Avaliação da resposta imune Flashcards
Imunoensaio
- Ensaios que detetam ou quantificam uma substância específica (analito), numa
amostra biológica usando o princípio da reação anticorpo – antigénio - AC policlonais
# Anticorpos dirigidos para o mesmo antigénio, mas para diferentes epítopos. Exigem vários clones
de células B a serem reconhecidos para os diferentes epítopos. - Exemplo: se eu tiver o vírus Influenza da gripe, no meu soro encontrarei anticorpos contra o vírus:
são policlonais porque tive uma célula B a reconhecer a hemaglutinina, outra a reconhecer uma
proteína da cápsula do vírus, outra a reconhecer a neuroaminidase e por aí fora. Todas reconhecem
o vírus mas em zonas diferentes. - Uma resposta nossa normal a um antigénio é uma resposta policlonal- inserir ag nos animais e colher AC
AC monoclonais
1- isolamento cel B com colheita nos ganglios e baço após imunização de rato com AG
2- fusão com cel do mieloma com plasmocitos (promoção do polietilenoglicol)- hibridoma (cels tumorais com enzima envolvida no metabolismo de purinas e pirimidinas cortadas, portnato so as que são hibridomas é que sobrevivem)
3- diluições consecutivas (limite)
4- cels hibridoma individuais clonadas
5- AC monoclonal- para 1 epítopo
Tecnicas de imunoensaio
- Reações de Precipitação
a. Dupla Difusão
b. Imunodifusão Radial (IDR)
c. Imunoeletroforese contracorrente
d. Imunoeletroforese
e. Imunoeletroforese Rocket
d. Imunofixação – confirmação de bandas malignas (doenças como mieloma múltiplo) - Reações de Aglutinação
- Métodos que avaliam a dispersão da luz
a. Nefelometria
b. Turbidimetria - Métodos que utilizam marcadores/sondas
a. EIA (Enzyme Immuno Assay)
b. FIA (Fluoro Immuno Assay)
c. Immunoblot (Western Blot)
d. Imunofluorescência Direta
e. Imunofluorescência Indireta (IFI)
Reações de precipitação
- técnicas que permitem dosear proteínas solúveis, às quais se ligam anticorpos. - Formam-se imunocomplexos que, por ter maior peso molecular, precipitam.
Imunodifusão radial simples (IDR): técnica manual
- Utilização de geis permitem que proteínas migrem entre os poros das suas malhas.
- Antigene solúvel (que pode estar no soro de um doente, por exemplo) depositado nos poços
de um gel; esse gel contém anticorpos à volta - Antigene difunde em todas as direções
-Quando se atingem concentrações de equivalência do antigene com o anticorpo que está no
gel formam-se
complexos imunes que precipitam em aneis concêntricos - Através do diâmetro dos halos pode fazer-se uma correlação com a concentração de
antigénio – quanto maior o diâmetro do anel formado, maior a concentração de antigénio
APLICAÇÕES IDR:
A IDR é essencialmente utilizada para fazer ensaios sem opção automática.
