AR: EX, CLAS, DIAGN, TRAT Flashcards

1
Q

Quais são as principais alterações no hemograma na AR?

A

✅ Anemia (moderada, normocítica, hipo ou normocrômica).
✅ Leucocitose (associada à atividade da doença, vasculite, infecção ou uso de corticoides).
✅ Eosinofilia (possível associação com vasculite).
✅ Trombocitose (relacionada à inflamação e manifestações extra-articulares).

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2
Q

Como estão os níveis de ferritina e ferro sérico na AR?

A

🔹 Ferritina aumentada (proteína de fase aguda).
🔹 Ferro sérico diminuído (associado à anemia da inflamação crônica).

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3
Q

Qual a importância dos níveis de PCR e VHS na AR?

A

🔹 São marcadores inespecíficos de inflamação, úteis para monitorar atividade da doença e resposta ao tratamento.

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4
Q

Quais são os valores de referência normais para VHS e PCR?

A

✅ VHS:
🔹 Até 15 mm/h em homens.
🔹 Até 20 mm/h em mulheres.
✅ PCR: < 0,3 mg/dL.

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5
Q

O que é o Fator Reumatoide (FR)?

A

🔹 Autoanticorpo direcionado contra a porção Fc da imunoglobulina G (IgG).

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6
Q

Qual é o valor de referência do Fator Reumatoide?

A

Normalmente 14

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7
Q

O FR sozinho confirma o diagnóstico de AR?

A

🔹 Não! Um resultado negativo não exclui AR, e um positivo não confirma.

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8
Q

Qual a sensibilidade e especificidade do FR em diferentes títulos?

A

✅ FR > 20 → Sensibilidade de 66%, especificidade de 78%.
✅ FR > 50 → Sensibilidade de 46%, especificidade de 88%.

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9
Q

Qual isoforma do FR é mais específica para AR?

A

🔹 FR IgA

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10
Q

Quais doenças podem causar um FR falso positivo?

A

✅ Síndrome de Sjögren
✅ Crioglobulinemia
✅ Infecções crônicas (Tuberculose, Hepatite B e C, HIV)
✅ Sarcoidose, malária, sífilis, hanseníase
✅ Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
✅ Neoplasias

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11
Q

O que significa um FR positivo em pacientes com AR?

A

🔹 Fortalece o diagnóstico, mas deve ser interpretado com o quadro clínico.
🔹 Maior título de FR → Pior prognóstico.

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12
Q

. Como os títulos do FR se correlacionam com manifestações extra-articulares (MEA)?

A

🔹 FR elevado está associado a:
✅ Nódulos subcutâneos
✅ Vasculite necrosante

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13
Q

O que são os Anticorpos Antipeptídeos Citrulinados (ACPA)?

A

🔹 Autoanticorpos contra proteínas citrulinadas, altamente específicos para AR.

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14
Q

Qual é o principal ACPA utilizado no diagnóstico da AR

A

🔹 Anti-CCP (Valor de referência: normalmente 20).

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15
Q

Qual a especificidade e sensibilidade do Anti-CCP para AR?

A

✅ Especificidade de 99%
✅ Sensibilidade mediana

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16
Q

. Quando o Anti-CCP pode aparecer antes dos sintomas da AR?

A

🔹 6 a 10 anos antes da primeira artrite.

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17
Q

Qual a relação entre FR e Anti-CCP na AR?

A

🔹 FR + Anti-CCP estão presentes em até 35% dos casos.

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18
Q

Quais doenças podem causar um Anti-CCP falso positivo?

A

✅ Artrite psoriásica
✅ Hepatite autoimune
✅ Tuberculose pulmonar

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19
Q

Qual a relação do Anti-CCP com a gravidade da AR?

A

🔹 Está associado a doença mais agressiva, com erosões precoces e mais lesões articulares.
🔹 Quanto maior o título sérico, maior a chance de doença agressiva.

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20
Q

Deve-se monitorar a atividade da AR pelo Anti-CCP e FR?

A

🔹 Não! Os níveis de FR e Anti-CCP não se correlacionam com a atividade da doença.

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21
Q

O FAN pode confirmar o diagnóstico de AR?

A

🔹 Não! A positividade do FAN apenas indica que o paciente teve ativação autoimune naquele momento.

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22
Q

Qual a frequência do FAN positivo em pacientes com AR?

A

🔹 Presente em 20-30% dos casos.

