ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL Flashcards

1
Q

O que é a Artrite Idiopática Juvenil (AIJ)?

A

Grupo de doenças que causam artrite em crianças com menos de 16 anos, com duração superior a 6 semanas e sem causa conhecida.

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2
Q

Quais são os critérios diagnósticos da AIJ?

A

Idade < 16 anos

Artrite em ≥ 1 articulação

Duração > 6 semanas

Exclusão de outras artrites crônicas juvenis

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3
Q

Quais são as formas clínicas da AIJ?

A

Artrite sistêmica (Doença de Still)

Poliartrite fator reumatoide positivo

Poliartrite fator reumatoide negativo

Oligoartrite

Artrite associada à entesite

Artrite psoriásica

Artrite indiferenciada

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4
Q

O que caracteriza a forma sistêmica da AIJ?

A

Febre, rash cutâneo, linfadenopatia e artrite — também chamada de Doença de Still.

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5
Q

Como é feita a subclassificação quanto ao número de articulações acometidas?

A

Monoarticular: 1 articulação

Oligoarticular: 2 a 4 articulações

Poliarticular: 5 ou mais articulações

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6
Q

Qual a importância da duração dos sintomas para diagnóstico de AIJ?

A

A artrite deve durar mais de 6 semanas para confirmar o diagnóstico e excluir causas transitórias.

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7
Q

Quais fatores influenciam a etiologia da AIJ?

A

Fatores genéticos e ambientais, embora a causa exata ainda seja desconhecida.

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8
Q

Como se caracteriza a AIJ sistêmica?

A

Artrite acompanhada de febre diária por pelo menos 2 semanas, com picos por 3 dias e ≥ 1 dos seguintes: rash evanescente, linfadenopatia, hepatoesplenomegalia ou serosite.

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9
Q

Qual a diferença entre oligoartrite persistente e estendida?

A

Persistente: até 4 articulações acometidas após 6 meses.

Estendida: mais de 4 articulações após os 6 primeiros meses de doença.

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10
Q

O que define a AIJ poliartrite fator reumatoide negativo?

A

Artrite em 5 ou mais articulações nos primeiros 6 meses, com fator reumatoide negativo.Artrite em 5 ou mais articulações nos primeiros 6 meses, com fator reumatoide negativo.

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11
Q

Quando se classifica como AIJ poliartrite fator reumatoide positivo?

A

Artrite em 5 ou mais articulações nos primeiros 6 meses, com fator reumatoide positivo em pelo menos 2 ocasiões, com intervalo mínimo de 3 meses.

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12
Q

Quais os critérios para AIJ relacionada à entesite?

A

Artrite e entesite, ou artrite + ≥ 2 dos seguintes:

Dor sacroilíaca/lombar inflamatória

HLA-B27 positivo

História familiar em 1º grau

Uveíte anterior assintomática

Sexo masculino com início após 6 anos

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13
Q

. Como é definida a AIJ psoriásica?

A

Artrite + psoríase, ou artrite com ≥ 2 dos seguintes:

História familiar de psoríase em 1º grau

Dactilite

Alterações ungueais típicas (ex: pitting)

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14
Q

Quais são os principais fatores de exclusão para as formas clínicas da AIJ?

A

Psoríase pessoal ou familiar

b. HLA-B27 positivo com início após 6 anos

c. Doença inflamatória intestinal associada

d. História familiar de espondiloartropatia

e. Fator reumatoide positivo em 2 exames com intervalo de 3 meses

f. Presença de quadro sistêmico

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15
Q

O que é necessário para diferenciar as formas poliartrite FR+ e FR–?

A

A presença ou ausência de fator reumatoide positivo em 2 exames distintos com intervalo de 3 meses.

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16
Q

Qual é o tratamento inicial da AIJ oligoarticular?

A

Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs); se não houver resposta, considerar infiltração intra-articular com corticosteroide.

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17
Q

Quando indicar metotrexato na AIJ?

A

Na oligoarticular estendida ou em qualquer forma de AIJ com múltiplas articulações acometidas ou falha aos AINEs.

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18
Q

Qual é o principal risco ocular na AIJ e em que formas é mais comum?

A

Uveíte anterior crônica, especialmente em meninas com AIJ oligoarticular de início precoce e fator antinuclear positivo (FAN+).

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19
Q

. Quais são os principais medicamentos usados em AIJ sistêmica?

A

Corticosteroides sistêmicos (fase aguda), metotrexato e imunobiológicos (como anakinra ou tocilizumabe).

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20
Q

Qual o papel dos agentes biológicos na AIJ?

A

Indicados em casos refratários ao tratamento convencional, como anti-TNF (etanercepte, adalimumabe) ou anti-IL-6 (tocilizumabe).

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21
Q

Como monitorar a uveíte na AIJ?

A

Exame oftalmológico regular com lâmpada de fenda, mesmo na ausência de sintomas — frequência depende do risco.

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22
Q

Quando suspeitar de AIJ relacionada à entesite?

A

Dor lombar inflamatória, rigidez matinal, presença de HLA-B27 e artrite periférica, especialmente em meninos > 6 anos.

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23
Q

Quais complicações estão associadas ao uso crônico de corticosteroides na AIJ?
5

A

Retardo do crescimento, osteoporose, ganho de peso, hipertensão e risco aumentado de infecções.

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24
Q

Qual é a doença reumática mais comum na infância em países desenvolvidos?

