Sífilis Flashcards
Bactéria
Treponema pallidum
Transmissão
Sexual
Vertical
Transplante
Hemotransfussões e agulhas contaminadas (raro)
Período de incubação
Em média 21 dias (variando de 10-90)
Sinal inicial
Pápula indolor no local da inoculação, que se rompe e forma uma úlcera de base limpa, o cancro, com margens elevadas e endurecida.
Persiste por duas a seis semanas e desaparece espontaneamente.
Estágio secundário da sífilis
Febre baixa, mal estar, cefaleia, linfadenopatia generalizada e erupção mucocutânea. Pode ocorrer o envolvimento de órgãos viscerais.
Enquanto o cancro primário está cicatrizando ou meses após o desaparecimento.
Lesões secundárias também desaparecem em duas a seis semanas e infecção se torna latente.
Lesão típica da sífilis primária
cancro duro -> lesão erosada ou ulcerada, geralmente única,
indolor, com bordos endurecidos, fundo liso, brilhante e secreção
serosa escassa. É acompanhado de adenopatia regional não
supurativa, móvel, indolor e múltipla.
Ocasionalmente infecções secundárias causam lesão dolorosa. Pode ocorrer mais de uma lesão.
Pode ter lesão em boca também
Adenopatia da manifestação primária
Satélite; Unilateral ou bilateral.
Linfonodos móveis, discretos e fibroelásticos.
Se o cancro ocorrer no colo uterino ou no reto os linfonodos regionais não são palpáveis.
Os sinais e sintomas da sífilis secundária geralmente se desenvolvem após…
4 e 8 semanas do cancro primário.
Sinais e sintomas da sífilis secundária
Mal-estar, febre, cefaleia, odinofagia, linfadenopatia generalizada, lesões cutâneas polimórficas e arredondadas;
Pode ocorrer alopecia
Algumas pessoas não chegam com histórico de lesão primária.
Características das lesões cutâneas
Disseminadas, de distribuição simétrica e frequentemente róseas, acobreadas ou vermelho-escuras.
Minimamente sintomáticas
Em geral não pruriginosas e apresentam descamação superficial.
Tronco -> Extremidades
Face geralmente poupada, exceto ao redor da boca, bastante acentuada na palma das mãos e planta dos pés
O que é a placa mucosa da sífilis secundária?
Área ligeramente elevada, oval, recoberta por uma membrana branco-acinzentada que, quando retirada, revela uma base rósea que não sangra.
Pode estar na: boca, língua, genitália e são altamente infectantes.
Acomete 30% dos pacientes com sífilis secundária.
Sífilis recidivante
20 a 30% dos pacientes tem recorrências cutâneas que são infectantes.
Sífilis latente
Estágio no qual não há sinais ou sintomas clínicos e o LCR está normal.
Começa após a resolução do primeiro episódio de sífilis secundária e pode durar a vida toda.
Latência precoce
Primeiro ano após resolução das lesões primárias ou secundárias.
Latência tardia
Após um anos da resolução das lesões primárias ou secundárias.
Maioria de casos de sífilis latente são…
De duração indeterminada
Deve ser tratada como sífilis latente tardia
Características sífilis tardia
Lentamente progressiva
Não é contagiosa por contato sexual (pode ser transmitida verticalmente)
Acomete principalmente sistema cardiovascular e SNC, pode também ser benigna (gomatosa).
Gomas sifilíticas
Início como um nódulo superficial, evolui para úlceras penetrantes, geralmente de progressão lenta e endurecidas
Podem acometer órgãos viscerais profundos
Histologicamente -> granulomas
Respondem bem a penicilina
Principais complicações cardiovasculares da sífilis
Insuficiência aórtica
Aneurisma da aorta (geralmente ascendente)
Causa das complicações cardiovasculares da sífilis
Endarterite obliterante da vasa vasorum com dano à íntima e média dos grandes vasos
Quantos anos após a infecção inicial a sífilis cardiovascular costuma se manifestar?
5 a 10, mas pode não se manifestar até 30 anos mais tarde
A sífilis congênita pode causar alterações cardiovasculares?
Não! Fenômeno inexplicado.
5 grupos de neurossífilis
Assintomática Meningite sifilítica Sífilis meningovascular Tabes dorsalis Paresia geral
Momento de início da neurossífilis
Assintomática - a qualquer momento
Meningite sifilítica - mais comum durante a fase secundária, no primeiro ano da doença
As três outras formas:
Sífilis meningovascular
Tabes dorsalis
Paresia geral - são mais comuns na sífilis tardia.
História natural da sífilis
Lesões por abrasão (sexo) Erosão e exultação local Imunocomplexos podem se depositar em qualquer órgão Disseminação linfática Disseminação hematogenica
Manifestações sífilis tardia (Terciária)
Lesões cutâneo-mucosas (tubérculos ou gomas)
Neurológicas (tabes dorsalis, demência)
Cardiovasculares (aneurisma aórtico)
Articulares (artropatia de Charcot)
Tratamento sífilis primária, secundária e latente recente
Penicilina G benzatina, 2.400.000 UI IM DU 1/2 em cada glúteo
Tratamento sífilis latente tardia ou indeterminada e sífilis terciária
Penicilina G benzatina, 2.400.000 UI IM (1.200.000 em cada glúteo), semanal, por 3 semanas. Dose total 7.200.000 UI
Tratamento neurosífilis
Penicilina cristalina 18.000.000 a 24.000.000 UI/d IV,
administrada em doses de 3.000.000 a 4.000.000 a cada 4 horas ou por infusão contínua, por 14 dias.
