Oncologia Ginecológica Flashcards

1
Q

Paciente de 58 anos vem ao PA com queixas de dor pélvica e perda de peso há 6 meses. Ao exame: massa pélvica palpável, aumento do volume abdominal e CA-125 elevado. Qual o diagnóstico?

A

Câncer de ovário.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual o caracter dos tumores ovarianos em repação a idade.

A
  • Infância: 50-80% são malignos.
  • Menacme: 80% são benignos.
  • Menopausa: 30% são malignos.

OBS.: frente a qualquer tumor de ovário, deve sempre ser levada em consideração a idade e se esta ou não no menacme (todo tumor na menacme é benigno até que se prove o contrário)!!!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais as características dos cistos foliculares?

A
  • São os tumores de ovário mais comuns.
  • Massas císticas anecóicas, uniloculadas e sem septações (ou finas, se presente).
  • A conduta é expectante.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Quais as características dos cistos de corpo lúteo (luteínicos)?

A
  • Decorrem da involução do corpo lúteo.
  • Cistos hemorrágicos, heterogênios e com halo vascular no doppler.
  • Podem causar hemoperitôneo (são os que mais rompem).
  • Apresentar baixa resistência vascular (massa vascularizada na menacme = pensar em cisto luteínico)!
  • Se estável, a conduta é expectante.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Quais as características dos cistos tecaluteínicos?

A
  • São mais comuns na gravidez e na gestação molar.
  • Frequentemente bilaterais.
  • A conduta é expectante.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual a principal complicação dos cistos de ovário?

A

Torção anexial.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual o quadro clínico da torção anexial?

A
  • Dor pélvica aguda.
  • Náuseas e vômitos.
  • Massa anexial palpável.
  • Descartada gravidez.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Qual a conduta na torção anexial?

A

Laparotomia com cistectomia ou ooforectomia (se necrose).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais os tumores epiteliais benignos do ovario?

A
  • Cistoadenoma seroso: podem conter calcificações (corpos de Psammomas).
  • Cistoadenoma mucinoso: são os maiores tumores, podendo causar pseudomixoma peritoneal.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Quais as características do teratoma maduro?

A
  • Possui os 3 folhetos embrionários (cartilagem, pelos, dente, etc), acometendo pacientes jovens (20-30 anos).
  • Também chamado de teratoma benigno ou cisto dermóide.
  • Possui conteúdo heterogêneo, calcificações e sombra acústica.
  • É rico em gordura, e o que mais causa torção.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Quais os outros tumores benignos importantes do ovário?

A
  • Fibroma: pode causar síndrome de Meigs (ascite, derrame pleural e tumor de ovário).
  • Tumor de Brenner: síndrome de Meigs (raro).
  • Tecoma: sangramento genital, virilização e puberdade precoce.
  • Endometrioma (imagem): relacionado com a endometriose (dismenorréia, dor pélvica cíclica), possuindo conteúdo achocolatado.
  • Struma ovarii: tumor secretor de hormonios tireoidianos, podendo causar tireotoxicose.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual o quadro clínico dos tumores ovarianos?

A
  • Geralmente assintomáticos.
  • Queixas gastrointestinais (compressão tumoral).
  • Dor pélvica.
  • Massa anexial palpável.
  • Doença maligna avançada: ascite, caquexia e abdome volumoso.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Qual o principal exame na avaliação dos tumores ovarianos?

A

USG com doppler.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Quais os achados de benignidade na USG com doppler?

A
  • Tumor < 8-10cm.
  • Formato regular.
  • Unilocular.
  • Cístico (ou partes sólidas < 7mm).
  • Paredes e septações finas (se presente).
  • Unilaterais.
  • Alta resistência vascular (IP > 1,0 e IR > 0,40).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Quais são os sinais de malignidade na USG com doppler?

A
  • Tumor > 8-10cm.
  • Irregulares.
  • Multiloculares (>4 papilas).
  • Partes sólidas (principal).
  • Paredes espessadas.
  • Septações grosseiras (> 3mm).
  • Bilateral.
  • Baixa resistência vascular (IP < 1,0 e IR < 0,40).
  • Ascite.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Qual o principal marcador tumoral no tumor de ovário?

A
  • CA-125 (porém, pouco sensível e específico…até endometriose aumenta).
  • Melhor utilizado no segmento pós-tratamento.
  • Só valorizar se > 200 na menacme ou > 35 na menopausa.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Devemos fazer PAAF nos tumores de ovário?