A

A Artrite Idiopática Juvenil (AIJ).

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25
Q

Qual o sexo mais acometido pela AIJ?

A

Leve predominância no sexo feminino.

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26
Q

Qual a forma clínica mais comum da AIJ?

A

Oligoarticular, responsável por 50–60% dos casos.

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27
Q

Quais são as formas clínicas menos frequentes da AIJ?

A

A forma sistêmica (10–20% dos casos) e a poliartricular (30–35%).

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28
Q

Em que faixa etária a AIJ costuma se manifestar?

A

Antes dos 16 anos de idade (critério diagnóstico), com pico entre 1 e 3 anos nas formas oligoarticulares.

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29
Q

Quais alelos HLA estão associados a maior risco de AIJ?

A

HLA-DR8: forma oligoarticular

HLA-DR4: forma poliartricular

HLA-B27: AIJ associada à entesite

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30
Q

Quais agentes infecciosos podem funcionar como gatilhos da AIJ?

A

Parvovírus B19, rubéola, Epstein-Barr, influenza, Chlamydia e Mycoplasma pneumoniae.

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31
Q

Qual a possível relação entre uso de antibióticos e AIJ?

A

Pode alterar a microbiota intestinal e desregular o sistema imune, favorecendo o desenvolvimento da AIJ.

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32
Q

Qual é a base da principal teoria fisiopatogênica da AIJ?

A

Exacerbação da resposta imune mediada por linfócitos T, com produção aumentada de citocinas inflamatórias (ex: TNF-α, IL-1, IL-6, IL-18).

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33
Q

Como ocorre o processo inflamatório nas articulações?

A

Linfócitos T hiperativos infiltram as articulações, levando à sinovite crônica, com formação de pannus e destruição progressiva da cartilagem e osso.

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34
Q

Qual o papel das citocinas pró-inflamatórias na AIJ?

A

Elas participam tanto da resposta imune celular (Th1) quanto humoral, amplificando a inflamação articular.

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35
Q

Como é definida a artrite na Artrite Idiopática Juvenil?

A

Presença de derrame sinovial ou pelo menos 2 dos seguintes:

Redução da amplitude de movimento

Dor à mobilização articular

Aumento da temperatura local

Eritema articular

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36
Q

Qual manifestação comum ocorre após períodos de repouso na AIJ?

A

Rigidez matinal ou noturna, especialmente em processos inflamatórios articulares.

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37
Q

Quais sinais de artrite inflamatória podem ser observados em crianças pequenas?
5

A

Irritabilidade, recusa a andar, posturas antálgicas e atraso no crescimento.

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38
Q

Como a artrite crônica em grandes articulações pode afetar o crescimento?

A

Pode acelerar o crescimento linear do osso, causando assimetria no tamanho dos membros.

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39
Q

Qual articulação está frequentemente envolvida com risco de assimetria de membros?

A

O joelho, devido ao seu papel no crescimento ósseo.

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40
Q

Quais são os sintomas articulares típicos da AIJ?

A

Dor articular, edema, calor local, limitação de movimento e rigidez articular.

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41
Q

Qual é a forma mais frequente e com melhor prognóstico da AIJ?

A

Oligoarticular, com 2 a 4 articulações acometidas e início antes dos 16 anos.

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42
Q

Qual o perfil epidemiológico típico da AIJ oligoarticular?

A

Mais comum em meninas (3:1) e em crianças menores de 6 anos.

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43
Q

Como costuma ser a distribuição articular na forma oligoarticular?

A

Assimétrica, acometendo preferencialmente membros inferiores (joelhos e tornozelos).

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44
Q

Qual complicação ocular importante pode ocorrer na AIJ oligoarticular?

A

Uveíte anterior crônica assintomática, que pode causar cegueira se não diagnosticada

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45
Q

. Quais são os fatores de risco para uveíte crônica na AIJ?

A

Sexo feminino

Início da AIJ antes dos 6 anos

FAN (fator antinuclear) positivo

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46
Q

O que caracteriza a oligoartrite estendida?

A

Mais de 4 articulações acometidas após 6 meses de doença — tem pior prognóstico.

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47
Q

Quando se fala em oligoartrite persistente?

A

Quando nunca ultrapassa 4 articulações — geralmente evolui bem e pode entrar em remissão espontânea.

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48
Q

Quais alterações laboratoriais são comuns na AIJ?

A

Elevação de PCR e VHS

Anemia normocítica e normocrômica (anemia de doença crônica)

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49
Q

Como se comporta o fator reumatoide na AIJ?

A

Negativo na maioria dos casos, especialmente na forma oligoarticular.

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50
Q

. Qual é a importância do FAN na AIJ?

A

FAN positivo em 65–85% dos casos, especialmente na forma oligoarticular, aumentando o risco de uveíte crônica.

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51
Q

Quais são os principais diagnósticos diferenciais da AIJ?

A

Artrite séptica

Hemartrose

Sarcoidose

Sinovite vilonodular

Lipomatose arborescente

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52
Q

Quando suspeitar de outro diagnóstico além de AIJ?

A

Na presença de febre persistente, sinais sistêmicos atípicos, ou ausência de resposta ao tratamento padrão.

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53
Q

O que caracteriza a forma poliarticular da AIJ?

A

Artrite crônica que acomete mais de 5 articulações nos primeiros 6 meses de doença.

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54
Q

Quais são as subdivisões da AIJ poliarticular?

