Anticoncepção, Sangramentos Ginecológicos e Climatério Flashcards

1
Q

Como avaliar a eficácia dos métodos contraceptivos?

A

Índice de Pearl (nº de falhas em 100 mulheres utilizando o método durante 12 meses).

OBS.: só são eficientes métodos com índice < 4.

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2
Q

Quais as categorias da OMS de elegibilidade dos métodos contraceptivos?

A
  • Categoria 1: usar sem restrições.
  • Categoria 2: benefícios superam os riscos.
  • Categoria 3: riscos superam os benefícios.
  • Categoria 4: risco inceitável.
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3
Q

Quais são os métodos contraceptivos comportamentais?

A
  • Método Ogino-Knaus.( ciclo curto subtrai 18 e cuclo longo subtrai 11)
  • Temperatura basal.
  • Muco cervical (billings).
  • Coito interrompido.

OBS.: são muito ineficientes (índice de Pearl > 20), principalmente em mulheres com ciclos irregulares.

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4
Q

Quais os métodos contraceptivos de barreira?

A
  • Condom masculino e feminino.
  • Diafragma.
  • Diu de cobre.
  • Siu de levanogestrel.
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5
Q

Quais as características do condom masculino e feminino?

A
  • São os únicos métodos que protegem contra ISTs (exceto HPV).
  • A única desvantagem é em pacientes com reação alérgico ao látex.
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6
Q

Quais as características do diafragma?

A
  • Dispositivo circular que recobre o colo uterino.
  • Geralmente associado com um espermicida.
  • Deve ser removido 6 a 8 horas após a exposição do espermatozóide ao espermicida.
  • Pode causar síndrome do choque tóxico e aumentar a incidência de infecções geniturinárias.
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7
Q

Quais as características do DIU de cobre?

A
  • Causa uma reação espermicida e inflamatória no endométrio, dificultando a fecundação.
  • Dura 10 anos.
  • Índice de Peal de 0,8.
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8
Q

Quais as características do SIU de levanogestrel?

A
  • Libera progesterona continuamente, atrofiando o endométrio e tornando o muco cervical espesso.
  • Validade de 5 anos.
  • Índice de Pearl de 0,14 (mais eficientes que laqueadura tubária).
  • Pode ser utilizado para o tratamento do sangramento uterino anormal e dismenorréia.

OBS.: apesar de inibir 25-50% das ovulações, não é considerado um método anovulatório.

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9
Q

Qual a melhor época para se colocar o DIU/SIU?

A
  • No período mentrual (mas não obrigatório).
  • Nas primeiras 48h pós-parto (depois desse período, só após 4 semanas).
  • Não é necessário fazer USG anual para avaliar o posicionamento.
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10
Q

Quis as complciações do DIU/SIU?

A
  • Dismenorréia (DIU de cobre).
  • Sangramento uterino anormal.
  • Spotting.
  • Aumento do risco RELATIVO (e não absoluto) de gestação ectópica.
  • Risco de DIP.

OBS.: o SIU reduz o sangramento uterino anormal.

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11
Q

O que fazer se gravidez com o uso de DIU/SIU?

A
  • Fios visíveis: retirar o DIU.
  • Fios não visíveis: acompanhar a gravidez (risco de abortamento).
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12
Q

Deve-se retirar o DIU/SIU no caso de DIP?

A

Não!

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13
Q

Quais as contraindicações do uso de DIU de cobre?

A
  • Anomalias que distorçam a cavidade uterina (ex.: mioma submucoso, mola, malformações Müllerianas).
  • Câncer de endométrio e colo uterino atuais.
  • Gravidez.
  • DIP atual.
  • Sangramento uterino inexplicável.

OBS.: também são contraindicações ao SIU.

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14
Q

Quais as contraindicações do SIU de levanogestrel?

A
  • Câncer de mama atual e passado.
  • Tumores hepáticos.
  • SAAF.
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15
Q

Quais os contraceptivos hormonais com estrogênio?

