FEBRE REUMÁTICA Flashcards

1
Q

Quais são os principais órgãos e tecidos acometidos pela febre reumática?

A

Articulações, coração, sistema nervoso central (SNC), pele e tecido subcutâneo.

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2
Q

O que é a febre reumática e qual a sua causa principal?

A

A febre reumática é uma complicação não supurativa da faringoamigdalite causada pelo Streptococcus pyogenes (estreptococo beta-hemolítico do grupo A), resultando de uma resposta imune tardia.

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3
Q

Qual é a manifestação mais temível da febre reumática?

A

A cardite, que pode levar a sequelas crônicas e deformidades nas valvas cardíacas, aumentando a morbimortalidade infantil.

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4
Q

Qual a relação entre febre reumática e artrite idiopática juvenil (AIJ)?

A

A febre reumática é a doença reumatológica mais comum em crianças, enquanto a artrite idiopática juvenil é a principal causa de artrite crônica infantil.

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5
Q

Qual é o período de latência entre a infecção por S. pyogenes e o surgimento da febre reumática?

A

De 2 a 3 semanas, período no qual o paciente permanece assintomático.

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6
Q

Quais são os quatro grupos de doenças a considerar em um quadro reumatológico pediátrico?

A

Doença reumatológica, infecções, doenças endócrino-metabólicas e neoplasias.

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7
Q

Por que a febre reumática não leva à cronicidade, mas a cardite sim?

A

A febre reumática é autolimitada, mas a cardite pode resultar em deformidades valvares permanentes, gerando cardiopatia reumática crônica.

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8
Q

Quais os principais diagnósticos diferenciais a serem avaliados para febre reumática em crianças?

A

Doenças endócrinas, neoplásicas e hematológicas.

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9
Q

Qual infecção é necessária para o desenvolvimento da febre reumática?

A

Faringoamigdalite ou impetigo causado pelo estreptococo do grupo A.

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10
Q

Quais são os principais fatores ambientais associados ao desenvolvimento da febre reumática?

A

Pobreza, aglomeração familiar, moradias urbanas e rurais, e acesso precário à assistência médica.

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11
Q

Quais sorotipos do estreptococo do grupo A estão mais associados à febre reumática?

A

Sorotipos M3 e M18 e colônias do tipo mucoide.

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12
Q

Quais fatores genéticos influenciam a susceptibilidade à febre reumática?

A

HLA-DR 4,2,1,3,7 e polimorfismos de genes do sistema imune.

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13
Q

Qual o principal mecanismo imunológico envolvido na febre reumática?

A

Resposta imune cruzada humoral e/ou celular contra antígenos do estreptococo, levando à inflamação em órgãos.

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14
Q

Qual a prevalência da febre reumática em países desenvolvidos?

A

É rara devido à melhoria das condições de moradia e assistência médica.

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15
Q

Como a febre reumática se apresenta em países em desenvolvimento?

A

Continua sendo um problema de saúde pública significativo, devido à dificuldade de acesso ao diagnóstico e tratamento.

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16
Q

Qual a situação da febre reumática no Brasil?

A

Há poucos estudos sobre incidência e prevalência, sendo provável que a doença esteja subdiagnosticada.

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17
Q

Quais são os principais fatores de risco para febre reumática?

A

Idade entre 5 e 15 anos e fatores ambientais como pobreza, aglomeração familiar, moradia precária e acesso limitado à assistência médica.

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18
Q

Por que o diagnóstico da cardiopatia reumática crônica (CRC) geralmente ocorre em fase avançada?

A

Devido à baixa disponibilidade de diagnóstico precoce e assistência médica adequada em populações vulneráveis.

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19
Q

Quais são as dificuldades no manejo da cardiopatia reumática crônica em países em desenvolvimento?

A

Acesso limitado a tratamento cirúrgico, profilaxia secundária inadequada e mau monitoramento de anticoagulantes, aumentando o risco de trombose e sangramento

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20
Q

Quais grupos apresentam maior risco de subdiagnóstico da cardiopatia reumática crônica (CRC)?

A

Mulheres, resultando em alta taxa de mortalidade materno-fetal.

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21
Q

Quais fatores podem agravar o espectro da febre reumática e da cardiopatia reumática crônica?

A

O alcoolismo, que pode piorar o prognóstico e dificultar o tratamento.

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22
Q

Que tipo de bactéria é o Streptococcus pyogenes?

A

É uma bactéria Gram-positiva, causadora de faringoamigdalite, impetigo e fasciíte necrosante.

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23
Q

O que significa dizer que o S. pyogenes tem capacidade de “mimetismo molecular”?

A

Ele pode imitar moléculas do hospedeiro para evitar a resposta imune.

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24
Q

Qual é a principal função da cápsula de ácido hialurônico do S. pyogenes?

A

Impedir a fagocitose, tornando a bactéria mais resistente à defesa do hospedeiro.

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25
Q

Quais são as três camadas da parede celular do S. pyogenes?

A

Camada externa (proteína M), camada média (N-acetil-beta-D-glicosamina - NAG) e camada interna (peptidoglicano).

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26
Q

Qual a função da proteína M na virulência do S. pyogenes?

A

É um fator antifagocítico e um superantígeno, capaz de induzir resposta imunológica exacerbada.

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27
Q

Quais são os diferentes tipos de proteína M e suas associações clínicas?

A

A, B e C → infecções de orofaringe.

D → associada a impetigo.

E → grupo “generalista”, encontrado em diversos sítios.

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28
Q

O que caracteriza a camada média da parede celular do S. pyogenes?

A

Contém N-acetil-beta-D-glicosamina (NAG), usada para classificar os diferentes sorotipos do estreptococo.

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29
Q

Qual a composição da camada interna da parede celular do S. pyogenes?

A

Feita de peptidoglicano, conferindo rigidez e formato à bactéria.

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30
Q

Qual a principal característica da suscetibilidade genética à febre reumática?

A

A suscetibilidade é poligênica, envolvendo múltiplos genes.