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23
Q

Qual a relação do FAN com o FR e Anti-CCP?

A

🔹 É mais frequentemente positivo quando há altos títulos de FR e manifestações extra-articulares (MEA).

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24
Q

O que é um derrame articular na AR?

A

🔹 Exsudato articular rico em proteínas, resultante da inflamação sinovial crônica.

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25
Por que é importante realizar a artrocentese no derrame articular?
🔹 Para excluir diagnósticos diferenciais, como: ✅ Gota (ácido úrico elevado, cristais de urato monossódico). ✅ Infecção (artrite séptica). ✅ Artrite induzida por cristais (ex: pirofosfato de cálcio).
26
Quais análises devem ser solicitadas no líquido sinovial?
✅ Contagem celular e diferencial (quantitativa e qualitativa). ✅ Pesquisa de cristais (gota/pseudogota). ✅ Bioquímica (proteínas, glicose, complemento). ✅ Gram e cultura (para excluir artrite séptica).
27
Quais são as características do líquido sinovial na AR?
🔹 Viscosidade reduzida 🔹 Aspecto turvo 🔹 Leucocitose inflamatória (2.000 - 30.000 células/mm³) 🔹 Predomínio de neutrófilos 🔹 Proteína elevada 🔹 Glicose diminuída
28
Como os níveis de complemento estão no líquido sinovial da AR?
🔹 C3 e C4 reduzidos, indicando ativação do sistema complemento.
29
FR e Anti-CCP podem ser detectados no líquido sinovial?
🔹 Sim, os títulos podem estar elevados, reforçando o diagnóstico de AR.
30
Quais são as principais articulações acometidas precocemente na AR?
🔹 Pequenas articulações das mãos e dos pés.
31
Qual a articulação do esqueleto axial mais frequentemente envolvida na AR?
🔹 Atlanto-axial (C1-C2).
32
. Qual exame de imagem é indicado para avaliação inicial da AR?
🔹 Radiografia de mãos, punhos e antepés.
33
Com que frequência deve-se repetir a radiografia após o diagnóstico de AR?
🔹 A cada 12 meses para monitoramento da progressão da doença.
34
Quais são as principais manifestações radiográficas da AR?
✅ Simetria (fundamental para o diagnóstico). ✅ Osteopenia periarticular (alteração característica e precoce). ✅ Aumento de partes moles (devido à sinovite ou derrames articulares). ✅ Redução do espaço articular (progressão da destruição da cartilagem). ✅ Erosões ósseas (destruição articular nos casos avançados). ✅ Cistos ósseos (áreas translúcidas subcondrais por invasão do osso pelo pannus inflamatório). ✅ Deformidades e instabilidades (lesões tendíneas, frouxidão e rupturas ligamentares).
35
Quais são os principais achados na radiografia em PA na AR?
✅ Osteopenia periarticular. ✅ Redução dos espaços articulares das IFPs, MCFs, ossos do carpo e metacarpos. ✅ Erosões ósseas precoces na segunda articulação MCF. ✅ Cistos ósseos (mais comuns nas 1ª, 2ª e 4ª articulações MCFs).
36
Quais são os escores utilizados para avaliar a progressão radiográfica da AR?
🔹 Sharp modificado (mais sensível para erosão e estreitamento articular). 🔹 Larsen (avaliação de erosões).
37
. Quais são as vantagens da ultrassonografia (USG) na AR?
✅ Não invasiva ✅ Custo acessível ✅ Detecta sinovite, acúmulo de fluido articular e erosão óssea
38
Qual a principal limitação da USG na AR?
Não fornece informações sobre acometimento intraósseo (edema ósseo).
39
O que pode afetar a qualidade da USG na AR?
Dependência do examinador, tornando a interpretação subjetiva.
40
Qual a principal vantagem da RM em relação à radiografia na AR
🔹 Mais sensível para identificar lesões cartilaginosas e ósseas.
41
Quais achados a RM pode revelar na AR?
