Meningite e Encefalites Flashcards

1
Q

Meningite

A

Inflamação das meninges

*Geralmente entra aracnoide e pia-máter (leptomeninges)

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Q

Sinais e sintomas que levam a suspeita de Meningite

A
Cefaleia 
Rigidez de nuca 
Sinais de irritação meníngea (Kernig, Brudzinski, Lasegue)
Febre
Náuseas 
Vômitos
Alteração de consciência
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3
Q

Meningite Aguda

A

Até 7 a 10 dias

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4
Q

Meningite Crônica

A

Mais de 7 a 10 dias que os sintomas iniciaram

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5
Q

Etiologias prováveis da Meningite Aguda

A

Vírus

Bactérias (Pneumococo, meningococo, Hemófilos)

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6
Q

Etiologias prováveis da Meningite Crônica

A

Principais:
TB
Fungos

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7
Q

Principais causas de meningite

A
Vírus
Meningococo 
Pneumococo (agente que mais mata na meningite)
Hemófilo
Micobacterium tuberculosis
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8
Q

Como sugerir o diagnóstico etiológico da meningite?

A

Análise do liquor por punção lombar ou suboccipital (complica mais)

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9
Q

Contraindicações a punção lombar

A
Infecção no local da punção 
Instabilidade hemodinâmica
Trombocitopenia acentuada
Paciente anticoagulado
Risco de herniação
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10
Q

Quando e por que fazer TC antes da punção lombar?

A

Para investigação de edema cerebral e evitar herniação do parênquima

Fazer TC antes se:
Idade > 60 anos
Crise convulsiva na última semana
Imunodepressão
Sinais neurológicos focais 
Doença prévia em SNC (tumor, AVE, infecção)
Papiledema (pode ser sinal de aumento da PIC)
Trauma
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11
Q

Por que pode ocorrer herniação do parênquima cerebral em uma punção lombar?

A

Se um indivíduo estiver com edema no SNC, com hipertensão intracraniana com componente localizado, qualquer pressão negativa, como a saída de um pouquinho de liquor pela punção pode fazer com que parênquima cerebral hernie, e comprima estruturas importantes, sendo geralmente fatal

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12
Q

Parâmetros de um liquor normal

A
Límpido
Células < ou = 5/mm3 (RN pode ser até 20)
Proteínas < ou = 40 mg/dl
Glicose = 2/3 do sérico
Asséptico (sem germes)
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13
Q

Liquor meningite viras

A

Pleocitose (Não chega a mil células) com predomínio de linfócitos (100-1000)
Aumento das proteínas (< 100)
Glicose normal ou discretamente diminuída

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14
Q

Liquor meningite crônicas

A

Aumento da celularidade com predomínio de linfócitos
Aumento das proteínas
Glicose baixa

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15
Q

Liquor meningite bacteriana

A
Aumento da celularidade (Geralmente maior que 1.000) com predomínio de neutrófilos 
Aumento das proteínas (Geralmente maior que 200)
Glicose Baixa (2/3 da sérica)
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16
Q

Palavras mágicas do LCR:

Neutrófilo (polimorfonuclear)

A

Indica etiologia bacteriana

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17
Q

Liquor meningite crônicas

A

Aumento da celularidade com predomínio de linfócitos
Aumento das proteínas
Glicose baixa
*TB, fungos, outros.

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18
Q

Palavras mágicas do LCR:

Proteína MUITO elevada

A

Indica etiologia tuberculótica

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19
Q

Palavras mágicas do LCR:

Eosinófilos

A

Helmintíase (pode ser cisticerco)

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20
Q

Análise da pesquisa direta de germes no liquor

A

Gram + = Bactéria
Ziehl-Neesen encontrar bacilo= TB
Tinta da China = Criptococose
PCR = para etiologia viral

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21
Q

Meningite Viral

Sinais e sintomas

A

Quadro agudo
BEG
Cefaleia intensa
Linfócito, sem germes (meningite asséptica), glicose geralmente normal

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22
Q

Aspectos gerais meningite por Meningococo (Neisseria meningitidis)

A

Indivíduo muito grave
Hipotensão
Petéquias (púrpuras fulminans - indica septicemia, não é específica)
DIPLOCOCO GRAM -

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23
Q

Aspectos gerais meningite por Pneumococo

A

DIPLOCOCO GRAM +

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24
Q

Meningite Bacteriana

Sinais e sintomas

A
Tríade clássica: 
Febre (geralmente > 38º)
Rigidez de nuca
Alteração do estado mental 
*A ausência dos 3 tem alto valor preditivo NEGATIVO para meningite bacteriana ou seja, se não tem nenhum muito provavelmente não é.
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25
Q

Aspectos gerais meningite por Meningococo (Neisseria meningitidis)

A

Indivíduo muito grave
Hipotensão
Petéquias (púrpuras fulminans - indica septicemia, não é específica)
Bacilo: DIPLOCOCO GRAM +

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26
Q

Aspectos gerais meningite por Hemófilos

A

Bacilo: COCOBACILO Gram -

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27
Q

Meningite por TB

A

Meningite crônica
Proteínas elevadas
ADA elevada (Dosagem de Adenosina Deaminase)
Suspeita = tratamento empírico
Esquema prolongado - 9 meses com corticoide associado

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28
Q

Meningite - Criptococose

A

Síndrome de Hipertensão Intracraniana (liquor jorra)
Comum em imunodepressão
Diagnóstico - Tinta da China
Tratamento com anfotericina B
Prognóstico muito ruim pela imunodepressão

29
Q

Características da cefaleia da meningite

A

Holocraniana, geralmente intensa, pode piorar com a movimentação.

