suturas, fontanelas e variedade de posição.

48
Q

Quais as dicas na avaliação de um partograma?

A
  • Sempre avaliar o motor: se estiver fraco, a culpa é dele!
  • Só avalir o deslocamento do feto se a dilatação estiver completa.
49
Q

Quais as distócias do parto avalidas pelo partograma?

A
  • Fase ativa prolongada (distócia funcional primária).
  • Parada secundária da dilatação.
  • Período pélvico prolongado.
  • Parada secundária da descida.
  • Parto taquitócito.
50
Q

Quais as características da fase ativa prolongada (distócia funcional primária)?

A
  • Dilatação cervical < 1cm/h (podendo até parar a dilatação), ultrapassando as linhas de atenção e alerta.
  • Decorre de discinesias uterinas (falha do motor), com contrações ineficientes.
  • Corrigir com ocitocina ou amniotomia.

OBS.: sempre avaliar a atividade do motor.

51
Q

Quais as características da parada secundária da dilatação?

A
  • Dilatação cervical mantida por por 2 toques consecutivos em 2h com contrações adequadas.
  • Geralmente ocorre por desproporção cefalopélvica.
  • Conduta: ocitocina, amniotomia e cesareana (se falha → maioria dos casos).

OBS.: se houver parada na dilatação, mas as contrações NÃO forem adequadas, o diagóstico é de DISTÓCIA FUNCIONAL (fase ativa prolongada).

52
Q

Quais as características do período pélvico prolongado?

A
  • Descida lenta da apresentação fetal com dilatação cervical total.
  • Geralmente ocorre por falha no motor ou desproporção cefalopélvica relativa.
  • Corrigir com ocitocina, amniotomia, fórcipe ou cesariana.
53
Q

Quais as características da parada secundária da descida?

A
  • Parada da descida fetal após 2 toques consecutivos em 1h com dilatação cervical total.
  • A principal causa é desproporção cefalopélvica.
  • Se desproporção absoluta, o feto não insinua (não passa do ponto 0 de DeLee).
  • Corrigir com cesariana (se absoluta) ou fórcipe (se relativa).

OBS.: cuidado! para o diagnóstico de para secundária da dilatação, os toques tem que ser em 2h, enquanto na parada secundária da descido, em 1h.

54
Q

O que é parto taquitócito?

A
  • Duração do parto < 4h.
  • Mais comum em multíparas.
  • Apresenta maiores taxas de atonia uterina e lacerações do trajeto.
55
Q

Quais os principais tempos no mecanismo do parto cefálico, bem como os seus tempos acessórios?

A
  • Insinuação: flexão.
  • Descida: rotação interna.
  • Desprendimento: deflexão.
  • Restituição (rotação externa): desprendimento dos ombros.
56
Q

Quais as características da insinuação?

A
  • Passagem do maior diâmetro cefálico (biparietal) no estreito superior da pelve.
  • Diagnosticado pelo toque do vértice no ponto 0 de DeLee.
  • Também ocorre a flexão da cabeça, reduzindo os diâmetros da apresentação.
57
Q

Qual a variedade de posição que o feto geralmente se insinua?

A

Occipto-esquerda-anterior (OEA).

58
Q

Quais as características da descida?

A
  • A cabeça adentra mais profundamente as escavas, sofrendo uma rotação interna para sair em OP.
  • Ocorre insinuação das espaduas.

OBS.: para chegar em OP, o feto faz a rotação com a menor angulação possível.

59
Q

Quais as características do desprendimento?

A
  • É a saída da cabeça da genitália materna.
  • Ocorre deflexão da cabeça, utilizando o pube como alavanca.
60
Q

Quais as características da restituição?

A
  • Rotação externa da cabeça.
  • Rotação interna com desprendimento dos ombros.
61
Q

Quais as características do mecanismo do parto pélvico?

A
  • Apresenta dificuldades crescentes.
  • Dividido em 3 segmentos: cintura pélvica, cintura escapular e cabeça derradeira.
  • Só apresenta 3 tempos: insinuação, descida com rotação interna e desprendimento.
62
Q

O que é trabalho de parto prematuro?

A

Trabalho de parto entre 37 e 22 semanas.

63
Q

O que é ameaça de trabalho de parto prematuro?

A

Atividade uterina aumentada com apagamento do colo, mas com dilatação ausente ou discreta.

64
Q

Como é o diagnóstico do trabalho de parto prematuro?

A
  • 4 contrações em 20 minutos (ou 8 em 60 minutos).
  • Dilatação cervical > 2cm OU apagamento cervical > 80%.
65
Q

Como é feito o rastreio do trabalho de parto prematuro?

A
  • Comprimento do colo uterino (USG) < 2,5 cm.
  • Dosagem de fibronectina > 50 (proteína trofoblástica na adesão uteroplacentária).

