Avaliação da resposta imune Flashcards

1
Q

Imunoensaio

A
  • Ensaios que detetam ou quantificam uma substância específica (analito), numa
    amostra biológica usando o princípio da reação anticorpo – antigénio
  • AC policlonais
    # Anticorpos dirigidos para o mesmo antigénio, mas para diferentes epítopos. Exigem vários clones
    de células B a serem reconhecidos para os diferentes epítopos.
  • Exemplo: se eu tiver o vírus Influenza da gripe, no meu soro encontrarei anticorpos contra o vírus:
    são policlonais porque tive uma célula B a reconhecer a hemaglutinina, outra a reconhecer uma
    proteína da cápsula do vírus, outra a reconhecer a neuroaminidase e por aí fora. Todas reconhecem
    o vírus mas em zonas diferentes.
  • Uma resposta nossa normal a um antigénio é uma resposta policlonal- inserir ag nos animais e colher AC
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2
Q

AC monoclonais

A

1- isolamento cel B com colheita nos ganglios e baço após imunização de rato com AG
2- fusão com cel do mieloma com plasmocitos (promoção do polietilenoglicol)- hibridoma (cels tumorais com enzima envolvida no metabolismo de purinas e pirimidinas cortadas, portnato so as que são hibridomas é que sobrevivem)
3- diluições consecutivas (limite)
4- cels hibridoma individuais clonadas
5- AC monoclonal- para 1 epítopo

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3
Q

Tecnicas de imunoensaio

A
  • Reações de Precipitação
    a. Dupla Difusão
    b. Imunodifusão Radial (IDR)
    c. Imunoeletroforese contracorrente
    d. Imunoeletroforese
    e. Imunoeletroforese Rocket
    d. Imunofixação – confirmação de bandas malignas (doenças como mieloma múltiplo)
  • Reações de Aglutinação
  • Métodos que avaliam a dispersão da luz
    a. Nefelometria
    b. Turbidimetria
  • Métodos que utilizam marcadores/sondas
    a. EIA (Enzyme Immuno Assay)
    b. FIA (Fluoro Immuno Assay)
    c. Immunoblot (Western Blot)
    d. Imunofluorescência Direta
    e. Imunofluorescência Indireta (IFI)
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4
Q

Reações de precipitação

A
  • técnicas que permitem dosear proteínas solúveis, às quais se ligam anticorpos. - Formam-se imunocomplexos que, por ter maior peso molecular, precipitam.
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5
Q

Imunodifusão radial simples (IDR): técnica manual

A
  • Utilização de geis permitem que proteínas migrem entre os poros das suas malhas.
  • Antigene solúvel (que pode estar no soro de um doente, por exemplo) depositado nos poços
    de um gel; esse gel contém anticorpos à volta
  • Antigene difunde em todas as direções
    -Quando se atingem concentrações de equivalência do antigene com o anticorpo que está no
    gel formam-se
    complexos imunes que precipitam em aneis concêntricos
  • Através do diâmetro dos halos pode fazer-se uma correlação com a concentração de
    antigénio – quanto maior o diâmetro do anel formado, maior a concentração de antigénio
    APLICAÇÕES IDR:
    A IDR é essencialmente utilizada para fazer ensaios sem opção automática.
    # Quantificação de Imunoglobulinas (incluindo subclasses de IgG)
    # Quantificação de fatores de complemento (C5-C9, p.e.) e outras proteínas séricas
    Se quiser estudar p.ex eritrocitos uso aglutinação
    APLICAÇÕES:
    Testes rápidos – situações urgentes
    # Tipagem Sanguínea (Sistema AB0, Rh)
    # Deteção de anticorpos anti-eritrocitários
    # Identificação de agentes microbianos: Permitem fazer diagnósticos presuntivos –
    precisam de confirmação
    # Deteção e titulação de anticorpos anti-agentes microbianos
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6
Q