# Quantificação de Imunoglobulinas (incluindo subclasses de IgG)
# Quantificação de fatores de complemento (C5-C9, p.e.) e outras proteínas séricas
Se quiser estudar p.ex eritrocitos uso aglutinação
APLICAÇÕES:
Testes rápidos – situações urgentes
# Tipagem Sanguínea (Sistema AB0, Rh)
# Deteção de anticorpos anti-eritrocitários
# Identificação de agentes microbianos: Permitem fazer diagnósticos presuntivos –
precisam de confirmação
# Deteção e titulação de anticorpos anti-agentes microbianos
Reações de aglutinação
- reações que se baseiam na interação entre anticorpos e antigénios particulados, em vez de
solúveis. Quando se formam imunocomplexos, dá-se uma reação de aglutinação, visível a olho nu. - No fundo, uma reação de aglutinação é a possibilidade de um anticorpo se ligar a vários antigenes
(p.e. vários eritrócitos) formando um agregado de células - testes qualitativos: apenas dizem se existem anticorpos contra antigenes específicos que
estávamos a procurar - O sistema AB0 é “A, B, zero”. Zero porque na superfície da hemácia não temos nem o antigénio A,
nem o B. - Uma pessoa que seja do grupo sanguíneo A, tem no seu soro anticorpos anti-B
- Uma pessoa do grupo 0, tem no seu soro anticorpos anti-A e anticorpos anti-B
- Uma pessoa do grupo B, tem no seu soro anticorpos anti-A
- Estes antigénios (A e B) são na verdade carboidratos que também se encontram na superfície de
muitas bactérias. Então, desde muito cedo, as bactérias comensais mostram estes antigénios para
naturalmente nós os produzirmos e isto quer dizer que estes antigénios até são apelidados de
“antigénios naturais”
Aglutininas
- Imunoglobulina M: devido à possibilidade de formar pentâmeros é uma aglutinina por excelência,
na medida em que tem uma grande capacidade de fixação de antigénios - Imunoglobulina G: é uma aglutinina pobre porque exige condições ótimas de temperatura e pH
para ocorrer a reação.
Métodos que avaliam a dispersão da luz
Ensaios automatizados e rápidos
- Avaliam a interação entre o imunocomplexo e uma radiação que o atravessa
- Junta-se um reagente, com anticorpo específico, a uma amostra, que pode ser o soro de um
doente
- Se se formarem muitos imunocomplexos, a solução da cuvete de reação fica turva, pelo que há menos luz transmitida e mais luz refratada
# Nefelometria: mede a intensidade da luz refratada – diretamente proporcional à quantidade de
imunocomplexos
# Turbidimetria: mede a intensidade da luz direta – inversamente proporcional à quantidade de
imunocomplexos
APLICAÇÕES:
Ensaios automatizados
# Doseamento de imunoglobulinas
# Doseamento de fatores de complemento (C3, C4, CH100 via classica, AH50 via alternativa)
# Doseamento de proteínas de fase aguda (PCR, alfa1antitripsina, ceruloplasmina, haptoglobina. f. reumatoides, título anti-estreptolisina O, …)
Métodos que utilizam marcadores/sondas
- quando não é suficiente termos so complexos imunes
- marcador pode ser radioisótopo, enzima, flurescência,..
- Ensaio direto:
#Deteta antigene
#Anticorpo marcado (p.e. com fluorescência) e atua no antigene
#Antigene presente: fluorescência
# AG-AC marcado - Ensaio indireto:
#Deteta se estão presentes anticorpos anti-antigene X
#Ex: posso achar que doente tem anticorpo anti-DNA. Então marco anticorpo secundário que vai
reconhecer o anticorpo primário que está ligado ao núcleo das células (DNA)
# AG-AC-AC marcado - Ensaio Competitivo Indireto ou Inibição
Competitivo
# AG- AG-AC-AC marcado - Ensaio competitivo direto
# AC- AG AGmarcado - Sandwich: ensaios ao contrário: na placa estão anticorpos e não antigénios sendo que o objetivo é
procurar o antigénio no sangue do doente, e não o anticorpo
# Simples: Serve para estudar antigénio. Coloca-se um anticorpo específico para o antigene que se
quer dosear numa placa
-Ex: se eu quiser dosear IL-1, arranjo Ac anti-IL-1 que está agarrado a uma placa, a IL-1 liga-se e
depois outro Anticorpo liga-se também
# Dupla: AC-AC-AG-AC-AC marcado
EIA (enzyme imunno assay)
- tem por base o método sandwich
- Utiliza as propriedades catalíticas das enzimas
- O mais conhecido é o ELISA (Enzyme-linked Immuno Sorbent Assay), mas tambem há o MEIA, EMIT, CEDIA, …
- Marco o anticorpo com uma enzima (Ac-E) e este Ac-E vai-se ligar a um antigene.
