SÍNDROMES ICTÉRICAS I - HEPATITES AGUDAS Flashcards

1
Q

Qual história natural da Hep C?

A
  • Nunca faz forma fulminante!
  • 80% dos infectados pelo HCV desenvolvem hep crônica;
  • Destes, 20% evoluirão para cirrose em 2-3 décadas se não tratados e 5-10% desenvolverão câncer.

*É a Hep. viral que mais leva à cirrose!

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2
Q

Drogas para Hep C podem causar arritmias, que devem ser tratadas com amiodarona. V ou F?

A

Falso. Alguns medicamentos de ação direta contra o HCV não provocam arritmia por si só, porém, usuários de drogas antiarrítmicas, como a amiodarona, devem evitar seu uso, pois a combinação com tais drogas aumenta a chance de arritmias malignas.

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3
Q

Isolar paciente com Hep A?

A

Isolamento até 7-15 dias após início da icterícia! (transmissão ocorre entre duas semanas antes a uma/duas após surgimento de icterícia)

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4
Q

Qual grupo de maior incidência de Hep C?

A

Usuários de droga injetável.

Antigamente (antes de se conseguir pesquisar o vírus) o contágio era por hemodiálise e transfusão.

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5
Q

Quando tratar hep C?

A

Sempre (independente se aguda ou crônica)

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6
Q

O que define hepatite aguda/ crônica/ fulminante?

A

Aguda: < 6 meses
Crônica: > 6 meses
Fulminante: encefalopatia < 8 semanas do início do quadro clínico.

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7
Q

Período de incubação das hepatites:

A

A: 4 sem
E: 5-6 sem
C: 7 sem
B-D: 8-12 sem

As outras fases (prodrômica, ictérica* e convalescença) duram de dias a semanas.
* ocorre em 30% dos casos somente.

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8
Q

Nº Bilirrubinas para icterícia clínica

A

BT > 2,5 a 3 → Icterícia na Esclera

BT > 5 → Icterícia na Pele

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9
Q

Metabolismo Bilirrubia

A

Hemoglobina → Heme e Globina (reaproveitada)

Heme → Protoporfirina IX e Ferro (reaproveitado)

Protoporfirina IX → Biliverdina → Bilirrubina → BI → captada → conjugada → BD → excretada

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10
Q

Aumento de BI
Causas?
( Com anemia X Sem anemia )

A
  • Hemólise → aumento de BI + anemia → aumento de LDH e reticulócitos e Haptoblobina normal ou baixa
  • Distúrbios do Metabolismo da Bilirrubina → aumento de BI na ausência de anemia → Gilbert e Crigler-Najjar
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11
Q

Aumento de BD
Clínica e Causas?
( Diferenciar pelas enzimas)

A

Clínica (não ocorrerá no aumento de BI): colúria, hipo/acolia fecal e prurido (sugere mais etiologia colestática).

  • Hepatites: TGO/AST e TGP/ALT acima de 10x valor normal; FA e GGT com aumento discreto
  • Colestase: FA e GGT acima de 4x valores normais; TGO e TGP aumento discreto.
  • Dist. Met. Bilirrubina: Dubin-Johnson e Rotor. Enzimas normais.
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12
Q

Transaminases > 1.000

A

Sugestivo de etiologia viral!

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13
Q

TGO/AST > 2 vezes valor de TGP/ALT

A

É o padrão contrário do padrão normal de aumento das transaminases.
Sugestivo de etiologia alcoólica!

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14
Q

Distúrbios do Metabolismo da Bilirrubina

Causas de aumento de BI?

A

São falhas na glucoronil-transferase (conjugação)

Gilbert (doença do Thiago, cai em prova!) → homem jovem, BT <4, 8% da população, piora com exercício, alcóol e jejum e melhora com fenobarbital e dieta hipercalórica (masnão precisa tratar!).

Crigler Najjar → RN
Tipo I: deficiência total da enzima → kernicterus e transplante hepático.
Tipo II: deficiência parcial → fenobarbital ou exsanguíneo.

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15
Q

Distúrbios do Metabolismo da Bilirrubina

Causas de aumento de BD?

A

Dubin-Johnson e Rotor. Raras e benignas.

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16
Q

Tipos de necrose nas hepatites

A

Viral: necrose periportal ou em ponte

Alcoólica, medicamentosa, isquêmica, congestiva…: necrose centrolobular

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17
Q

Hemograma e Biópsia:
Hepatite Viral Aguda
X
Hepatite Alcoólica

A

Viral:
Leucopenia com predomínio de linfócitos.
Infiltrado linfocitário na biópsia.

Alcoólica:
Leucocitose neutrofílica.
Infiltrado polimorfonuclear na biópsia.