Reações de aglutinação

A
  • reações que se baseiam na interação entre anticorpos e antigénios particulados, em vez de
    solúveis. Quando se formam imunocomplexos, dá-se uma reação de aglutinação, visível a olho nu.
  • No fundo, uma reação de aglutinação é a possibilidade de um anticorpo se ligar a vários antigenes
    (p.e. vários eritrócitos) formando um agregado de células
  • testes qualitativos: apenas dizem se existem anticorpos contra antigenes específicos que
    estávamos a procurar
  • O sistema AB0 é “A, B, zero”. Zero porque na superfície da hemácia não temos nem o antigénio A,
    nem o B.
  • Uma pessoa que seja do grupo sanguíneo A, tem no seu soro anticorpos anti-B
  • Uma pessoa do grupo 0, tem no seu soro anticorpos anti-A e anticorpos anti-B
  • Uma pessoa do grupo B, tem no seu soro anticorpos anti-A
  • Estes antigénios (A e B) são na verdade carboidratos que também se encontram na superfície de
    muitas bactérias. Então, desde muito cedo, as bactérias comensais mostram estes antigénios para
    naturalmente nós os produzirmos e isto quer dizer que estes antigénios até são apelidados de
    “antigénios naturais”
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7
Q

Aglutininas

A
  • Imunoglobulina M: devido à possibilidade de formar pentâmeros é uma aglutinina por excelência,
    na medida em que tem uma grande capacidade de fixação de antigénios
  • Imunoglobulina G: é uma aglutinina pobre porque exige condições ótimas de temperatura e pH
    para ocorrer a reação.
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8
Q

Métodos que avaliam a dispersão da luz

A

Ensaios automatizados e rápidos
- Avaliam a interação entre o imunocomplexo e uma radiação que o atravessa
- Junta-se um reagente, com anticorpo específico, a uma amostra, que pode ser o soro de um
doente
- Se se formarem muitos imunocomplexos, a solução da cuvete de reação fica turva, pelo que há menos luz transmitida e mais luz refratada
# Nefelometria: mede a intensidade da luz refratada – diretamente proporcional à quantidade de
imunocomplexos
# Turbidimetria: mede a intensidade da luz direta – inversamente proporcional à quantidade de
imunocomplexos
APLICAÇÕES:
Ensaios automatizados
# Doseamento de imunoglobulinas
# Doseamento de fatores de complemento (C3, C4, CH100 via classica, AH50 via alternativa)
# Doseamento de proteínas de fase aguda (PCR, alfa1antitripsina, ceruloplasmina, haptoglobina. f. reumatoides, título anti-estreptolisina O, …)

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9
Q

Métodos que utilizam marcadores/sondas

A
  • quando não é suficiente termos so complexos imunes
  • marcador pode ser radioisótopo, enzima, flurescência,..
  • Ensaio direto:
    #Deteta antigene
    #Anticorpo marcado (p.e. com fluorescência) e atua no antigene
    #Antigene presente: fluorescência
    # AG-AC marcado
  • Ensaio indireto:
    #Deteta se estão presentes anticorpos anti-antigene X
    #Ex: posso achar que doente tem anticorpo anti-DNA. Então marco anticorpo secundário que vai
    reconhecer o anticorpo primário que está ligado ao núcleo das células (DNA)
    # AG-AC-AC marcado
  • Ensaio Competitivo Indireto ou Inibição
    Competitivo
    # AG- AG-AC-AC marcado
  • Ensaio competitivo direto
    # AC- AG AGmarcado
  • Sandwich: ensaios ao contrário: na placa estão anticorpos e não antigénios sendo que o objetivo é
    procurar o antigénio no sangue do doente, e não o anticorpo
    # Simples: Serve para estudar antigénio. Coloca-se um anticorpo específico para o antigene que se
    quer dosear numa placa
    -Ex: se eu quiser dosear IL-1, arranjo Ac anti-IL-1 que está agarrado a uma placa, a IL-1 liga-se e
    depois outro Anticorpo liga-se também
    # Dupla: AC-AC-AG-AC-AC marcado
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10
Q

EIA (enzyme imunno assay)

A
  • tem por base o método sandwich
  • Utiliza as propriedades catalíticas das enzimas
  • O mais conhecido é o ELISA (Enzyme-linked Immuno Sorbent Assay), mas tambem há o MEIA, EMIT, CEDIA, …
  • Marco o anticorpo com uma enzima (Ac-E) e este Ac-E vai-se ligar a um antigene.
  • Avalia-se alteração das concentrações do substrato ou produto de degradação, sendo
    que os produtos têm normalmente alteração de cor
    # Placas: têm anticorpo anti-X. Coloca-se soro do doente na placa e se houver antigene presente, liga
    se o antigene X ao anticorpo, na proporção da sua concentração
  • Depois junto um anticorpo secundário com uma enzima acoplada e estando presente o antigénio-X, a enzima atua no seu
    substrato e aumenta a concentração dos produtos de reação – quanto mais mudança de cor houver,
    maior a concentração de antigénio
    ENZIMAS: fosfatase alcalina, peroxidase de rabano (horseradish- hrp)
  • glicose-6-fosfato desidrogenase, beta- galactosidase
    APLICAÇÕES
  • Doseamento de Imunoglobulinas, cadeias leves e subclasses
  • Doseamento e avaliação funcional de fatores do Complemento
  • Monitorização de serologias infeciosas (HIV, HBV, HCV, HAV, CMV, Rubéola,Toxoplasma,…)
    -Monitorização da imunização (Pneumococos, Tétano, Varicela,…)
    -Doseamento de Marcadores tumorais (CEA, PSA,…)
    -Doseamento de Hormonas
  • ELISpot: ensaios para avaliação da produção de citocinas e perforinas
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11
Q