30
Q

Sinais de hipertensão intracraniana

A

Tríade de Cushing:
Hipertensão arterial
Bradicardia
Bradipneia

31
Q

Diagnósticos diferenciais para meningite aguda

Etiologias infecciosas

A

Vírus
(Arbovirus, Herpes virus, HIV, Adenovirus, Parainfluenza tipo 3, influenza virus)

Bactérias
(Haemophilus influenza, neisseria meningitidis, pneumococo, listeria, s. aureus, enterococos, Klebsiella)

Espiroquetas
(Treponema pallidum, Borrelia burgdorferi [Lyme], leptospira)

Protozoários e helmintos

32
Q

Diagnósticos diferenciais para meningite aguda

Causas não infecciosas

A

Tumores
Doenças sistêmicas (Lúpus)
Medicações – Azatioprina, AINES;
Procedimentos – pós neurocirurgia, anestesia raquidiana

33
Q

Quadro clínico comum meningite bacteriana

A
  • cefaleia;
  • febre;
  • sinais de irritação meníngea;
  • vômitos;
  • convulsões;
  • sinais neurológicos focais.
34
Q

Sinais específicos que ajudam na etiologia da meningite

Meningite + conjuntivite

A

Enterovírus

35
Q

Sinais específicos que ajudam na etiologia da meningite

meningite + glândula salivar

A

Caxumba

Paramyxovirus da classe rubulavirus

36
Q

Sinais específicos que ajudam na etiologia da meningite

Lesões típicas de um zoster com um quadro de meningite ou meningoencefalite

A

Varicela zoster

37
Q

Sinais específicos que ajudam na etiologia da meningite

Meningite + Rombencefalite

A

Listeria monocytogenes (Bacilo Gram +)

38
Q

Quadro clínico de meningite em neonatos

A
Temperatura instável
Irritabilidade
Abaulamento de fontanela
Icterícia
Vômitos
Sucção fraca
Diarreia
Desconforto respiratório
39
Q

Sinal de Kernig

A

Coloco o paciente em decúbito dorsal fletindo o joelho e o quadril em 90º e depois tenta-se estender o joelho.
Sinal estará presente quando houver dor que vem do dorso e irradia para a perna
*Pode também estar presente em reticulopatia, ciatalgia, compressão por hérnia inguinal

40
Q

Sinal de Brudzinski

A

Paciente após a flexão do pescoço faz de maneira reflexa flexão do joelho e quadril
Bend neck, hips and knees flex

41
Q

Rigidez de nuca

A

Resistência involuntária à flexão passiva da cabeça devida ao espasmo dos músculos cervicais

42
Q

Jolt accentuation

A

Sinal feito em pacientes com cefaleia para saber se há irritação meníngea.
Peça para o paciente girar o pescoço de um lado para o outro de 2 a 3x/s, se a dor piora com o movimento pode ser indicativo de irritação meníngea

43
Q

Sinais possíveis diante de uma síndrome de irritação radicular/ meníngea

A

Sinal de Brudzinsky
Sinal de Kernig
Rigidez de nuca
Sinal de Lasègue
Na criança: Sinal do gatilho de fuzil – mantem-se encolhida, evitando estiramento das raízes nervosas
Sinal do tripé: Senta-se com as mãos apoiando o tronco para trás.

44
Q

Condições que podem causar rigidez de nuca

A
Distensão muscular cervical
Trauma
Espondilite Anquilosante
Osteoartrose
Abcesso retrofaríngeo
Miosite
Processo expansivo em fossa posterior

Kernig - pode estar presente em uma reticulopatia qualquer, uma ciatalgia, compressão por hérnia inguinal.

45
Q

Meningite + rash cutâneo (petéquias e purpúras) - Etiologias prováveis

A

Meningococo -> Meningococcemia
Pneumococo
Haemophilus (em esplenectomizados)

46
Q

Características da cefaleia pós-puncional

A

Piora quando o paciente fica em pé e melhor quando ele está deitado

47
Q

Possíveis complicações da punção liquorica

A

Cefaleia pós-puncional
Fístula liquórica
Radiculite

48
Q

Em situações normais a relação glicose liquor/glicose sérica é de _ %

A

> ou = 60%

49
Q

Principais etiologias meningite

NEONATOS

A
Estreptococos do grupo B (agalactiae ou gallolyticus)
E. coli
Listeria monocytogenes
*Ampicilina + Gentamicina
*Ampicilina + Cefotaxima
50
Q

