Sepse Pediátrica Flashcards
Quais são os fatores determinantes para o equilíbrio entre oferta e demanda de O2 no organismo?
Nível de hemoglobina;
Saturação de O2;
Pressão arterial de O2;
DC;
Situação metabólica do paciente;
Qual é a formula da oferta de O2?
DO2 = DC x CAO2
Em um paciente com sinais e sintomas de choque, o que deve ser hipotetizado primariamente?
História de trauma
Paciente com sinais e sintomas de choque e com historia de trauma, quais dignósticos devemos aventar?
Choque hemorrágico;
Choque obstrutivo;
Choque cardiogênico;
Choque neurogênico;
Paciente com sinais e sintomas de choque e sem historia de trauma e com perda de fluidos, quais dignósticos devemos aventar?
Choque hipovolêmico:
Gastroenterites;
Cetoacidose metabólica;
Perda para o terceiro espaço;
Hemorragia não traumática;
Paciente com sinais e sintomas de choque e sem historia de trauma ou perda de fluidos, e com febre ou hipotermia quais dignósticos devemos aventar?
Choque séptico;
Paciente com sinais e sintomas de choque e sem historia de trauma, perda de fluidos, sem febre/hipotermia e exame cardíaco normal, quais dignósticos devemos aventar?
Exposição a alérgenos;
Chiado;
Urticária;
Paciente com sinais e sintomas de choque e sem historia de trauma, perda de fluidos, sem febre/hipotermia e exame cardíaco anormal, quais dignósticos devemos aventar?
Choque cardiogênico:
Arritmia cardíaca;
Cardiopatia congênita;
Miocardiopatia;
Ingestão de bloqueadores de canais de cálcio;
Tamponamento cardíaco não traumático;
Em linhas gerais, o que inclui a avaliação inicial do paciente sob risco de choque?
Reconhecimento das situações clinicas que imponham risco de morte;
Reconhecimento precoce do comprometimento circulatório;
Implementação de medidas iniciais para restabelecimento da volemia e oferta de O2;
Classificação do tipo de choque e determinação possível etiologia;
Quais as manifestações clinicas mais presentes no choque?
Taquicardia;
Alteração de pulso;
Alteração de perfusão periférica;
Alteração de cor;
Alteração de temperatura das extremidades;
Alteração do nível de consciência;
Hipotensão;
Oligúria;
Qual costuma ser o evento mais precoce no choque?
Aumento da FC
Quais outras situações que podem elevar a FC que devem fazer diagnóstico diferencial com choque na criança?
Febre;
Anemia;
Dor;
Com a evolução do quadro de choque, qual mecanismo é acionado para tentar manter o debito cardíaco adequado?
Vasoconstrição periférica;
Como se manifesta a vasoconstrição periférica?
Alteração de pulso, cor e temperatura da extremidade;
Como se apresenta a fase “quente” do choque séptico?
Vasodilatação levando a perfusão periférica rápida, em flush, com calor e rubor de extremidades
O que representa a queda da pressão arterial abaixo do percentil 5 para a faixa etária?
E um fenômeno tardio nos quadros de choque pediátrico, e representa a falência dos mecanismos compensatórios;
Verdadeiro ou falso:
No choque séptico, a hipotensão - mesmo sendo um evento mais tardio - é imprescindível para o seu diagnóstico?
Falso.
Não é imprescindível!
Qual a FC para um RN de até 28 dias de vida considerado normal?
100 a 204 bpm
Qual a FC para uma criança de 29 dias até 1 ano de vida considerado normal?
100 a 180 bpm
Qual a FC para um pacinete de 1 a 3 anos considerado normal?
98 a 140 bpm
Qual a FC para um pacinete de 3 a 5 anos considerado normal?
80 até 120 bpm
Qual a FC para um pacinete de 5 a 12 anos considerado normal?
75 a 118 bpm
Qual a FC para um pacinete > 12 anos considerado normal?
60 a 100 bpm
Qual o valor da PAS para considerarmos o paciente pediátrico até 28 dias de vida como hipotenso?