A

Fator reumatoide positivo (soropositiva)

Fator reumatoide negativo (soronegativa)

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55
Q

Qual o perfil típico da AIJ poliarticular FR positivo?

A

Mais comum em meninas entre 9 e 11 anos.

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56
Q

Qual é o critério laboratorial para confirmar AIJ com FR positivo?

A

Fator reumatoide deve ser positivo em pelo menos 2 exames, com intervalo mínimo de 3 meses.

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57
Q

Qual o prognóstico da AIJ poliarticular com FR positivo?

A

Pior prognóstico, mais agressiva, semelhante à artrite reumatoide do adulto.

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58
Q

Quais são as manifestações gerais da AIJ poliarticular?
5

A

Anorexia, febre baixa, emagrecimento, linfadenomegalia, hepatoesplenomegalia e redução da velocidade de crescimento.

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59
Q

Como é a distribuição articular na AIJ poliarticular?

A

Poliartrite simétrica envolvendo grandes e pequenas articulações dos membros superiores e inferiores.

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60
Q

Qual risco cervical importante existe na AIJ poliarticular?

A

Subluxação atlantoaxial, que pode levar à tetraplegia.

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61
Q

Quais são as articulações mais acometidas?

A

Punhos, metacarpofalângicas, interfalângicas proximais, metatarsofalângicas, joelhos, cotovelos, tornozelos e quadris.

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62
Q

A AIJ poliarticular pode evoluir de forma semelhante a qual doença do adulto?

A

À artrite reumatoide, especialmente na forma com fator reumatoide positivo.

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63
Q

Quais manifestações extra-articulares podem ocorrer? FR+

A

Nódulos subcutâneos (mais comum), vasculite e fibrose pulmonar — semelhantes à artrite reumatoide.

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64
Q

Quais são os principais diagnósticos diferenciais da AIJ poliarticular?

A

LES

Doença mista do tecido conjuntivo

Vasculites

Infecções e malignidades

Doenças inflamatórias intestinais

Doenças metabólicas/genéticas

Sarcoidose

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65
Q

Quais exames laboratoriais podem estar alterados na AIJ poliarticular?

A

PCR e VHS aumentados

Anemia de doença crônica

Leucocitose e plaquetose

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66
Q

Como se comporta o fator reumatoide (FR) nessa forma de AIJ?

A

Geralmente positivo na forma poliarticular FR+, sendo critério diagnóstico.

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67
Q

Qual a importância do Anti-CCP na AIJ poliarticular?

A

Pode estar positivo em 57–90% dos casos e indica prognóstico mais grave, com chance de artrite erosiva.

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68
Q

O que indica FAN positivo na AIJ poliarticular FR+?

A

Associação com menor taxa de remissão, maior risco de artrite erosiva e limitação funcional.

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69
Q

Qual combinação laboratorial sugere pior prognóstico na AIJ poliarticular?

A

FR +, Anti-CCP + e FAN + → indicam forma mais agressiva e com mais sequelas funcionais.

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70
Q

Qual o critério diagnóstico da AIJ poliarticular FR negativo?

A

Acometimento de 5 ou mais articulações nos primeiros 6 meses de doença com fator reumatoide persistentemente negativo.

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71
Q

Qual o perfil epidemiológico da AIJ poliarticular FR negativo?

A

Mais comum em meninas (4:1), com dois picos de incidência: 1–3 anos e 9–14 anos.

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72
Q

Como costuma ser o início da forma FR negativa?

A

Insidioso e aditivo, com tendência à recorrência na vida adulta.

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73
Q

Quais articulações são mais acometidas?

A

Pequenas articulações de mãos e pés, além de punhos, tornozelos, joelhos e cotovelos — com rigidez matinal ou após repouso.

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74
Q

Como é a apresentação inflamatória típica?

A

Pode haver aumento de volume e calor local, geralmente sem hiperemia articular visível.

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75
Q

Qual articulação tem envolvimento frequente e impacto no crescimento facial?

A

Temporomandibulares — podem evoluir com hipodesenvolvimento da mandíbula (micrognatia).

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76
Q

Qual é o padrão de acometimento dos ombros e coluna cervical na AIJ? FR

A

Acometimento é tardio, geralmente nas fases mais avançadas da doença.

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77
Q

As manifestações sistêmicas são comuns na AIJ poliarticular FR negativo?

A

Não. São pouco frequentes nessa forma.

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78
Q

Qual é a manifestação extra-articular mais comum na AIJ e com que marcador está associada?

A

Uveíte anterior crônica assintomática, associada ao FAN positivo.

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79
Q

Qual o perfil do fenótipo de início tardio na AIJ poliarticular?

A

Poliartrite simétrica, início tardio, provas inflamatórias elevadas, FAN negativo e prognóstico variável.

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80
Q

Como se apresenta o fenótipo de início precoce com FAN positivo?

A

Poliartrite assimétrica, início precoce, provas inflamatórias normais ou pouco alteradas, e forte associação com FAN positivo (↑ risco de uveíte).

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81
Q

O que caracteriza a “sinovite seca” e qual é seu desafio diagnóstico?

A

Poliartrite com pouca efusão articular, sem marcadores inflamatórios, com rigidez, contraturas articulares e pouca resposta ao tratamento. Pode simular doenças genéticas/metabólicas como doença de Faber e mucopolissacaridoses.

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82
Q

Quais exames laboratoriais podem estar alterados na AIJ FR negativa?