A

Não!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Qual a conduta nos tumores de ovário na infância?

A

Cirurgia (a maioria é maligno).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Qual a conduta nos tumores de ovário na menacme?

A
  • Tumor < 8cm, assintomático e sem sinais de malignidade: acompanhar com USG por 2-3 meses, ACO (não regridem o cisto atual, apenas impede o surgimento de novos).
  • Tumor > 8cm, sintomático, sinais de malignidade ou não regressão em 2-3 meses: salpingo-ooforectomia unilateral + análise histopatológica do tumor.

OBS.: a maioria dos cistos funcionais regride expontaneamente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Qual a conduta nos tumores de ovário na pós-menopausa?

A
  • Tumores < 5cm, CA-125 < 35, assintomático e sem sinais de malignidade: acompanhar com USG.
  • Tumores > 5cm, CA-125 > 35, sintomático ou sinais de malignidade: salpingo-ooforectomia bilateral.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Qual a conduta em tumores de ovário bordeline (baixo potencial de malugnidade)?

A
  • Desejo de gestar: tratamento conservador (não precisa acompanhar marcadores).
  • Prole constituida: histerectomia total + salpingectomia bilateral + ooforectomia bilateral.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Qual o grande problema do câncer de ovário?

A

75% dos casos são diagnosticados em estágios avançados.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Quais os fatores de risco para câncer de ovário?

A
  • História familiar (principal).
  • Idade > 60 anos.
  • Exposição ao estrogênio (menacme longo, nuliparidade e obesidade).
  • Uso de indutores da ovulação (clomifeno).
  • Mutação de BRCA 1 e 2.
  • Síndrome de Lynch II.
  • Tabagismo.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Quais os fatores de proteção para câncer de ovário?

A
  • Amamentação.
  • Uso de ACO.
  • Laqueadura tubária.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Como é o diagnóstico do câncer de ovário?

A
  • Massa pélvica palpável.
  • USG com doppler com sinais de malignidade.
  • CA-125 alterado.
  • Histopatológico.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Quais os marcadores tumorais no câncer de ovário?

A
  • CA-125: tumores epiteliais (principalmente o cistoadenocarcinoma seroso).
  • CEA e CA-19.9: cistoadenocarcinoma mucinoso.
  • Alfafetoproteína, DHL e hCG: tumores germinativos.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

É recomendado fazer rastreio no câncer de ovário?

A

Não!

OBS.: pacientes com mutação nos genes BRCA 1 ou 2 podem se beneficiar de salpingo-ooforectomia bilateral profilática (até 90% de redução do risco de CA de ovário e até 70% do de mama).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Quais os câncer de ovário de origem epitelial?

A
  • Cistoadenocarcinoma seroso: é tumor maligno mais comum.
  • Cistoadenocarcinoma mucinoso: são os maiores tumores, e os que mais causam pseudomixoma peritoneal.
  • Endometrióide: relacionado com a endometriose.
  • Células claras: são os epiteliais de pior prognóstico.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Quais os câncer de ovário de origem germinativa (mais comuns na infância)?

A
  • Digerminoma: é o mais comum e o único radiossensível.
  • Teratoma imaturo/maligno: possui apenas tecido embrionário.
  • Seio endodérmico/saco vitelínico: são os germinativos de pior prognóstico.
  • Carcinoma embrionário: pseudopuberdade precoce.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Quais os câncer de ovário de origem do cordão sexual?

A
  • Tecagranulosa (corpúsculos de Carl-Exner): pseudopuberdade precoce, doença cística das mamas e CA de endométrio.
  • Sertoly-Leydig (androblastoma): virilização.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Qual o principal câncer de ovário metastático?

A

Tumor de Krukenberg (células em anel de sinete do TGI).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Qual a principal forma de disseminação do câncer de ovário?

A

Transcelômica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

Qual o estadiamento do câncer de ovário?

A

Cirúrgico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

Qual a cirurgia fundamental do câncer de ovário?

A
  • Histerectomia total.
  • Salpingo-ooforectomia bilateral.
  • Omentectomia infracólica.
  • Lavado peritoneal.
  • Citorredução peritoneal.
  • Retirada de linfonodos pélvicos e para-aórticos.
  • Apendicectomia (se tumor mucinoso).

