Sífilis Flashcards

1
Q

Bactéria

A

Treponema pallidum

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2
Q

Transmissão

A

Sexual
Vertical
Transplante
Hemotransfussões e agulhas contaminadas (raro)

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3
Q

Período de incubação

A

Em média 21 dias (variando de 10-90)

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4
Q

Sinal inicial

A

Pápula indolor no local da inoculação, que se rompe e forma uma úlcera de base limpa, o cancro, com margens elevadas e endurecida.
Persiste por duas a seis semanas e desaparece espontaneamente.

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5
Q

Estágio secundário da sífilis

A

Febre baixa, mal estar, cefaleia, linfadenopatia generalizada e erupção mucocutânea. Pode ocorrer o envolvimento de órgãos viscerais.
Enquanto o cancro primário está cicatrizando ou meses após o desaparecimento.
Lesões secundárias também desaparecem em duas a seis semanas e infecção se torna latente.

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6
Q

Lesão típica da sífilis primária

A

cancro duro -> lesão erosada ou ulcerada, geralmente única,
indolor, com bordos endurecidos, fundo liso, brilhante e secreção
serosa escassa. É acompanhado de adenopatia regional não
supurativa, móvel, indolor e múltipla.

Ocasionalmente infecções secundárias causam lesão dolorosa. Pode ocorrer mais de uma lesão.

Pode ter lesão em boca também

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7
Q

Adenopatia da manifestação primária

A

Satélite; Unilateral ou bilateral.
Linfonodos móveis, discretos e fibroelásticos.

Se o cancro ocorrer no colo uterino ou no reto os linfonodos regionais não são palpáveis.

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8
Q

Os sinais e sintomas da sífilis secundária geralmente se desenvolvem após…

A

4 e 8 semanas do cancro primário.

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9
Q

Sinais e sintomas da sífilis secundária

A

Mal-estar, febre, cefaleia, odinofagia, linfadenopatia generalizada, lesões cutâneas polimórficas e arredondadas;
Pode ocorrer alopecia

Algumas pessoas não chegam com histórico de lesão primária.

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10
Q

Características das lesões cutâneas

A

Disseminadas, de distribuição simétrica e frequentemente róseas, acobreadas ou vermelho-escuras.
Minimamente sintomáticas
Em geral não pruriginosas e apresentam descamação superficial.
Tronco -> Extremidades
Face geralmente poupada, exceto ao redor da boca, bastante acentuada na palma das mãos e planta dos pés

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11
Q

O que é a placa mucosa da sífilis secundária?

A

Área ligeramente elevada, oval, recoberta por uma membrana branco-acinzentada que, quando retirada, revela uma base rósea que não sangra.
Pode estar na: boca, língua, genitália e são altamente infectantes.
Acomete 30% dos pacientes com sífilis secundária.

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12
Q

Sífilis recidivante

A

20 a 30% dos pacientes tem recorrências cutâneas que são infectantes.

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13
Q

Sífilis latente

A

Estágio no qual não há sinais ou sintomas clínicos e o LCR está normal.
Começa após a resolução do primeiro episódio de sífilis secundária e pode durar a vida toda.

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14
Q

Latência precoce

A

Primeiro ano após resolução das lesões primárias ou secundárias.

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15
Q

Latência tardia

A

Após um anos da resolução das lesões primárias ou secundárias.

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16
Q

Maioria de casos de sífilis latente são…

A

De duração indeterminada

Deve ser tratada como sífilis latente tardia

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17
Q

Características sífilis tardia

A

Lentamente progressiva
Não é contagiosa por contato sexual (pode ser transmitida verticalmente)
Acomete principalmente sistema cardiovascular e SNC, pode também ser benigna (gomatosa).

