SIND. ANTIFOSFOLÍPIDE Flashcards

1
Q

O que caracteriza a Síndrome Antifosfolipídica (SAF)?

A

Presença de eventos tromboembólicos arteriais e venosos, abortos espontâneos de repetição e anticorpos antifosfolípides (anticardiolipina, anticoagulante lúpico e anti-beta-2-glicoproteína I).

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2
Q

Quais vasos podem ser afetados na SAF?

A

Vasos de todos os tipos e calibres podem ser afetados.

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3
Q

Qual o perfil epidemiológico mais comum na SAF?

A

Mais comum em mulheres (sexo feminino).

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4
Q

Qual a diferença entre SAF primária e secundária?

A

SAF primária ocorre isoladamente; a secundária está associada a outras doenças, como o lúpus (LES).

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5
Q

Quais fatores podem desencadear a SAF?

A

Infecções, trauma, drogas e uso de anticoncepcionais à base de estrogênio.

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6
Q

Como os anticorpos antifosfolípides contribuem para a fisiopatologia da SAF?

A

Ativam plaquetas e células endoteliais, promovendo inflamação e formação de trombos.

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7
Q

Que complicações podem ocorrer devido aos anticorpos antifosfolípides além da trombose?

A

Aterosclerose acelerada e interferência na ação antitrombótica das proteínas C e S

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8
Q

Qual alteração placentária pode ocorrer na SAF e levar a perdas fetais?

A

Inflamação do trofoblasto e trombose dos vasos placentários.

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9
Q

Quando deve-se suspeitar de SAF, segundo os critérios antigos?

A

Diante de eventos tromboembólicos em pacientes jovens, com ou sem LES.

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10
Q

Como é definida a SAF segundo os critérios antigos?

A

Pela presença de pelo menos um critério clínico e um critério laboratorial.

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11
Q

Quais são os critérios clínicos de trombose vascular para diagnóstico de SAF?

A

Um ou mais episódios de trombose arterial, venosa profunda ou de pequenos vasos, confirmados por imagem ou histopatologia (sem vasculite).

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12
Q

Quais eventos gestacionais caracterizam morbidade gestacional na SAF?

A

Morte fetal > 10 semanas com morfologia normal

Nascimento prematuro antes de 34 semanas por eclâmpsia ou insuficiência placentária

Três ou mais abortos espontâneos < 10 semanas sem causas genéticas ou maternas identificáveis

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13
Q

. O que é necessário para considerar o anticoagulante lúpico como critério laboratorial?

A

Presença em duas ou mais ocasiões com intervalo mínimo de 12 semanas.

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14
Q

Como o anticorpo anticardiolipina é usado como critério laboratorial?

A

IgM ou IgG em títulos moderados ou altos, detectados por ELISA, em pelo menos duas ocasiões (intervalo de 12 semanas).

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15
Q

Como é considerado o anticorpo anti-beta-2-glicoproteína I nos critérios laboratoriais?

A

Presente no plasma em duas ou mais ocasiões com intervalo mínimo de 12 semanas.

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16
Q

O que caracteriza a positividade do anticoagulante lúpico como critério imunológico da SAF?

A

Presença no plasma em duas ou mais ocasiões com intervalo mínimo de 12 semanas (3 meses).

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17
Q

Qual é o critério imunológico relacionado ao anticorpo anticardiolipina?

A

IgM e/ou IgG em títulos moderados a altos (> 40 unidades), detectado por ELISA em duas ou mais ocasiões com intervalo mínimo de 12 semanas.

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18
Q

Como é caracterizada a positividade do anticorpo anti-beta-2-glicoproteína I na SAF?

A

IgG ou IgM detectado por ELISA, presente no plasma em duas ou mais ocasiões com intervalo mínimo de 12 semanas.

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19
Q

Qual teste laboratorial tem maior especificidade para SAF?

A

O anticoagulante lúpico é o teste com maior especificidade, embora tenha menor sensibilidade.

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20
Q

Qual anticorpo tem maior associação com fenômenos tromboembólicos?

A

O anticoagulante lúpico.

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21
Q

O que pode interferir nos resultados do teste para anticoagulante lúpico?

A

A anticoagulação oral em altos níveis (INR > 3,5) pode causar falso-positivo.

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22
Q

Quais são os valores de referência para titulação moderada e alta dos anticorpos anticardiolipina?

A

Moderado: 40–79 U | Alto: ≥ 80 U.