✅ Espessamento sinovial com realce pelo contraste (sinovite). ✅ Erosões ósseas precoces. ✅ Edema ósseo (acometimento intraósseo). ✅ Hipertrofia sinovial (associada à progressão do dano articular).
42
. Como é definida a sinovite na RM?
Espessamento sinovial > 1 mm com realce pelo meio de contraste (gadolínio).
43
. Qual o papel do gadolínio na RM da AR?
🔹 Estimar o grau de inflamação sinovial e diferenciar sinovite de edema dos tecidos ao redor.
44
Quantos critérios são necessários para classificar a AR segundo o ACR 1987?
🔹 Pelo menos 4 critérios devem estar presentes.
45
Qual é o período mínimo de duração dos critérios para classificação da AR?
🔹 Mínimo de 6 semanas (para confirmar a cronicidade da doença).
46
Quais são os critérios do ACR 1987 para AR?
✅ 1. Rigidez matinal (> 60 minutos de duração). ✅ 2. Artrite em 3 ou mais áreas articulares (com edema e dor). ✅ 3. Artrite em articulações das mãos (MCF, IFP ou punhos). ✅ 4. Artrite simétrica (mesmas articulações dos dois lados). ✅ 5. Nódulos reumatoides (subcutâneos). ✅ 6. Fator reumatoide positivo (em soro). ✅ 7. Alterações radiográficas (erosões ósseas e desmineralização periarticular).
47
Esses critérios ainda são utilizados?
🔹 Sim, mas os critérios ACR/EULAR 2010 também podem ser usados para classificação.
48
Qual a importância de manter os critérios de 1987?
🔹 Eles ainda são úteis para fins de classificação e diagnóstico clínico, especialmente em casos típicos.
49
Quantos pontos são necessários para classificar um paciente com AR segundo o ACR/EULAR 2010?
🔹 6 ou mais pontos.
50
Qual a sensibilidade e especificidade dos critérios ACR/EULAR 2010?
✅ Sensibilidade: 82% ✅ Especificidade: 61%
51
. Qual é o objetivo dos critérios ACR/EULAR 2010?
🔹 Detectar a AR mais precocemente, antes da progressão do dano articular.
52
Qual é a condição essencial para que os critérios sejam aplicados?
🔹 O paciente deve apresentar pelo menos 1 sinovite clínica (edema) ou confirmada por imagem, não explicada por outra condição.
53
Quais são os domínios avaliados nos critérios ACR/EULAR 2010?
✅ Acometimento articular ✅ Sorologia (FR e anti-CCP) ✅ Duração da sinovite ✅ Provas de atividade inflamatória (VHS/PCR)
54
Como é feita a pontuação do critério de acometimento articular?
🔹 1 grande articulação → 0 ponto 🔹 2-10 grandes articulações → 1 ponto 🔹 1-3 articulações pequenas (com ou sem grandes articulações) → 2 pontos 🔹 4-10 articulações pequenas → 3 pontos 🔹 ≥10 articulações (pelo menos 1 pequena) → 5 pontos
55
Como a sorologia contribui para a pontuação?
🔹 FR ou anti-CCP baixos → 2 pontos 🔹 FR ou anti-CCP altos (≥3x o limite superior da normalidade) → 3 pontos
56
. Como a duração da sinovite interfere no diagnóstico?
🔹 < 6 semanas → 0 ponto 🔹 ≥ 6 semanas → 1 ponto
57
Como as provas inflamatórias (VHS/PCR) influenciam a pontuação?
🔹 VHS ou PCR elevados → 1 ponto
58
Como diferenciar o acometimento de pequenas e grandes articulações na AR?
✅ Pequenas articulações: MCFs, IFPs, MTFs (exceto 1ª MTF), interfalângica do hálux. ✅ Grandes articulações: Ombros, cotovelos, joelhos, tornozelos.
59
Os critérios ACR/EULAR 2010 substituem os critérios ACR 1987?
🔹 Não necessariamente, ambos podem ser utilizados conforme o contexto clínico.
60
Qual a diferença entre artrite no LES e na AR?
🔹 No LES, o acometimento articular pode levar a deformidades, mas sem erosões ósseas na radiografia, ao contrário da AR.
61
O que caracteriza o reumatismo palindrômico?
🔹 Artrite episódica que acomete uma ou várias articulações de forma súbita e sequencial, sem deformidade residual.
62
. Como diferenciar as espondiloartrites da AR?
🔹 Acometimento axial e sacroilíaco é típico das espondiloartrites, enquanto a AR afeta mais articulações periféricas.