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18
Q

Gomas sifilíticas

A

Início como um nódulo superficial, evolui para úlceras penetrantes, geralmente de progressão lenta e endurecidas
Podem acometer órgãos viscerais profundos
Histologicamente -> granulomas
Respondem bem a penicilina

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19
Q

Principais complicações cardiovasculares da sífilis

A

Insuficiência aórtica

Aneurisma da aorta (geralmente ascendente)

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20
Q

Causa das complicações cardiovasculares da sífilis

A

Endarterite obliterante da vasa vasorum com dano à íntima e média dos grandes vasos

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21
Q

Quantos anos após a infecção inicial a sífilis cardiovascular costuma se manifestar?

A

5 a 10, mas pode não se manifestar até 30 anos mais tarde

22
Q

A sífilis congênita pode causar alterações cardiovasculares?

A

Não! Fenômeno inexplicado.

23
Q

5 grupos de neurossífilis

A
Assintomática
Meningite sifilítica
Sífilis meningovascular
Tabes dorsalis
Paresia geral
24
Q

Momento de início da neurossífilis

A

Assintomática - a qualquer momento
Meningite sifilítica - mais comum durante a fase secundária, no primeiro ano da doença
As três outras formas:
Sífilis meningovascular
Tabes dorsalis
Paresia geral - são mais comuns na sífilis tardia.

25
Q

História natural da sífilis

A
Lesões por abrasão (sexo) 
 Erosão e exultação local
Imunocomplexos podem se depositar em qualquer órgão 
Disseminação linfática 
Disseminação hematogenica
26
Q

Manifestações sífilis tardia (Terciária)

A

Lesões cutâneo-mucosas (tubérculos ou gomas)
Neurológicas (tabes dorsalis, demência)
Cardiovasculares (aneurisma aórtico)
Articulares (artropatia de Charcot)

27
Q

Tratamento sífilis primária, secundária e latente recente

A

Penicilina G benzatina, 2.400.000 UI IM DU 1/2 em cada glúteo

28
Q

Tratamento sífilis latente tardia ou indeterminada e sífilis terciária

A

Penicilina G benzatina, 2.400.000 UI IM (1.200.000 em cada glúteo), semanal, por 3 semanas. Dose total 7.200.000 UI

29
Q

Tratamento neurosífilis

A

Penicilina cristalina 18.000.000 a 24.000.000 UI/d IV,

administrada em doses de 3.000.000 a 4.000.000 a cada 4 horas ou por infusão contínua, por 14 dias.

30
Q

Diagnóstico diferencial sífilis primária

A
Lesões de herpes-simples genital
Cancro mole
Lesão inicial de linfogranuloma
Donovanose
Leishmaniose tegumentar americana
Síndrome de Behçet
31
Q

Diagnóstico diferencial sífilis secundária

A
Exantemas por drogas e por infecções virais (rubéola e sarampo)
Pitiríase rósea de Gilbert
Formas de psoríase e líquen plano
Linfomas
Hanseníase
Sarcoidose
Líquen plano oral
Leucoplasias 
Condiloma acuminado
Alopecia areata/tricotilomania
32
Q

VDRL + e FTA-BS +

A

Sífilis ativa, latente ou tardia

33
Q

VDRL + e FTA-BS -

A

Improvável que seja sífilis

34
Q

VDRL - e FTA-BS +

A

Sífilis primária ou tratada

35
Q

VDRL - e FTA-BS -

A

Provável não ter sífilis, ou muito precoce.

36
Q

Reação de Jarisch-Herxheimer

A

Mal-estar, febre, cefaleia, sudorese, calafrios, ansiedade, ou uma exacerbação temporária das lesões sifilíticas dentro de 6 a 12 h do tratamento inicial.