A

PCR/VHS elevados, anemia de doença crônica, leucocitose e plaquetose.

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83
Q

Como se comporta o FAN na AIJ FR negativa?

A

FAN é positivo em cerca de 50% dos casos e está associado a maior risco de uveíte.

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84
Q

O fator reumatoide costuma ser positivo na AIJ FR negativa?

A

Não. O fator reumatoide permanece negativo.

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85
Q

Quais os principais diagnósticos diferenciais da AIJ?

A

LES, doenças do tecido conjuntivo, vasculites, infecções, malignidades, DII, doenças metabólicas/genéticas e sarcoidose.

86
Q

Quais são os critérios diagnósticos da Artrite Psoriásica Juvenil?

A

Artrite antes dos 16 anos com duração > 6 semanas, associada a psoríase ou pelo menos 2 dos seguintes:

Dactilite

Depressões ungueais (pitting)

Onicólise

Psoríase em parente de 1º grau

87
Q

Qual o sexo mais acometido pela Artrite Psoriásica Juvenil?

A

Mais comum em meninas.

88
Q

. Como é a distribuição etária da Artrite Psoriásica Juvenil?

A

Distribuição bifásica:

Pico precoce entre 2–4 anos

Pico tardio entre 9–16 anos

89
Q

Quais articulações são frequentemente acometidas na Artrite Psoriásica Juvenil?

A

Punhos e pequenas articulações (especialmente as interfalângicas distais).

90
Q

Qual manifestação clínica sugere fortemente o diagnóstico? Psoríase

A

Dactilite (dedo em salsicha) e acometimento de articulações interfalângicas distais.

91
Q

A Artrite Psoriásica Juvenil pode simular qual outro subtipo?

A

Pode evoluir como poliartrite soropositiva, semelhante à artrite reumatoide juvenil.

92
Q

Quais alterações laboratoriais podem ser vistas na Artrite Psoriásica Juvenil?

A

Elevação de PCR/VHS, anemia de doença crônica, leucocitose e plaquetose.

93
Q

O FAN costuma estar presente na Artrite Psoriásica Juvenil?

A

Sim, pode estar positivo em baixos títulos em 60% dos pacientes mais jovens e em 30% dos mais velhos.

94
Q

Como se comportam o fator reumatoide (FR) e anti-CCP na Artrite Psoriásica Juvenil?

A

Ambos geralmente negativos.

95
Q

Qual o perfil epidemiológico típico da AIJ relacionada à entesite?

A

Acomete predominantemente meninos (7:1) maiores de 6 anos de idade.

96
Q

O que é entesite e quais locais são mais acometidos?

A

Inflamação nas enteses (inserção de tendões e ligamentos), especialmente em:

Tendão de Aquiles

Fáscia plantar

Região tarsal

97
Q

Qual o padrão articular típico dessa forma de AIJ? Associada a entesite

A

Artrite e entesite assimétricas dos membros inferiores, com possível acometimento das sacroilíacas e da coluna.

98
Q

Como é o quadro clínico articular na entesite?

A

Oligoartrite, geralmente leve e autolimitada, podendo envolver sacroilíacas e coluna vertebral em casos mais graves.

99
Q

Quais manifestações extra-articulares podem estar presentes? Associada à entesite

A

Uveíte anterior aguda sintomática (< 3 meses): dor, fotofobia, hiperemia

Insuficiência aórtica ou mitral

Pneumopatia intersticial

Nefropatia por IgA

Luxação atlantoaxial

100
Q

Qual é a diferença da uveíte nessa forma em relação à AIJ oligoarticular?Associada à entesite

A

Na entesite, a uveíte é aguda, sintomática e de início rápido, ao contrário da forma crônica e assintomática da AIJ oligoarticular.

101
Q

Como costuma ser o hemograma na AIJ relacionada à entesite?

A

Pode mostrar anemia de doença crônica leve, com plaquetas e leucócitos normais.

102
Q

Como se comportam PCR e VHS nessa forma de AIJ entesite ?

103
Q

Qual alteração imunológica está frequentemente associada? entesite

A

Deficiência seletiva de IgA.

104
Q

. Qual marcador genético está associado à entesite e ao risco de uveít anterioir aguda

A

HLA-B27, presente em 60–80% dos casos — aumenta o risco de uveíte anterior aguda.

105
Q

Fator reumatoide e FAN são positivos nessa forma de AIJ? entesite

A

Não. Ambos são negativos.

106
Q

Qual é o perfil epidemiológico da AIJ sistêmica?

A

Sem predomínio de sexo e pode surgir em qualquer idade na infância. 40% dos casos têm curso monocíclico e remissão completa.

107
Q

A AIJ sistêmica é mais autoimune ou autoinflamatória?

A

É predominantemente uma doença autoinflamatória, com ativação da imunidade inata (macrófagos, monócitos).

108
Q

Quais citocinas estão mais envolvidas na fisiopatologia da AIJ sistêmica?

A

IL-1 e IL-6.

109
Q

Qual é a tríade clássica da AIJ sistêmica?

A

Artrite + febre + acometimento visceral.

110
Q

Como é a febre característica da AIJ sistêmica?

A

Febre vespertina, intermitente, com um ou dois picos diários, por mais de 2 semanas, documentada como diária por pelo menos 3 dias consecutivos.

111
Q

Como é o rash típico da AIJ sistêmica?