Principais etiologias meningite

1 MÊS - 50 ANOS

A

Pneumococo
Meningococo
Haemophilus

51
Q

Principais etiologias meningite

> 50 ANOS

A
Listeria monocytogenes (Bacilo Gram +)
Pneumococo (Diplococo Gram +)
52
Q

Principais etiologias meningite

DVP, cirurgias, hospitalizados

A
S. aureus
Pseudomonas
Estafilococo beta-coagulase negativa
Difteroides 
* Vancomicina e cefotaxima
* Vancomicina e cefepima
53
Q

Como usar o corticoide em meningites

A

10 a 20 minutos antes do ATB ou no máximo concomitante, não usar após ter administrado ATB
Dexametasona
*Eficaz em meningites pneumocócicas em adultos e em crianças em suspeita de pneumococo, meningococo e haemophilus

54
Q

Qual o papel do corticoide no tratamento das meningites bacterianas?

A

Racional
• A resposta inflamatória no espaço subaracnóide é um dos maiores fatores implicados em morbidade e mortalidade.
• A atenuação do processo inflamatório poderia diminuir muitas das consequências como: edema cerebral, HIC, vasculite e injúria neuronal.

55
Q

Encefalite

A

Inflamação do parênquima cerebral, associada a evidências clínicas de disfunção neurológica.

56
Q

O que é a substância reticular ativadora ascendente (SRAA)?

A

É uma substância difusa no tronco cerebral, e como o nome fala, ela é reticular – parece uma rede. É ascendente – vem de baixo para cima. E ela ativa os córtices cerebrais para o indivíduo ficar atento, para não entrar em coma. Se tem uma lesão do tronco cerebral, pode levar o indivíduo a rebaixamento do sensório.

57
Q

Mecanismo causador de rebaixamento do sensório

A

Lesão estrutural do sistema nervoso que pode ocorrer por: lesão cortical bilateral ou lesão da substância reticular ativadora ascendente.

Sem lesão estrutural: hipoglicemia, hipernatremia, hiponatremia, hipercalcemia, uremia

58
Q

Como a encefalite faz rebaixamento do sensório?

A

Podendo ter encefalite de tronco cerebral, e a substância reticular ativadora ascendente estar lá, e por conta disso ter rebaixamento do sensório

59
Q

Romboencefalite

A
Encefalite específica do romboencéfalo (tronco cerebral e cerebelo). 
Clinicamente - acometimento de nervos cranianos e do cerebelo (déficit de marcha, de equilíbrio, de coordenação) 
•	Espasmos mioclônicos
•	Tremores
•	Ataxia
•	Envolvimento de pares cranianos
•	Alterações ventilatórias
•	Choque
•	Coma
60
Q

Ficar atentos para acometimento por Listeria monocytogenes em casos de

A

Meningite em neonatos e idosos (> 50 anos)
Meningoencefalites
Romboencefalite

61
Q

Pensar em Listeria quando se tratar de meningite em:

A
  • Neonatos
  • Acima de 50 anos
  • Qualquer idade associado com quadro de romboencefalite
62
Q

Diferencie encefalite e encefalopatia

A

Encefalopatia: disruptura nas funções cerebrais, na ausência de um processo inflamatório direto dentro do parênquima cerebral. Pode ser secundária a distúrbios metabólicos. ex.: uremia, hipóxia, isquemia, intoxicação por drogas, infecção orgânica ou infecções sistêmicas.

Encefalite: processo inflamatório dentro do parênquima.

63
Q

Vírus mais isolado nas encefalites agudas

A

Herpes simples tipo 1

64
Q

Modelo abscesso

A

Inflamação para-meníngea (próxima à meninge, abcesso cerebral, sinusite) que faz ruptura na barreira hematoencefálica e causa alteração no exame de liquor sem que haja uma meningite

65
Q

Meningite geralmente cursa com cefaleia súbita

Verdadeiro ou Falso

A

FALSO

Tanto a cefaleia súbita, quanto a convulsão muito precoce dificilmente ocorre na meningite bacteriana. Sendo assim, esse caso é mais provável que seja um AVC hemorrágico, ou uma hemorragia subaracnoidea (que também pode causar rigidez de nuca - sangue no espaço aracnoide/subaracnoide irrita as meninges). Têm-se que tomografar esse paciente, se a tomografia não ficar clara pode-se puncionar.

66
Q

Esquema profilático para contactantes de pacientes com meningite por meningococo

A

Rifampicina 4 doses

*segunda escolha é o ciprofloxacino dose única (não protege 100% dos casos).

67
Q

Quais bactérias que podem causar meningite são contagiosas?

A

Meningococo

Haemophilus (hoje muito raro por causa da vacinação)

68
Q

Quem deve receber a profilaxia da meningite meningocócica?

A

Moradores do mesmo domicílio
Se a criança tiver idade escolar, fazer a profilaxia nos colegas de sala.
Algumas pessoas que prestaram assistência a ele (ex: motorista da ambulância, equipe que o trouxe de outro município, médico que intubou, aspirou).
De maneira geral: quem interagiu com ele em uma distância inferior a 1 m, na ausência de máscara e óculos de proteção