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31
Q

Quais são os genes mais associados à cardiopatia reumática crônica (CRC)?

A

O alelo HLA DR7 e genes HLA classe II.

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32
Q

Quais antígenos HLA estão associados à suscetibilidade da população brasileira à febre reumática?

A

HLA-DR7 e DRw53.

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33
Q

Quais alelos do gene TNFA estão relacionados à gravidade da febre reumática?

A

308A (associado à lesão mitral mais grave) e 238A (relacionado à cardite leve e lesão de valva aórtica).

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34
Q

Quais são as três fases da febre reumática?

A
  1. Infecção estreptocócica
  2. Fase intermediária assintomática
  3. Fase inflamatória tardia, com ativação do sistema imune e formação de anticorpos.
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35
Q

O que é o mecanismo de reação cruzada na febre reumática?

A

O sistema imune reconhece antígenos humanos como antígenos estreptocócicos, causando resposta inflamatória.

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36
Q

Como ocorre a artrite na febre reumática?

A

A reação contra o ácido hialurônico da cápsula bacteriana causa inflamação na cartilagem e sinóvia.

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37
Q

O que caracteriza a coréia de Sydenham na febre reumática?

A

Inflamação dos núcleos da base e ação dos anticorpos contra a carboidrato NAG nos receptores dopaminérgicos, gerando hipercinesia e movimentos descoordenados

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38
Q

Qual é o principal evento inflamatório na cardite reumática?

A

Infiltração de linfócitos T CD4+ no tecido valvar, com formação dos nódulos de Aschoff.

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39
Q

O que diferencia uma cardite grave de uma cardite mais leve na febre reumática?

A

Cardite grave → resposta inata intensa, inflamação grande, maior chance de sequelas.

Cardite leve → resposta inata equilibrada, ativação tardia da imunidade adaptativa, menor dano valvar.

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40
Q

Quais são os dois tipos de resposta imune envolvidas na febre reumática?

A

Resposta Th1 (Celular) → Associada a cardite grave e sequela valvar.

Resposta Th2 (Humoral) → Relacionada a coréia, cardite leve e artrite.

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41
Q

O que diferencia a resposta Th1 da Th2 na febre reumática?

A

Th1 (celular): Resposta mais intensa, levando a inflamação severa e maior chance de sequelas cardíacas.

Th2 (humoral): Produção de anticorpos tardia, relacionada a manifestações neurológicas como coréia de Sydenham.

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42
Q

Qual é a relação entre a febre reumática e a barreira hematoencefálica?

A

Os autoanticorpos ultrapassam a barreira hematoencefálica e se depositam no núcleo caudado e nos núcleos da base, levando à coréia.

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43
Q

Quais são os dois principais tipos de cardite na febre reumática?

A

Cardite grave: Ocorre em 5% dos casos de coréia e leva a sequelas valvares.

Cardite leve: Presente em 65% dos casos de coréia, menos agressiva e mais associada à resposta Th2.

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44
Q

Quais são as três fases da evolução da febre reumática?

A

1ª fase: Infecção estreptocócica.

2ª fase: Período assintomático.

3ª fase: Resposta autoimune tardia com formação de anticorpos e ativação inflamatória.

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45
Q

Quais fatores contribuem para o desenvolvimento da febre reumática?

A

Cepa reumatogênica do S. pyogenes → Gatilho da doença.

Resposta autoimune → Mimetismo molecular levando à inflamação.

Hospedeiro suscetível → Genética predisposta à doença.

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46
Q

Como a artrite se desenvolve na febre reumática?

A

O ácido hialurônico da cápsula bacteriana sofre reação cruzada com a sinóvia e cartilagem, levando ao depósito de imunocomplexos na membrana sinovial.

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47
Q

Qual o mecanismo da coréia de Sydenham na febre reumática?

A

Anticorpos contra o carboidrato NAG atacam os receptores dopaminérgicos nos núcleos da base, causando aumento da produção de dopamina e provocando os movimentos involuntários.

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48
Q

Como a cardite se desenvolve na febre reumática?

A

Linfócitos T CD4+ infiltram o tecido valvar, promovendo resposta inflamatória com produção de TNF, levando a lesão valvar.

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49
Q

O que são os nódulos de Aschoff e sua importância na febre reumática?

A

São lesões granulomatosas compostas por linfócitos T e macrófagos, típicas da doença cardíaca reumática.

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50
Q

Qual o padrão de artrite na febre reumática?

A

Poliartrite migratória, acometendo grandes articulações (joelhos, tornozelos, punhos e cotovelos).

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51
Q

Quais são as características da artrite na febre reumática?

A

Migratória, assimétrica, autolimitada e extremamente dolorosa.

Duração menor que 4 semanas, mesmo sem tratamento específico.

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52
Q

Como diferenciar a artrite da febre reumática da artrite idiopática juvenil (AIJ)?

A

Na AIJ, a criança pode apresentar joelho inchado, mas sem dor significativa e continuar brincando.

Na FR, há dor intensa, mas poucos sinais inflamatórios visíveis.

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53
Q

Qual a duração da inflamação em cada articulação na febre reumática?

A

Entre 1 a 5 dias por articulação.

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54
Q

Como a artrite reumática responde aos anti-inflamatórios?

A

Responde excelentemente a AAS e AINEs, com melhora geralmente em 48 horas.

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55
Q

Por quanto tempo deve-se observar um quadro articular para melhor definição diagnóstica?

A

Idealmente 72 horas para avaliar padrão migratório e resposta aos anti-inflamatórios.

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56
Q

Quais são os grupos de risco que podem apresentar artrite atípica?

A

47% dos casos apresentam artrite aditiva, artrite reativa, acometimento de pequenas articulações (mãos e pés), quadril, coluna cervical e monoartrite.

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57
Q

O que caracteriza a monoartrite crônica na febre reumática?

A

Duração maior que 3 meses, com comportamento aditivo.

Comum em populações de risco moderado a elevado.

Critério maior para diagnóstico de FR aguda.