OBS.: a ressecção tumoral pode ser ótima (resíduos tumorais até 1 cm) ou subótima (resíduos tumoras > 1cm).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

Qual o tratamento do câncer de ovário?

A
  • Cirurgia conservadora (salpingo-ooforectomia unilateral):

tumores limitados a 1 ovário/tuba e com até 50% das células indiferenciadas.

  • Cirurgia fundamental: o resto.
  • QT: doença extra-ovariana, cápsula rota ou > 50% das células indiferenciadas.

OBS.: tumores metastáticos se beneficiam de cirurgia citorredutora, que facilita a atuação da QT.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

Paciente de 32 anos vem ao PA com queixas de sangramento vaginal contínuo. Alega ter múltiplos parceiros sexuais e que nunca fez exame colpocitológico. Ao exame: lesão ulcerada em colo uterino. Qual o diagnóstico?

A

Câncer de colo uterino.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

O que é metaplasia escamosa?

A

Processo fisiológico de transformação de epitélio colunar em escamoso.

OBS: zona de transformação = mistura dos epitélios colunares e escamoso. É onde se localizam as lesões precursoras do câncer de colo de útero.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

Quais os fatores de risco para o câncer de colo de útero?

A
  • Infecção pelo HPV (99% dos casos).
  • Atividade sexual precoce.
  • Múltiplos parceiros sexuais.
  • DST prévia.
  • Tabagismo.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

Quis os principais subtipos oncogênicos de HPV?

A
  • 16 (principal).
  • 18 (adenocarcinoma).
  • 6 e 11 (mais o condiloma acuminado).
40
Q

Qual o tratamedo do condiloma acuminado?

A
  • Podofilina (exceto gestantes!!!).
  • Ácido tricloroacético (ATA).
  • Imiquimod.
  • Eletrobou criocoagulação.
41
Q

Quais as características do HPV na gravidez?

A
  • Maior replicação viral em gestantes (imunossupressão fisiológica).
  • Optar para tratar após 4-6 meses após o parto.
  • Não é indicação de cesareana (só se condiloma obstruir o canal de parto)!!!
42
Q

Quais as vacinas contra o HPV presentes no calendário vacinal?

A
  • Tetravalente (6, 11, 16 e 18) em 2 doses.
  • Meninas: 9-14 anos.
  • Meninos: 11-14 anos.
  • Se HIV +: 9-26 anos e 3 doses!

2021: meninas vai de 9-45 anos SE HIV+ ,transplantadas de MO ou orgaos solidos e ,pctes oncologicas.

OBS.: existe uma vacina 9-valente.

43
Q

Qual o quadro clínico do câncer de colo uterino?

A
  • Geralmente assintomático.
  • Sangramento vaginal.
  • Paramétrios acometidos (toque retal).
44
Q

Qual o exame de rastreio para o cancer de colo de útero?

A

Citologia oncótica (colpocitológico).

obs: lembrar que os falsos-negativos sao altos na citologia. O diagnóstico é HISTOLOGICO.

45
Q

Quais as indicações do exame colpocitológico?

A
  • Pacientes de 25 a 64 anos que já tenham iniciado a vida sexual (se virgem → nunca fazer).
  • Gestantes devem fazer o exame também!
  • Mulheres > 64 anos com DOIS exames anteriores normais: encerrar rastreio.
  • Histerectomia por doença benigna com resultados anteriores negativos: encerrar rastreio.
46
Q

Qual a periodicidade do exame colpocitológico?

A

1x/ano.

Se 2 resultado negativos,

realizar a cada 3 ano

(1-2-3).

47
Q

Qual a periodicidade do exame colpocitológico em pacientes com HIV?

A
  • CD4 > 200:

semestral no 1º ano.

Se negativo, anual.

  • CD4 < 200:

semestral.

48
Q

Qual a técnica de coleta do exame colpocitológico?

A
  • Dupla coleta (ecto e endocérvice).
  • Espátula de Ayres e escova endocervical (citobrush).
49
Q

Quis os achados benignos do exame colpocitológico?

A
  • Metaplasia escamosa imatura.
  • Inflamação.
  • Reparação.

OBS: amostra insatisfatória = hipocelular, sem células colunares ou > 75% de hemácias.

50
Q

Quais os achados alterados no exame colpocitológico?