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23
Q

A positividade do anticorpo anticardiolipina IgG está associada a quais eventos?

A

Eventos trombóticos e perdas fetais.

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24
Q

O que pode estar relacionado à presença de anticardiolipina IgM?

A

Anemia hemolítica autoimune.

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25
Q

Qual o cuidado ao interpretar um VDRL positivo em pacientes com anticardiolipina?

A

Pode haver reação cruzada: VDRL positivo não é sinônimo de sífilis!

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26
Q

Qual anticorpo apresenta maior especificidade para SAF: anticardiolipina ou anti-beta-2-glicoproteína I?

A

O anti-beta-2-glicoproteína I.

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27
Q

O que fazer diante de um exame negativo recente em paciente com evento trombótico suspeito para SAF?

A

Repetir o exame após pelo menos 2 meses, pois o resultado precoce pode não excluir a hipótese.

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28
Q

Quais são as manifestações clássicas da SAF nos grandes vasos?

A

Trombose venosa profunda, tromboses arteriais, microangiopatia (síndrome do anticorpo antifosfolipídio) e SAF catastrófica.

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29
Q

Quais são as complicações obstétricas associadas à SAF?

A

Eclâmpsia, pré-eclâmpsia, síndrome HELLP, coreia gravídica, AVC pós-parto e morte materna.

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30
Q

Quais complicações fetais podem ocorrer na SAF?

A

Aborto, perda fetal e restrição do crescimento intrauterino.

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31
Q

Quais manifestações cardíacas podem estar associadas à SAF?

A

Insuficiência cardíaca, valvopatias, trombo intracardíaco e infarto agudo do miocárdio (IAM).

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32
Q

Quais são as manifestações neurológicas possíveis na SAF?

A

AVE isquêmico, AIT, demência multi-infarto, AVE cardioembólico, distúrbios de movimento, neuropatia periférica, esclerose múltipla símile, enxaqueca, Guillain-Barré e convulsões.

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33
Q

Quais manifestações hepáticas podem ocorrer em pacientes com SAF?

A

Síndrome de Budd-Chiari, infarto hepático e hipertensão porta.

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34
Q

Quais manifestações hematológicas podem ocorrer na SAF?

A

Trombocitopenia, anemia hemolítica autoimune, necrose avascular e necrose de medula óssea.

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35
Q

Quais são as manifestações renais associadas à SAF?

A

Microangiopatia trombótica, trombose de veia ou artéria renal.

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36
Q

Quais manifestações pulmonares podem estar presentes na SAF?

A

Embolia, infarto, hipertensão arterial pulmonar, hemorragia alveolar difusa e alveolite fibrosante.

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37
Q

Quais são as possíveis complicações gastroenterológicas na SAF?

A

Necrose de esôfago, úlcera gástrica, isquemia ou angina mesentérica e pancreatite.

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38
Q

Quais manifestações dermatológicas podem ocorrer na SAF?

A

Livedo reticular, úlceras cutâneas, atrofia branca (Milian), vasculopatia livedoide, necrose cutânea, gangrena digital, pioderma gangrenoso símile e fenômeno de Raynaud.

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39
Q

Quais são as manifestações oftalmológicas relacionadas à SAF?

A

Trombose de vasos retinianos e neurite óptica aguda.

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40
Q

Qual é a manifestação venosa mais comum na SAF?

A

Trombose venosa profunda (TVP), principalmente em membros inferiores.

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41
Q

Qual é a manifestação arterial trombótica mais comum na SAF?

A

AVC isquêmico e AIT (acidente isquêmico transitório).

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42
Q

Em que população o AVC pode ocorrer na SAF, mesmo sem fatores de risco tradicionais?

A

Em pacientes mais jovens, sem hipertensão arterial sistêmica ou aterosclerose.

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42
Q

Quais são os sinais clínicos clássicos da trombose venosa profunda?

A

Dor, edema (geralmente unilateral), eritema, aumento de temperatura e empastamento da panturrilha.

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43
Q

O que é o sinal de Bandeira na TVP?

A

Empastamento da panturrilha.

44
Q

O que é o sinal de Homans?

A

Dor na panturrilha à dorsiflexão do pé.

45
Q

O que é o sinal de Bancroft?

A

Dor à palpação da panturrilha contra a estrutura óssea.

46
Q

Quais são os critérios do Escore de Wells para TVP?