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58
Q

Qual a conduta recomendada para avaliar um quadro de monoartrite crônica?

A

Punção articular (artrocentese) para descartar outras causas.

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59
Q

O que diferencia a artrite reativa pós-estreptocócica da febre reumática?
5

A

Quadro agudo, com duração média de 2 meses.

Má resposta aos AINEs.

Geralmente não apresenta cardite, nódulos subcutâneos ou eritema no surto inicial.

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60
Q

Como deve ser tratada a artrite reativa pós-estreptocócica?

A

Da mesma forma que a febre reumática, com profilaxia secundária.

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61
Q

O que é a artropatia de Jaccoud?

A

Sequela rara de surtos repetidos da febre reumática.

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62
Q

Quais são as principais características clínicas da artropatia de Jaccoud?

A

Desvio ulnar e subluxação.

Deformidade em flexão das articulações metacarpofalângicas.

Hiperextensão das interfalângicas proximais.

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63
Q

Qual é a principal diferença entre a artropatia de Jaccoud e outras artrites inflamatórias crônicas?

A

Não é uma sinovite verdadeira, mas uma fibrose periarticular.

Não apresenta erosões radiográficas.

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64
Q

Qual é a manifestação mais importante da febre reumática aguda?

A

A cardite é a principal manifestação da febre reumática aguda.

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65
Q

O que pode ocorrer se a cardite persistir por mais de 6 meses?

A

Pode evoluir para doença cardíaca reumática crônica (DCR), com sequelas permanentes e risco de óbito.

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66
Q

Quando a cardite pode surgir na febre reumática?

A

No início da doença ou até 3 semanas após a fase aguda.

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67
Q

Com quais outras manifestações a cardite costuma estar associada?

A

Geralmente ocorre junto com artrite e coréia.

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68
Q

Como a apresentação da cardite mudou ao longo do tempo?

A

Antes acometia todos os tecidos do coração (pancardite), agora afeta principalmente o endocárdio.

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69
Q

Quais valvas são mais frequentemente afetadas na febre reumática?

A

Válvula mitral (mais comum) e válvula aórtica.

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70
Q

O que é a endocardite (valvulite) reumática e como ela se manifesta?

A

Inflamação das valvas mitral e aórtica, levando a lesão e regurgitação.

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71
Q

Quais são os principais sinais clínicos da cardite na febre reumática?
5

A

Taquicardia.
Sopros cardíacos (achado mais frequente).
Cardiomegalia.
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC).
Atrito pericárdico.

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72
Q

Qual a sequela valvar mais comum da febre reumática?

A

Regurgitação mitral, causada por dilatação do anel valvar e relaxamento das cordas tendíneas.

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73
Q

Quais são as características do sopro da regurgitação mitral?

A

Sopro holossistólico (em barra).

Mais audível no ápice (foco mitral), irradiando para a axila.

Alta frequência, com abafamento da primeira bulha cardíaca (B1).

Pode ser acompanhado pelo sopro de
Carey-Coombs (apical, mesodiastólico, de baixa frequência).

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74
Q

Quais são as características do sopro da regurgitação aórtica?

A

Sopro protodiastólico, de alta frequência, com timbre decrescente.

Mais bem auscultado na borda esternal esquerda.

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75
Q

O que sugere fortemente febre reumática em um indivíduo previamente saudável?

A

Insuficiência mitral e aórtica associadas.

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76
Q

O que são os nódulos de Aschoff e qual sua importância na febre reumática?

A

São granulomas focais encontrados no miocárdio, patognomônicos de atividade reumática.

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77
Q

O que a cardiomegalia pode indicar na febre reumática?

A

Miocardite e/ou endocardite.

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78
Q

Quais são os principais sinais clínicos da cardiomegalia na febre reumática?
3

A

Taquicardia.

Desvio do ictus cardíaco.

Confirmação por RX de tórax e ecocardiografia.

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79
Q

Quando a ICC pode ocorrer na febre reumática?

A

Em crianças pequenas com febre reumática aguda.

Em casos de recidiva com lesões valvares graves.

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80
Q

Quais são os principais sintomas e achados físicos da ICC na febre reumática?
7

A

Dispneia e tosse.

Dor torácica e anorexia.

Taquicardia e hepatomegalia.

Ritmo de galope e edema.

Crepitações pulmonares basai

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81
Q

Qual é o principal fator determinante do prognóstico na febre reumática?

A

Gravidade do surto inicial e número/gravidade das recidivas.

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81
Q

O que caracteriza a cardite subclínica na febre reumática?

A

Ausculta cardíaca normal, mas ecocardiograma com Doppler mostra regurgitação valvar patológica (mitral ou aórtica).

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82
Q

Quais são os cinco focos principais de ausculta cardíaca?

A

Foco aórtico
Foco pulmonar
Foco mitral
Foco tricúspide
Foco aórtico acessório (ou Erb)

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83
Q

Onde está localizado o foco aórtico?

A

2º espaço intercostal direito, na borda esternal direita.

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84
Q

Onde está localizado o foco pulmonar?

A

2º espaço intercostal esquerdo, na borda esternal esquerda.

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85
Q

Onde está localizado o foco mitral?

A

5º espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular esquerda (área do ápice do coração).

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86
Q

Onde está localizado o foco tricúspide?

A

4º ou 5º espaço intercostal esquerdo, junto à borda esternal.

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87
Q

Onde está localizado o foco aórtico acessório (ou foco de Erb)?

A

3º espaço intercostal esquerdo, na borda esternal esquerda.

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88
Q

O que causa a primeira bulha cardíaca (B1)?

A

Fechamento das valvas atrioventriculares (mitral e tricúspide).

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89
Q

O que causa a segunda bulha cardíaca (B2)?

A

Fechamento das valvas semilunares (aórtica e pulmonar).

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90
Q

Em qual foco a B1 é mais audível?

A

No foco mitral e tricúspide.

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91
Q

Em qual foco a B2 é mais audível?

A

No foco aórtico e pulmonar.