< 60 mmHg
Qual o valor da PAS para considerarmos hipotenso o paciente pediátrico de 29 dias até 1 anos?
< 70 mmHg
Qual o valor da PAS para considerarmos hipotenso o paciente pediátrico de 1 a 12 anos?
< 70 mmHg + 2x a idade em anos (mmHg)
Qual o valor da PAS para considerarmos hipotenso o paciente pediátrico > 12 anos?
< 90 mmHg
Como a deficiência de oferta de oxigênio cerebral se manifesta no choque?
Alteração do nível de consciência, o que pode variar para torpor ou para agitação;
A alteração do nível de consciência é um evento primário ou secundário à queda de perfusão cerebral?
Secundário;
Qual sinal clinico que não deve ser ignorado nas criações que pode indicar alteração do nível de consciência?
Irritabilidade inconsolável
Como a má perfusão renal se manifesta no paciente pediátrico?
Oligúria:
Diurese < 1 mL/Kg/h para lactantes;
Diurese < 0,5 mL/Kg/h para crianças mais velhas;
Qual a classifica da má IRA na choque pediátrico?
Pré renal
Caso não haja manejo adequado da má perfusão renal, para qual quadro o paciente irá evoluir?
Necrose tubular aguda
Do ponto de vista laboratorial, o que é comum a todos os tipos de choque?
Acidose metabólica com ânion-gap aumentado por aumento de lactato, devido ao desvio do metabolismo celular para a fase anaeróbica;
Verdadeiro ou Falso
No choque, não devemos postergar o estabelecimento de medidas iniciais de suporte, já que a a maioria dos paciente chocados se beneficiam de terapias como oxigenioterapia e expansão volêmica, independente do tipo de choque.
Verdadeiro
O que devemos fazer nos primeiro minutos do paciente pediátrico com choque?
Reconhecimento dos sintomas:
Diminuição dos pulsos periféricos;
Pele fria, moteada ou pálida;
Tempo de enchimento capilar prolongado;
Nível de consciência alterada;
Taquicardia ou bradicardia;
O que devemos fazer nos primeiro 5 a 15 minutos do paciente pediátrico com choque?
Identifica e tratar condições de risco à vida;
Administrar oxigênio a 100%;
Realizar intubação traqueal nos paciente com alterações nas vias respiratórias ou falência respiratória;
Estabelecer acesso venoso;
Infundir volume;
Identificar a necessidade de tratamentos específicos às condições subjacentes;
Indicar monitoramento contínuo;
Avaliar se as metas fisiológicas foram atingidas;
Como é feita a infusão de volume no paciente pediátrico com choque?
20 mL/Kg em 5 a 10 minutos em pacinete com choque descompensado;
20 mL/Kg em 5 a 20 minutos em pacientes com choque compensado;
Quais metas fisiológicas são avaliadas em resposta à conduta inicial no choque?
Normalização da pressão arterial para a faixa etária;
Qualidade dos pulsos: forte centrais = perifeéricos;
Extremidades quentes e perfusão periférica < 2s;
Nível de consciência: alerta;
Débito urinário > 1mL/Kg
Se as medidas inicias no choque no paciente pediátrico não surtaram em uma resposta adequada, o que se deve realizar nos próximos 15 a 30 minutos?
Realizar correções de glicose, cálcio e outras anormalidades eletrolíticas;
Se for choque cardiogênico: iniciar fármaco inotrópico;
Se for sepse: iniciar antibioticoterapia empírica;
Repetir infusão de solução cristaloide em alíquotas de 20 ml/kg até 60 mL/Kg
Avaliar as metas fisiológicas a cada infusão;
Se após 30 minutos de condutas, sem resposta adequada do paciente pediátrico ao choque, o que devemos fazer nos próximos 30 minutos ?
Reavaliar a causa presumida do choque;
Choque hipovolêmico: reavaliar as perdas de fluido e considerar coloide;
Choque séptico não responsivo à fluido terapia: iniciar fármaco inotrópico ou vaso ativo;
Choque hemorrágico: infundir hemoderivados
Na pediatria, existe o conceito de choque compensado, quando os mecanismos fisiológicos do paciente estão ambiente a normotensão. Logo, a hipotensão, apesar de não ser um critério diagnóstico, denota o quê?