A

Inclui: TVP/TEP prévios, FC > 100 bpm, cirurgia recente/imobilização, sinais clínicos de TVP, hemoptise, diagnóstico alternativo menos provável, e câncer.

47
Q

Como interpretar o Escore de Wells para TVP?

A

0-1: Baixa probabilidade

2-6: Intermediária

7: Alta probabilidade

48
Q

Qual é a conduta diante de baixa ou intermediária probabilidade de TVP?

A

Realizar D-dímero. Se normal, exclui TVP; se alterado, fazer imagem (ex: Doppler).

49
Q

Qual é o segundo sítio mais comum de trombose arterial na SAF?

A

O coração. A SAF pode levar à formação de trombos intracardíacos ou a lesões valvares.

50
Q

Qual é a manifestação cardíaca mais comum na SAF?

A

Acometimento valvar, que inclui espessamento das válvulas, disfunção (estenose ou regurgitação) e presença de vegetações.

51
Q

Qual é a valva mais acometida na SAF?

A

A valva mitral é a mais frequentemente envolvida, seguida pela valva aórtica.

52
Q

Quais são outras manifestações cardíacas associadas à SAF?

A

Insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio (IAM) e aterosclerose acelerada.

53
Q

Que exame é recomendado em pacientes com SAF e eventos trombóticos arteriais como AVC ou AIT?

A

Ecocardiograma transesofágico (ECO-TE), indicado para investigar uma possível fonte embólica cardíaca, especialmente vegetações em válvulas ou trombos intracavitários que poderiam justificar o evento isquêmico.

54
Q

Qual é o terceiro sítio mais comum de trombose arterial na SAF?

A

O rim, por meio de microangiopatia trombótica renal.

55
Q

Quais são os achados clínicos da microangiopatia trombótica renal na SAF?
4

A

Hipertensão arterial sistêmica (HAS), proteinúria (nefrótica ou não), hematúria dismórfica e perda da função renal.

56
Q

Quais são os achados da biópsia renal na SAF?

A

Fase aguda: trombose nos vasos renais.

Fase crônica: hiperplasia fibrosa da camada íntima, trombo organizado e oclusão fibrosa

57
Q

O que causa trombocitopenia na SAF?

A

Os anticorpos antifosfolípides ligam-se às membranas das plaquetas, promovendo sua agregação e destruição.

58
Q

Como é definida a plaquetopenia na SAF?

A

Contagem de plaquetas < 100.000, confirmada em dois exames com intervalo mínimo de 12 semanas.

Plaquetopenia grave: < 50.000 plaquetas.

59
Q

O que caracteriza a anemia hemolítica autoimune na SAF?

A

É associada ao anticorpo anticardiolipina IgM.

60
Q

O que é a síndrome de Evans e como se relaciona com a SAF?

A

Síndrome de Evans = plaquetopenia + anemia hemolítica autoimune. Pode estar presente em pacientes com SAF.

61
Q

O que é livedo reticular e como se apresenta na SAF?

A

É uma alteração vasomotora com aspecto reticulado, violáceo ou azulado, que não reverte com aquecimento. Pode ocorrer em troncos e membros.

62
Q

O que é a atrofia branca de Milian?

A

Lesão causada por trombos nos vasos superficiais, resultando em úlceras dolorosas com centro esbranquiçado e bordas bem definidas, geralmente no maléolo medial.

63
Q

. O que é a vasculopatia livedoide?

A

É uma forma mais extensa da atrofia branca, associada a eritema ou púrpura.

64
Q

Quais são os componentes da Síndrome de Sneddon?

A

AVC isquêmico + livedo reticular + anticorpos antifosfolípides positivos + hipertensão de difícil controle.

65
Q

Qual a fisiopatologia da Síndrome de Sneddon?

A

Doença arteriopática oclusiva que afeta artérias de médio calibre da pele, cérebro e rins.

66
Q

Em que perfil de pacientes é mais comum observar a Síndrome de Sneddon?

A

Em pacientes jovens, fora da faixa etária típica de AVC isquêmico.

67
Q

O que é a Síndrome Antifosfolipídica Catastrófica?

A

Forma grave da SAF, caracterizada por trombose em mais de 3 órgãos simultaneamente ou em até 1 semana.

68
Q

Quais são os critérios para o diagnóstico definitivo da SAF catastrófica?