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92
Q

O que é a terceira bulha cardíaca (B3) e quando ocorre?

A

Conhecida como “ritmo de galope” (tum-ta-ta).

Surge logo após B2, durante a fase inicial da diástole.

Está associada à diminuição da complacência ventricular e sobrecarga de volume.

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93
Q

Quais condições estão associadas à B3?

A

Miocardiopatia dilatada, restritiva e hipertrófica.

Insuficiência aórtica, mitral, comunicação
interatrial (CIA) e comunicação interventricular (CIV).

Insuficiência cardíaca descompensada com fração de ejeção reduzida.

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94
Q

O que é a quarta bulha cardíaca (B4) e quando ocorre?

A

Contração atrial vigorosa em resposta a um ventrículo não completamente relaxado.

Surge antes de B1, durante a fase final da diástole.

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95
Q

O que a presença da B4 indica?

A

Ventrículo rígido e pouco complacente, sugerindo hipertrofia ventricular ou cardiopatia hipertensiva.

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96
Q

O que acontece no ciclo cardíaco durante a primeira bulha (B1)?

A

Fechamento das valvas atrioventriculares (mitral e tricúspide).

Marca o início da sístole.

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97
Q

O que acontece no ciclo cardíaco durante a segunda bulha (B2)?

A

Fechamento das valvas semilunares (aórtica e pulmonar).

Marca o início da diástole.

98
Q

Como as bulhas B3 e B4 se relacionam com o ciclo cardíaco?

A

B3 ocorre logo após B2 (fase inicial da diástole).

B4 ocorre logo antes de B1 (fase final da diástole).

99
Q

O que caracteriza um sopro sistólico de ejeção?

A

Crescendo-decrescendo (“em diamante”).

Indica estenose aórtica ou pulmonar.

100
Q

O que caracteriza um sopro sistólico de regurgitação?

A

Holossistólico (“em barra”).

Indica insuficiência mitral ou tricúspide.

101
Q

O que caracteriza um sopro diastólico aspirativo?

A

Ocorre após B2.

Indica insuficiência aórtica ou pulmonar.

102
Q

O que caracteriza um sopro diastólico ruflar?

A

Ocorre após B2, geralmente com estalido de abertura da valva.

Indica estenose mitral ou tricúspide.

103
Q

Qual achado deve levantar suspeita de estenose mitral secundária à febre reumática?

A

Paciente jovem com sopro diastólico na região apical.

104
Q

Como é o pulso arterial normal?

A

Suave e arredondado, com uma incisura dícrotica indicando o início da diástole.

105
Q

O que caracteriza o pulso Parvus et Tardus e qual patologia ele indica?

A

Baixa amplitude, ascensão lenta (parvus) e duração prolongada (tardus). sentido principalmente na artéria carótida

Indica estenose aórtica.

106
Q

O que caracteriza o pulso em Martelo d’Água (Pulso de Corrigan) e qual patologia ele indica?

A

Alta amplitude, subida e queda rápidas.

Indica insuficiência aórtica.

107
Q

O que caracteriza o pulso Dicrótico e quais condições ele pode indicar?

A

Dois picos, um na sístole e outro na diástole.

Indica choque hipovolêmico e insuficiência cardíaca grave.

108
Q

O que caracteriza o pulso Bisferiens e quais patologias ele pode indicar?

A

Dois picos na sístole.

Indica insuficiência aórtica crônica, dupla lesão aórtica e miocardiopatia hipertrófica.

109
Q

O que caracteriza o pulso paradoxal?

A

Queda da pressão arterial sistólica (PAS) maior que 10 mmHg na inspiração.

110
Q

Qual a principal condição associada ao pulso paradoxal?

A

Tamponamento cardíaco.

111
Q

Quais outras condições podem causar pulso paradoxal?

A

Pericardite constritiva, embolia pulmonar, asma grave, obesidade extrema e gestação.

112
Q

O que caracteriza o pulso alternante?

A

Variação na amplitude do pulso arterial a cada batimento, sem alteração na frequência.

113
Q

Qual a principal condição associada ao pulso alternante?

A

Insuficiência cardíaca grave, especialmente em pacientes com ventrículo esquerdo muito fraco.

114
Q

O que é a Coréia de Sydenham?

A

Manifestação neurológica da febre reumática, caracterizada por movimentos involuntários e descoordenados.

115
Q

Quanto tempo dura a Coréia de Sydenham?

A

Normalmente regride em 3 semanas, mas pode persistir por até 2 anos em alguns pacientes.

116
Q

Qual é o mecanismo imunológico da Coréia de Sydenham?

A

Anticorpos anti-núcleos da base cruzam a barreira hematoencefálica, ativando uma resposta inflamatória no putame, núcleo caudado e cerebelo.

Isso leva ao aumento da liberação de dopamina, causando os movimentos anormais.

117
Q

Quais sintomas podem preceder a Coréia de Sydenham?

A

Labilidade emocional e alterações comportamentais semanas antes dos sintomas motores.

118
Q

Quais são as características dos movimentos na Coréia de Sydenham?

A

Involuntários, arrítmicos, de curta duração.

Acometem extremidades e face, tendendo a se generalizar rapidamente.

Em 20% dos casos, ocorrem apenas em um lado do corpo (hemicoréia).

119
Q

Como o ambiente influencia os movimentos da Coréia de Sydenham?

A

Exacerbam em situações de estresse ou agitação.

Desaparecem durante o sono ou em ambiente tranquilo.

120
Q

Quais outros sintomas podem estar presentes?

A

Alteração da escrita.

Comprometimento da marcha.

Disartria e disfagia.

Tiques e impersistência motora da língua.

121
Q

O que caracteriza a hipotonia muscular ou paralisia flácida (“Coréia Mole”)?

A

Fraqueza muscular acentuada com diminuição do tônus muscular, levando à dificuldade de movimento.

122
Q

Quais são os principais diagnósticos diferenciais de hipotonia muscular?

A

Miastenia Gravis → Caracterizada por ptose, diplopia e fraqueza muscular.