37
Q

Vigilância pós-tratamento

A

Exames e testes reagínicos aos 3, 6 e 12 meses e anualmente, depois disso, até que se tornem não reagentes ou até que uma redução 4 vezes maior durável no título seja alcançada

Para neurossífilis, punção lombar a cada 6 meses até que a celularidade esteja normal

38
Q

T. Pallidum penetra através de pele…

A

Integra ou com abrasões

39
Q

Placa mucosa da sífilis

A

Área ligeiramente elevada, recoberta por uma membrana branco acinzentada que, quando retirada revela uma base rósea que não sangra.
Boca, língua, genitália
Altamente infecciosa

40
Q

Condiloma plano

A

Lesão na pele em forma de verruga.
Na fase secundária, em áreas quentes, úmidas, como o períneo, as pápulas grandes, pálidas, de superfície
achatada podem coalescer para formar o condiloma plano.
Essas lesões assemelham-se ao condiloma acuminado (HPV) principalmente quando se localizam em áreas úmidas e a lesão é macerada.

41
Q

Patologias e acometimentos pouco comuns relacionadas à sífilis

A
Hepatite 
Icterícia é rara, mas um nível elevado de fosfatase alcalina é comum.
Periostite
Uveíte
Síndrome nefrótica transitória
42
Q

Meningite sifilítica

A

Ocorre geralmente no primeiro ano, pode resultar em paralisia de pares cranianos, uni ou bilaterais, usualmente desaparece sem tratamento

43
Q

Sífilis meningovascular

A

Alguns pacientes têm endarterite e inflamação perivascular suficientes para resultar em trombose cerebrovascular e infarto, que ocorre geralmente de cinco a dez anos após a
infecção inicial

44
Q

Tabes dorsalis

A

A tabes dorsalis ocorre mais nas colunas posteriores da medula e é causada pela degeneração dos cordões posteriores da medula, pelos quais passam os fascículos grácil e cuneiforme responsáveis por sensações como a propriocepção, vibração, estado discriminativo. O paciente terá, na tabes dorsalis, um quadro de ataxia sensorial.

45
Q

Paresia geral

A

Meningoencefalite crônica
Resulta na perda progressiva e gradual da função cortical.
10 a 20 anos após a infecção inicial.
Sintomas inespecíficos de demência precoce: Irritabilidade, fadiga, cefaleia, amnésia e alterações de
personalidade.
Pode haver comprometimento da memória, perda da
capacidade de julgamento, falta de discernimento, confusão e, com frequência, depressão ou exaltação do humor acentuada.
Delírio, e convulsões.
Também pode haver perda de outras funções corticais, incluindo paralisia ou afasia.

46
Q

Marcha tabética

A

Presente na Tabes dorsalis que pode estar presente na sífilis terciária.

47
Q

Marcha tabética

A

Ocorre perda das informações sensoriais dos MMII. O paciente mantém um olhar fixo no solo , elevando e abaixando os pés abrupta e pesadamente. Ocorre na neuropatia periférica sensorial. Indica perda proprioceptiva por lesão raquimedular , comum na tabes dorsalis que pode estar presente na sífilis terciária.

48
Q

Exames para diagnóstico

A

Exame de campo escuro - encontrar a espiroqueta (Imunofluorescência ou coloração de prata)
Sorologia: Testes treponêmicos e não treponêmicos

49
Q

Testes não treponêmicos

A

Detectam o anticorpo anticardiolipina
VDRL e RPR
Começa a positivar logo nas primeiras semanas pós infecção
Com o passar do tempo a reatividade tende a diminuir
Geralmente títulos menores que 1:8 são falsos positivos (cardiolipina não é específico de sífilis) principalmente se o FTA-ABS for negativo.

50
Q

Testes treponêmicos

A

Os testes treponêmicos são mais bem-utilizados para confirmar quais indivíduos com testes não treponêmicos reagentes possuem anticorpos contra o T. pallidum
Podem ser o único teste com um resultado positivo em
pacientes com sífilis cardiovascular ou neurológica
Permanecem muitas vezes reagentes por toda a vida, a despeito da terapia adequada

51
Q

Análise do líquor na neurossífilis

A

O teste de VDRL é geralmente reagente no LCR de todas as formas de neurossífilis, exceto na tabes dorsalis, porém nessa o FTA-ABS sérico é sempre positivo.