Sindromes linfo-proliferativos agudos Flashcards

1
Q

Marcadores de imaturidade cels B

A
  • CD38:
    As células B na medula expressam CD38 e este marcador vai-se mantendo, mas nos últimos
    estadios diminui e à periferia os linfócitos B já não são CD38+, mas sim CD38-
  • CD34
    Em estadios mais avançados ainda na medula óssea, deixa de ser expresso
  • TdT
    Enzima que adiciona nucleótidos aquando da recombinação hematopoiética das cadeias
    pesadas e leves da imunoglobulina, para aumentar a sua diversidade.
    Em estadios mais avançados ainda na medula óssea, deixa de ser expresso
  • CD79 é mais madura já, como CD20
  • CD10 também e marcador imaturo
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2
Q

Citometria fluxo

A
  • Cada ponto representa uma célula
  • SSC – side scatter – é uma leitura física da granularidade das células —> É refletida mais luz quanto mais granular for o citoplasma da célula, ou seja, células mieloides refletem muito mais a luz
  • FSC - forward sketer - é uma medida física do tamanho da célula. Temos de pensar nele como
    a sombra da célula. A luz do laser atravessa a célula e há leitores da quantidade de luz que
    atravessa essa célula
  • Podemos marcar as nossas células com anticorpos monoclonais (que se ligam a um epítopo
    antigénico) contra os antigénios que quisermos– ex: CD19 é marcador de células B. Se quisermos ver células B podemos utilizar um anticorpo
    monoclonal que só marque CD19
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3
Q

Ac monoclonais na Citometria de fluxo

A

São anticorpos monoclonais que marcam antigénios que definimos, ligados a um determinado
fluorocromo que, quando estimulado, emite luz num comprimento de onda específico.
A intensidade dessa luz é tanto maior quanto maior for a intensidade de ligação do anticorpo
monoclonal ao antigénio, o que nos permite inferir à cerca da concentração/frequência do tal
antigénio à superfície da célula.

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4
Q

O que permite a citometria de fluxo?

A

Identificar, Enumerar e caracterizar células

- boa para seguimento de doentes e da doença e ajuda a melhorar o tratamento

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5
Q

Fenótipos aberrantes

A
  • Expressão de antigénios de uma linhagem noutra linhagem - EX: CD19+CD5+ na LLC (Leucemia Linfática Crónica)
  • CD1, CD2, CD3, CD4,
    CD5, CD6, CD7 (os mais pequenos) são
    marcadores de células T
  • Expressão antigénica assíncrona - Ex: CD19+CD10+ em sp no Linfoma folicular
  • Sub ou sobre - Ex: CD20+++ na Tricoleucemia
  • Dispersão luminosa anómala - Ex: grandes e pequenos linfocitos em Linfoma não hodgkin B
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6
Q

Leucemia

A
- Leucemia significa que as células B circulam no
sangue periférico
e conseguimos,
colhendo
sangue ou fazendo uma
análise normal, ver as
células aberrantes
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7
Q

Leucemia linfática crónica

A
  • Doença de células B maduras
  • CD19 - marcador de célula B madura
  • CD5 - marcador de células T, ou seja, não faz sentido
    encontrar-se na célula B, mas é precisamente por isso
    que se trata de uma célula B aberrante
  • Estas células B
    aberrantes CD19+ CD5+
    são características de LLC.
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8
Q

Linfoma folicular

A
  • Crescimento de células B maduras
  • CD10 – marcador de imaturidade, ou seja, não é provável vê-lo num linfoma de
    células maduras, mas acontece. Estas células expressam de uma forma assíncrona o CD10.
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9
Q

Tricoleucemia

A
  • “Leucemia dos linfócitos cabeludos” - células B com prolongamentos
    citoplasmáticos que se veem muito bem ao microscópio ótico
  • O problema aqui não está no CD20, mas sim no facto de este ser MUITO positivo
    (+++)
  • Linfócitos normais seriam CD20 intermédios na régua da citometria e estes
    estão no topo (hiperintensidade de CD20).
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10
Q