A

Rash evanescente, róseo-salmão, não pruriginoso, que surge com o pico febril e pode ter fenômeno de Koebner (induzido por trauma leve na pele).

112
Q

Quais articulações são mais acometidas na AIJ sistêmica?

A

Grandes articulações: joelhos, tornozelos, punhos, cotovelos e ombros — mas pequenas articulações também podem ser afetadas.

113
Q

O que pode precipitar o rash típico da AIJ sistêmica?

A

Banho quente e estresse.

114
Q

Quais são as manifestações viscerais comuns na AIJ sistêmica?

A

Hepatoesplenomegalia, linfadenopatia generalizada e serosite (pericardite mais comum, podendo evoluir para tamponamento cardíaco).

115
Q

Qual complicação grave pode surgir em até 40% dos casos de AIJ sistêmica?

A

Síndrome de Ativação Macrofágica (SAM) — complicação inflamatória grave e potencialmente fatal.

116
Q

Quais regiões costumam ser poupadas pelo rash da AIJ sistêmica?

A

Face e regiões palmo-plantares, que raramente são acometidas.

117
Q

Que tipo de envolvimento pulmonar pode ocorrer na AIJ sistêmica?

A

Hipertensão pulmonar, doença pulmonar intersticial e proteinose alveolar — formas graves e recentemente associadas.

118
Q

Quais exames laboratoriais estão tipicamente elevados na AIJ sistêmica?

A

PCR, VHS e ferritina — esta última pode estar extremamente aumentada.

119
Q

Como costuma ser o hemograma na AIJ sistêmica?

A

Anemia de doença crônica, leucocitose com neutrofilia e plaquetose.

120
Q

Como se comportam FAN e fator reumatoide na AIJ sistêmica?

A

Geralmente negativos.

121
Q

Que outro achado imunológico pode ser observado? AIj sit

A

Hipergamaglobulinemia policlonal.

122
Q

Quais os principais diagnósticos diferenciais infecciosos da AIJ sistêmica?
5

A

Sepse, endocardite, brucelose, febre tifóide, leishmaniose, infecções virais e doença da arranhadura do gato.

123
Q

Que doenças não infecciosas devem ser consideradas como diferenciais da AIJ sistêmica?

A

Leucemias, linfomas, neuroblastoma, febre reumática, LES, dermatomiosite, sarcoidose, DII e síndromes autoinflamatórias (ex: febre mediterrânea familiar).

124
Q

O que é a Síndrome de Ativação Macrofágica (SAM)?

A

Complicação inflamatória grave, causada por uma resposta imune descontrolada com ativação intensa de linfócitos T e macrófagos → leva à liberação maciça de citocinas (tempestade de citocinas).

125
Q

Qual o evento celular central na SAM?

A

Hemofagocitose — macrófagos fagocitam elementos figurados do sangue (hemácias, leucócitos, plaquetas).

126
Q

Quais sinais laboratoriais são típicos da SAM?

A

Pancitopenia profunda: anemia, leucopenia e plaquetopenia súbitas.

127
Q

Quais sintomas clínicos podem indicar SAM?

A

Fadiga, infecções frequentes e sangramentos — decorrentes da pancitopenia.

128
Q

Qual é o padrão-ouro para diagnóstico da SAM?

A

Aspirado de medula óssea (mielograma) mostrando hemofagocitose (macrófagos com hemácias em seu interior).

129
Q

Quais exames laboratoriais podem estar alterados na SAM?

A

Ferritina, TGO, TGP, DHL, D-dímero, triglicerídeos, PCR

Pancitopenia no hemograma.

130
Q

Quais os critérios diagnósticos para SAM em pacientes com AIJ sistêmica?

A

Ferritina > 684 ng/mL + pelo menos 2 dos seguintes:

Plaquetas ≤ 181 x10⁹/L

Triglicerídeos ≥ 156 mg/dL

Fibrinogênio ≤ 360 mg/dL

TGO (AST) ≥ 48 U/L

131
Q

Quais são as manifestações clínicas comuns da SAM?

A

Febre alta persistente

Hepatoesplenomegalia

Linfadenopatia generalizada

Disfunção do SNC

Manifestações hemorrágicas

132
Q

. O que justifica a presença de manifestações hemorrágicas na SAM?

A

A pancitopenia, especialmente com plaquetopenia, que aumenta o risco de sangramentos.

133
Q

Qual outro achado laboratorial comum na SAM relacionado à inflamação?

A

Fibrinogênio baixo, mesmo com VHS inicialmente elevado.

134
Q

Quais achados ao raio-X podem sugerir AIJ?

A

Aumento de partes moles

Osteopenia periarticular

Reação periosteal (periostite)

Redução do espaço articular

Erosões ósseas marginais (com sinovite persistente)

135
Q

Quais alterações ósseas tardias podem ser vistas na AIJ?

A

Cistos ósseos e anquilose.

136
Q

Como é o acometimento cervical visualizado no raio-X em AIJ?

A

Fusão das articulações apofisárias, especialmente em C2 e C3 (coluna cervical alta).

137
Q

Qual a utilidade da ultrassonografia na AIJ?

A

Identifica sinovite subclínica e diferencia entre comprometimento tendíneo e articular.

138
Q

Por que a ressonância magnética (RM) é mais sensível que o raio-X na AIJ?

A

Detecta sinovite precoce, além de dano cartilaginoso e lesões ósseas iniciais.