A
  • LIE-BG (LSIL): lesão intraeptelial de baixo grau (NIC I).
  • ASC-US: lesão intraepitelial de significado inteterminado.
  • ASC-H: lesão intraepitelial que não é possível excluir alto grau.
  • AGC (AGUS): células glandulares atípicas.
  • LIE-AG (HSIL): lesão intraepitelia de alto grau (NIC II e III).

OBS.: coilocitose, discariose e disceratose são lesões típicas do HPV.

51
Q

Qual a conduta nas alterações do exame colpocitológico?

A
  • LIE-BG(LSIL):

repetir em 6 meses (> ou = 25 anos)

ou 3 anos (< 25 anos).

  • ASC-US:

repetir em 6 meses (> ou = 30 anos),

12 meses (25-29 anos)

ou 3 anos (< 25 anos).

  • ASC-H: colposcopia.
  • AGC(AGUS): colposcopia + avaliação de canal endocervical.
  • LIE-AG(HSIL): colposcopia.
  • Se parecer câncer: colposcopia!!!

OBS.: se 2x LIE-BG/ASC-US, imunossupressão ou HIV = colposcopia.

52
Q

Como é feito o rastreamento pelo teste de biologia molecular (DNA-HPV)?

A
  • HPV negativo: repetir em 5 anos.
  • HPV positivo (subtipo 16 ou 18): colposcopia.
  • HPV postivo (subtipo desconhecido): realizar citologia oncótica.

OBS.: se a citologia oncótica vier positvo, encaminhar para a colposcopia. Se negativo, reperir o DNA-HPV em 1 ano.

53
Q

Quais as características da colposcopia?

A

Visualização do colo uterino através do colposcópio e após aplicação de ácido acético e lugol.

54
Q

Quando uma colposcopia é considerada satisfatória?

A

Quando se visualiza a junção escamocolunar (JEC)!

OBS.: se JEC não visível, abrir mais o espéculo, colocar espéculo endocervical ou utilizar estrogênio.

55
Q

Qual a conduta se colposcopia insatisfatória (mesmo após manobras)?

A

Avalir canal endocercical (escovado endocervical, curetagem ou histeroscopia).

56
Q

Quais as indicações de biópsia na colposcopia?

A
  • Epitelio acetobranco.
  • Teste de Schiller positivo (epitélio iodo negativo).
  • Vasos atípicos (achado mais suspeito).
  • Achados sugestivos de câncer (erosões, ulcerações, mosaico amplo e superfície irregular).

OBS.: em gestantes, mesmo com lesoes suspeitas,, só biopsiar se suspeita de invasão! Caso contrário, repetir citologia 90 dias após o parto.

57
Q

Quais os achados histopatológicos da biópsia de lesões suspeitas do colo uterino?

A
  • NIC I.
  • NIC II.
  • NIC III.
  • Carcinoma in situ.

OBS.: a diferenciação de carcinoma in situ e invasivo só pode ser feita após conização (e não biópsia).

58
Q

Qual a conduta na lesão NIC I?

A
  • Repetir em 6 meses durante 2 anos
  • Se persistir por 2 anos, destruir lesão (crioterapia, cauterização) e segmento semestral com citologia oncótica.
59
Q

Qual a conduta mas lesões NIC II e NIC III?

A

Exérese da zona de transformação (EZT)

ou CONE = EZT3(não fazer histerectomia): qd não vizualizar limite da lesão,suspeita de invasão, JEC não visivel(colposcopia insatisfatoria)

OBS.: caso as margens estejam comprometidas após o procedimento, realizar colposcopias e citopatologicos semestrais por 2 anos.

60
Q

Quais as indicações de cone?

A
  • Suspeita de invasão.
  • Carcinoma in situ.
  • Limites da lesão não visualizados (zona de transformação tipo 3).
  • JEC não visível (colposcopia insatisfatória).

OBS: se JEC visível dentro do canal até 1cm, realziar EZT.

61
Q

O que é a estratégia “Ver e Tratar” no câncer de colo uterino?

A
  • Instituição de tratamento de lesões suspeitas com base em testes de rastreio positivos, sem a necessidade de realizar outros testes diagnósticos.
  • Na presença de alterações na colposcopia ou em outros testes, pode-se iniciar o tratamento SEM a necessidade prévia de biópsia.
62
Q

Quais os critério para aplicar a estratégia “Ver e Tratar” no câncer de colo uterino?