A
  • Anticoncepcionais combinados orais (ACO).
  • Injetáveis mensais.
  • Transdérmicos.
  • Anel vaginal.
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16
Q

Qual o principal estrogênio utilizado nos métodos contraceptivos?

A

Etinilestradiol.

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17
Q

Qual o mecanismo de ação dos ACO?

A
  • Inibição do FSH (estrogênio) e do LH (progesterona), gerando ciclos ANOVULATORIOS.
  • Tornam o muco cervical hostil aos espermatozoides.
  • Inibem a síntese de androgênios e aumentam a SHBG.
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18
Q

Quais as vantagens dos ACO?

A
  • Muito eficientes (índice de Pearl de 0,3).
  • Regularizam os ciclos menstruais.
  • Melhoram a dismenorréia.
  • Reduzem o risco de câncer de ovário, endométrio e cólon.
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19
Q

Quais as desvantagens dos ACO?

A
  • Risco de trombose (aumento dos fatores de coagulação e diminuição dos anticoagulantes).
  • Risco de câncer de mama.
  • Se esquecer de tomar, pode causar gravidez.
  • Aumento do LDL-colesterol, PCR e D-dímero.
  • Sofrem interferência de anticonvulsivantes e antiretrovirais.
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20
Q

O que fazer se esquecer de tomar uma pílula do ACO?

A
  • Tomar a pílula esquecida imediatamente.
  • Tomar a pílula seguinte no horário habitual.

OBS.: se esquecer duas pílulas, evitar relações sexuais desprotegidas por 7 dias.

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21
Q

Quais as desvantagens dos adesivos transdérmicos?

A

Podem falhar em mulheres obesas.

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22
Q

Quais as contraindicações ao uso métodos com estrogênio?

A
  • TVP/TEP (prévio ou atual) ou SAF, LES, porfiria
  • HAS > 160x100.
  • Doenças vasculares clínicas (ex.: coronariopatia, AVC).
  • Diabetes > 20 anos ou complicações microvasculares.
  • Enxaqueca com áurea.
  • Fumo > 15 cigarros/dia (a partir de 35 anos).
  • Câncer de mama atual.
  • Amamentação < 6 semanas do parto.
  • Doenças hepáticas ativas (ex.: cirrose descompensada, tumores hepáticos, hepatites virais).
  • Uso de anticonvulsivantes (exceto valproato).
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23
Q

Quais situações são contraindicações aos ACO, mas não aos injetaveis mensais?

A
  • Fumante < 15 cigarros/dia (pois não tem passagem hepatica).
  • Uso de anticonvulsivantes (exceto lamotrigina).
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24
Q

Quais os contraceptivos hormonais de progesterona?

A
  • Minipílula.
  • Injetável trimestral.
  • Implantes subdérmicos.

OBS.: são muito bons para mulheres na perimenopausa (ciclos anovulatórios), e podem ser utilizados em lactantes.

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25
Q

Quais as principais progesteronas utilizadas na anticoncepção?

A
  • 2ª geração: levanogestrel (menos trombogênica).
  • 3ª geração: desogestrel ( mais trombogênica).
  • 4ª geração: ciproterona e drospirenona (mais antiandrogênica).
  • Medroxiprogesterona.
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26
Q

Quais as características da minipílula?

A
  • Causa espessamento do muco e descidualização do endométrio.
  • Indicado para mulheres que estão amamentando ou na perimenopausa.
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27
Q

Quais as características dos injetáveis trimestrais e dos implantes subdérmicos?

A
  • Causam anovulação.
  • Os implantes são os métodos contraceptivos mais eficazer (Pearl de 0,05).

OBS.: juntamente com o DIU e o SIU, compõem os métodos contraceptivos revrsíveis de longa duração (LARC’s).

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28
Q

Quais as contraindicações dos métodos contraceptivos com progesterona?

A
  • Câncer de mama atual (principal).
  • TVP/TEP atual (prévio ou crônico pode).
  • Amamentação < 6 semanas após o parto (exceto minipílula).
  • Gravidez.
  • Tumor hepático.
  • HAS grave.
  • Enxaqueca com aura
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29
Q

Quais anticoncepcionais hormonais podem ser utilizados por pacientes em uso de anticonvulsivantes?