63
Qual o padrão articular típico da artrite reativa?
🔹 Acometimento assimétrico de joelhos, tornozelos e metatarsofalângicas, com menor impacto em mãos e punhos.
64
Quais características distinguem a artrite psoriásica da AR?
✅ Lesões de pele e unhas associadas. ✅ Acometimento das IFDs e sacroilíacas. ✅ Osteoproliferação e anquilose, ao invés de osteopenia da AR.
65
Como diferenciar a artropatia por cristais da AR?
🔹 Ataques agudos recorrentes, acometendo articulações como joelhos e tornozelos. 🔹 USG e radiografia podem mostrar calcificações articulares (ex: condrocalcinose na pseudogota). 🔹 Análise do líquido sinovial revela cristais de urato monossódico (gota) ou pirofosfato de cálcio (pseudogota).
66
. Quais características sugerem artrite séptica em vez de AR?
✅ Início agudo ✅ Acometimento mono ou oligoarticular ✅ Presença de febre e sinais infecciosos sistêmicos ✅ Líquido sinovial purulento
67
Quais infecções virais podem causar artrite e simular AR?
🔹 Rubéola, parvovírus B19, hepatites B e C → Podem causar poliartrite transitória.
68
Como diferenciar osteoartrite (artrose) da AR?
🔹 Osteoartrite afeta articulações IFDs, trapéziometacarpianas, coluna lombar e cervical. 🔹 AR não compromete IFDs e afeta mais MCFs e punhos.
69
Como a Polimialgia Reumatoide se distingue da AR?
🔹 Dor e rigidez intensa na cintura escapular e pélvica, podendo ou não ter artrite associada.
70
Como diferenciar fibromialgia de AR?
🔹 Dor crônica difusa, com pontos de gatilho muscular (trigger points). 🔹 Sem sinovite ou erosões articulares. 🔹 Pode coexistir com AR.
71
Com que frequência a atividade da AR deve ser avaliada?
A cada 3 meses.
72
Quais são os níveis de atividade da AR?
✅ Alta atividade da doença ✅ Moderada atividade da doença ✅ Baixa atividade da doença ✅ Remissão
73
Quando realizar o DAS-28 de 6/6 meses?
Após atingir baixa atividade da doença ou remissão.
74
. O que é o DAS-28 e quais variáveis ele avalia?
🔹 DAS-28 (Disease Activity Score - 28 Joints) avalia a progressão da doença por um algoritmo complexo com 4 variáveis: ✅ Número de articulações dolorosas (0-28) ✅ Número de articulações edemaciadas (0-28) ✅ Avaliação Global de Saúde (AGS) pelo paciente ✅ VHS ou PCR
75
. O que é o CDAI e o SDAI?
🔹 São índices mais simples que somam variáveis clínicas, incluindo: ✅ Número de articulações dolorosas (0-28) ✅ Número de articulações edemaciadas (0-28) ✅ Avaliação Global de Saúde (AGS) pelo paciente ✅ AGS pelo examinador
76
. Qual a vantagem do DAS-28 em relação ao CDAI/SDAI?
🔹 O DAS-28 é mais palpável, pois inclui marcadores laboratoriais (VHS e PCR), enquanto o CDAI e SDAI são baseados apenas na avaliação clínica.
77
Quais são os critérios para remissão da AR?
🔹 O paciente deve atender todos os critérios: ✅ Número de articulações dolorosas < 1 ✅ Número de articulações edemaciadas < 1 ✅ PCR < 1 mg/dL ✅ Avaliação Global do Paciente (escala 0-10) < 1 OU ✅ SDAI ≤ 3,3 ✅ CDAI ≤ 2,8
78
Quais exames laboratoriais devem ser monitorados a cada 3 meses?
✅ Hemograma ✅ TGO/TGP ✅ Ureia e creatinina ✅ VHS e PCR
79
Qual é a frequência do acompanhamento médico na AR?
✅ Trimestral → Até atingir baixa atividade da doença. ✅ Semestral → Após atingir remissão.
80
Qual é o objetivo principal do tratamento da AR?
Remissão ou baixa atividade da doença.
81
Como é feita a abordagem inicial para controle da dor e inflamação?
🔹 Uso individualizado e por curto período de: ✅ Analgésicos ✅ AINEs (anti-inflamatórios não esteroides)
81
Quando é indicado o repouso articular?
Durante períodos de atividade inflamatória intensa para reduzir a dor e o inchaço.