Síndrome de Guillain-Barré → Doença autoimune com fraqueza ascendente.

Síndrome de Sjögren → Doença autoimune que pode afetar os músculos.

Hipocalemia → Relacionada à acidose tubular renal, causando fraqueza.

HTLV e HIV → Podem causar miopatias associadas.

Miopatias inflamatórias → Polimiosite e Dermatomiosite.

123
Q

Quais são as características da Distrofia Muscular de Duchenne?

A

Início por volta de 2-3 anos de idade.

Sinal de Gowers → Dificuldade para levantar do chão.

Pseudo-hipertrofia de panturrilhas.

Escoliose e cardiomiopatia dilatada.

124
Q

Quais são as características da Distrofia Muscular de Becker?

A

Início mais tardio (após 15 anos).

Quadro mais leve que Duchenne.

125
Q

O que é a Miastenia Gravis?

A

Doença autoimune que afeta a transmissão neuromuscular, causando fraqueza muscular.

126
Q

Quais são os principais sintomas da Miastenia Gravis?

A

Ptose palpebral, diplopia, fraqueza progressiva ao longo do dia.

127
Q

Qual exame confirma a Miastenia Gravis?

A

Teste do edrofônio (Tensilon test) e pesquisa de anticorpos anti-receptor de acetilcolina.

128
Q

O que é a Síndrome de Guillain-Barré?

A

Doença autoimune pós-infecciosa que causa fraqueza muscular ascendente e pode levar à paralisia.

129
Q

Qual o principal achado no líquor na Síndrome de Guillain-Barré?

A

Dissociação albumino-citológica (aumento de proteínas sem aumento de células).

130
Q

O que é a Síndrome de Sjögren e como pode causar hipotonia muscular?

A

Doença autoimune que ataca as glândulas exócrinas e pode levar a fraqueza muscular secundária.

131
Q

Como a Hipocalemia pode causar fraqueza muscular?

A

A baixa concentração de potássio prejudica a contração muscular, levando a paralisia flácida.

132
Q

Quais doenças infecciosas podem estar associadas à fraqueza muscular?

A

HTLV e HIV, que podem causar mielopatia associada e miopatias inflamatórias.

133
Q

Quais são as principais miopatias inflamatórias que causam fraqueza muscular?

A

Polimiosite e Dermatomiosite.

134
Q

Quais sinais clínicos sugerem Dermatomiosite?

A

Fraqueza proximal, rash heliotrópico nas pálpebras, pápulas de Gottron.

135
Q

Quais são as características da Distrofia Muscular de Duchenne?

A

Início entre 2-3 anos, fraqueza muscular progressiva, Sinal de Gowers, pseudo-hipertrofia de panturrilhas.

136
Q

Como diferenciar Duchenne de Becker?

A

Duchenne → Início precoce (2-3 anos), mais grave.

Becker → Início tardio (após 15 anos), evolução mais lenta.

137
Q

Com que frequência ocorrem manifestações cutâneas na febre reumática?

A

Menos de 10% dos pacientes apresentam essas manifestações.

138
Q

que é o Eritema Marginado?

A

Rash cutâneo macular e eritematoso, evanescente (desaparece quando a febre passa).

139
Q

Quais são as características do Eritema Marginado?

A

Não pruriginoso e indolor.

Cor rósea, com centro pálido e margens serpiginosas.

Poupa a face.

140
Q

Onde o Eritema Marginado se localiza?

A

Tronco e região proximal dos membros.

141
Q

Qual doença deve ser diferenciada do Eritema Marginado?

A

Artrite Idiopática Juvenil Sistêmica (Doença de Still).

142
Q

Quais são as características dos nódulos subcutâneos na febre reumática?

A

Firmes, móveis e indolores.

143
Q

Com qual complicação da febre reumática os nódulos subcutâneos estão fortemente associados?

A

Cardite grave.

144
Q

Onde os nódulos subcutâneos costumam se localizar?

A

Superfícies extensoras das articulações (cotovelos, joelhos, tornozelos).

Região occipital e coluna vertebral (processos espinhosos).

145
Q

Qual a duração média dos nódulos subcutâneos na febre reumática?

A

1 a 2 semanas, raramente ultrapassam 1 mês.

146
Q

Quais são os três pilares do diagnóstico da febre reumática?

A

Clínica + Critérios de Jones + Exclusão de outras doenças.

147
Q

Quais são os critérios necessários para fechar o diagnóstico no primeiro surto de febre reumática?

A

2 critérios maiores ou
1 critério maior + 2 critérios menores.

148
Q

Quais são os critérios necessários para fechar o diagnóstico em uma recidiva da febre reumática?

A

2 critérios maiores ou
1 critério maior + 2 critérios menores ou
3 critérios menores (válido apenas na recidiva!).

149
Q

Quais são os critérios maiores de Jones?

150
Q

Quais são os critérios menores de Jones?

151
Q

Além dos critérios de Jones, o que deve ser comprovado para confirmar febre reumática?

A

Evidência de infecção prévia por estreptococo do grupo A, como:

Cultura positiva para Streptococcus pyogenes

Teste rápido para estreptococo positivo
ASLO (anticorpos antiestreptolisina O) elevado

152
Q

Quais são as principais causas infecciosas de artrite que podem simular febre reumática?

A

Reativas pós-infecção urinária ou pós-entérica.

Virais: Hepatite, caxumba, rubéola.

Bacterianas: Meningococo, gonococo, endocardite bacteriana.

153
Q

Quais são as principais doenças autoimunes associadas à artrite?

A

Lúpus eritematoso sistêmico.

Artrite idiopática juvenil.

Vasculites.

154
Q

Quais doenças hematológicas podem causar artrite?

A

Anemia falciforme.

155
Q

Quais neoplasias podem mimetizar artrite da febre reumática?

A

Leucemia linfoblástica aguda.

156
Q

Quais são as principais causas infecciosas de cardite que podem simular febre reumática?