A
  • Injetáveis mensal e trimestral.
  • Implantes subdérmicos.
  • SIU de levanogestrel.

OBS.: não usar se contraceptivos pela vias ORAL ou TRANSDERMICA.

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30
Q

Qual o método contraceptivo da lactação?

A
  • Inibição da ovulação pelos níveis elevados de prolactina.
  • Só é efetivo se a paciente estiver em AMENORREIA, aleitamento materno EXCLUSIVO e até 6 MESES após o parto.
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31
Q

Como é feita a contracepção de emergência (não são abortivos)?

A
  • Levanogestrel 0,75mg: tomas 2 comprimidos ao mesmo tempo ou espassados em 12h.
  • DIU de cobre.

OBS.: só são eficazes até 5 dias após a relação.

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32
Q

O que fazer caso a paciente vomite o contraceptivo de emergência?

A

Repetir a dose se vômitos dentro de 2h.

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33
Q

Quais os tipos de contracepção definitiva (esterelização)?

A
  • Laqueadura tubária.
  • Vasectomia.
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34
Q

Quando se pode fazer a esterelização cirúrgica?

A
  • Pacientes > 25 anos OU com 2 filhos ou mais.
  • Deve-se aguardar 60 dias entre o desejo da cirurgia e o procedimento.
  • NÃO pode fazer o procedimento durante o parto (tem que aguardar 42 dias).
  • Deve ter o consentimento do cônjuge.
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35
Q

Quais os padrões anormais de sangramento uterino?

A
  • Menorragia: duração prolongada e fluxo excessivo.
  • Metrorragia: intervalos irregulares, com duração prolongada e fluxo normal.
  • Hipermenorréia: fluxo excessivo.
  • Oligomenorréia: intervalos irregulares e longos (> 35 dias).
  • Polimenorréia: intervalos < 21 dias.
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36
Q

Qual a principal causa de sangramento uterino anormal no período neonatal?

A

Estimulação do endométrio pelo estrogênio materno.

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37
Q

Qual a principal causa de sangramento uterino anormal na infância?

A
  • Corpo estranho (principal): corrimento fétido, sanguinolento e vulvovaginite recidivante.
  • Infecção.
  • Trauma.
  • Rabdomiossarcoma.

OBS.: sempre investigar abuso sexual.

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38
Q

Qual a principal causa de sangramento uterino anormal na adolecência?

A
  • Sangramento uterino disfuncional (imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano).
  • Gravidez.
  • PTI (principalmente) e doença de Von Willebrand: fluxos intensos desde a menarca.

OBS.: o sangramento uterino disfuncional e intenso e IRREGULAR, enquanto o da coagulopatia é intenso e REGULAR.

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39
Q

Qual a principal causa de sangramento uterino anormal na menacme?

A
  • Gravidez e suas complicações.
  • Sangramento uterino disfuncional.
  • Medicamentos.
  • Ginecopatias (pólipos, mioma, adenomiose, etc).
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40
Q

Qual a principal causa de sangramento uterino anormal na pós-menopausa?

A
  • Atrofia.
  • Terapia de reposição hormonal.
  • Câncer de endométrio.
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41
Q

Qual a conduta na paciente pós-menopausada com sangramento uterino anormal?

A

Solicitar USGTV e avaliar espessura do endométrio.

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42
Q

Quais os resultados da USGTV na paciente pos-menopausada com sangramento uterino disfuncional?

A
  • Até 4-5mm (8-10mm se uso de TRH): espectante.
  • > 5mm (ou > 10mm se TRH): realizar histeroscopia com biópsia.
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43
Q

Quais dados na anamnese podem sugerir a etiologia do sangramento uterino anormal?

A
  • Menacme e sexualmente ativa: gestação (solicitar HCG).
  • Sinusorragia: cervicite, lesões vaginais.
  • Uso de medicamentos: sangramento de escape.
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44
Q

Qual o primeiro exame em toda mulher com sangramento uterino anormal?