A
  • Presença de achados anormais maiores (ex.: epitélio acetobranco, Schiller positivo, vasos atípicos, mosaico grosseiro, etc).
  • COLPOSCOPIA SATISFATÓRIA COM JEC VISÍVEL (zona de transformação tipos 1 ou 2).
  • Lesão restrita ao colo.
  • Ausência de suspeita de invasão ou doença glandular.

OBS.: assim, por conceito, o único tratamento nessa estratégia é a EZT.

63
Q

Qual o próximo passo após o diagnóstico histopatológico de câncer de colo do útero?

A

Estadiamento.

64
Q

Como é feito o estadiamento do cancer de colo de útero?

A
  • Clínico: exame ginecológico e toque retal.
  • É a ÚNICA neoplasia ginecológica de estadiamento clínico!!!

OBS.: se utilizar exames de imagem, a RNM é o melhor exame para avaliar lesões > 10mm.

65
Q

Como é o estadiamento do cancer de colo de útero?

A
  • 0: carcinoma in situ.
  • I (limitado ao colo uterino): lesão restrita ao colo < 3mm (A1), entre 3 e 5mm (A2), entre 5mm e 2cm (B1), entre 2cm e 4cm (B2) e > 4cm (B3).
  • II: acomete até os 2/3 superiores da vagina (A) ou paramétrios (B).
  • III: invasão do 1/3 inferior da vagina (A), parede pélvica com ou sem hidronefrose (B) ou linfonodos pélvicos (C).
  • IV: imvasão de bexiga ou reto (A) ou metástases à distância (B).
66
Q

Quais os tipos de histerectomia?

A
  • Traqueolotomia: retirada do colo do útero.
  • Histerectomia simples (tipo 1): retirada apenas do útero.
  • Histerectomia radical (tipo 2): histerectomia com remoção dos ligamentos cardinais e uterossacros.
  • Werthein-Meigs: histerectomia com retirada dos pramétrios, linfonodos pélvicos, ligamentos cardinais e uterossacros. Preserva os ovários!
67
Q

Qual o tratamento do câncer de colo de útero?

A
  • Carcinoma in situ: conização.
  • IA1: histerectomia tipo 1 (se desejo reprodutivo, cone).
  • IA2: histerectomia tipo 2 + linfadenectomis pélvica (se desejo reprodutivo, traquelectomia + linfadenectomia pélvica).
  • IB1: Werthein-Meigs (se desejo reprodutivo, traquelectomia + linfadenectomia pélvica).
  • IB2: Werthein-Meigs.
  • IB3 e IIA: RT (preferir) ou Werthein-Meigs.
  • IIB a IVB: RT com ou sem QT.

OBS: se margens cirúrgicas comprometridas ou estadiamento cirúrgico maior do que o clínico, proceder radioterapia adjuvante.

68
Q

Paciente de 68 anos vem ao PS com queixas de sangramento uterino discreto. Menopausa há 13 anos. USG revela espessamento endometrial. Qual o diagnóstico?

A

Câncer de endométrio.

69
Q

Quais os fatores de risco para câncer de endométrio?

A
  • Obesidade (principal).
  • Exposição ao estrogênio (menacme longo, nuliparidade…).
  • Anovulação crônica (ex.: SOP).
  • Uso de tamoxifeno.
  • Reposição hormonal estrogênica.
  • Síndrome de Lynch II.
70
Q

Quais os fatores de proteção para o câncer de endométrio?

A
  • Multiparidade.
  • ACO.
  • DIU de levanogestrel (SIU).
  • Tabagismo.
71
Q

Qual a clínica do câncer de endométrio?

A
  • Metrorragia (pós-menopausa).
  • Corrimento vaginal.
  • Hematométrio.
72
Q

Existe rastreamento para câncer de endométrio?

A

Apenas para mulheres com síndrome de Lynch II (USG e biópsia de endométrio anuais).

73
Q

Na suspeita de câncer de endométrio, qual o primeiro exame a ser solicitado?

A

USG transvaginal.

74
Q

Qual espessura do endométrio normal?

A
  • Sem TRH: 4-5mm.
  • Com TRH: 8-10mm.
75
Q

Quais achados da USG sugerem câncer de endométrio?

A
  • Coleções líquidas intrauterinas.
  • Espessamento endometrial.
  • Massa endometrial polipóide.
  • Endométrio hiperecogênico.
76
Q

Frente a um endométrio espessado, quais exames solicitar?