FIA (fluoroimunno assay)

A
  • Permite doseamento de imunoglobulinas do soro; particularmente útil no doseamento de Igs nas reações de hipersensibilidade
  • Utiliza-se uma caneta que tem na superfície alergénios (antigénio em fase sólida), faz-se com que o soro do doente atravesse a matriz com os alergénios e ficam agarrados os anticorpos que reconhecem estes alergénios (anticorpo da amostra).
  • Utilizando um anticorpo secundário
    marcado com uma enzima contra o anticorpo que se ligou ao alergénio, obtemos um substrato
    com fluorescência. Mais fluorescência = mais imunoglobulinas contra alergénio
    • Há interesse em fazer vários destes testes ao mesmo tempo em reações cruzadas (tenho de ter testes de screening e testes confirmatórios)
      APLICAÇÕES
      -FPIA: Doseamento do hormonas tiroideias (Tiroxina T4)
  • FEIA: Doseamento de IgE total e IgE específicas, IgAs e IgGs específicas
    (Estudo das Reações de Hipersensibilidade)
    -Doseamento de Proteína Catiónica Eosinofílica, Triptase
    -Anticorpos autoimunes
    -ISAC: Avaliação de IgEs específicas, IgGs e IgAs específicas
    (Estudo das Reações de Hipersensibilidade ––antigénios moleculares)
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12
Q

Immunoblot (Western blot)

A
  • teste confirmatório
  • Deteta proteínas específicas e implica:
    # Separação das proteínas num gel de poliacrilamida.
    # Transferência (blotting) das proteínas do gel para uma membrana estável (nitrocelulose, nylon,…).
    # Identificação da proteína com um anticorpo específico
    # permite detetar proteínas em misturas complexas
    # menos sensível que outros imunoensaios (ex: ELISA) mas é mais específico
    ensaio à confirmatório.
    # Permite caracterizar algumas propriedades das proteínas e fazer a sua quantificação
  • Deteção da ligação ao AC (anticorpo marcado primário ou secundário com radioisótopo, complexo enzima-substrato cromogénico ou fluorescente ou quimioluminescente ou …)
  • se tivermuos duvidas da reatividade cruzada (p. ex VHB e influenza, em vez do soro do doente ter uma replica igual do vhb ia ter só o AG que partilha ou é parecido com o influenza) –> bom teste confirmatório!
    APLICAÇÕES
    # Ensaios confirmatórios de reações de hipersensibilidade mediadas por IgE, serologias infecciosas como HIV, HBV, …, ou autoanticorpos
    (EIA+–>IMUNOBLOT+–>POS; SE FOR IMUNOBLOT - —> STOP)
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13
Q

Imunofluorescência direta

A
  • Anticorpo e antigénio em ligação direta com observação em microscópio de fluorescência
    1- Anticorpo específico marcado com fluorocromo (FITC, PE, Rodamina B,…).
    2- É aplicado diretamente sobre o corte de tecido/cultura celular onde se quer identificar o antigénio (que pode ou não existir aí).
    3- Elimina-se depois o excesso de anticorpo que não se ligou ao antigénio, lavando.
    4- Verifica-se se houve ou não formação do complexo imune, num microscópio de
    fluorescência
    APLICAÇÕES
    # Localização morfológica de Antigénios situados na superfície celular
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14
Q