A

Exame físico (espéculo).

OBS.: se visualização de sangramento intrauterino, solicitar USGTV.

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45
Q

Qual o tratamento agudo do sangramento uterino anormal?

A
  • Estrogênios equinos conjugados.
  • Ácido tranexâmico.
  • Progesterona.
  • ACO.
  • AINEs.
  • Curetagem uterina (se refratário).
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46
Q

O que é sangramento uterino disfuncional?

A

Sangramento uterino de origem hormonal.

47
Q

Quais as características de sangramento uterino disfuncional?

A
  • Afetam mulheres nos extremos da vida reprodutiva.
  • Pode ser anovulatório (mais comum) ou ovulatório.
  • Decorre de imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano ou falência ovariana.
  • O diagnóstico é sempre de exclusão (descartar causas orgânicas).
48
Q

Qual o tratamento do sangramento uterino disfuncional?

A
  • Expectante.
  • Progesterona (anovulação).
  • ACO.
  • Antifibrinolíticos (ácido transxâmico).
49
Q

Paciente de 35 anos vem ao PS com queixas de infertilidade e sangramento uterino aumentado nas menstruações. Apresenta útero de consistência endurecida e de tamanho aumentado. USG revela nódulos hipoecóicos em parede uterina. Qual o diagnóstico?

A

Mioma uterino (leiomioma).

50
Q

Quais as características do leiomioma?

A
  • É o tumor mais comum da menacme.
  • Mais comum em mulheres negras e nulíparas.
  • Geralmente múltiplos.
  • Apresenta receptores de progesterona.

OBS.: tabagismo protege!

51
Q

Quais os tipos de degeneração do leiomioma?

A
  • Hialina: é a mais comum.
  • Rubra ou asséptica: é a mais comum da gravidez, podendo simular um abdome agudo.
  • Sarcomatosa (maligna): mais comum em mulheres na menopausa e que apresentem crescimento súbito.
  • Calcificação.

OBS.: todo mioma que cresce na menopausa deve ser retirado pela suspeita de degeneração sarcomatosa.

52
Q

Qual a classificação dos leiomiomas?

A
  • Subseroso: abaixo da serosa.
  • Intramural: dentro do miométrio.
  • Submucoso: abaixo do endométrio.
  • Parasita: aderido à órgãos ou estruturas adjacentes.

OBS.: a FIGO classifica o mioma em 8 subtipos.

53
Q

Qual o quadro clínico dos leiomiomas?

A
  • Sangramento uterino anormal (hipermenorréia).
  • Dor pélvica.
  • Aumento do volume abdominal.
  • Infertilidade (se deformar a cavidade uterina).

OBS.: apenas os leiomiomas submucosos e intramurais são sintomáticos.

54
Q

Quais os achados da USG nos leiomiomas?

A

Nódulos hipoecoicos na parede uterina.

55
Q

Qual o melhor exame para avaliar os leiomiomas?

A

Ressonância magnética.

56
Q

Qual a classificação endoscópica e conduta dos miomas submucosos?

A
  • Escore 0: miomas < 2cm ou totalmente dentro da cavidade uterina.
  • Escore 1: miomas de 2-5cm ou que penetram até 50% do miométrio.
  • Escore 2: miomas > 5cm ou que penetram > 50% do miométrio.
57
Q

Qual o tratamento dos leiomiomas?

A
  • Expectante: pacientes assintomáticas ou na perimenopausa.
  • Miomectomia: pacientes com desejo gestacional ou com queixas de infertilidade (se submucoso).
  • Histerectomia (definitivo): paciente sem desejo gestacional.

OBS.: o SIU de levanogestrel é uma opção para tratamento do sangramento uterino anormal por miomatose que NÃO DISTORCE a cavidade uterina.

58
Q

Quais as vias de acesso da histerectomia no tratamento dos leiomiomas?

A
  • Vaginal: escolha.
  • Laparoscópica.
  • Laparotômica: múltiplos miomas ou > 10cm (menor que 16 semanas de gestação).

OBS.: a principal complicação da histerectomia são as fístulas vesicovaginais!