A

Virais: Pericardite, perimiocardites.

157
Q

Quais doenças reumáticas podem causar cardite semelhante à febre reumática?

A

Lúpus eritematoso sistêmico.
Artrite idiopática juvenil.

158
Q

Quais outras condições podem causar manifestações cardíacas semelhantes?

A

Sopro anêmico, prolapso de valva mitral, Doença de Kawasaki.

159
Q

Quais são as principais causas infecciosas que podem causar coréia?

A

Encefalites virais.

160
Q

Quais doenças reumáticas podem causar coréia?

A

Lúpus eritematoso sistêmico.

161
Q

Quais são as principais condições não infecciosas associadas à coréia?

A

Síndrome antifosfolípide.
Coréia familiar benigna.

162
Q

Quais doenças reumáticas podem causar nódulos subcutâneos?

A

Lúpus eritematoso sistêmico.
Artrite idiopática juvenil.

163
Q

Qual medicamento pode causar nódulos subcutâneos como efeito adverso?

A

Metotrexato.

164
Q

Quais doenças infecciosas podem causar manifestações cutâneas semelhantes ao eritema marginado?

A

Septicemia.

165
Q

Quais doenças autoimunes podem apresentar exantema semelhante?

A

Exantema da artrite idiopática juvenil sistêmica.

166
Q

Quais reações a drogas podem mimetizar eritema marginado?

A

DRESS (Drug Reaction with Eosinophilia and Systemic Symptoms).

Síndrome de Stevens-Johnson.

Necrólise epidérmica tóxica.

167
Q

O que é a Síndrome de Reiter?

A

Forma de artrite reativa caracterizada por uma tríade clássica:

Oligoartrite assimétrica de início agudo (principalmente extremidades inferiores).

Conjuntivite (eritema conjuntival, ardência, prurido, secreção purulenta).

Uretrite ou enterite (secreção uretral discreta ou infecção entérica).

168
Q

Quais infecções estão mais associadas à Síndrome de Reiter?

A

Shigella.

Chlamydia.

169
Q

Quando suspeitar de algo grave em crianças com dor articular?

A

Quando a criança aponta um local específico da dor, e não uma dor difusa.

170
Q

Qual é o diagnóstico suspeito em uma criança com joelho inchado e dor localizada?

A

Sarcoma ósseo → Necessário ressonância e biópsia.

171
Q

Qual a conduta ao suspeitar de um sarcoma ósseo?

A

Ressonância magnética, possível biópsia para confirmação.

172
Q

O que é Sinovite Vilonodular Pigmentada?

A

Proliferação benigna da sinóvia, levando ao depósito de hemossiderina na articulação, geralmente no joelho.

173
Q

Quais são os principais achados na artroscopia da Sinovite Vilonodular Pigmentada?

A

Tecido sinovial com aspecto vermelho escuro ou amarronzado.

174
Q

Qual exame confirma o diagnóstico da Sinovite Vilonodular Pigmentada?

A

Biópsia sinovial, mostrando depósitos de hemossiderina.

175
Q

O que é a PCR e qual sua importância na febre reumática?

A

Proteína C reativa (PCR) se eleva no início da febre reumática, nas duas primeiras semanas.

Se não estiver elevada nesse período, deve-se reconsiderar o diagnóstico.

176
Q

O que é o VHS e qual seu comportamento na febre reumática?

A

Velocidade de hemossedimentação (VHS) tem aumento precoce e acentuado.

Pode sofrer interferência de ICC e anemia.

177
Q

O que significa se um paciente com suspeita de febre reumática tiver VHS e PCR normais?

A

O diagnóstico de febre reumática precisa ser reconsiderado.

178
Q

Qual outro marcador pode ser útil para acompanhar a atividade da febre reumática?

A

Alfa-1 glicoproteína ácida: Eleva-se no final da 1ª semana e se mantém elevada durante a doença.

179
Q

A Alfa-1 glicoproteína ácida sofre influência dos AINEs?

A

Não, sendo um bom marcador para acompanhar a atividade da febre reumática.

180
Q

Qual é o padrão-ouro para confirmação de infecção pelo estreptococo do grupo A?

A

Cultura orofaríngea em paciente com suspeita de infecção estreptocócica.

181
Q

Quais são as desvantagens da cultura de orofaringe para estreptococo?

A

Período de latência.

Baixa positividade.

182
Q

O que significa um teste sorológico positivo para infecção estreptocócica?

A

Comprova a infecção, mas não confirma febre reumática.

183
Q

Os testes rápidos para estreptococo podem substituir a cultura orofaríngea?

A

Em casos positivos, não é necessário cultura.

Em casos negativos, não excluem infecção estreptocócica → deve-se fazer cultura.

184
Q

Qual exame sorológico pode ser utilizado na febre reumática?

A

Anti-DNase B, embora seja pouco utilizado.

185
Q

O que é o ASLO e qual sua importância no diagnóstico da febre reumática?

A

Mede uma enzima produzida pelo Streptococcus pyogenes.

Eleva-se ao final da 1ª semana após a infecção estreptocócica.

186
Q

Um ASLO positivo confirma febre reumática?

A

Não, apenas indica infecção estreptocócica prévia.

187
Q

Todos os pacientes com febre reumática apresentam ASLO elevado?

A

Não, 20% dos pacientes com FR podem ter ASLO normal.

188
Q

O ASLO pode ser usado para avaliar gravidade ou atividade da febre reumática?

A

Não, apenas indica infecção estreptocócica prévia, mesmo se assintomática.

189
Q

Qual a principal alteração eletrocardiográfica na febre reumática?

A

Alargamento do intervalo PR (achado inespecífico).

190
Q

O que sugere o supradesnivelamento do segmento ST ≥ 1,5 mm nas precordiais?

A

Diagnóstico de pericardite.

191
Q

Quais outras alterações podem ser vistas no ECG de pacientes com febre reumática?

A

Arritmias ocasionais.

Bloqueio atrioventricular (AV).

Baixa voltagem nas derivações frontais.