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18
Q

Marcadores Hep.B:

Estratégia Diagnóstica

A

HBsAg + —> tem hepatite B (não sei se crônica ou aguda)
HBsAg - —> pode ter ou não ter a doença

Anti-HBc Total - —> Nunca teve contato com o vírus!
Anti-HBc Total + —> Já teve contato com o vírus
COM
Anti-HBc IgM + —> contato há menos de 32 semanas
COM
Anti-HBc IgM - —> Hepatite B antiga (não sei se já curou ou não)

Anti-HBs + —> curou
Anti-HBs - —> teve e ainda tem

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19
Q

Exemplos de sorologias Hep. B

  1. HBsAg - Anti-HBc Total - com Anti-HBs +
  2. HBsAg - Anti-HBc Total - com Anti-HBs -
  3. HBsAg - Anti-HBc Total + com Anti-HBs +
A
  1. Vacinado
  2. Ou nunca teve o contato com o vírus nem vacina OU fez a vacina e não adquiriu imunidade (ver adiante)
  3. Teve Hepatite B e curou (HBsAg negativo mostra que não tem mais a doença, Anti-HBc mostra que já teve contato e Anti-HBs comprova ainda mais a cura!)
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20
Q

Exemplos de sorologias Hep. B

  1. HBsAg + Anti-HBc Total + com Anti-HBc IgM -
  2. HBsAg + Anti-HBc Total + com Anti-HBc IgM - e HBeAg +
  3. HBsAg + Anti-HBc Total + com Anti-HBc IgM - e HBeAg -
  4. HBsAg + Anti-HBc Total + com Anti-HBc IgM - e HBeAg - —> em paciente com aumento de transaminases
A
  1. Hepatite B crônica (não sei se replicativa ou não)
  2. Hepatite B crônica em atividade (replicativa)
  3. Hepatite B crônica não replicativa
  4. Hepatite B crônica suspeita de mutante pré-core (não sintetiza HBeAg*)
  • pode até ter anti-HBe positivo!
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21
Q

Suspeita de mutante pré-core
Quando suspeitar?
Qual exame pedir?
Se confirmado, qual o prognóstico?

A
  • Paciente com Hep.B crônica com transaminases elevadas, mas HBeAg negativo (o que seria conflitante).
  • Solicitar HBV-DNA (estará elevado —> grande carga viral)
  • Mais risco de hepatite fulminante, cirrose e câncer.
22
Q

Exemplos de sorologias Hep. B

  1. HBsAg + Anti-HBc Total + com Anti-HBc IgM + e Anti-HBc IgG +
  2. HBsAg + Anti-HBc Total + com Anti-HBc IgM -
A
  1. Hepatite B provavelmente aguda (IgG pode estar presente já na fase aguda e IgM pode ficar positivo por até 32 semanas) —> analisar pela clínica e outros detalhes da questão (mas provável que seja aguda).
  2. Hepatite B crônica
23
Q

Qual história natural Hep B aguda?

A

Benigna (seja sintomática ou não): 95% dos casos.
Fulminante: 1% dos casos (é a hepatite viralque mais fulmina)
Cronificação:
* Adultos: 1 a 5%
* Crianças: 20 a 30%
* RNs: 90%

24
Q

Qual história natural Hep B crônica?

A

Cirrose: 20 a 50% tem a forma crônica.
CHC: 10% dos que têm cirrose.

Obs.: Hepatite B pode progredir para CHC MESMO SEM CIRROSE!

25
Q

Achados Extra-Hepáticos: hepatites B e C

A

Hepatite B (achados extra-hepáticos são mais comuns):

  • PAN
  • GN Membranosa
  • Sínd. Gianotti-Crosti (lesão papular, eritematosa e não pruriginosa) —> também ocorre em EBV e HCV

Hepatite C:

  • Crioglobulinemia
  • GN membranoproliferativa
  • líquen, porfiria.
26
Q

Crioglobulinemia?

A

Vasculite que pode causar lesões purpúricas na pele e lesão renal tipo nefrítica e/ou nefrótica.

27
Q

Hepatite B AGUDA

Quando tratar?

A

Somente se grave/fulminante!

28
Q

Hepatite C

Quando tratar?

A

Sempre (independente se aguda ou crônica)!

29
Q

Hepatite B

Transmissão?

A

Sexual: mais importante.
Vertical: mais cai em prova.
Percutânea: também pode ocorrer (acidente biológico).

30
Q

Transmissão Vertical Hep. B
Características gerais
Qual a chance de transmissão?

A
  • Maior chance é na hora do parto.
  • Indicação da via de parto é OBSTÉTRICA!
  • Aleitamento é PERMITIDO
  • Chance de 90% se mãe HBeAg + (ou seja, replicativa)
  • Chance de 15% se mãe HBeAg -
31
Q

Transmissão Vertical Hep. B

Como e quando trata a mãe?

A

Tenofovir no 3º trimestre para mães com (somente 1 já basta):

  • HBeAg +
  • Transaminases > 2x valor normal
  • CV > 200.000
32
Q

Profilaxia Pré-Exposição Hepatite B

Quem recebe e como?

A
  • Toda população tem direito.
  • 3 doses (0, 1 e 6 meses)
  • 4 doses e em dose dobrada: TIIRC (Transplantados, Imunodeprimidos e IRC) -> 0,1,2 e 6 meses
33
Q

Profilaxia Pré-Exposição
Quem pode ser considerado protegido?
Quando se solicita o teste?