59
Q

Quais as vantagens do uso de análagos de GnRH no tratamento dos leiomiomas?

A
  • Melhora dos parâmetros hematimétricos, evitando a necessidade de hemotransfusões (principal).
  • Redução do tamanho do mioma.

OBS.: devido aos efeitos adversos (menopausa química), não são utilizados como tratamento isolado.

60
Q

Quais as indicações de embolização dos leiomiomas?

A

Pacientes com múltiplos miomas não pediculados com desejo de preservar o útero.

61
Q

Quais as principais causas de dismenorréia secundária?

A
  • Adenomiose.
  • Endometriose.
62
Q

Paciente com queixas de dor e aumento do sangramento nas menstruações. USG revela aumento do volume uterino e áreas hipoecóicas heterogênias no miométrio. Qual o diagnóstico?

A

Adenomiose.

63
Q

O que é adenomiose?

A

Presença de tecido endometrial entre as fibras do miométrio.

64
Q

Quais as características da adenomiose?

A
  • Mais comum > 40 anos e multíparas.
  • Decorre da invaginação do endométrio no miométrio.
  • Causa aumento da parede posterior do útero.
65
Q

Qual o quadro clínico da adenomiose?

A
  • Sangramento uterino anormal.
  • Dismenorréia secundária.
  • Dor pélvica crônica.
  • Aumento do volume uterino.

OBS.: NÃO contraindica colocação de DIU!

66
Q

Quais os achados da USG na adenomiose?

A

Áreas hipoecóicas heterogêneas no miométrio.

OBS.: é muito difícil diferenciar mioma de adenomiose pela USG.

67
Q

Quais os achados da ressonância magnética na adenomiose?

A

Zona juncional irregular e > 12mm.

68
Q

Qual o padrão-ouro no diagnóstico de adenomiose?

A

Histopatológico.

69
Q

Quais os achados da histerossalpingografia na adenomiose?

A

Sinal de Dionisi (irregularidade na superfície miometrial).

70
Q

Qual o tratamento da adenomiose?

A
  • ACO contínuos.
  • AINEs (se desejo reprodutivo).
  • SIU de levanogestrel.
  • Histerectomia (padrão-ouro).
71
Q

Paciente de 27 anos com queixas de dor pélvica intensa durante a menstruação. Alega que a dor vem piorando nos últimos meses. Nega alterações no fluxo menstrual. Qual o diagnóstico?

A

Endometriose.

72
Q

O que é endometriose?

A

Presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina.

73
Q

Como surge a endometriose?

A
  • Menstruação retrógrada com implante de células endometriais.
  • Metaplasia celômica.
  • Disseminação linfática.
  • Alterações na imunidade humoral e celular.
  • Predisposição genética e hereditária.
74
Q

Quais os principais localizações da endometriose?

A
  • Ovário (principal).
  • Ligamento uterossacro.
  • Fundo de saco posterior.

OBS.: pode aparecer em vários outros locais (pulmão, ureter, etc).

75
Q

Qual a evolução das lesões da endometriose?

A

Vermelhas (ativas) → pretas (menos ativas) → brancas (cicatriciais).

76
Q

O que é endometrioma?

A
  • Tumor cístico ovariano de conteúdo achocolatado decorrente de um implante endometrial.
  • Pode evoluir para carcinoma de células claras.
  • Tratar com ACO ou laparotomia (se > 3-4cm e sintomáticos).
77
Q

O que é endometriose profunda?

A
  • Forma infiltrativa que acomete ligamentos, ureter e intestinos.
  • Pode penetrar o peritônio > 5mm.
78
Q

Qual o quadro clínico da endometriose?

A
  • Dismenorréia secundária progressiva.
  • Dispareunia.
  • Dor pélvica crônica.
  • Infertilidade (aderências pélvicas).
  • NÃO ALTERA O FLUXO MENSTRUAL.

OBS.: a extensão da doença NÃO reflete a intensidade dos sintomas.

79
Q

Quais os achados do exame físico da endometriose?