81
Quais profissionais são essenciais no tratamento da AR?
✅ Terapeuta ocupacional (confecção de órteses para atividades diárias). ✅ Dentista, fisioterapeuta, ortopedista, reumatologista, psicólogo.
82
Quais aspectos devem ser monitorados no tratamento da AR?
🔹 Mudanças no estilo de vida 🔹 Controle de comorbidades (diabetes, hipertensão, osteoporose) 🔹 Vacinação (considerando imunossupressão pelo tratamento)
83
Por que a vacinação é importante, mas deve ser analisada com cautela na AR?
🔹 Vacinas atenuadas podem não gerar resposta imunológica adequada em pacientes imunossuprimidos.
84
Qual é o papel dos corticoides no tratamento da AR?
🔹 Medicação adjuvante, usada para controle sintomático e em situações específicas.
85
. Como devem ser administrados os corticoides na AR?
✅ Doses baixas (anti-inflamatórias), pelo menor tempo possível. ✅ Prednisona em doses menores que 1mg/kg/dia (idealmente, não ultrapassar 10mg/dia).
86
Em quais situações os corticoides são indicados na AR?
✅ No início do uso de medicações remissivas (ex: metotrexato). ✅ Durante manifestações sistêmicas graves (ex: vasculite, derrame pleural).
87
. Quais são os principais efeitos adversos do uso crônico de corticoides?
✅ Osteoporose ✅ Dislipidemia ✅ Diabetes ✅ Hipertensão arterial ✅ Glaucoma e catarata
88
Como minimizar o impacto da osteoporose induzida por corticoides?
🔹 Suplementação de cálcio (1.500 mg/dia de Ca elementar). 🔹 Vitamina D (400 a 800 UI/dia). 🔹 Monitoramento com densitometria óssea.
89
. Como deve ser feita a retirada dos corticoides?
🔹 De forma gradual, especialmente em pacientes que usaram por tempo prolongado (> 3 meses).
90
Quais riscos estão associados à suspensão abrupta dos corticoides?
✅ Vasculite reumatoide ✅ Síndrome de Addison (hipofunção progressiva do córtex suprarrenal)
91
Qual é o mecanismo de ação da Hidroxicloroquina?
🔹 Modulação dos linfócitos T.
92
Para que serve a Leflunomida na AR?
🔹 Inibe a síntese de pirimidinas, sendo geralmente usada como segunda opção após o metotrexato.
93
Qual é o DMARD sintético de primeira escolha na AR?
🔹 Metotrexato (age em múltiplas vias).
94
Qual a ação da Sulfassalazina na AR?
🔹 Atua em múltiplas vias, especialmente na modulação da resposta inflamatória.
95
Quais DMARDs sintéticos inibem as JAKs?
🔹 Tofacitinibe e Baricitinibe (podem ser considerados sintéticos ou biológicos).
96
Qual DMARD sintético não trata diretamente a articulação, mas é útil na doença pulmonar e vasculite sistêmica?
🔹 Ciclofosfamida.
97
Quais são os principais Anti-TNF usados na AR?
✅ 1. Adalimumabe ✅ 2. Certolizumabe pegol (único permitido para gestantes) ✅ 3. Infliximabe ✅ 4. Etanercept (menor risco em pacientes com tuberculose latente) ✅ 5. Golimumabe
98
Qual é o inibidor de linfócito T (CD4A) usado na AR?
Abatacepte.
99
Qual é o inibidor de IL-6 utilizado na AR?
Tocilizumabe.
100
Qual é o inibidor de linfócito B usado na AR?
Rituximabe – indicado para casos graves ou pacientes com histórico de câncer em menos de 5 anos (melanoma, linfoma, doença maligna sólida).
101
Qual é a primeira escolha de DMARD para pacientes sem comorbidades?
Metotrexato (MTX).
102
Por que anti-TNFs não podem ser usados em pacientes com PIU?
🔹 Anti-TNFs estão associados ao agravamento da doença pulmonar intersticial.
102
Qual a escolha de DMARD para pacientes com poliartirite em pequenas e grandes articulações e sem comorbidades?
🔹 Metotrexato (MTX).
103
. Se um paciente não tolera Metotrexato (MTX), quais são as alternativas?
✅ Leflunomida ✅ Sulfassalazina
103
. Qual DMARD biológico pode ser utilizado em pacientes com acometimento pulmonar?