Diagnóstico diferencial sífilis primária
Lesões de herpes-simples genital Cancro mole Lesão inicial de linfogranuloma Donovanose Leishmaniose tegumentar americana Síndrome de Behçet
Diagnóstico diferencial sífilis secundária
Exantemas por drogas e por infecções virais (rubéola e sarampo) Pitiríase rósea de Gilbert Formas de psoríase e líquen plano Linfomas Hanseníase Sarcoidose Líquen plano oral Leucoplasias Condiloma acuminado Alopecia areata/tricotilomania
VDRL + e FTA-BS +
Sífilis ativa, latente ou tardia
VDRL + e FTA-BS -
Improvável que seja sífilis
VDRL - e FTA-BS +
Sífilis primária ou tratada
VDRL - e FTA-BS -
Provável não ter sífilis, ou muito precoce.
Reação de Jarisch-Herxheimer
Mal-estar, febre, cefaleia, sudorese, calafrios, ansiedade, ou uma exacerbação temporária das lesões sifilíticas dentro de 6 a 12 h do tratamento inicial.
Vigilância pós-tratamento
Exames e testes reagínicos aos 3, 6 e 12 meses e anualmente, depois disso, até que se tornem não reagentes ou até que uma redução 4 vezes maior durável no título seja alcançada
Para neurossífilis, punção lombar a cada 6 meses até que a celularidade esteja normal
T. Pallidum penetra através de pele…
Integra ou com abrasões
Placa mucosa da sífilis
Área ligeiramente elevada, recoberta por uma membrana branco acinzentada que, quando retirada revela uma base rósea que não sangra.
Boca, língua, genitália
Altamente infecciosa
Condiloma plano
Lesão na pele em forma de verruga.
Na fase secundária, em áreas quentes, úmidas, como o períneo, as pápulas grandes, pálidas, de superfície
achatada podem coalescer para formar o condiloma plano.
Essas lesões assemelham-se ao condiloma acuminado (HPV) principalmente quando se localizam em áreas úmidas e a lesão é macerada.
Patologias e acometimentos pouco comuns relacionadas à sífilis
Hepatite Icterícia é rara, mas um nível elevado de fosfatase alcalina é comum. Periostite Uveíte Síndrome nefrótica transitória
Meningite sifilítica
Ocorre geralmente no primeiro ano, pode resultar em paralisia de pares cranianos, uni ou bilaterais, usualmente desaparece sem tratamento
Sífilis meningovascular
Alguns pacientes têm endarterite e inflamação perivascular suficientes para resultar em trombose cerebrovascular e infarto, que ocorre geralmente de cinco a dez anos após a
infecção inicial
Tabes dorsalis
A tabes dorsalis ocorre mais nas colunas posteriores da medula e é causada pela degeneração dos cordões posteriores da medula, pelos quais passam os fascículos grácil e cuneiforme responsáveis por sensações como a propriocepção, vibração, estado discriminativo. O paciente terá, na tabes dorsalis, um quadro de ataxia sensorial.
Paresia geral
Meningoencefalite crônica
Resulta na perda progressiva e gradual da função cortical.
10 a 20 anos após a infecção inicial.
Sintomas inespecíficos de demência precoce: Irritabilidade, fadiga, cefaleia, amnésia e alterações de
personalidade.
Pode haver comprometimento da memória, perda da
capacidade de julgamento, falta de discernimento, confusão e, com frequência, depressão ou exaltação do humor acentuada.
Delírio, e convulsões.
Também pode haver perda de outras funções corticais, incluindo paralisia ou afasia.
Marcha tabética
Presente na Tabes dorsalis que pode estar presente na sífilis terciária.
Marcha tabética
Ocorre perda das informações sensoriais dos MMII. O paciente mantém um olhar fixo no solo , elevando e abaixando os pés abrupta e pesadamente. Ocorre na neuropatia periférica sensorial. Indica perda proprioceptiva por lesão raquimedular , comum na tabes dorsalis que pode estar presente na sífilis terciária.
Exames para diagnóstico
Exame de campo escuro - encontrar a espiroqueta (Imunofluorescência ou coloração de prata)
Sorologia: Testes treponêmicos e não treponêmicos
Testes não treponêmicos
Detectam o anticorpo anticardiolipina
VDRL e RPR
Começa a positivar logo nas primeiras semanas pós infecção
Com o passar do tempo a reatividade tende a diminuir
Geralmente títulos menores que 1:8 são falsos positivos (cardiolipina não é específico de sífilis) principalmente se o FTA-ABS for negativo.
Testes treponêmicos
Os testes treponêmicos são mais bem-utilizados para confirmar quais indivíduos com testes não treponêmicos reagentes possuem anticorpos contra o T. pallidum
Podem ser o único teste com um resultado positivo em
pacientes com sífilis cardiovascular ou neurológica
Permanecem muitas vezes reagentes por toda a vida, a despeito da terapia adequada
Análise do líquor na neurossífilis
O teste de VDRL é geralmente reagente no LCR de todas as formas de neurossífilis, exceto na tabes dorsalis, porém nessa o FTA-ABS sérico é sempre positivo.