A
  • Retroversão fixa do útero.
  • Dor ao toque retal ou no fundo de saco posterior.
  • Implantes em cicatriz de cesareana.
80
Q

Qual a importância do CA-125 na endometriose?

A

Apenas em casos graves, e não para acompanhamento ou rastreio (não é sensível).

81
Q

Quais os achados na USG da endometriose?

A

Útil apenas na investigação do endometrioma.

82
Q

Quais os achados da ressonância magnética na endometriose?

A

Visualização dos implantes (mas não dos pequenos).

83
Q

Qual o padrão-ouro na avaliação da endometriose?

A

Videolaparoscopia.

84
Q

Qual o tratamento da endometriose?

A
  • Expectante (doença mínima ou perimenopausa).
  • ACO contínuo.
  • Progesterona contínua.
  • Laparoscopia (se infertilidade ou endometrioma).
  • Histerctomia + ooforectomia (tratamento definitivo).
85
Q

Paciente com queixas de sangramento vaginal aumentado e sinusorragia. Nega febre ou dispareunia. USG revela imagem focal hiperecogênica no endométrio. Qual o diagnóstico?

A

Pólipo endometrial.

86
Q

O que é um pólipo endometrial?

A

Projeções glandulares e estromaisna superfície da cavidade uterina.

87
Q

Quais as características dos pólipos endometriais?

A
  • Mais comum em pacientes mais velhas.
  • São sensíveis ao estrogênio, mas não descamam na mesntruação.
  • Podem sofrer transformação maligna.
88
Q

Qual o quadro clínico dos pólipos endometriais?

A
  • A maioria é assintomática.
  • Sangramento uterino anormal (menorragia).
  • Sinusorragia (se pólipo cervical).
  • Infertilidade.
89
Q

Quais os achados da USG nos pólipos endometriais?

A

Imagem focal hiperecogênica bem definida no endométrio.

OBS.: a histerossonografia melhora muito a visualização dos pólipos.

90
Q

Qual o exame padrão-ouro no diagnóstico dos pólipos endometriais?

A

Histeroscopia.

91
Q

Qual o tratamento dos pólipos endometriais?

A

Polipectomia histeroscópica.

92
Q

O que é menopausa?

A

Última menstruação seguida de 1 ano de amenorréia.

OBS.: perimenopausa → período de 2 a 8 anos antes até 12 meses após a última menstruação.

93
Q

O que é climatério?

A

Período entre os primeiros indícios de falência ovariana até a senilidade (65 anos).

94
Q

Quais as características hormonais da perimenopausa?

A
  • Aumento do FSH.
  • Diminuição de estriol, testosterona e inibina.

OBS.: ainda ocorre a formação de estrona no tecido adiposo.

95
Q

Devemos solicitar dosagem hormonal no climatério?

A

Não! Apenas se sinais de falência ovariana em mulheres < 40 anos.

96
Q

Qual o principal sintoma da perimenopausa?

A

Irregularidade menstrual.

97
Q

Qual o quadro clínico da menopausa?

A
  • Amenorréia prolongada.
  • Alterações vasomotoras (fogachos).
  • Atrofia geniturinária.
  • Alterações de humor.
  • Osteoporose.

OBS.: FSH > 40 é diagnóstico de menopausa.

98
Q

Quais as alterações da atrofia geniturinária?

A
  • Perda da elasticidade e enrugamento do epitélio vaginal.
  • Ressecento.
  • Dispareunia.
  • Incontinência urinária.
  • Infecções urinárias de repetição.
99
Q

O que é osteoporose?

A

Deterioração da microarquitetura óssea, levando à fragilidade e risco de fraturas.

100
Q

Quais as características da osteoporose?

A
  • Decorre da remodelação do osso trabecular, com pouca alteração do osso cortical.
  • Afeta mais os corpos vertebrais e o colo do fêmur.
  • Geralmente assintomático (inclusive algumas fraturas vertebrais).
101
Q

Quais os fatores de risco para osteoporose?