Rituximabe (principal opção). 🔹 Tocilizumabe (alternativa).
103
Qual droga pode ser usada para tratar a doença pulmonar associada à AR, mas não tem efeito articular?
Ciclofosfamida.
104
. Quando se deve iniciar um DMARD na AR?
🔹 O mais precocemente possível, logo após o diagnóstico.
105
. Como deve ser feita a escolha do DMARD biológico?
🔹 Deve ser individualizada, considerando comorbidades, segurança e tolerância do paciente.
106
. Qual a principal indicação de Rituximabe na AR?
🔹 Pacientes com doença pulmonar intersticial associada.
107
Por que o Metotrexato é a primeira escolha para tratar AR?
🔹 Alta eficácia e segurança, sendo o DMARD sintético mais utilizado.
108
. Qual é a relação do MTX com o metabolismo do folato?
🔹 MTX usa a via do folato para ser metabolizado, levando ao risco de anemia megaloblástica (queda da hemoglobina e aumento do VCM > 95).
109
Como prevenir a deficiência de folato no uso de MTX?
✅ Suplementação de ácido fólico (1mg/dia ou 5mg/semana).
110
Qual é a dose inicial do MTX?
🔹 15 mg/semana, mantidos nos primeiros 3 meses.
111
Qual a dose máxima recomendada e quando aumentar?
🔹 Até 30 mg/semana, podendo aumentar no 6º mês se DAS-28 > 2,6.
112
O comprimido do MTX é de 2,5 mg. Posso prescrever os 15 mg semanais de uma vez só?
🔹 Não! A absorção é prejudicada. 🔹 Dose diária máxima recomendada: 7,5 mg – 10 mg/dia.
113
Qual ajuste deve ser feito para pacientes asiáticos?
🔹 Dose inicial reduzida para 10 mg/semana, devido à maior sensibilidade.
114
Em quais condições o MTX não pode ser usado?
✅ Insuficiência hepática ou renal grave ✅ Insuficiência cardíaca grave ✅ Hipersensibilidade ao MTX (pancitopenia) ✅ Gestantes (teratogênico – necessidade de anticoncepção em mulheres férteis)
115
Qual condição pulmonar pode ser induzida pelo MTX?
🔹 Pneumonite por Metotrexato.
116
Qual hábito piora a resposta ao MTX?
🔹 Tabagismo.
117
Quais exames devem ser solicitados antes de iniciar o MTX?
✅ Sorologias HBV e HCV (descartar hepatites B e C) ✅ Hemograma completo ✅ Função renal e hepática ✅ Beta-HCG (se paciente em idade fértil)
118
Com que frequência monitorar exames durante o uso de MTX?
🔹 A cada 2-3 meses.
119
O MTX pode ser usado isoladamente ou em associação?
🔹 Sim, pode ser associado a outros DMARDs se falha na monoterapia.
120
. Quais terapias combinadas podem ser usadas com MTX?
✅ MTX + Sulfassalazina + Hidroxicloroquina ✅ MTX + Leflunomida
121
O que fazer se houver falha ou contraindicação ao MTX?
🔹 Iniciar outro DMARD sintético.
122
Quando indicar DMARD biológico na falha ao MTX?
🔹 Em casos de mau prognóstico, preferencialmente combinado a um sintético.
123
Como deve ser feita a prescrição do Metotrexato (MTX)?
🔹 Metotrexato 2,5 mg - Tomar 2 comprimidos após o almoço às segundas, terças e quartas (totalizando 15 mg/semana, dose ideal). 🔹 Ácido fólico 5 mg - contínuo 🔹 Tomar 1 comprimido às quintas-feiras.
124
. Quanto tempo o MTX leva para ter efeito clínico?
6 a 8 semanas.
125
Quando o corticoide pode ser usado junto com MTX?
🔹 Quando há sinais inflamatórios intensos (ex: edema e dor intensa), para alívio sintomático enquanto o MTX faz efeito.
126
Qual a prescrição do corticoide para alívio inicial na AR?
🔹 Prednisona 5 mg a 10 mg/dia.
127
Como minimizar os efeitos adversos do corticoide a longo prazo?
✅ Suplementação de Cálcio (1.500 mg/dia de Ca elementar) ✅ Vitamina D (400 a 800 UI/dia) ✅ Monitoramento da densitometria óssea
128
O que deve ser avaliado clinicamente no retorno do paciente com AR?
✅ Melhora da rigidez matinal ✅ Avaliação das articulações (edema, dor, calor, número de articulações acometidas)