A
  • Biópsia guiado por histeroscopia (padrão-ouro).
  • Curetagem uterina fracionada.
  • Biópsia com cureta de Novak.
77
Q

Qual a lesão precursora do câncer de endométrio?

A

Hiperplasia endometrial.

78
Q

Quais os tipos de hiperplasia endometrial?

A
  • Benigna (sem atipia).
  • Atípica/NIE (8-29% de chance de evoluir para neoplasia).
79
Q

Qual a conduta nas hiperplasias endometriais?

A
  • Benigna: progesterona.
  • Atípica/NIE: histerectomia (se desejo de gestar, progesterona).
80
Q

Quais os tipos de câncer de endométrio (adenocarcinoma endometrióide)?

A
  • Tipo I (80% dos casos): pacientes jovens, obesas e com história de exposição estrogênica. Deriva de um endométrio hiperplásico, e possui melhor prognóstico.
  • Tipo II: mulheres idosas, magras e sem relação com hiperesteogenismo ou hiperplasia endometrial. ( endometrio atrofico). Pior prognóstico.

OBS.: o subtipo de pior prognóstico é o seroso.

81
Q

Qual o marcador tumoral do câncer de endométrio?

A

CA-125 (apenas estagios avançados).

82
Q

Como é o estadiamento do câncer de endométrio?

A

Cirúrgico.

83
Q

Qual o estadiamento do câncer de endométrio?

A
  • Estadio I: restrito ao endométrio até a metade da espessura (A) ou mais (B).
  • Estadio II: invade o estroma cervical.
  • Estadio III: invade estruturas adjacentes.
  • Estadio IV: invade bexiga, intestino ou metástases à distância.
84
Q

Qual o tratamento do câncer de endométrio?

A
  • Todos: histerectomia + salpingooforectomia bilateral + lavado peritoneal.
  • Linfadenectomia: se invasão do colo uterino.
  • RT: invasão de estruturas adjacentes.
  • QT: metástase.

OBS.: a partir de IB (invade mais da metade do endométrio), faz-se sempre a radioterapia!

85
Q

Paciente de 62 anos vem ao PA com queixa de ferida na vulva e prurido há 3 meses. Testes para DST negativos. Qual o diagnóstico?

A

Câncer de vulva.

86
Q

Quais os fatores de risco para câncer de vulva?

A
  • HPV (principal).
  • Tabagismo.
  • Lindogranuloma venéreo.
87
Q

Qual a clínica do câncer de vulva?

A
  • Prurido crônico.
  • Lesão vegetante ou ulcerada em grandes lábios (+ comum).
  • Dor.
  • Sintomas urinários.
88
Q

Quais os tipos histológicos de câncer de vulva?

A
  • Escamoso indiferenciado(mais comum): mulheres mais jovens e relacionado com o HPV.
  • Escamoso diferenciado: mulheres mais velhas e relacionado com líquen ou hiperplasia escamosa.
89
Q

Como é o diagnóstico do câncer de vulva?

A
  • Vulvoscopia.
  • Biópsia dirigida pelo teste de Collins (carcinoma escamoso).
90
Q

Qual o tratamento do câncer de vulva?

A
  • < 2cm: ressecção ampla da lesão com margens de segurança.
  • > 2cm: vulvectomia radical + linfadenectomia.
91
Q

O que é o líquen escleroso?

A
  • Lesões hipocrômicas na vulva sem relação com o HPV.
  • Mais comum na puberdade e pós-menopausa.
  • Causa hipocromia vulvar, prurido e apagamento de pequenos lábios.
  • Possui risco de CA de vulva.
  • Tratar com corticóide de alta potência (ex.: clobetazol).
92
Q

O que são sarcomas uterinos?

A

Tumores derivados do estroma e do miométrio (leiomiosarcoma).

93
Q

Quais os fatores de risco para os sarcomas uterino?

A

Nuliparidade.

Obesidade.

Exposição à radioterapia e tamoxifeno.

94
Q

Quais as características dos sarcomas uterino?

A
  • Rápido crescimento.
  • Disseminação hematogênica (principal) e linfática precoce.
  • Altamente recidivantes.
95
Q

Qual o tratamento dos sarcomas uterinos?

A

Cirugia + radioterapia.

96
Q
A