- Avalia-se alteração das concentrações do substrato ou produto de degradação, sendo
que os produtos têm normalmente alteração de cor
# Placas: têm anticorpo anti-X. Coloca-se soro do doente na placa e se houver antigene presente, liga
se o antigene X ao anticorpo, na proporção da sua concentração - Depois junto um anticorpo secundário com uma enzima acoplada e estando presente o antigénio-X, a enzima atua no seu
substrato e aumenta a concentração dos produtos de reação – quanto mais mudança de cor houver,
maior a concentração de antigénio
ENZIMAS: fosfatase alcalina, peroxidase de rabano (horseradish- hrp) - glicose-6-fosfato desidrogenase, beta- galactosidase
APLICAÇÕES - Doseamento de Imunoglobulinas, cadeias leves e subclasses
- Doseamento e avaliação funcional de fatores do Complemento
- Monitorização de serologias infeciosas (HIV, HBV, HCV, HAV, CMV, Rubéola,Toxoplasma,…)
-Monitorização da imunização (Pneumococos, Tétano, Varicela,…)
-Doseamento de Marcadores tumorais (CEA, PSA,…)
-Doseamento de Hormonas - ELISpot: ensaios para avaliação da produção de citocinas e perforinas
FIA (fluoroimunno assay)
- Permite doseamento de imunoglobulinas do soro; particularmente útil no doseamento de Igs nas reações de hipersensibilidade
- Utiliza-se uma caneta que tem na superfície alergénios (antigénio em fase sólida), faz-se com que o soro do doente atravesse a matriz com os alergénios e ficam agarrados os anticorpos que reconhecem estes alergénios (anticorpo da amostra).
- Utilizando um anticorpo secundário
marcado com uma enzima contra o anticorpo que se ligou ao alergénio, obtemos um substrato
com fluorescência. Mais fluorescência = mais imunoglobulinas contra alergénio - Há interesse em fazer vários destes testes ao mesmo tempo em reações cruzadas (tenho de ter testes de screening e testes confirmatórios)
APLICAÇÕES
-FPIA: Doseamento do hormonas tiroideias (Tiroxina T4)
- Há interesse em fazer vários destes testes ao mesmo tempo em reações cruzadas (tenho de ter testes de screening e testes confirmatórios)
- FEIA: Doseamento de IgE total e IgE específicas, IgAs e IgGs específicas
(Estudo das Reações de Hipersensibilidade)
-Doseamento de Proteína Catiónica Eosinofílica, Triptase
-Anticorpos autoimunes
-ISAC: Avaliação de IgEs específicas, IgGs e IgAs específicas
(Estudo das Reações de Hipersensibilidade ––antigénios moleculares)
Immunoblot (Western blot)
- teste confirmatório
- Deteta proteínas específicas e implica:
# Separação das proteínas num gel de poliacrilamida.
# Transferência (blotting) das proteínas do gel para uma membrana estável (nitrocelulose, nylon,…).
# Identificação da proteína com um anticorpo específico
# permite detetar proteínas em misturas complexas
# menos sensível que outros imunoensaios (ex: ELISA) mas é mais específico
ensaio à confirmatório.
# Permite caracterizar algumas propriedades das proteínas e fazer a sua quantificação - Deteção da ligação ao AC (anticorpo marcado primário ou secundário com radioisótopo, complexo enzima-substrato cromogénico ou fluorescente ou quimioluminescente ou …)
- se tivermuos duvidas da reatividade cruzada (p. ex VHB e influenza, em vez do soro do doente ter uma replica igual do vhb ia ter só o AG que partilha ou é parecido com o influenza) –> bom teste confirmatório!
APLICAÇÕES
# Ensaios confirmatórios de reações de hipersensibilidade mediadas por IgE, serologias infecciosas como HIV, HBV, …, ou autoanticorpos
(EIA+–>IMUNOBLOT+–>POS; SE FOR IMUNOBLOT - —> STOP)
Imunofluorescência direta
- Anticorpo e antigénio em ligação direta com observação em microscópio de fluorescência
1- Anticorpo específico marcado com fluorocromo (FITC, PE, Rodamina B,…).