Imunofluorescência indireta

A
  • serve p.ex para identificar anticorpo anti-DNA
    1- Anticorpo específico e um segundo anticorpo marcado com fluorocromo (FITC, PE, Rodamina B,…).
    2- Colocar o soro do doente sobre um substrato adequado (corte de tecido/cultura celular) com antigénio.
    3- Adicionar antiglobulina humana (segundo anticorpo) marcada com fluorescência.
    4- Verificar no microscópio de fluorescência se há ou não fluorescência.
    APLICAÇÕES
    # Deteção de autoanticorpos (ANA, ANCA, ASMA, anti-TSH).
    # Deteção de anticorpos contra agentes infeciosos (bactérias, vírus, fungos, parasitas,…).
    #…
  • No contexto da imunofluorescência vamos ter sempre lavagem como na ELISA mas com a
    particularidade de se usar depois os microscópios de fluorescência
  • Reconhecer na imunofluorescência o que é que fica marcado na célula.
  • Identificar intensidade da fluorescência, que é proporcional à quantidade de anticorpo.
  • no screening das doenças auto-imunes (imunofluorescência células Hep2–> positivo com título >1:160
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15
Q

Células que se utilizam para avaliar as vias clássicas e alternativa

A

eritrócitos porque são mais sucestiveis a ação do complemento devido a ausência do núcleo –> lise
- Assim, o
CH100 e o AH50 avaliam a capacidade hemolítica do complemento da via clássica e alternativa
respectivamente
- Não utilizo eritrócitos humanos porque as nossas células estão protegidas pelo nosso
complemento e porque eticamente e em termos de disponibilidade é mais complicado

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16
Q

Se só AH50 alterado o que dosear?

A

fator B, D, P etc

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17
Q

Se só CH100 alterado o que dosear?

A

C1, c2, c4, etc

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18
Q

Doseamento dos fatores de complemento

A
  • nefelo/turbidi (c3 e c4)
  • elisa (outros)
  • IDR (outros)
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19
Q

estudos funcionais do complemento

A

ELISA, IDR

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20
Q

Painel de testes gravida para toxoplamsose, rubéola e CMV

A

TORCH
se ocorrer primeira infeção durante a gravidez, há critério para interrupção
- só IgM +—> infeção ativa e 1ª infeção porque ainda não houve tempo para fazer seroconversão
- só IgG +–> imune, sem risco para bebé
- IgM e IgG +–> reativação da infeção
- Se eu contactei há pouco tempo com o agente da Toxoplasmose, as minhas imunoglobulinas
ainda não “tiveram tempo” para criar muita afinidade para esse agente
- Quanto mais as células passarem pelo centro germinativo, com mais afinidade/”força”
elas se ligam ao AG, maior a avidez
- baixa avidez IgG—> infeção recente e não podemos excluir primeira infeção –> consulta de gravidez de risco
- Alta avidez IgG-.–> excluímos primeira infeção–> não há risco

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21
Q

Serologias virais e doenças congénitas

A
  • quimioluminescência
  • ELISA, EIA
  • Imunofluorescência indireta
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22
Q

Ensaios confirmatórios de Serologias virais e doenças congénitas

A
  • Imunoblot

- Biologia molecular

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23
Q

Deposição de anticorpos e c3 e c4 diminuidos

A

Doença autoimune ativa

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24
Q

Fator reumatóide

A

Anticorpo anti-IgG

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25
Q

AC para LES

A

Anti -dsDNA e Anti-Sm

as vezes associado a anti-cardiolipina por SAAF secundário

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26
Q

AC anti-fosfolipidos

A
  • anti-cardiolipina
  • Anticoagulante lúpico
  • anti-beta2-glicoproteina1
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27
Q

Screening de auto-anticorpos

A
  • imunofluorescência indireta
28
Q

Ensaios confirmatórios de autoanticorpos

A
  • ensaio imunoenzimáticos
  • immunoblot
  • reações de precipitação
  • Ensaios multiplex
29
Q

Anti corpos antinucleares (AAN/ANA)

A
- Quando há algumas
suspeitas de respostas autoimunes ou manifestações muito atípicas, fazemos o screening com
anticorpos antinucleares (AAN/ANA)
- Contra proteínas, ácidos nucleicos, nucleoproteínas
- 3-15% da população tem AAN+ (títulos baixos), sem estar associado a doença
- Deteção por:
#Imunofluorescência Indireta (IFI): células Hep2
# Imunoprecipitação
# ELISA
# Immunoblot
# Luminex
- Na Imunofluorescência Indireta avaliamos estruturas nucleares e também as mitoses!
Se são anticorpos antinucleares e se grande parte das vezes faço o teste com
imunofluorescência, preciso de células sobretudo epitelióides com núcleo proeminente
- cromatina também importante porque nas mitoses fica condensada (se cromossomas aparecem fluorescentes na mitose diz-se mitose pos)
- Celulas hep2- substrato preferencial para pesquisa de ANA
30
Q