129
Quais exames devem ser solicitados na reavaliação?
🔹 Hemograma, função hepática, função renal, VHS e PCR.
130
O que deve ser analisado no DAS-28 após 3 meses de tratamento?
🔹 Se o DAS-28 ainda estiver elevado (sem baixa atividade da doença ou remissão), ajustes na medicação são necessários.
131
Quais são os dois caminhos para ajustar a medicação se o paciente não atingir baixa atividade da doença?
1️⃣ Aumentar a dose do Metotrexato para 25 mg/semana (dose máxima). 2️⃣ Associar outra droga sintética (DMARD).
132
Qual DMARD é a primeira escolha para associação ao MTX?
🔹 Leflunomida (dose diária de 20 mg/dia).
133
Por que a Leflunomida é a primeira opção para associação ao MTX?
✅ Droga segura ✅ Boa resposta para AR ✅ Fácil administração (1 dose diária de 20 mg/dia)
134
Quais outras opções podem ser usadas se a Leflunomida não estiver disponível?
✅ Sulfassalazina ✅ Hidroxicloroquina
135
Quando considerar um biológico na AR?
🔹 Quando aumentar a dose de MTX ou associar Leflunomida não for suficiente e o paciente continuar sintomático com DAS-28 elevado.
136
Qual é o biológico de primeira escolha na AR?
🔹 Anti-TNF (Ex: Adalimumabe, Infliximabe, Certolizumabe, Etanercepte, Golimumabe).
137
Por que é necessário avaliar tuberculose latente antes de iniciar Anti-TNF?
🔹 O TNF é a barreira que impede a reativação da tuberculose. Se o paciente tiver TB latente e iniciar Anti-TNF, a infecção pode se reativar.
138
Quais exames devem ser feitos antes de iniciar Anti-TNF?
✅ PPD (positivo se ≥ 5 mm em pacientes reumáticos ou imunossuprimidos) ✅ IGRA (exame alternativo ao PPD) ✅ Raio-X ou TC de tórax (para descartar doença ativa)
139
O que fazer se o PPD for negativo?
✅ O paciente está autorizado a iniciar Anti-TNF.
140
O que fazer se o PPD for positivo (>5 mm) e o Raio-X de tórax for normal?
🔹 Tratar Tuberculose latente por 3 meses antes de iniciar Anti-TNF: ✅ Rifapentina 900 mg semanal + Isoniazida 900 mg semanal por 3 meses. ✅ Após 30 dias do início do tratamento, pode iniciar Anti-TNF.
141
O que fazer se o PPD for positivo e houver cavitação no Raio-X?
🔹 O paciente tem tuberculose ativa e precisa ser tratado com esquema RIPE. ✅ Após 30 dias de tratamento, repetir escarro BAAR. ✅ Após 2 exames de escarro negativos, o paciente pode iniciar Anti-TNF.
142
Qual condição pulmonar contraindica o uso de Anti-TNF?
Pneumopatia intersticial (PINE ou PIU).
143
O que fazer se o paciente não melhorar após 3 meses com um Anti-TNF?
🔹 Trocar por outro Anti-TNF (ex: Adalimumabe → Etanercepte). 🔹 Trocar de alvo terapêutico (ex: inibidor de IL-6, JAK, linfócito B ou T).
144
Por que trocar um Anti-TNF por outro pode funcionar?
🔹 Apesar de pertencerem à mesma classe, os Anti-TNFs agem de maneiras diferentes.
145
O que fazer se o paciente melhorar após 3 meses?
✅ Desmame do corticoide. ✅ Manter Metotrexato (MTX), ácido fólico e Etanercepte.
146
O tratamento deve ser mantido para sempre?
🔹 Não! Após 2 anos de tratamento, se o paciente estiver estável e em remissão, pode-se tentar desmame gradual das medicações.
147
Qual medicação deve ser descontinuada primeiro no desmame?
🔹 O biológico (devido ao risco de neoplasias a longo prazo).
148
. Qual é a medicação padrão na manutenção do tratamento?
🔹 Metotrexato (MTX).
149
Qual a droga de escolha na AR para pacientes com tuberculose?
✅ Rituximabe ou Etanercepte (proteína de fusão). 🚫 Anti-TNF convencionais são contraindicados devido ao risco de reativação da TB.
150
Qual o biológico de escolha na AR para pacientes com esclerose múltipla?
🔹 Rituximabe (pois Anti-TNFs aumentam o risco de recidiva da doença).
