Sindromes linfoproliferativos crónicos Flashcards

1
Q

Maturação B

A

Estas células ainda não entraram em contacto
com o antigénio, processo que vai ocorrer no centro germinativo do gânglio linfático com a
hipermutação somática. Assim, as partes variáveis das cadeias pesadas e leves da Ig (do BCR)
não possuem qualquer tipo de afinidade extra aos Ag pois são cadeias não mutadas. Possuem
marcadores de naiveness: IgM+, IgD+, CD27–.
- No centro germinativo, segue-se o processo de expansão clonal e hipermutação
somática (SHM), em que células abrem o DNA, recombinam porções variáveis (leves e pesadas)
e passam a ter BCR com afinidades melhoradas para Ag que possam aparecer
- se houver sucesso podem ter diferenciação para:
#céls de memória que podem ou não expressar IgM por fazerem switch e oassam a ser CD27+
#plasmócitos, células produtoras de Ig que em vez de as ter à superfície vão secretá-las

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2
Q

Que tipo de cél da um determinado cancro?

A
  • cel naive não mutada dá leucemia linfática crónica
  • cels da zona do manto dá linfoma cels manto
  • Céls do centro germinativo após class switch e HM somática pode ocorrer linfomas de burkitt e linfoma de cels B difuso (estes 2 mais aggro)
  • Cels condenadas a apoptose após HM somática podem ser impedidas como infeções por EBV e dão linfomas de burkitt e hodgkin (recetor do EBV é CD21, molécula que permite proliferar)
  • céls de memória já maduras podem originar leucemia linfática crónica de céls maduras (melhor prognostico) ou tricoleucemia (têm boa resposta mas voltam)
  • Plasmócitos - mieloma múltiplo
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3
Q

Exame mieloma multiplo

A

eletroforese de proteinas- gamaglobulinas devido a tamanho e carga as mais pesadas podem migrar próximo das beta
- imunofixação/ imunofluorescência para avaliar os picos

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4
Q

Plasmocitose celular

A

os plasmócitos, após diferenciação no gânglio linfático, migram para a
medula óssea, sendo o valor normal de 3 a 5% por aspiração medular. É de notar que os
plasmócitos são células muito reativas, podendo elevar-se em situações de inflamação crónica,
mas a plasmocitose medular no mieloma múltiplo é caracteristicamente monoclonal: se
medirmos a Ig à superfície é toda idêntica

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5
Q

epidemiologia do MM

A

2ª neoplasia hematologica mais freq
- Idade média de 69 anos no H e 71 na M
- > incidência na raça negra e H (apesar de não haver grandes dif de sexos)
- O MM evolui de doenças pré-neoplásicas ( MGUS – monoclonal gammopathy of undetermined significance; SMM – smoldering multiple myeloma)
- Para ser MM é necessária a presença
da proteína M (monoclonal, M A ou G) em grandes quantidades passando a ser neoplasia (MGUS—> SMM—-> MM)

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6
Q

Critérios de MM

A
  • Plasmocitose medular >10%
  • Proteína M no soro ou urina
  • Pelo menos uma característica CRAB (hipercalcémia, Insuficiência renal, Anemia, Lesões ósseas)
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7
Q

Infeções em MM

A
  • Infeções recorrentes, pois embora as Ig exitem em grande quantidade são disfuncionais
  • deficiência da imunidade B – imunodeficiência primária, sendo os linfócitos T que necessitam
    da atividade das cels B (nomeadamente para apresentação de Ag) indiretamente atingidos –
    imunodeficiênia secundária.
  • Tratamentos agressivos para além de lesarem plasmócitos lesam também outras células do
    sistema imune que condiciona o agravamento da imunodeficiência secundária
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8
Q

Diferença entre MM e mieloma indolente (SMM)

A

Distinção entre mieloma múltiplo e mieloma indolente (SMM) importante pois mieloma indolente
não possui indicação formal para início da terapêutica; têm um risco aumentado de desenvolver
MM (bastante mais comparativamente ao MGUS) mas faz-se vigilância apertada de modo a
detetar-se uma alteração:
# Sintomática – sinal ou sintoma CRAB
# Não sintomática/analítica avaliada pelos biomarcadores (rácio monoclonal/policlonal >100; Exame imagiológico de corpo inteiro 2 ou mais lesões focais sem
necessidade de ter dor óssea ou fratura. Para se detetar lesão
osteolítica em raio-x é necessário haver lesão de mais de 30% (ocorreu
pelo menos 30% de catabolismo ósseo). Hoje em dia já não é usado o
raio-X mas sim a TAC de baixa dose – lesões osteolíticas - ou RM -
infiltrações plasmocitárias, pois é difícil avaliar lesões osteolíticas na
RM)
- Uma destas alterações
apresenta um risco de
progressão muito grande
nos 2 anos subsequentes