4 padroes de mitoses

A
  • Se o núcleo aparece todo imunofluorescente de forma
    homogénea, os anticorpos que estão a ser reconhecidos são
    os anti-DNA (padrão difuso). Se só parte do núcleo é que
    está imunofluorescente temos anticorpos contra outras
    enzimas do núcleo
  • DIFUSO/HOMOGÉNEO
    #Não específico.
    #Segundo padrão mais comum.
    #Acs contra componentes dos cromossomas (dsDNA, histonas e
    nucleosomas).
    #Cromatina com coloração intensa, uniforme.
    #Mitoses positivas
  • MOSQUEADO
    #Não específico.
    #Padrão mais comum.
    #Acs contra “antigénios nucleares extraíveis – ENAs” (anti-RNP, Sm,
    SSA,…)
    #Cromatina sem coloração.
    #Mitoses negativas
  • CENTRÓMERO/
    centromérico
    #Específico para o Síndrome de CREST* (ES limitada) e Cirrose
    biliar primária.
    #Padrão que ocorre devido a Acs dirigidos contra os centrómeros.
    #Pequenos pontos fluorescentes (46- 1 por cada cromossoma) no
    núcleo.
    #Pontos fluorescentes agrupados ao longo do eixo mitótico.
    #Mitoses positivas
  • NUCLEOLAR
    # Relativamente específico para ES (esclerose sistémica) Difusa.
    #Padrão que ocorre devido a Acs dirigidos contra os nucléolos (2 a 7)
    #Pode surgir associado a outros padrões.
    #Mitoses: a cromatina das células em divisão pode aparecer
    negativa, positiva, ou ter alguns pontilhados.
  • Para além do padrão também é importante avaliar o título para valorizar ou não um título
    baixo ou para monitorizar a evolução do titulo destes anticorpos de um doente com patologia
    confirmada. Fazemos varias diluições da nossa amostra e vemos em qual delas é que deixamos de
    ter fluorescência.
31
Q

defice c5?

A
  • defeciente formação de MAC (infeções por bacterias como a neisseria)
  • sindrome lupus-like por deficiente remoção de imuncomplexos (sem opsoninas)
32
Q

Doseamento de IGs e proteinas de fase aguda

A
  • Nefelo/turbidi
  • ELISA
  • IDR
  • Eletroforese de proteinas séricas
33
Q

Estudo da monoclonalidade das IGs

A

Imunofixação

  • Imunoeletroforese
  • Eletroforese de proteínas séricas
34
Q

Eletroforese

A
  • quando submetidas a um campo elétrico, as proteinas são separadas consoante as cargas e massa
  • utilizam-se géis com uma malha de poros de dimensão controlada (agarose, acrilamida)
  • a separação eletroforética depende de: pH do meio, força iónica da solução tampão
  • A separação é visualizada usando corante sensível a proteinas
  • a leitura é realizada com densitómetro capaz de medir o perfil eletroforético (% e valor absoluto de cada fração proteica)
35
Q

Pré-albumina

A
  • transtirretina, retinol binding protein
  • sintetizada pelo fígado
  • transporte de tiroxina e derivados da vit A
  • normalmente não visíveis
  • baixos niveis podem sugerir reações de fase aguda, má nutrição proteica ou doença hepática
36
Q

Albumina

A
Proteína + abundante no soro
- sintese figado
- transporte de subs
- manutenção da pressão oncótica
- Aumentada
# desidratação
- Diminuida
# baixa prod no fígado (má nutrição, DH)
# aumento da perda ou degradação (sindrome nefrótico, queimaduras)
# inflamação crónica ou aguda
# gravidez
# analbuminémia congénita
- Bisalbuminémia
#congénita
#drogas
#pancreatites agudas
37
Q

Região alfa 1

A
  • 90% alfa 1 antitripsina
  • 10% - thyroid binding globulin, alfafetoproteina, alfa 1 glicoproteina acida, alfa1 lipoproteina- HDL
  • sintese figado
  • Aumentada
    # inflamação aguda ou crónica
    # neoplasias (ex: aum alfafeto por hepatocarcinoma)
    # pós-trauma ou cirurgia
    # gravidez ou estrogenioterapia
  • DIminuida
    # def em alfa 1 antitripsina (cirrose e enfisema)
    # doença hepática (dim da prod)
38
Q