A

Envolvimento de 3 ou mais órgãos, sistemas ou tecidos

Manifestações clínicas ocorrendo simultaneamente ou em menos de 1 semana

Confirmação histopatológica de oclusão de pequenos vasos em pelo menos um órgão ou tecido

Confirmação laboratorial da presença de anticorpos antifosfolípides

69
Q

Quantos critérios são necessários para confirmar a SAF catastrófica de forma definitiva?

A

Todos os 4 critérios devem estar presentes.

70
Q

Quais são os principais fatores precipitantes da SAF catastrófica?

A

Infecções, traumas, neoplasias, uso de medicamentos (ex: anticoncepcionais orais) e retirada da anticoagulação.

71
Q

Qual é a fisiopatologia da SAF catastrófica?

A

Múltiplas tromboses levam à isquemia tecidual, necrose e liberação de citocinas, desencadeando uma síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS).

72
Q

Quais órgãos são mais afetados na SAF catastrófica?

A

Rins: microangiopatia trombótica

Pulmões: SARA, embolia, hipertensão pulmonar, hemorragia alveolar

Coração: IAM, valvopatias

Pele: livedo reticular e necrose cutânea

73
Q

Qual é o achado histopatológico típico da SAF catastrófica?

A

Microangiopatia trombótica múltipla.

74
Q

Qual é o tratamento recomendado para SAF catastrófica?

A

Anticoagulação plena (heparina)

Corticóide (metilprednisolona 1g EV por 3 dias)

Plasmaférese ou imunoglobulina

75
Q

Quais opções são usadas nos casos refratários de SAF catastrófica?

A

Rituximabe ou Eculizumabe.

76
Q

Qual é a conduta na fase aguda de trombose na SAF?

A

Heparina de baixo peso molecular (enoxaparina 1 mg/kg 12/12h SC) + Varfarina 5 mg/dia VO (ou 2,5 mg/dia em idosos).

77
Q

Quando deve-se iniciar o ajuste de INR na anticoagulação oral com Varfarina na SAF?

A

Após 4 a 7 dias do início da varfarina, o INR deve ser monitorado para avaliar se pode suspender a heparina.

78
Q

Os novos anticoagulantes orais (inibidores do fator Xa, como rivaroxabana e dabigatrana) são indicados na SAF?

A

Não. Eles não são indicados para o tratamento da SAF.

79
Q

Qual é a conduta em pacientes com SAF e trombose venosa (TVP)?

A

Uso de anticoagulante oral (Varfarina 5 mg/dia VO) para manter INR entre 2–3.

80
Q

Com que frequência deve-se reavaliar o INR em pacientes anticoagulados com varfarina?

A

A cada 2 meses, desde que o paciente esteja dentro da faixa alvo de INR.

81
Q

ual é a meta de INR para pacientes com SAF e trombose arterial (ex: AVC isquêmico)?

A

INR entre 2,5–3,5 (idealmente até 4) com Varfarina.

82
Q

. Por que não se recomenda a suspensão do anticoagulante em pacientes com SAF, mesmo com testes laboratoriais negativos?

A

A negativação dos anticorpos não deve ser usada como critério para suspender o tratamento, pois não reduz comprovadamente o risco de novos eventos trombóticos.

83
Q

. Qual é o tratamento para pacientes com SAF e infarto agudo do miocárdio (IAM)?

A

Varfarina 5 mg/dia VO, mantendo INR entre 2–3.

Dupla antiagregação por 6 meses: AAS 100 mg VO + Clopidogrel 75 mg VO.

Após 6 meses, manter INR entre 2,5–3,5 (até 4) e AAS 100 mg.

84
Q

Qual é a conduta no fenômeno de Raynaud associado à SAF?

A

AAS + vasodilatadores (como nifedipino) + aquecimento das mãos.

85
Q

Qual é a conduta em casos de livedo, úlceras de perna, microangiopatia trombótica ou valvar?

A

Indicação de anticoagulação.

86
Q

Qual a conduta para pacientes com trombocitopenia > 50.000 plaquetas?

A

Uso de AAS em dose antiagregante plaquetária (65–100 mg/dia).

87
Q

O que fazer se o paciente com SAF tiver trombocitopenia < 50.000?

A

Contraindica-se o uso de AAS devido ao risco de sangramento.

88
Q

Qual a conduta em pacientes com trombocitopenia < 30.000 ou com sangramento ativo?

A

Uso de corticoide, imunoglobulina EV e/ou Rituximabe.