Alargamento do intervalo QT.

192
Q

Quais são os principais achados no RX de tórax na febre reumática?

A

Cardiomegalia: aumento da área cardíaca, com predomínio do crescimento das cavidades esquerdas.

Sinais de congestão pulmonar: opacidade intersticial, aumento do leito vascular e edema intersticial.

193
Q

O que significa encontrar cardiomegalia e congestão pulmonar no RX de tórax?

A

Indica insuficiência cardíaca (IC) secundária à cardite reumática.

194
Q

Se um paciente tem alterações no RX de tórax, o que se espera na ausculta?

A

Sopros cardíacos, estertores pulmonares e sinais de IC.

195
Q

O que a ecodopplercardiografia avalia na febre reumática?

A

Tamanho das câmaras cardíacas.

Textura e mobilidade dos folhetos valvares (espessamentos e nódulos).

Contratilidade miocárdica e fração de ejeção.

Regurgitação mitral, aórtica e tricúspide.

Derrame pericárdico.

Vegetações em valva mitral, sugerindo endocardite bacteriana

196
Q

Qual valva é sempre patológica quando há regurgitação em crianças?

A

Valva aórtica.

197
Q

Em crianças, quais valvas podem ter regurgitação fisiológica sem doença cardíaca

A

Tricúspide e mitral, caracterizando sopro inocente.

198
Q

Quais são as alterações agudas na valva mitral na febre reumática?

A

Dilatação anular.

Alargamento de cordoalhas tendíneas.

Ruptura de cordoalha.

Prolapso do folheto anterior (ou posterior, mais raro).

Espessamento ou nódulos no folheto.

199
Q

Quais são as alterações crônicas da valva mitral?

A

Espessamento do folheto.

Espessamento e/ou fusão das cordoalhas.

Restrição do movimento do folheto.

Calcificação.

200
Q

Quais são as alterações valvares aórticas na cardite aguda ou crônica?

A

Espessamento focal ou irregular do folheto.

Defeito de coaptação.

Restrição do movimento do folheto.

Prolapso do folheto.

201
Q

Qual é a alteração valvar mais comum na fase aguda da febre reumática?

A

Regurgitação mitral.

202
Q

Qual é a segunda alteração valvar mais frequente na febre reumática?

A

Regurgitação aórtica.

203
Q

As lesões valvares obstrutivas ocorrem nos episódios iniciais da febre reumática?

A

Não, ocorrem apenas em fases tardias.

204
Q

Quais são os critérios para diagnóstico de regurgitação mitral ao Doppler?

A

Jato regurgitante holossistólico para o átrio esquerdo identificado em, pelo menos, dois planos.

Pico de velocidade > 3 m/s.

Extensão do jato > 2 cm identificado em, pelo menos, um plano.

205
Q

Quais são os critérios para diagnóstico de regurgitação aórtica ao Doppler?

A

Jato regurgitante holodiastólico para o ventrículo esquerdo identificado em, pelo menos, dois planos.

Pico de velocidade > 3 m/s.

Extensão do jato > 1 cm identificado em, pelo menos, um plano.

206
Q

Quais são as três principais estratégias no tratamento da febre reumática?

A

Profilaxia primária: Erradicação do estreptococo do grupo A (Streptococcus pyogenes) com antibióticos.

Tratamento das manifestações clínicas.

Profilaxia secundária: Prevenção de recidivas e recorrência da febre reumática.

207
Q

Qual o antibiótico de escolha na profilaxia primária da febre reumática?

A

Penicilina G benzatina (Benzetacil®).

208
Q

qual a dose da Penicilina G benzatina?

A

Crianças com menos de 20 kg → 600.000 UI/IM (dose única).
]
Crianças com mais de 20 kg e adultos → 1.200.000 UI/IM (dose única).

209
Q

Qual alternativa oral à penicilina benzatina?

A

Penicilina V (oral).

210
Q

Qual a dose e duração da Penicilina V?

A

Crianças: 25.000 a 50.000 UI/kg/dia, divididos a cada 8h ou 12h.

Adultos: 500.000 UI VO a cada 8h.

Duração: 10 dias.

211
Q

Quais antibióticos podem ser usados em pacientes alérgicos à penicilina?

A

Amoxicilina: 30-50 mg/kg/dia VO 8/8h ou 12/12h (Adulto: 500 mg VO 8/8h, por 10 dias).

Clindamicina: 15-25 mg/kg/dia VO 8/8h (máx. 1.800 mg/dia, por 10 dias).

Azitromicina: 20 mg/kg VO 1x ao dia (máx. 500 mg/dia, por 5 dias).

Cefalosporinas de 1ª geração (Cefalexina): 50-100 mg/kg/dia VO 6/6h ou 30 mg/kg/dia VO 12/12h (10 dias).

212
Q

Quando deve ser iniciada a profilaxia secundária na febre reumática?

A

Assim que o diagnóstico for fechado pelos critérios de Jones.

213
Q

Qual é o antibiótico de escolha para profilaxia secundária?

A

Penicilina G benzatina (Benzetacil®).

214
Q

Qual a dose da Penicilina G benzatina para profilaxia secundária?

A

Peso < 20 kg → 600.000 UI/IM a cada 21 dias.

Peso > 20 kg → 1.200.000 UI/IM a cada 21 dias.

215
Q

Quais são as opções orais para profilaxia secundária?

A

Penicilina V: 250 mg VO a cada 12 horas.

Sulfadiazina:
Peso < 30 kg → 500 mg VO 1x ao dia.
Peso > 30 kg → 1 g VO 1x ao dia.

Eritromicina (para alérgicos à penicilina): 250 mg VO a cada 12 horas.

216
Q

Quando suspender a profilaxia secundária na febre reumática sem cardite?

A

Até 21 anos de idade ou pelo menos 5 anos após o último surto, o que for mais longo.

217
Q

Quando suspender a profilaxia secundária na febre reumática com cardite leve (sem lesão residual ou insuficiência mitral leve)?