Região alfa 2

A
  • Haptoglobina, ceruloplasmina, alfa 2 macroglobulina
  • sintese figado
  • resposta um pouco mais tardia
  • Aumentada
    # prot de fase aguda (cerulo e hapto)
    # aum da alfa 2 macro or sindrome nefrótico (associada a baixa alb)
  • Diminuida
    # baixa cerulo (d. wilson, ma nutrição, s. nefrotico, enteropatia com perda de proteina)
    # baixa hapto (hepatopatias grave, anemia megalo ou hemolise, hemolise intravascular) - marcador mais sensivel da hemolise porque se liga a Hb apos hemolise
39
Q

Região beta

A
  • beta1 :transferrina, beta lipoproteina, outros fatores do complemento
  • beta2: c3
  • IgA, IgM e IgG podem tambem aparecer
  • Aumentada
    # aum da transferrina (anemia ferropénica, gravidez e terapia estrogénica)
    # aum beta lipoproteina (hipercolesterolemia de tipo II, hipotiroidismo, cirrose biliar, sindrome nefrotico, DM)
    # aum C3 (inflamação, HT maligna, D. cushing, carcinoma)
  • DIminuida
  • dim transferrina (inflamação aguda - diminui sintese hepatica, prot de fase aguda negativa)
  • dim C3 (def genetica)
40
Q

Região gamma

A
  • inclui Igs (maioritariamente IgG)
  • IgM e IgD migram proximo da região beta
  • IgA migra entre a região beta e gamma (como a PCR)
  • Aumentada
    # sindromes
    linfoplasmociticos
    # hiperimunizações
    # infeções agudas
    # doença hepatica/inflamatória cronica
    # neoplasia disseminada
  • DIminuida
    # idade
    # deficiência congénita ou adquirida
    # Tratamento imunossupressor (VIH, transplante,…)
41
Q

Doença de Bruton

A
  • falta tirosina-cinase de Bruton (enzima importante no desenvolvimento e diferenciaçãode linf B)
  • a partir dos 6 meses quando já não há compensação de AC da mão ha agamaglobulinemia
42
Q

Pico policlonal vs monoclonal

A
  • pico policlonal o que
    estamos a ver é essa variedade de proteínas representada, por estar aumentada. Se, por outro
    lado, tivermos um pico fino, de base estreita como o da albumina, vamos ter o aumento de um só tipo de imunoglobulina, com as mesmas cadeias, a mesma especificidade. Este é um pico
    monoclonal.
  • Eu tenho provavelmente um
    clone tumoral, ou seja, uma célula da linhagem B que está a secretar o seu anticorpo em excesso.
    Está a proliferar e a ter uma sobreprodução desta proteína que vai ser excretada para o soro.
    Mas como é que eu posso provar que aquele pico é de facto monoclonal? Para comprovar a monoclonalidade de um pico
    de base estreita na eletroforese fazemos agora um ensaio de confirmação, que pode ser uma
    imunoeletroforese ou uma imunofixação, que nos vai dizer qual é a cadeia leve e qual é a
    cadeia pesada daquela amostra. Se ela tiver várias, não é monoclonal
43
Q

Imunoeletroforese do soro

A
  • amostra em paralelo com soro controlo normal
  • também se pode fazer na urina
  • são tipo espelho se tiver tudo normal
  • lê-se de baixo para cima
  • coloca-se anti-soros que são anticorpo contra Igs e cadeias levesentre o soro controlo e doente
44
Q

Imunofixação

A
  • Soro, urina, LCR
  • gel de agarose
  • faz-se eletroforese 6x para se colocar AC contra todas as Igs (IgG, A,M e cadeias leves) - tira de acetato de celulose com antisoro embebido–> precipitação de imunocomplexos com posterior coloração
  • primeira linha são proteinas do soro com a albumina no topo
45
Q

Proteínas de Bence jones

A
- São proteínas monoclonais ou
imunoglobulinas de cadeia leve
encontrado na urina, com um peso
molecular de 22 a 24 kDa. A
presença destas proteínas na urina
pode ser sugestiva de mieloma
múltiplo ou Macroglobulinemia
de Waldenstrom
- devido a sobrecarga renal
46
Q

Imunofixação no LCR

A
  • gamapatia, doença desmielinizante
  • Imunofixação soro e depois LCR – se estiver igual houve passagem e é provavel gamapatia, se houver prod intra-tecal –> esclerose multipla ou em infeção
  • faz sentido mielograma no mieloma multiplo, e do ponto de vista da avaliação proteica imunofixação, eletroforese e doseamento de cadeias leves
47
Q

hipogamaglobulinémia

A

Doença de Bruton, hipogamaglobulinemias transitoria de infância, defice CD40L (não ha classe switch)