OBS.: não são indicados para gestantes de baixo risco, pois possuem muito falso-positivo (mas elevado valor preditivo negativo).

66
Q

Como é a prevenção do trabalho de parto prematuro?

A
  • Suplementação com progesterona vaginal até 34 semanas: se história de trabalho de parto prematuro ou colo uterino < 2,5cm.
  • Cerclagem entre 12 e 16 semanas: se colo uterino < 2,5cm.
  • Tratar vaginose bacteriana e bacteriúria assintomática.
  • Interromper tabagismo e etilismo.

OBS.: repouso absoluto, abstinência sexual e tocólise profilática NÃO são eficazes.

67
Q

Qual o objetivo da tocólise no trabalho de parto prematuro?

A

Inibir o parto por 48h para a maturação pulmonar e neuroproteção fetal.

OBS.: se maturidade pulmonar já alcançada, NÃO há necessidade de tocólise (seguir com o trabalho de parto)!

68
Q

Quais os corticóides utilizados para maturação pulmonar no trabalho de parto prematuro?

A
  • Betetasona 2 doses (24/24h).
  • Dexametasona 4 doses (12/12h).
69
Q

Quais os principais tocolíticos utilizados no trabalho de parto prematuro?

A
  • Beta-agonista: contraindicado se cardiopatia.
  • Indometacina: contraindicado se > 32 semanas (fechamento do ducto arterioso e oligodrâmnia).
  • Nifedipina: contraindicado se hipotensão, cardiopatia ou uso concomitante de sulfato de magnésio.
  • Atosiban (antagonista da oscitocina): sem contraindicações.

OBS.: a droga de escolha para gestacões < 32 semanas é a indometacina, e entre 32 e 34 semanas, a nifedipina.

70
Q

Quais as contraindicações de tocólise no trabalho de parto prematuro?

A
  • Idade gestacional > 34 semanas.
  • Rotura prematura de membranas ovulares.
  • Corioamnionite.
  • Sofrimento fetal agudo.
  • Doença materna grave.
  • Óbito fetal.
71
Q

Quais as indicações de sulfato de magnésio para neuroproteção no trabalho de parto prematuro?

A

Idade gestacional < 32 semanas.

72
Q

Qual profilaxia deve ser feita em todo paciente com trabalho de parto prematuro?

A

Profilaxia para GBS (se swaab não realizado ou positivo).

73
Q

O que é rotura prematura de membranas ovulares (RPMO)?

A

Rotura espontânea das membranas amnióticas antes do trabalho de parto (independente da idade gestacional).

74
Q

Quais as principais causas de RPMO?

A
  • Inflamação.
  • Infecção.
75
Q

Como é feito o diagnóstico de RPMO?

A
  • Visualização da saída de líquido pelo orificio cervical externo (padrão-ouro).
  • Teste da nitrazida com pH vaginal alcalino (6,0 a 7,0).
  • Teste da cristalização (muco em samambaia).
  • Presença de células orangiófilas em secreção vaginal.
  • AmniSure: detecção da alfa-1-microglobulina (muito sensível e específico).
  • USG com ILA < 5 (não confirma).
76
Q

Qual a conduta na RPMO em gestações > 34 semanas?

A
  • Indução do parto.
  • Profilaxia para GBS.

OBS.: NÃO devemos fazer toque vaginal no caso de RPMO (exceto se dinâmica uterina presente).

77
Q

Qual a conduta da RPMO em gestações < 34 semanas?

A
  • Sem corioamnionite ou febre: corticóide, profilaxia para GBS e acompanhar até 34 semans (sem tocólise).
  • Com corioamnionite, febre ou taquicardia materna ou fetal: indução do parto + ampicilina com gentamicina (não fazer corticóide, cesárea ou tocólise!!!).

OBS.: deve-se SEMPRE fazer antibiótico na RPMO (ampicilina, amoxacilina e azitromicina), mesmo sem infecção, para aumentar o período de latência.

78
Q

Quais as indicações absolutas de cesareana?

A
  • Desproporção cefalopélvica.
  • Sofrimento fetal agudo com feto viável e fora do período expulsivo (ex.: DPP).
  • Cicatriz uterina corporal.
  • Obstrução do canal de parto (ex.: placenta prévia total, condiloma gigante).
  • Herpes genital ativo.
  • Morte materna com feto vivo.

OBS.: parto pélvico só é indicação absoluta de cesariana se < 34 semanas.

79
Q

Quai as condições para ter parto normal após cesareana?

A
  • Apenas 01 cesareana prévia.
  • Cicatriz uterina transversa (corporal não).
80
Q

Quando pode-se fazer uma cesareana eletiva?

A

A partir de 39 semanas de gestação.

OBS.: a cesareana pode ser feita sem indicação caso a paciente assim o deseje.