139
Q

Quando a RM é preferida na investigação da AIJ?

A

Quando há suspeita precoce de artrite ou para avaliação detalhada de danos estruturais.

140
Q

Qual é o objetivo do tratamento da AIJ?

A

Remissão total das manifestações clínicas, funcionais e laboratoriais da doença.

141
Q

Quais são os pilares do tratamento multidisciplinar da AIJ?

A

Tratamento farmacológico, fisioterapia, terapia ocupacional, suporte psicológico e avaliação clínica contínua.

142
Q

O que é a ferramenta JADAS e para que serve?

A

Índice composto que avalia:

N° de articulações com artrite ativa

PCR/VHS

Avaliação global do médico e do paciente/responsável
Usado para monitorar atividade da doença.

143
Q

Quais AINEs são usados na AIJ e suas doses habituais?

A

AAS: 100 mg/kg/dia

Ibuprofeno: 50 mg/kg/dia

Naproxeno: 10 mg/kg/dia

144
Q

Quais são as indicações gerais de corticoide na AIJ?

A

Casos de uveíte, artrite grave, manifestações sistêmicas e enquanto se aguarda ação de fármaco modificador da doença.

145
Q

Qual a dose e tempo de uso recomendado para corticoide oral na AIJ?

A

Prednisona 0,5–1 mg/kg/dia, preferencialmente por tempo limitado (< 3 meses).

146
Q

Quando indicar pulsoterapia com metilprednisolona EV?

A

Em casos graves, como síndrome de ativação macrofágica ou pericardite/miocardite intensa — 30 mg/kg/dia por 3 dias.

147
Q

. Qual a dose usual de prednisona na AIJ?

A

0,5 – 1 mg/kg/dia, preferencialmente por curto período.

148
Q

Em que contexto o corticoide oral pode ser usado temporariamente?

A

Enquanto se aguarda o início de ação de fármaco modificador (ex: metotrexato) — usar por até 3 meses (Prednisona 0,2 – 0,5 mg/kg/dia).

149
Q

Quais são as indicações clínicas para corticoide oral na AIJ?

A

Artrite grave e incapacitante

Manifestações sistêmicas (anemia intensa, pericardite, miocardite)

Febre não responsiva a AINEs

SAM

Uveíte anterior crônica refratária

150
Q

O que é a pulsoterapia e quando é indicada?

A

Uso de metilprednisolona 30 mg/kg/dia por 3 dias consecutivos, em casos graves, como SAM ou miocardite.

151
Q

Qual o cuidado principal no uso prolongado de corticoides na AIJ?

A

Evitar uso contínuo devido a efeitos adversos (retardo do crescimento, osteoporose, infecções).

152
Q

Qual é o FAME de primeira escolha na AIJ poliarticular e oligoarticular persistente?

A

Metotrexato, por sua eficácia, segurança e custo-benefício. Menor eficácia na AIJ associada à entesite.

153
Q

Qual é a dose usual e o tempo esperado para resposta clínica do metotrexato?

A

0,4 – 1 mg/kg/semana (via oral ou subcutânea). O efeito terapêutico geralmente ocorre após 6–8 semanas.

154
Q

Por que se associa ácido fólico ao metotrexato?

A

Para reduzir efeitos colaterais como anemia megaloblástica, náuseas e estomatite (ulceração oral), mantendo o benefício terapêutico.

155
Q

Quais são os principais efeitos adversos do metotrexato?
5

A

Aumento de transaminases (hepatotoxicidade)

Náuseas, estomatite

Supressão medular (menos comum)

→ Monitorar: função hepática e hemograma regularmente.

156
Q

Em quais situações clínicas se indica aumentar a dose do metotrexato?

A

Sinovite persistente

Envolvimento de articulações grandes (joelho, quadril)

Presença de FR positivo ou erosões ósseas

Ausência de resposta clínica após tempo adequado

157
Q

Qual o papel da leflunomida na AIJ e qual a dose usual?

A

É uma alternativa ao metotrexato, usada especialmente em crianças com > 40 kg na dose de 20 mg/dia em dias alternados.
Efeitos adversos: diarreia, dor abdominal, rash, aumento de transaminases, alopecia.

158
Q

Quando utilizar a sulfassalazina e quais são seus principais efeitos adversos?

A

Indicada na AIJ relacionada à entesite.
Efeitos adversos: rash cutâneo, anorexia, dor abdominal, leucopenia.

159
Q

Qual é a indicação principal da ciclosporina na AIJ e como é utilizada?

A

Usada em casos refratários, como:

Uveíte anterior crônica não responsiva

Síndrome de Ativação Macrofágica (SAM)
Dose: 3 mg/kg/dia.
Efeitos adversos: hipertensão arterial, hirsutismo, hiperplasia gengival, toxicidade renal.

160
Q

. Quais cuidados gerais devem ser tomados com os FAMEs sintéticos?

A

Monitorização laboratorial (função hepática, renal e hemograma)

Avaliação clínica contínua de eficácia e segurança

Considerar troca de medicação em caso de falha ou efeitos adversos intoleráveis

161
Q

Quando estão indicados os agentes biológicos no tratamento da AIJ?

A

Falta de resposta a FAMEs sintéticos (ex: metotrexato em dose máxima) por ≥ 3 meses

Intolerância ou contraindicação a fármacos sintéticos

Casos de corticorresistência ou corticodependência

162
Q

Quais são os critérios de corticodependência ou resistência para indicação de biológico?