48
Q

Testes laboratoriais de gamapatias monoclonais

A
  • Eletroforese de proteínas séricas
  • Imunofixação/
    Imunoeletroforese (soro, urina)
  • Doseamento de imunoglobulinas
  • Doseamento de cadeiras leves integrais (normalmente pela concentração de IgG,A,M)
  • Doseamento de cadeias leves livres séricas (quando a Ig está formada a região detetada não esta exposta- não da para dosear) - as cadeias leves livres são filtradas pelo rim ao nivel do glumerulo e reabs nos tubulos renais (filtração de monomeros K (eliminação 2-4h) é 3x mais rapida que dimeros lambda(eliminação 3-6h)) - soro contem razão K: lambda 0,625
  • Se tenho rim com
    lesão e começo a
    perder proteínas indiscriminadamente, a
    razão de cadeias k/lambda na
    urina está mantida. Se o aumento
    de proteína estiver associado
    sobretudo a um aumento k ou lambda é indício
    de gamapatia monoclonal
49
Q

Razão K:lambda Igs policlonais

A

1,5 a 2:1

50
Q

Aumento serico de CLL monoclonais

A

MM, Mieloma CLL, amiloidose, doença deposição cadeias leves

51
Q

Citometria de fluxo

A
  • A citometria de fluxo é um equipamento que tem 3 sistemas que
    permitem a caracterização
    individualizada de cada célula que os
    atravessa:
  • Sistema de fluidos
  • Sistema Ótico
  • Sistema Eletrónico
  • No sistema de fluidos, a amostra vai
    ser aspirada e os fluidos vão empurrar
    e pressurizar as células, de forma a
    que fiquem todas em “fila indiana”
    uma a uma, para passarem em frente
    à câmara, onde vão entrar em
    contacto com 2 lasers. Quando a
    célula passa, surgem interrupções no feixe do laser
  • A 180 graus vamos ter noção do tamanho da célula em função da “barra de escurecimento” –
    forward scatter. A 90 graus vamos ter o side scatter, correspondendo à complexidade (ou
    seja, se a luz bate na célula e é refletida a 90 graus). Por exemplo se passar um linfócito têm se
    muita luz a atravessar pois este não é complexo, se for um eosinófilo, como há muitos grânulos,
    chega menos luz ao detetor pois esta é refletida. Num hemograma, surge uma contagem
    diferencial das diversas populações; com estes dois scatters é possível obter logo estes
    resultados
  • só da para fluidos e se quisermos biopsia temos que liquidificar
  • utiliza fluorescência (detetada atraves do sistema otico) - Por exemplo, se se marcar o CD3 com um anticorpo monoclonal
    fluorescente verde anti CD3, os linfócitos T aparecem verdes; se marcar CD19 a vermelho, os
    linfócitos B emitem luz vermelha. Assim, à medida que as células passam à frente do laser
    percebe-se qual a fluorescência que emitem, o que dará origem aos seguintes gráficos (dot plot)
    geridos pelo sistema eletrónico do citómetro:
52
Q

Citometria fluxo marcadores

A
  • CD3 e CD4
  • CD3 e CD8
  • CD19
  • CD16 (recetor baixa afinidade para IgG) e 56
  • CD45 para todos leucócitos
53
Q

Citometria fluxo contagem subpopulações

A
  • Temos de colocar as
    células do sangue com anticorpos
    monoclonais e lisar os
    eritrócitos, se não só
    haveria eritrócitos e
    não leucócitos na
    análise direta no
    citómetro
  • Há doentes que fazem a cada 2/3 meses para avaliar a contagem dos CD4 não só para o
    diagnóstico e prognostico, mas também para monitorização da terapêutica e estabelecimento da
    imunodeficiência primaria. No contexto dos VIH, devemos verificar os CD4, perceber como está
    a função imune dos doentes. Não só no diagnóstico de Sida, mas até na monitorização
    terapêutica dos doentes, a contagem dos CD4 é crucial.
54
Q

Aplicaçoes clinicas da citometria fluxo

A
  • estudo e caracterização de imunodef
  • VIH/SIDA - valor abs cd4 (prognostico, profilaxia, terapeutica, diagnostico)
  • estudo e caracterização autoimunes
  • despiste leucemias/ linfomas
55
Q