Tipo de amostras passadas no citómetro

A
  • Sangue periférico
  • Sangue medular
  • Líquidos biológicos (LCR, ascítico, pleural, LBA, saliva, vítreo, …)
  • Biópsias e aspirados ganglionares ( Sempre que podemos fazemos uma biopsia excisional porque não se consegue ver estrutura de linfoma numa biopsia de agulha ou aspirado onde só vemos as células “soltas”; importante termos tecido à frente; Muitas vezes, quando é pouco provável que se trate de uma doença neoplásica, podemos
    começar por esta abordagem do aspirado e da sua análise por citometria.)
  • Massas suspeitas de LNH ( tec. cerebral, tubo digestivo, etc)- em locais em que a biopsia excisional tinha de ser por toracotomia ou laparotomia pode-se fazer biopsia guiada por imagem
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11
Q

Ciclo celular e citometria de fluxo

A
  • Também se pode medir o ciclo celular na citometria
  • Utilizando marcadores que se ligam ao DNA (Células que estão em G0/G1; Células que estão em G2/mitose)
  • Em doenças muito agressivas, as células estão sempre em mitose e podemos não ter uma
    amostra de anatomia patológica que o permita reconhecer. Assim, basta termos um aspirado e
    pedir ao citometrista que identifique quantas células estão a “ciclar” na amostra
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12
Q

Reconhecer padrão normal

A
  • SS nas abcissas
  • CD45 nas ordenadas
  • CD45 – marcador leucocitário
  • Quanto mais para a direita na régua do SS, mais complexos os leucócitos
  • Blastos são células percursoras
  • Marcam com CD45 fraco
  • As mais diferenciadas têm CD45 mais forte
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13
Q

Marcadores de imaturidade T

A
  • CD34
  • CD10
  • TdT
  • Depois ao longo da maturação temos cd4 ou cd8+
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14
Q

Marcadores pan-T

A
  • CD5 E CD3 (+ UTILIZADOS)
  • CD2
  • CD7
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15
Q

Marcadores progenitor B

A

CD19, CD34, CD10, TdT

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16
Q

Marcadores Cel pre -B early (Pro b)

A

CD19, CD24, CD10, CD34, CD22 (fraco), TdT

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17
Q

Marcadores cel pre-B

A

CD19, CD24, CD20, CD10, CD22, TdT

18
Q

Marcadores naive cels B

A

CD79. CD19, CD24, CD22, CD20

19
Q

Marcadores cels pro-T

A

CD2, CD7, CD34

20
Q

Marcadores cels Pre-T duplo neg

A

CD2, CD5, CD7, CD1A, CD34, TCRgamma, TCR delta

21
Q

Marcadores cels duplo positivos (corticais iniciais)

A

CD10, CD2, CD3 (FRACO), CD4, CD5, CD7, CD8, CD1A, Pre-TCR beta

22
Q

Marcadores cels corticais finais duplo pos

A

CD2, CD3, CD4, CD5, CD7, CD8, CD1A, TCR alfa beta

23
Q

Marcadores cels pre-B transicionais

A

CD19, CD79, CD24, CD20, CD22, TdT

24
Q

Marcadores cel madura T single pos

A

CD2, CD3, CD5, CD7, CD8, TCR ALFA BETA
OU
CD2, CD3, CD5, CD7, CD4, TCR ALFA BETA

25
Q

cels no Gânglio linfático

A
  • Células que já completaram o seu desenvolvimento e estão lá a atuar (B ou T)
  • Células B a terminar o seu desenvolvimento hematopoiético
26
Q

Leucemia infática crónica

A
  • Vamos agora pensar numa célula B naive que acabou de vir da medula óssea, ainda não
    encontrou o seu antigénio alvo (célula B encontra o antigénio no centro germinativo)
  • Se esta célula B naive antes de entrar no centro germinativo sofrer alteração genética pode dar
    origem a uma doença clonal (doença em que as células são todas iguais entre si)
  • A hipermutaçao somática só ocorre nos centros germinativos, depois da célula se encontrar com
    o antigénio. Esta mutação ocorre na parte variável das cadeias da imunoglobulina, parte que liga
    o antigénio. Sofre mutação por via a que os linfócitos B tenham maior probabilidade de se ligarem
    a muitos antigénios que possam aparecer
27
Q

Leucemia linfática crónica mutada

A

Uma célula B que já passou o centro germinativo e ja sofreu hipermutação somática

  • O prognóstico da LLC não mutada é muito pior
  • LLC é a 2ª neoplasia hematológica mais frequente
28
Q

Alterações celulares no centro germinativo dão origem a que doenças?

