Infecções relacionadas à Assistência à Saúde Flashcards
Atribuições do serviço de controle de infecção hospitalar
Educação/Treinamento continuado de profissionais
Vigilância (inclusive epidemiológica)
Investigação e manejo de surtos
Monitoramento e manejo do uso institucional de ATB
Higiene ambiental do hospital (Ar, Água, Resíduos, Planta física, controle de pragas)
Profilaxia pós exposição
Manejo do profissional infectado
Avaliação de novos produtos
índice de infecção hospitalar
No numerador, tenho o número de infecções que identifiquei (infecções relacionadas à assistência à saúde). No denominador, eu uso o número de saídas, que é a soma das altas hospitalares com os óbitos.
Infecção hospitalar = (N° de infecções hospitalares/Nº de saídas) x 100
Agora, se for calcular de uma UTI. O número de saídas da UTI é um pouco diferente, porque são as saídas para qualquer outro setor e os óbitos.
Letalidade por infecção hospitalar
Todas as infecções hospitalares do mês divididas pelo número de óbitos por infecções hospitalares.
O que é mais eficaz na redução do número de bactérias: água e sabão ou álcool gel? O que dá menos risco quando você tocar no paciente?
Álcool gel.
Se a mão tiver visivelmente limpa, o álcool gel ou qualquer composto com álcool vai ser mais eficaz que água e sabão. Se a mão estiver suja, você precisa lavar com água e sabão, que é um degermante.
Tipos de higienização das mãos, descritos pela ANVISA
- Higienização simples
- Higienização antisséptica
- Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica
Higienização simples das mãos
Ato de higienizar as mãos com água e sabão comum na forma líquida.
Higienização antisséptica das mãos
Ato de higienizar as mãos com água e sabonete associados a antisséptico
Fricção antisséptica das mãos com preparação alcoólica
Aplicação de preparação alcoólica nas mãos para reduzir a carga de microrganismos sem a necessidade de enxague em água ou secagem com papel toalha ou outros equipamentos.
Quando lavar as mãos?
Antes do contato com o paciente
Antes da realização de procedimentos assépticos
Após a exposição a fluidos corporais
Após o contato com o paciente
Após o contato com áreas próximas ao paciente
Duração correta do procedimento de higienização das mãos
- Higienização simples das mãos: 40 a 60s
- Higienização pré-cirúrgica: é feita com solução antisséptica leva mais tempo.
- Fricção das mãos com preparação alcoólica antisséptica (álcool líquido ou álcool em gel): 20 a 30 segundos. O princípio é usar uma quantidade que seja suficiente para umedecer toda a superfície da mão. Aí você vai friccionar todas as superfícies da mão (palmas, pontas dos dedos, entre os dedos, dorso, polegar e punhos). Enquanto você vai fazendo isso, o álcool vai evaporando. Quando o álcool evaporar completamente, você concluiu o procedimento.
Quando é que se usa máscara, para o profissional e para o paciente?
Precaução por gotícula
Doenças transmitidas por aerossóis
Tuberculose, hanseníase, vírus do sarampo e vírus varicela zoster.
Como manejar inicialmente pacientes que devem ser internados por infecções transmitidas por aerossóis
Quarto privativo é obrigatório (a porta deve ficar fechada e ele deve dispor de um sistema de ventilação com pressão negativa e filtro de alta eficácia)
Uso de máscaras N95 (a máscara cirúrgica tem o poro grande e deve ser deixada para precauções de gotículas) para todo profissional que prestar assistência ao paciente, deve ser colocada antes de se entrar no quarto e retirada após a saída (podendo ser aproveitada pelo mesmo profissional enquanto não estiver danificada)
O transporte do paciente deve evitado, mas se necessário - colocar uma máscara CIRÚRGICA nele
Quem é que usa a máscara N95 para precaução de infecção por aerossol?
São as pessoas que precisam evitar o contágio pelo paciente: profissionais de saúde e visitantes ou acompanhantes do paciente. O paciente não tem porque usar a N95, ele já está com a doença, usa a cirúrgica mesmo.
Precauções padrão
Devem ser aplicadas em todos os pacientes, independente de do seu diagnóstico, são indicadas na possibilidade ou quando houver risco de contato com sangue, fluidos, secreções e excreções corporais, exceto suor, e também risco de contato com pele não íntegra e mucosas.
As precauções enfatizam a necessidade de se tratar todos os pacientes em condições de segurança biológica.
Quais são as precauções padrão?
Lavagem de mão (sempre antes de contato com o paciente e objetos associados a ele, leito, equipamentos);
Luvas (quando houver risco de contato com sangue, fluidos corporais, membranas mucosas e pele não íntegra - se eu for só acessar a pele íntegra do paciente, medir ou palpar um pulso, não tenho que usar luva; já para mexer na face há risco de contato com as mucosas, então eu uso as luvas);
Máscara, óculos e protetor facial: sempre que houver risco de respingos de sangue e outros fluidos corporais na face do profissional (intubação).
Avental: para proteger a pele de respingos durante procedimentos que envolvam esse risco.
Artigos e equipamentos devem ser limpos ou esterilizados antes de reutilizados em outros pacientes
Prevenção de acidentes com perfurocortantes - não reencapar agulha, não desconectar agulhas de seringas, descarpax.
Precauções de contato
Feitas para profilaxia contra patógenos que podem ser transmitidos pelo contato simples, pelo toque, com o paciente ou com uma superfície. Essa é a forma mais importante e mais frequente de infecções hospitalares. Isso pode ocorrer de forma direta, pele com pele, ou de forma indireta, quando há um objeto intermediando o contato.
Exemplos de agentes para os quais se indica precaução de contato
Colonização ou doença por bactérias multirresistentes: MRSA, ESBL, KPC
Infecções entéricas: Norovirus, Clostridium difficile
Infecções virais: HSV, RSV, parainfluenza, enterovirus
Escabiose
Impetigo
Precauções de contato
Quarto privativo: ideal, mas na impossibilidade paciente em leite que diste no mínimo 1m de outro leito da enfermaria
Luvas: Obrigatórias para qualquer contato com paciente ou objetos dele
Lavagem de mãos: sempre com álcool ou clorexidina, após cada contato
Avental: sempre que houver possibilidade de contato das roupas do profissional com o paciente, seu leito ou material infectante
Como vestir as luvas e o avental para precauções de contato?
A parte de fora do avental está contaminada e a parte de dentro, teoricamente, limpa. As luvas entram ANTES do avental e SAEM ANTES.
Precaução por gotícula
Quarto privativo: ideal, mas na impossibilidade paciente em leite que diste no mínimo 1m de outro leito da enfermaria, pacientes com o mesmo patógeno podem ficar no mesmo quarto.
Possibilidade de transmissão direta e indireta (objetos)
Máscara: cirúrgica
Transporte: deve ser evitado, se necessário máscara cirúrgica (comum)
Exemplos de patógenos transmitidos por gotículas
Meningococo, haemophilus tipo B, micoplasma, bordetela pertusis, rubéola, adenovírus, parvovírus, influenza, vírus sincicial respiratório