89
Q

Quais são os dois contextos a considerar na profilaxia primária da SAF?

A

Presença de perfil sorológico de alto risco

Presença ou ausência de lúpus eritematoso sistêmico (LES)

90
Q

Quais são os critérios que definem perfil sorológico de alto risco para trombose?

A

Presença de anticoagulante lúpico

Persistência de anticardiolipina IgG em títulos moderados a altos

Tripla positividade (anticardiolipina + anticoagulante lúpico + anti-β2-glicoproteína I)

91
Q

Qual é a conduta em pacientes com perfil de alto risco e sem LES?

A

Controle de fatores de risco + AAS 100 mg/dia VO

92
Q

Qual é a conduta em pacientes com perfil de alto risco e com LES?

A

AAS 100 mg/dia VO + Hidroxicloroquina

93
Q

Quando a hidroxicloroquina deve ser usada em pacientes com LES?

A

Sempre, como terapia adjuvante, independentemente de manifestações clínicas de SAF (trombótica ou obstétrica).

94
Q

Qual é a frequência ideal das consultas pré-natais em gestantes com SAF?

A

A cada 4 semanas até a 26ª–28ª semana e, depois disso, a cada 1–2 semanas.

95
Q

Qual deve ser a meta de pressão arterial durante a gestação em pacientes com SAF?

A

Manter < 140×90 mmHg durante toda a gestação.

96
Q

Quais exames devem ser realizados no acompanhamento da gestante com SAF?

A

EAS mensal (avaliação da relação proteína/creatinina)

Proteinúria de 24h

Cardiotocografia

USG obstétrico

Velocimetria com Doppler (mensal a partir da 18ª semana)

97
Q

Qual é a conduta terapêutica na SAF gestacional?

A

AAS 100 mg VO + Enoxaparina 1 mg/kg/dia SC

98
Q

Como manejar pacientes com SAF trombótica que engravidam?

A

Substituir varfarina (teratogênica) por enoxaparina 1 mg/kg SC 12/12h + AAS 100 mg VO

99
Q

Por que a varfarina deve ser evitada durante a gestação?

A

Devido ao seu potencial teratogênico, especialmente no 1º trimestre.

100
Q

Quando suspender e retomar a anticoagulação antes do parto?

A

Suspender a heparina 6–8 horas antes do parto e retomar 6–8 horas após, mantendo por 6 a 8 semanas após o parto.

101
Q

Como conduzir o AAS no período próximo ao parto?

A

Suspender o AAS cerca de 1 semana antes do parto programado.

102
Q

Quais são os principais fatores de risco para retrombose em pacientes com SAF?

A

Má adesão ao tratamento

INR fora da meta (anticoagulação inadequada)

Tripla positividade dos anticorpos antifosfolípides

Presença de fatores adicionais de risco trombótico (diabetes, obesidade, dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica)

103
Q

Pacientes com SAF podem apresentar sangramento?

A

Sim, embora raramente. Isso pode ocorrer quando há deficiência adquirida de protrombina.

104
Q

Qual o nome da síndrome que associa SAF com deficiência de protrombina e sangramentos?

A

Síndrome do anticoagulante lúpico com hipoprotrombinemia (Síndrome do LA/hipoprotrombinemia).

105
Q

Quais são os principais diagnósticos diferenciais para trombose venosa?

A

Síndrome nefrótica

Insuficiência venosa

Mutação do fator V de Leiden

Imobilidade prolongada

Deficiência de proteína S, C e antitrombina III

Tumores produtores de tromboplastina

106
Q

Quais são as causas hereditárias comuns de trombose venosa?

A

Mutação do fator V de Leiden

Mutação da protrombina

Deficiência de proteína C, S e antitrombina III

107
Q

Quais fatores de risco adquiridos podem predispor à trombose venosa?

A

Idade avançada, obesidade, tabagismo

Neoplasias mieloproliferativas (ex: policitemia vera)

Síndrome de anticorpo antifosfolípide

Uso de anticoncepcionais, terapia hormonal

COVID-19, infecções, gestação, trauma, cirurgias, imobilização prolongada

108
Q

. Quais são os principais diagnósticos diferenciais para trombose arterial?

A

Púrpura trombocitopênica trombótica

Êmbolos cardíacos (estéreis ou infecciosos)

Septicemia

Arterite de Takayasu

Poliarterite nodosa

Síndrome de Raynaud grave