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9
Q

Fraturas ósseas em MM

A
- As células de mieloma são plasmócitos
monoclonais que produzem substâncias
(citocinas e proteínas inflamatórias) que
aumentam a síntese de osteoclastos e
diminuem a síntese
de osteoblastos,
resultando na destruição óssea com dor óssea, fraturas,
lesões osteolíticas
e hipercalcémia
- Terapêutica:
Denosumab,
Ac monoclonal inibidor do RANKL
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10
Q

Plasmócitos

A

Únicas cél prod de plasmócitos (Num
aspirado
medular, os plasmócitos normais
possuem um citoplasma grande
devido à síntese de Ig. No MM, os plasmócitos
são aberrantes, grandes e o RE é grande)
- Aumento da expressão de CD38 (presente mas em valores baixos nos plasmócitos
normais)
- Presença de CD56 (ausente nos plasmócitos normais-As células NK não expressam CD38, logo se virmos uma
célula com CD56 e CD38 é um plasmócito patológico )
- Ausência de CD19 (Os plasmócitos normais são CD19+, adquirindo-o na diferenciação da célula B.)

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11
Q

Plasmocitoma

A

MM normalmente não têm adenopatias mas pode ocorrer um plasmocitoma – plasmócitos
aberrantes deixam de possuir moléculas de adesão que permite a localizalção na medula óssea,
levando à infiltração plasmocitária no gânglio. É extra-medular, pondendo ser ganglionar ou
extra-ganglionar

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12
Q

Sombras de Grumpecht

A

sombras nucleares linfocitárias arrastadas umas nas outras no
esfregaço sanguíneo. Ocorrem quando há um grande número de células, o que leva a uma
destruição celular e alongamento do núcleo. São específicas de linfocitose da leucemia linfática
crónica. Indicam linfocitose que está na origem das adenopatias

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13
Q

Leucemia Linfática crónica

A
  • Acumulação de linfocitos maduros no sangue, medula óssea, ganglios e baço
  • Linfócitos monoclonais e CD5+, CD19, 20 E 23+ (Expressam todos de forma aberrante CD5 (marcador T), apesar de serem células B)
  • Leucemia mais comum nos paises ocidentais
  • Incidência aumenta com a idade e mais comum nos H
  • Alt citogenéticas em cerca de 50% dos doentes ao diagnóstico (+ comuns tris12, del 11, del13, del 17) (genes supressores de tumores- da para ver por FISH)- o clone maligno vai acumulando alterações genéticas
  • em microscopia - linfócitos maduros, pequenos e em grande número
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14
Q

Como ver que uma cél é clonal

A

racio de kappa:lambda (2:1)

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15
Q

Triade de sintomas B

A
  1. Febre
  2. Sudorese
  3. Perder 10kg nos ultimos 6 meses
    (prod de linfócitos que produzem citocinas)
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16
Q

Linfoma Não Hodgkin B folicular

A
  • Tem esta característica genética importante (no
    cromossoma 14 está o gene das cadeias pesadas
    da imunoglobulinas no 18 está o gene bcl2, que é anti-apoptótico).
    Por isso, passa a
    haver hipertranscricao de bcl2 -» célula imortal
  • 80 a 90% tem translocação 14,18
  • CD10 + - marcador de imaturidade
17
Q