A
  • Linfoma folicular – linfoma indolente
  • Linfoma de Burkitt – linfoma agressivo
  • DLBCL (Diffuse Large B cell Lymphoma) – linfoma agressivo
  • Linfoma de predomínio linfocitário
  • Doença de Hodgkin
29
Q

Mieloma multiplo tipo de células

A

As células B mais diferenciadas são os plasmócitos e alterações nestas células dão origem a
mieloma múltiplo, sendo que estas células já são hipermutadas (pós centro germinativo).

30
Q

Linfoma marginal

A
  • origina-se nos linfócitos da zona marginal (periféricos no gânglio linfático);
  • é indolente (quer dizer que responde muito bem ao tratamento, ficando as
    pessoas em remissão completa (não quer dizer que fiquem curadas); tem
    sobrevivências muito longas, no entanto, sabemos que a doença normalmente
    recai, mas iniciando de novo o tratamento esta volta a responder bem);
31
Q

Linfoma do manto

A
  • origem nas células da zona do manto
  • agressivo- (significa que sem tratamento as pessoas vão morrer, sendo a sua
    sobrevivência mediana muito fraca)
  • a sobrevivência tem vindo a aumentar bastante com novas terapêuticas que têm
    surgido (a sobrevivência sem tratamento é inferior a 2 anos)
  • Expressa CD5
32
Q

Agudo vs crónico

A
  • Agudo
    # está relacionado com a proliferação de células mais imaturas (não é sempre
    assim, mas no geral verifica-se a associação)
    # classificação clínica –>quer dizer que a situação se impôs à pessoa há pouco
    à tempo (a pessoa sabe perfeitamente localizar no tempo o início dos sintomas
    à histórias muito bem definidas
    temporalmente);
    # normalmente associadas a doenças mais agressivas (mas também podemos ter
    doenças crónicas agressivas —> histórias agudas de doenças crónicas);
  • Crónico
    # Classificação clínica
    –> a situação “desfaz-se no tempo” (ex :”tenho andado
    à cansado” ou “tenho perdido peso” – não conseguem localizar o momento de
    forma exata);
33
Q

Divisão com base na fase de maturação

A
  • Origem nos percursores: medula óssea (TDT, CD10, CD19 – LLA/ LINFOMA LINFOBLASTICO)
  • Origem em células já periféricas mas ainda não tiveram
    contacto com os antigénios: sangue periférico ( CD5, CD23)
  • Origem nas células em diferente fase de maturação no gânglio linfático ( pre- CD5 LINFOMA MANTO, no centro germinativo CD10, CD20, BCL-2- BURKITT, FOLICULAR, DIFUSO CELULAS GRANDES ou pós centro germinativo- CD38, CD138- ZONA MARGINAL, MALT, LINFOPLASMOCITICO, LLC/SLL, DIFUSO CELULAS GRANDES, MIELOMA MULTIPLO)
34
Q

CD20+, CD19+ CD5+

A

Linfoma manto ou leucemia linfática crónica

35
Q

Leucemias linfoides agudas

A
  • classificação e diagnóstico de leucemias agudas feitos com base na clinica, morfologia, imulogia e analise genética
  • antigamento as leucemias linfoblasticas agudas eram L1, L2 e L3 ( agora designada por Burkitt) –> cels de L3 tem vacuolos
36
Q

Indice de ploidia (DNA index)

A
  • Se >1,15 –> hiperploidia (n>50)
  • Se estiver entre 1 e 1,15 –> diploide/hiperploide (47>n>50)
  • > se <1 –> hipoploide (n<46)
  • Podemos ter um índex DNA normal (1 a 1,15) e mesmo assim ter uma doença hiperdiploide
  • Se o índex estiver aumentado a doença em princípio é hiperdiploide
  • na LLA o prognóstico dos hipodiploides é pior que o dos hiperdiploides.
37
Q

CD38

A

Marcador B e de ativação que pode aparecer em T

38
Q

HLA-DR/CD45

A

células são blastos (nao completamente maduros)

39
Q

Expressão do CD3

A

é do interior, citoplasma, para a membrana

40
Q

CD13 e CD33

A

marcadores mieloides - é comum encontrarem-se em blastos linfoides
- os que houver em maior quantidade serão o tipo de cél que estamos a observar a expressar marcadores da outra