A

Necessidade contínua de corticoides para controle da doença

Falha terapêutica mesmo com uso adequado de corticoides (oral, intra-articular ou pulsoterapia)

163
Q

Quais biológicos são preferidos em casos de uveíte anterior crônica resistente?

A

Adalimumabe e Infliximabe — ambos anti-TNF, com eficácia comprovada na uveíte associada à AIJ, especialmente em FAN+

164
Q

Quando considerar agente biológico em AIJ associada à entesite?

A

Nos casos com comprometimento axial (coluna e sacroilíacas), especialmente quando há dor lombar inflamatória persistente e falha a AINEs/FAMEs.

165
Q

Qual é o papel dos agentes biológicos na preservação funcional na AIJ?

A

Reduzem progressão da destruição articular, controlam inflamação refratária e evitam sequelas como limitação de movimento e erosões.

166
Q

Quais precauções devem ser tomadas antes de iniciar biológicos?

A

Screening para tuberculose latente

Sorologias para hepatites B e C

Atualização vacinal (preferência por vacinas inativadas)

Avaliação de risco infeccioso

167
Q

Quais infecções contraindicam o uso de biológicos na AIJ?

A

Infecções agudas ativas

Infecções crônicas ou de repetição, como infecções respiratórias recorrentes ou bacterianas mal resolvidas.

168
Q

O que fazer diante de um teste de Mantoux (PPD) positivo ou história de tuberculose em paciente não tratado?

A

Contraindica temporariamente o uso de biológicos. É necessário tratar a tuberculose latente antes de iniciar o imunobiológico.

169
Q

Qual a recomendação vacinal antes do início dos biológicos?

A

Evitar uso de vacinas de vírus vivos nas últimas 3 semanas a 3 meses. Idealmente, atualizar o calendário vacinal antes do início da terapia.

170
Q

Como manejar pacientes com história de neoplasia recente?

A

Biológicos são contraindicados em neoplasia ativa ou ocorrida há menos de 5 anos, pelo risco de reativação ou progressão tumoral.

171
Q

Qual alternativa considerar em pacientes com esclerose múltipla?

A

Evitar agentes anti-TNF (risco de desmielinização). Optar por Rituximabe, que tem menor risco nesse contexto.

172
Q

Qual é o principal grupo de biológicos usado na AIJ e com que medicação costuma ser associado?

A

Anti-TNF (fator de necrose tumoral alfa), geralmente usados em associação com metotrexato (MTX) para maior eficácia.

173
Q

Quais são os principais efeitos adversos dos anti-TNF?

A

Infecções (como tuberculose)

Doenças autoimunes e desmielinizantes

Neoplasias

Reações locais

Desenvolvimento de FAN e anti-DNA
➡️ Triagem obrigatória para tuberculose antes de iniciar o tratamento.

174
Q

. Qual é a indicação principal do Etanercepte na AIJ?

A

AIJ poliarticular, oligoarticular estendida

A partir de 2 anos

Não é eficaz em uveíte e não é indicado na forma sistêmica

175
Q

. Qual é a posologia do Etanercepte na AIJ?

A

0,8 mg/kg/semana SC, dose máxima 50 mg.

176
Q

Quais as indicações do Adalimumabe na AIJ?

A

AIJ poliarticular, oligoarticular estendida, relacionada à entesite

Casos de uveíte associada à AIJ

A partir dos 2 anos de idade

177
Q

Qual é o esquema de dose do Adalimumabe em crianças?

A

SC a cada 2 semanas:

24 mg/m²

Dose ajustada ao peso (40 mg ou 20 mg)

178
Q

Em que pacientes é usado o Infliximabe na AIJ?

A

A partir de 6 anos, em:

AIJ poliarticular e oligoarticular estendida

Artrite associada à entesite

Uveíte resistente

179
Q

Qual é a posologia do Infliximabe?

A

5 mg/kg/dose IV nos dias 0, 15, 42, e depois a cada 6 a 8 semanas.

180
Q

Qual anti-TNF não é indicado em casos com uveíte associada à AIJ?

A

Etanercepte — não tem eficácia comprovada na uveíte, ao contrário de Adalimumabe e Infliximabe.

181
Q

Em que contexto os anti-IL-1 são indicados na AIJ?

A

Principalmente na AIJ sistêmica, já que a fisiopatologia envolve citocinas da imunidade inata, como IL-1 e IL-6.

182
Q

Qual a posologia e via de administração do Anakinra?

A

1–2 mg/kg/dia, aplicado diariamente por via subcutânea (SC).

183
Q

Quais os principais efeitos adversos do Anakinra?

A

Reação local com dor e queimação no local da injeção — geralmente transitória, mas pode comprometer adesão.

184
Q

Qual a idade mínima e posologia do Canaquinumabe na AIJ?

A

Indicado a partir dos 4 anos, com dose de 2 a 4 mg/kg aplicados mensalmente por via SC.

185
Q

Qual vantagem prática do Canaquinumabe em relação ao Anakinra?

A

Menor frequência de aplicação (1x por mês), o que melhora a adesão e reduz desconforto com injeções diárias.

186
Q

Qual o papel da inibição de IL-6 na AIJ?

A

A IL-6 atua em linfócitos T e B, macrófagos e osteoclastos, sendo importante na inflamação e destruição óssea.
O bloqueio da IL-6 com Tocilizumabe é eficaz na AIJ sistêmica e poliarticular.