Razão CD4/CD8 normal

A

2

56
Q

Cel CD4 ara sida

A

abaixo 200 cel/microlitro

57
Q

Particularidade de Razão neutrofilo/linfocito

A

está invertida nas crianças ha mais linfocitos

58
Q

Linfopenia T em crianças

A
  • bebé não tenha timo,
    (situação rara mas muito grave), síndrome de DiGeorge, ou uma SCID (Severed combined immune deficiency). Este bebé não pode receber vacinas vivas, nem transfusões, e são
    necessários vários outros cuidados. É proposto para transplante
59
Q

Estudo fagocitose

A

-dermos
bactérias
fluorescentes aos neutrófilos conseguimos verificar se eles
são ou não capazes de fagocitar. De seguida põem-se as
células a 37ºC, depois passam-se as células pelo laser, se
emitir luz é porque fagocitou as bactérias.
(A 0ºC não acontece fagocitose) - se ganham fluorescência fagocitaram

60
Q

Estudo do burst oxidativo

A
  • A NADPH oxidase produz radicais livres de O2,
    peróxido e óxido nítrico, podendo também atuar
    noutros substratos como a dihidrorodamina 123.
    Se o burst oxidativo se encontrar normal esta é
    degradada num produto
    fluorescente, a
    RODAMINA123. Pegamos nos neutrófilos e vemos
    como estão em repouso e quando recebem
    estímulo e comparamos os resultados. O estímulo
    chama-se PMA neste caso, e vemos esta janela
    traçada é a janela de neutrófilos, tamanho e
    complexidade. Quando se dá dihidrorodamina, no
    estado basal, os neutrófilos não fazem nada, por outro lado, quando se dá a PMA, (o estimulo
    real), “saltam” e emitem fluorescência o que significa que degradaram a dihidrorodamina e estão
    funcionais. Fazendo a razão de fluorescência do grupo em estado basal e do grupo que recebeu
    o estimulo obtém-se o índice oxidativo normal – NOI (normal oxidative index)- que deve ser
    sempre superior a 30
61
Q

Doença granulomatosa crónica

A
  • doentes apresentam-se com abcessos de
    repetição muito cedo
    e complicações
    ligadas à dificuldade
    em eliminar o patogéneo- NOI a baixo do normal
  • forma def da NADPH oxidase
  • ligada ao cromossoma X (cada neutrófilo escolhe qual cromossoma X
    quer ativar, uns ativam o X doente e outros
    o normal - 2 populações de neutrófilos - as vezes temos 2 NOI)
  • Há a possibilidade de ter as formas autossómicas
    não ligadas aos cromossomas sexuais. (Raro)
62
Q

Fagocitose diminuida

A
- def neutrofilo:
# associada a alt complemento (Ex: c3bi)
# associada a baixa Ig
# trauma, DM, falha renal
# SIDA
63
Q

fagocitose aumentada

A
  • imunomodeladores (IL-2, IFN gamma, Ácido lático)
64
Q

Alt metabolismo oxidativo

A
  • Doença granulomatosa crónica

- Transplante, SIDA e idade (metabolismo oxidativo dim)

65
Q

Avaliação função/proliferação linfócitos

A
  • PBMCs - mononucleares- linfócitos e monócitos ( Estes mononucleados têm uma menor densidade, assim
    se pusermos o sangue a centrifugar com uma substância que tenha
    uma densidade entre
    os polimorfonuceados
    e os mononucleados “Ficoli”, vão ficar separados.
  • Muitas vezes faz-se esta avaliação colocando as células em cultura e vendo se proliferam.
    Normalmente estas células proliferam se tiverem estimulo, depois de aplicar o estímulo, damos
    um composto radioativo. Se ficarem todas cheias de radioatividade, dividiram e integraram o
    nucleótido radioativo. O resultado é avaliado por um computador que analisa o índice células
    estimuladas e não estimuladas
  • Hoje em dia é possível fazer isto sem
    radioatividade, administra-se nas células
    um corante fluorescente e com a divisão
    este vai
    repartindo o corante em
    quantidade igual pelas células filhas. Se o
    corante começar a desvanecer e diminuir
    de intensidade é porque
    houve proliferação
  • indice de estimulação (SI)= cel estimuladas/ cel não estimuladas
  • Útil por
    exemplo numa criança ainda com SCID visto que há defeito ligado aos linfócitos, desde a
    produção de citocinas à função citotóxica e à capacidade de proliferação..