2- É aplicado diretamente sobre o corte de tecido/cultura celular onde se quer identificar o antigénio (que pode ou não existir aí).
3- Elimina-se depois o excesso de anticorpo que não se ligou ao antigénio, lavando.
4- Verifica-se se houve ou não formação do complexo imune, num microscópio de
fluorescência
APLICAÇÕES
# Localização morfológica de Antigénios situados na superfície celular
Imunofluorescência indireta
- serve p.ex para identificar anticorpo anti-DNA
1- Anticorpo específico e um segundo anticorpo marcado com fluorocromo (FITC, PE, Rodamina B,…).
2- Colocar o soro do doente sobre um substrato adequado (corte de tecido/cultura celular) com antigénio.
3- Adicionar antiglobulina humana (segundo anticorpo) marcada com fluorescência.
4- Verificar no microscópio de fluorescência se há ou não fluorescência.
APLICAÇÕES
# Deteção de autoanticorpos (ANA, ANCA, ASMA, anti-TSH).
# Deteção de anticorpos contra agentes infeciosos (bactérias, vírus, fungos, parasitas,…).
#… - No contexto da imunofluorescência vamos ter sempre lavagem como na ELISA mas com a
particularidade de se usar depois os microscópios de fluorescência - Reconhecer na imunofluorescência o que é que fica marcado na célula.
- Identificar intensidade da fluorescência, que é proporcional à quantidade de anticorpo.
- no screening das doenças auto-imunes (imunofluorescência células Hep2–> positivo com título >1:160
Células que se utilizam para avaliar as vias clássicas e alternativa
eritrócitos porque são mais sucestiveis a ação do complemento devido a ausência do núcleo –> lise
- Assim, o
CH100 e o AH50 avaliam a capacidade hemolítica do complemento da via clássica e alternativa
respectivamente
- Não utilizo eritrócitos humanos porque as nossas células estão protegidas pelo nosso
complemento e porque eticamente e em termos de disponibilidade é mais complicado
Se só AH50 alterado o que dosear?
fator B, D, P etc
Se só CH100 alterado o que dosear?
C1, c2, c4, etc
Doseamento dos fatores de complemento
- nefelo/turbidi (c3 e c4)
- elisa (outros)
- IDR (outros)
estudos funcionais do complemento
ELISA, IDR
Painel de testes gravida para toxoplamsose, rubéola e CMV
TORCH
se ocorrer primeira infeção durante a gravidez, há critério para interrupção
- só IgM +—> infeção ativa e 1ª infeção porque ainda não houve tempo para fazer seroconversão
- só IgG +–> imune, sem risco para bebé
- IgM e IgG +–> reativação da infeção
- Se eu contactei há pouco tempo com o agente da Toxoplasmose, as minhas imunoglobulinas
ainda não “tiveram tempo” para criar muita afinidade para esse agente
- Quanto mais as células passarem pelo centro germinativo, com mais afinidade/”força”
elas se ligam ao AG, maior a avidez
- baixa avidez IgG—> infeção recente e não podemos excluir primeira infeção –> consulta de gravidez de risco
- Alta avidez IgG-.–> excluímos primeira infeção–> não há risco
Serologias virais e doenças congénitas
- quimioluminescência
- ELISA, EIA
- Imunofluorescência indireta
Ensaios confirmatórios de Serologias virais e doenças congénitas
- Imunoblot
- Biologia molecular
Deposição de anticorpos e c3 e c4 diminuidos
Doença autoimune ativa
Fator reumatóide
Anticorpo anti-IgG
AC para LES
Anti -dsDNA e Anti-Sm
as vezes associado a anti-cardiolipina por SAAF secundário
AC anti-fosfolipidos
- anti-cardiolipina
- Anticoagulante lúpico
- anti-beta2-glicoproteina1