187
Q

A partir de que idade o Tocilizumabe pode ser utilizado?

A

Pode ser usado em pacientes com mais de 2 anos de idade.

188
Q

Qual a posologia do Tocilizumabe na AIJ?

A

8 mg/kg/dose para pacientes com ≥ 30 kg

12 mg/kg/dose se < 30 kg

Aplicação:

Quinzenalmente na forma sistêmica

Mensalmente na forma poliarticular

189
Q

Quais os efeitos adversos do Tocilizumabe?

A

Neutropenia

Aumento de transaminases

Dislipidemia (alteração de colesterol)

190
Q

Qual é o mecanismo de ação do Rituximabe?

A

É um anticorpo monoclonal anti-CD20 que depleta linfócitos B maduros, interferindo na produção de autoanticorpos.

191
Q

Quando o Rituximabe é utilizado na AIJ?

A

Restrito a maiores de 18 anos

Utilizado em casos refratários, especialmente em pacientes com FR positivo

192
Q

Qual o esquema de dose do Rituximabe na AIJ?

A

750 mg/m² (máx. 1 g) em duas doses com intervalo de 15 dias, repetidas a cada 6 meses conforme avaliação.

193
Q

Qual o mecanismo de ação do Abatacepte?

A

É um bloqueador da coestimulação, que interfere na ligação do CD80/CD86 com CD28 nas células T ativadas, reduzindo a resposta inflamatória.

194
Q

Quais são as indicações do Abatacepte na AIJ?

A

AIJ poliarticular, com ou sem fator reumatoide positivo

A partir dos 6 anos de idade

195
Q

. Qual a dose e via de administração do Abatacepte?

A

10 mg/kg por via intravenosa mensal.

196
Q

Quais os principais efeitos adversos do Abatacepte?

A

Reações leves à infusão: vertigem, náuseas, cefaleia

Raramente: hipotensão ou hipersensibilidade

Mais comum: infecções leves

197
Q

Qual o mecanismo de ação do Secuquinumabe e suas indicações na AIJ?

A

É um inibidor de IL-17, indicado para:

Crianças > 2 anos com artrite psoriásica

Crianças > 4 anos com artrite relacionada à entesite

198
Q

Em que contexto o Secuquinumabe é preferido?

A

Quando há falha de anti-TNF ou contraindicação ao seu uso, especialmente em formas entésicas ou psoriásicas resistentes.

199
Q

. O que são os critérios de Wallace e qual seu objetivo?

A

Conjunto de critérios utilizados para definir doença inativa em pacientes com AIJ, padronizando o controle da atividade da doença.

200
Q

Quais são os critérios de Wallace para definir doença inativa na AIJ?

A

Ausência de artrite ativa

Ausência de manifestações sistêmicas

Ausência de uveíte ativa

PCR e VHS normais

Avaliação global do médico indicando doença inativa

Rigidez matinal ≤ 15 minutos

201
Q

O que é considerado remissão com medicação na AIJ?

A

Quando o paciente permanece com doença inativa por pelo menos 6 meses, ainda em uso de medicações.

202
Q

O que caracteriza remissão sem medicação?

A

Quando o paciente permanece sem atividade de doença por 1 ano ou mais, sem uso de qualquer medicamento.

203
Q

Existe consenso sobre o tempo ideal de manutenção da medicação após remissão?

A

Não. O tempo ideal de suspensão da medicação ainda é controverso na literatura e deve ser individualizado.

204
Q

Qual é a evidência relacionada ao uso de metotrexato após atingir remissão?

A

Crianças em uso de MTX tendem a manter remissão quando o medicamento é mantido por pelo menos 1 ano após confirmação de inatividade clínica e laboratorial.

205
Q

Qual é a importância clínica da rigidez matinal na definição de remissão?

A

A presença de rigidez matinal ≤ 15 minutos é um dos indicadores objetivos de controle da doença articular na AIJ.

206
Q

Quais são os principais fatores clínicos associados a pior prognóstico na AIJ?

A

Idade precoce de início

Artrite simétrica

Envolvimento precoce de punhos e quadris

207
Q

Como o padrão articular influencia o prognóstico da AIJ?

A

A presença de artrite simétrica e de artrite persistente ao longo do tempo indica maior risco de dano articular irreversível.

208
Q

. Por que o envolvimento precoce de punhos e quadris é preocupante?

A

Essas articulações estão associadas a maior risco de erosões, limitação funcional e destruição articular precoce.

209
Q

Qual é o impacto do fator reumatoide positivo no prognóstico da AIJ?

A

A detecção do FR indica doença mais agressiva, semelhante à artrite reumatoide do adulto, com pior resposta a tratamento e mais erosões.

210
Q

Que alterações radiográficas estão associadas a pior evolução?

A

A presença de erosões precoces e diminuição do espaço articular indica dano estrutural já instalado.

211
Q

Como a forma sistêmica da AIJ influencia o prognóstico?

A

A AIJ de início sistêmico está relacionada a complicações graves, como síndrome de ativação macrofágica e comprometimento visceral persistente.

212
Q

Quais distúrbios de crescimento podem ocorrer em crianças com AIJ?

A

Hipercrescimento (associado à hiperemia inflamatória local)

Hipocrescimento (por lesão do centro de crescimento ou fusão precoce das placas epifisárias)
➡️ Isso pode causar assimetria entre os membros e deformidades ósseas.