A
  • Historia familiar positiva.
  • Uso de glicocorticóides.
  • Alcoolismo e tabagismo.
  • Fraturas por fragilidade.
  • Idade > 65 anos.
  • Sedentarismo
  • Raça branca.
  • Baixo IMC.
102
Q

Quando suspeitar de osteoporose?

A
  • Fratura por fragilidade (atraumática ou queda da própria altura).
  • Coluna em boca de peixe.
103
Q

Como é o diagnóstico de osteoporose?

A

Densitometria óssea.

  • T-score (escolha): mulheres na menopausa.
  • Z-score: mulheres na menacme.

OBS.: fraturas por fragilidade fecham DIAGNÓSTICO de osteoporose, independente do T ou Z-score.

104
Q

Quais as indicações de densitometria óssea?

A
  • Idade > 65 anos ou > 70 em homens.
  • Fraturas patológicas.
  • Presença de fatores de risco (corticoterapia, menopausa precoce, etc).
105
Q

Quais os resultados da densitometria óssea (T-score)?

A
  • Normal: > ou = - 1.
  • Osteopenia: entre -1 e - 2,5.
  • Osteoporose: < ou = - 2,5.
106
Q

Qual o tratamento da osteoporose?

A
  • Gerais: atividade física de alto impacto, cessar tabagismo e etilismo, suplementar cálcio e vitamina D.
  • Bifosfonados (primeira linha): alendronato e risedronato 1x/semana.
  • Denosumabe: osteoporose em pacientes nefropatas (TFG < 30).

OBS.: a TRH reduz a perda óssea, mas osteoporose isoladamente NÃO é indicação de início da reposição hormonal.

107
Q

Quais as indicações da terapia de reposição hormonal?

A
  • Sintomas vasomotores (principal).
  • Sintomas geniturinários.

OBS.: o melhor período para se iniciar a TRH é nos primeiros 10 anos após a menopausa (janela de oportunidade).

108
Q

Quais exames devem ser solicitados antes de iniciar a terapia de reposição hormonal?

A
  • Perfil lipídico.
  • Mamografia.
  • Pressão arterial.
  • Pesquisa de sangue oculto nas fezes (> 50 anos).

OBS.: USTV para avaliar endométrio NÃO está indicado.

109
Q

Quais os esquemas de terapia de reposição hormonal?

A
  • Pacientes sem útero: estrogênios isolados.
  • Pacientes com útero: estrogênios + progesterona ou tibolona.
  • Sintomas vaginais apenas: estrogênios tópicos isolados.

OBS.: se o motivo da histerectomia foi uma doença estrogênio-dependente (ex.: endometriose, CA de colo de útero), NÃO PODE USAR ESTROGÊNIO ISOLADO.

110
Q

Quais as vias de administração do componente estrogênico na terapia de reposição hormonal?

A
  • Via oral: ausência de comorbidades e hipercolesterolemia.
  • Via parenteral (transdérmica): outras comorbidades (DM, HAS, hepatopatia, hipertrigliceridemia, risco de trombose, etc).
  • Via tópica (vaginal): sintomas locais.
111
Q

Quais os efeitos adversos da terapia de reposição hormonal?

A
  • Câncer de endométrio.
  • Câncer de mama.
  • Trombose.
  • Não reduz o risco cardiovascular (apenas se iniciado na perimenopausa).
  • Hepatopatias.

OBS.: a reposição de estrogênio + progesterona aumenta mais o risco de câncer de mama do que o estrogênio isolado (relação incerta).

112
Q

Quais as contraindicações da terapia de reposição hormonal?

A
  • Câncer de mama ou endométrio.
  • Doença hepática descompensada.
  • Sangramento uterino de origem desconhecida.
  • AVC e IAM.
  • Doença trombótica.
  • LES.
  • Porfiria.

OBS.: passado de câncer ginecológico NÃO é contraindicação à TRH (exceto mama e endométrio).

113
Q

Quais outras drogas podem ser utilizados para tratar os sintomas do climatério no caso de contraindicação à terapia de reposição hormonal?

A

PVC!

  • Paroxetina.
  • Venlafaxina.
  • Clonidina.