Linfoma do manto

A
  • Linfócitos pequenos a médios com núcleos identados e
    irregulares, cromatina moderadamente irregular, escasso
    citoplasma
  • 5-10% de todos os linfomas.
  • Anteriormente, considerado um linfoma indolente mas atualmente é classificado como
    agressivo.
    um linfoma
    Se não se tratar mata! Existe, no entanto, uma variante dita “do Manto”
    com um curso clínico mais indolente
  • Células pequenas com origem na zona do
    Manto dos gânglios linfáticos
  • Frequentemente invade gânglios linfáticos, baço, medula óssea e orgãos extra nodais
  • Comum em adultos e idosos – idade mediana de 65 anos; predomínio de homens (Os doentes
    com variantes blásticas são mais novos (mediana de idade de 40)
  • À apresentação é comum a doença estar já num estadio avançado (III or IV), e os gânglios
    linfáticos podem ser muito volumosos (>10 cm de diametro). O estadio IV é extraganglionar
  • A doença extranodal é comum (76%) bem como a invasão da medula óssea, do baço, fígado
    tracto gastro intestinal,
    anel de Waldeyer,
    e sangue periférico e
    amigdalites de repetição
  • Citometria: linf B CD5+ (como LLC), CD10-, CD79b +, CD38 +
  • Translocação 11, 14–> aumento da expressão do gene PRAD-1 que codifica a ciclina D1 (promotor da progressão do ciclo celular)
18
Q

Tricoleucemia

A
  • Tricoleucemia é uma leucemia crónica rara
    (2% de todas as leucemias).
  • Ocorre em adultos acima dos 50 anos,
    caucasianos
    mais frequente em
    do que em negros
    (3:1)
  • Os primeiros sintomas são fraqueza, letargia e esplenomegalia
    (sem hepatomegalia),
  • A maioria dos doentes tem pancitopenia
    que está presente em 80% dos doentes.
  • Os trico linfócitos são caracterizados pelas suas projeções
    citoplasmáticas irregulares e caracteristicas imaturas do nucleo
  • A aspiração de
    medula óssea é frequentemente mal sucedida, devido à
    infiltração maciça por estas células ligadas a uma rede de
    fibras de reticulina.(linfócitos produzem endotelina que leva a fibrose)
  • CD19 e 20 +++
19
Q

Sindrome de Sézary

A
  • linfoma T
  • Começa por norma por ser uma doença dermatológica, eritrodermia generalizada
  • Células de Sézary- linfócitos de tamanho médio a grande com nucleo cerebreiforme e pouco citoplasma
  • há acumulação de linfócitos na derme
  • No sindrome de sezary estes linfócitos passam para o sangue periférico
  • variante leucémico da micoise fungoide (linfoma cutâneo T mais freq)
  • Raro e MF compreende 85% da populaçã total MF/SS
  • sobrevivência mediana é menor que 3 anos e menor ainda no SS
  • CD28 (cél t ativadas)
  • CD45RA (marcador de memória)
20
Q

Linfoplasmocitos

A
  • células já são linfócitos B
    maduros (expressam BCR, são CD19, CD20), mas ainda têm à sua superfície e secretam IgM
  • NÃO HÁ MIELOMAS IGM
21
Q

Viscosidade sanguinea aumentada

A

-IgM são pentâmeros
- Esta híper
viscosidade é importante porque pode dar sintomas, pode haver tromboses dos pequenos vasos
e as pessoas queixam-se de extremidades frias e frieiras, pode dar também cefaleias e alterações visuais
- se for muito grande temos de fazer plasmaferese
- Todas as doenças que tenham aumento
de proteínas, sejam elas proteínas de fase aguda, autoanticorpos ou Ig monoclonal dão
aumentos de VSedimentação

22
Q

Avaliação de linfoma linfoplasmocitico

A

hemograma, imunofixação ou imuno eletro séricas e urina, avaliação medular, estudo do esqueleto e TC para ver adenopatias

23
Q

Avaliação da leucemia linfoide cronica

A

leucograma e imunofenotipagem sangue periférico

  • biopsia excisional dos ganglios aumentados, mielograma e biopsia osteo-medular
  • eletroforese de prot
24
Q

Tamanho cels maduras vs cels naive

A
  • Linfócitos imaturos ou células blásticas são grandes, uma vez que estão ainda a diferenciar-se. Por sua vez as células as células maduras
    como são específicas e têm uma função específica, são mais pequenas
25
Q

Avaliação de MM

A
  • mielograma, biopsia osteomedular, estudo imunofenotipico (para sabermos que eram plasmócitos- marcar com CD38, CD138 e CD56- vão ganhar este marcador
    aberrante, que é característico de células NK, imunofixações séricas e urinárias e avaliações medulares
  • doseamento de cálcio sérico
26
Q

Avaliação de leucemia aguda

A

Imunofenotipagem, cd10, cd45, cd34, TdT
ver marcadores de cels precursoras e de linhagem (Ex: cd2, cd3, cd4 para linf T - veriamos com imagem se ha massa mediastínica que faria sentido)