151
Qual a conduta em pacientes com AR e HBsAg+ antes de iniciar imunossupressores?
✅ Iniciar Tenofovir ou Entecavir por 2 semanas antes do imunossupressor. ✅ Após iniciar a terapia da AR, manter antiviral por toda a duração do imunossupressor.
152
. E se o paciente for HBsAg negativo, mas anti-HBc positivo?
🔹 Avaliar o risco: ✅ Se anti-HBs > 100 → Imunidade ativa. Apenas monitorar HBsAg e carga viral a cada 6 meses. ✅ Se anti-HBs < 100 ou indetectável → Baixa imunidade. Monitorar rigorosamente e considerar Tenofovir ou Entecavir.
153
Como manejar pacientes com AR e hepatite C?
🔹 Monitoramento rigoroso da carga viral e função hepática antes e durante o uso de imunossupressores.
154
Por que a Lamivudina não é recomendada no tratamento da hepatite B na AR?
🔹 Aumenta a resistência viral, tornando-a menos eficaz.
155
O que significa um HBsAg positivo?
🔹 O vírus está presente no organismo → Indica infecção ativa.
156
O que significa um Anti-HBc positivo?
🔹 O paciente teve contato com o vírus (infecção prévia ou atual).
157
O que significa um Anti-HBs positivo?
🔹 O paciente tem imunidade (por vacina ou por infecção resolvida).
158
HBsAg (+), Anti-HBc (+), Anti-HBs (-) → O que significa?
✅ Infecção ativa pelo HBV. ✅ O paciente tem o vírus e pode transmiti-lo.
159
HBsAg (-), Anti-HBc (+), Anti-HBs (+) → O que significa?
✅ Infecção passada, com resolução espontânea e imunidade adquirida. ✅ O paciente não tem o vírus, mas já teve contato com ele no passado.
160
HBsAg (-), Anti-HBc (-), Anti-HBs (+) → O que significa?
✅ Paciente vacinado contra hepatite B. ✅ Nunca teve contato com o vírus, mas está imunizado.
161
HBsAg (-), Anti-HBc (+), Anti-HBs (-) → O que significa?
✅ O paciente teve contato com o vírus, mas não desenvolveu imunidade. ✅ Pode estar suscetível à reinfecção e deve ser monitorado.
162
Qual a conduta para pacientes com AR e HBsAg positivo?
✅ Iniciar Entecavir ou Tenofovir por 2 semanas antes de iniciar MTX ou biológico. ✅ Manter antiviral durante todo o uso de imunossupressor.
163
Qual a conduta para pacientes com AR, HBsAg negativo e anti-HBc positivo?
🔹 Se for tratar com biológico ou imunossupressor → Tratar com antiviral antes de iniciar a terapia. 🔹 Se for tratar apenas com MTX e corticoide em dose baixa: ✅ Se Anti-HBs > 100 → Apenas monitorar HBsAg e carga viral a cada 3-6 meses. ✅ Se Anti-HBs < 100 → Solicitar carga viral e iniciar Entecavir ou Tenofovir antes da terapia.
164
O vírus da hepatite C interfere no tratamento da AR?
🔹 Não! O tratamento da AR não interfere na replicação da hepatite C.
165
Qual biológico deve ser evitado em pacientes com linfoma?
🚫 Rituximabe (deve ser evitado no tratamento do linfoma).
166
O Metotrexato (MTX) afeta a fertilidade?
🔹 Não afeta fertilidade, mas é teratogênico e contraindicado na gravidez.
167
Como os corticoides e AINEs interferem na fertilidade?
🔹 Podem afetar a fertilidade e devem ser usados com cautela.
168
. Qual biológico pode ser usado na gestação?
✅ Certolizumabe pegol (seguro para uso durante a gravidez).
169
Qual o manejo da AR em pacientes grávidas?
✅ Controlar a doença antes da gestação → 75% dos casos melhoram na gravidez. ✅ Se necessário, manter Hidroxicloroquina ou biológico seguro (Certolizumabe pegol). ✅ Evitar Metotrexato e Leflunomida devido ao risco teratogênico.
170
Como manejar a AR no período de amamentação?
✅ Certolizumabe pegol pode ser usado na amamentação.
171
Quando suspender o tratamento na gestação?
🔹 Se possível, suspender 24 semanas antes do parto, pois o bebê não pode fazer vacinação com vírus vivo caso a mãe tenha usado imunossupressores.