A

Até 25 anos de idade ou pelo menos 10 anos após o último surto, o que for mais longo.

218
Q

Quando suspender a profilaxia secundária na febre reumática com cardite e lesão valvar residual moderada a grave?

A

Até 40 anos de idade ou por toda a vida.

219
Q

Por quanto tempo deve ser feita a profilaxia secundária em pacientes que realizaram troca valvar?

A

Por toda a vida.

220
Q

Quais são as principais medidas gerais no tratamento da febre reumática?

A

Hospitalização em casos de cardite moderada ou grave, artrite incapacitante e coréia grave.

Repouso relativo por 4 semanas em pacientes com cardite moderada/grave, com retorno gradual das atividades.

Antitérmicos (Paracetamol ou Dipirona) para febre ≥ 37,8°C.

221
Q

Quais parâmetros devem ser acompanhados para monitorar a melhora clínica?

A

VHS e PCR normais indicam melhora da inflamação.

222
Q

O que caracteriza uma coréia grave?

A

Movimentos involuntários que não cessam com o uso das medicações.

O paciente se machuca na cama, se batendo involuntariamente.

Casos extremos podem necessitar sedação em centro cirúrgico.

223
Q

Qual é a dose de AAS para pacientes com peso < 50 kg?

A

80-100 mg/kg/dia a cada 6h, reduzindo para 60 mg/kg/dia após 2 semanas, mantendo por 4 semanas.

224
Q

Qual é a dose de AAS para pacientes com peso > 50 kg?

A

Idealmente, usar 1/10 da dose padrão como dose de segurança.

225
Q

Por que a dose de AAS é ajustada para uma menor inicialmente?

A

A maioria dos pacientes responde bem à dose menor.

O protocolo comum é 8-10 mg/kg/dia a cada 6h, reduzindo para 6 mg/kg/dia após 2 semanas, mantendo por 4 semanas.

226
Q

Qual risco está associado ao uso de AAS em pacientes com quadro viral?

A

Síndrome de Reye, que pode causar náusea grave, vômitos, confusão e letargia.

Conduta: Suspender o AAS imediatamente.

227
Q

Qual a dose do Naproxeno no tratamento da artrite na febre reumática?

A

10-20 mg/kg/dia, administrado a cada 12h por 4 semanas.

228
Q

Qual a indicação da prednisona na febre reumática?

A

´para diminuir o processo inflamatório rapidamente em pacientes com cardite.

229
Q

Qual a dose da prednisona para cardite na febre reumática?

A

1-2 mg/kg/dia VO ou EV (dose máxima: 80 mg/dia).

230
Q

Por quanto tempo deve ser utilizada a prednisona?

A

Dose plena por 2-3 semanas, seguida de redução gradual conforme controle clínico e laboratorial (VHS e PCR).

Cardite moderada a grave: Uso por 12 semanas.

Cardite leve: Uso por 4-8 semanas.

231
Q

Quais são os principais efeitos adversos da prednisona no uso prolongado?

A

Cushing, osteoporose, diabetes mellitus, hipertensão, glaucoma, catarata, osteonecrose, entre outros.

232
Q

Quando a pulsoterapia com metilprednisolona é indicada?

A

Para pacientes graves com risco de lesão de órgão nobre ou morte.

Pacientes internados, refratários ao tratamento inicial, podendo evoluir para cirurgia cardíaca de emergência.

233
Q

Qual a dose da metilprednisolona na pulsoterapia?

A

30 mg/kg/dia EV em ciclos semanais nos casos de cardite grave e refratária.

234
Q

Por que se utiliza diuréticos na pulsoterapia?

A

Para evitar acúmulo de líquido e facilitar o trabalho do coração.

235
Q

Qual a conduta para coréia leve e moderada?

A

Repouso e ambiente calmo.

236
Q

Quando a hospitalização é necessária na coréia da febre reumática?

A

Nos casos graves, onde há necessidade de controle rigoroso dos movimentos e escalonamento das medicações.

237
Q

Qual é a estratégia de tratamento medicamentoso para coréia grave?

A

Escalonamento progressivo das medicações:

Ácido Valproico.

Carbamazepina.

Haloperidol (pode ser adicionado em casos graves).

238
Q

Qual a dose inicial e o escalonamento do Ácido Valproico?

A

10 mg/kg/dia VO, aumentando 10 mg/kg semanalmente até a dose máxima de 30 mg/kg/dia.

239
Q

Qual a dose da Carbamazepina e sua principal indicação?

A

7-20 mg/kg/dia VO.

1ª escolha para neuropatia do trigêmeo (tem efeito sedativo menor do que outras
opções).

Alguns pacientes podem ser refratários a ela.

240
Q

Como deve ser feita a introdução do Haloperidol?

A

Dose inicial: 1 mg/dia VO a cada 12 horas.

Aumentar 0,5 mg a cada 3 dias, até dose máxima de 5 mg/dia.

241
Q

O que é a valvuloplastia mitral percutânea e qual seu objetivo?

A

Procedimento indicado para estenose mitral leve a moderada, com objetivo de adiar ou evitar a necessidade de troca valvar.

Oferece boa sobrevida e menor necessidade de novas intervenções.

242
Q

Quais são as indicações para valvuloplastia mitral percutânea?

A

Pacientes sintomáticos, com estenose mitral grave e morfologia favorável, sem trombo no átrio esquerdo ou regurgitação moderada/grave.

Pacientes assintomáticos com estenose mitral grave e área valvar ≤ 1 cm².

Pacientes com estenose mitral grave e fibrilação atrial de início recente, com área valvar > 1,5 cm², PSAP > 25 mmHg ou gradiente mitral > 15 mmHg com esforço.

Pacientes sintomáticos com estenose mitral grave e alto risco para cirurgia de troca valvar.

243
Q

Quando a troca valvar é recomendada?

A

Estenose mitral grave sintomática em pacientes não candidatos à valvuloplastia ou que falharam no procedimento.

Dupla lesão valvar (combinação de estenose grave e regurgitação moderada)