A

Protegido: anti-HBs > ou igual a 10U
Para quem se pede o anti-HBs:
- profissionais da saúde
- IRC (dosam todos os anos).

Obs.: para a população em geral NÃO SE PEDE o anti-HBs depois de vacinar para confirmar a imunoconversão.

34
Q

Profilaxia Pré-Exposição

Pessoa fez 3 doses e anti-HBs não ficou > ou igual a 10

A
  • Se menos de 2 meses da 3ª dose: revacinar com 3 doses
  • Se mais de 2 meses da 3ª dose: dar mais 1 dose e repetir o teste —> se ainda < 10 —> dar mais 2 doses
  • Se após 2 vezes de 3 doses o anti-HBS ainda está < 10 —> NÃO SE VACINA MAIS
35
Q

Profilaxia Pós-Exposição Hep. B
Como fazer?
Quando fazer?

A

Se faz com VACINA + IMUNOGLOBULINA.

  • infecção perinatal: vacina e imunoglobulina nas PRIMERAS 12 HORAS DE VIDA (mesmo se mãe não seja replicativa ou tenha tomado o tenofovir)
  • para não vacinados ou imunodeprimidos (independente da vacinação):
  • acidente biológico (em até 7 dias)
  • exposição sexual (em até 14 dias)
36
Q

Hepatite D
Regiões mais comuns?
Tipos de infecção?
Prevenção?

A

Regiões: mediterrâneo e Amazônia.

Tipo de Infecção (necessita do HBsAg para poder infectar a pessoa):

  • Coinfecção: D e B agudas (ao mesmo tempo) —> não aumenta risco de cronificar (aumenta pouco risco de fulminar)
  • SUPERinfecção: B crônica que infecta com D —> aumenta risco de fulminante (20% de chance) e de cirrose!

Prevenção: vacinar para Hepatite B (pois sem B não há D)

37
Q

Anti-LKM3?

A

Hepatite D

Anti-LKM 3D (TRÊS D do cinema)

38
Q

Transmissão A e E?

A

Fecal-oral

39
Q

Transmissão por esperma e secreção vaginal?

A

Tanto B, C e D podem fazer.

40
Q
Hepatite A
Tranmissão?
Anticorpos?
Forma fulminante?
Epidemiologia?
A

Fecal-oral.
Anti-HAV IgM: positiva iniciando a fase prodrômica.
Anti-HAV IgG: não diferencia contato de vacinado! Tanto quem teve quanto quem foi vacinado vai ter para sempre (40% dos brasileiros têm)!
Forma fulminante em 0,3% dos casos (risco em adultos é maior)
É a principal causa de hepatite viral aguda!

41
Q

Hepatite A

Profilaxia Pré-Exposição?

A

Calendário vacinal:

  • 12 e 18 meses (SBP)
  • 15 meses (MS)

Pessoas que irão para área endêmica:

  • Vacina —> maiores de 1 ano suscetíveis
  • Imunoglobulina —> menores de 1 ano ou imunodeprimidos
42
Q

Hepatite A
Profilaxia Pós-Exposição
Quando e para quem?

A

Até 2 semanas após o contato

  • Vacina: > 1 ano suscetíveis
  • Imunoglobulina: < 1 ano ou imunodeprimidos
43
Q

Anti-HCV Positivo

A
  • Apenas SUGERE Hep. C —> para confirmar diagnóstico, DEVE-SE pedir HCV-RNA*!!
  • se HCV-RNA vier negativo, ou foi um falso-positvo (reação cruzada) ou a pessoa teve hepatite C mas teve cura espontânea!

*cai muito em prova!

44
Q

Hepatite C

Transmissão

A

Parenteral.
Sexual é muito rara (<1% dos casos)*

*diferente da B que a via sexual é a mais comum!

45
Q

Anti-LKM1

Doenças?

A

Hepatite C ou Hepatite AI Tipo-2

Se HCV-RNA + —> Hep.C
Se HCV-RNA - —> Hep. AI Tipo 2

46
Q

Hepatite E

Grupo de risco?

A

Gestantes*!

*Fulmina em 20% dos casos

47
Q

Hepatite Auto-Imune

História e Características

A
  • História negativa para vírus, álcool e drogas!
  • Artralgia
  • Hipergamaglobulinema policlonal (aumento de IgG!)
48
Q

Hepatite Auto-Imune

Tipos (população e anticorpos)

A

Tipo I:

  • Mulher jovem
  • FAN e antimúsculo liso

Tipo II:

  • Meninas e Homens
  • Anti-LKM1 e anticitosol hepático 1

*ANTIMITOCÔNDRIA É NEGATIVO NA HEP. AI!

49
Q

Hep AI

Tratamento

A

Corticoide +- Azatioprina

50
Q
CBP
Perfil de paciente?
Clínica?
Anticorpo?
Tratamento?
A

Mulher de meia idade com fadiga
Colestase, Xantelasma e Disabsorção (esteatorreia e diminuição ADEK)
Antimitocôndria (90-95% de sens.)
Ác. ursadexólico —> se não responder —> Transplante Hepático