Gravidade do caso
Qual o tipo de choque mais comum em pediatria?
Choque hipovolêmico
Quais as etiologias mais comuns de choque hipovolêmico em pediatria?
Gastrointestinais:
Diarréias líquidas, profusas e volumosas;
Vômitos;
Quais são os sinais clínicos de hipovolemia em pacientes pediátricos?
Choro sem lágrima;
Turnos pastoso;
Olhos encovados;
Fontanela deprimida;
Saliva escassa;
Verdadeiro ou Falso
No choque relacionado ao trauma, devemos iniciar reposição com cristalóides, sem necessidade de concentrada de hemácias
Falso, o paciente irá necessitar de concentrado de hemácias;
Para pacientes com antecedentes de cardiomiopatia ou sinais de disfunção miocárdica, o volume a ser infundido é de quanto?
10 mL/Kg
Nós casos de choque hemorrágico descompensado, ou naqueles em que haja necessidade de 60 ml/Kg de solução salina sem recuperação do status de choque, qual é o volume de concentrado de hemácias que deve ser considerada?
10 a 15 mL/Kg
Verdadeiro ou Falso
Paciente com anemia associada ao choque, devem receber concentrado de hemácias visando valores de 10 g/dL de modo a favorecer a oferta de oxigênio tecidual
Verdadeiro
Quais as principais causas de choque cardiogênico na pediatria?
Cardiopatias congênitas;
Miocardites;
Arritmias;
Pelo que é definido as manifestações clinicas no choque cardiogênico?
Presença ou não de congestão venosa, secundária ao aumento das pressões de enchimento capilar;
Situação da perfusão periférica, por comprometimento do DC ou contratibilidade miocárdica;
Quais sinais podem estar presente no choque cardiogênico no paciente pediátrico?
Bulhas em ritmo de galope;
Sopro cardíaco;
Alterações de pulsos periféricos;
Estase jugular;
Hepatomegalia;
Taquicardia;
Taquipneia;
Desconforto respiratório;
Estertoração no paciente pediátrico com suspeita de choque cardiogênico é suspeito de quê?
Edema agudo de pulmão
As manifestações clinicas do paciente com choque cardiogênico é divida de que forma?
Quente e seco: perfusão normal + sem congestão venosa;
Frio e seco: má perfusão periférica + sem congestão venosa
Quente e úmido: perfusão normal + com congestão venosa;
Frio e úmido: má perfusão + com congestão venosa;
Como se apresente o paciente quente e seco?
Compensado, com PA normal, pode estar associado à disfunção cardíaca significava
Como se apresente o paciente frio e seco?
Descompensado;
Aparência de doente;
Resistência vascular periférica aumentada;
Oligúria;
Alteração do nível de consciência;
Como se apresente o paciente quente e úmido?
Parcialmente compensado
Qual é o tipo de manifestação clinica em que o paciente se encontra mais comprometido clinicamente?
Frio e úmido
Quando devemos suspeitar de choque cardiogênico no paciente pediátrico?
Criança com sinais clínicos de choque que não apresente melhora, ou ainda, tenha piora clinica após a infusão de volume
IVAS prévia + sinais de descompensação cardíaca é suspeita de quê?
Miocardite viral
Verdadeiro ou Falso
O uso de marcadores de lesão miocárdica pode ser utilizado na suspeita de miocardites no choque cardiogênico
Verdadeiro
Qual é o tratamento do choque cardiogênico?
Bolos de 5-10 mL/Kg de solução cristaloide e reavaliação clínica após
O uso de diuréticos, vasodilatadores e suporte inotrópico deve ser considerado conforme a evolução clinica do paciente
Acidente escorpiônico é um a causa importante de qual tipo de choque?
Cardiogênico
É uma das principais causas de morbimortalidade entre as crianças entre todo o mundo.
Sepse
Como o Sepsis-3 define a a sepse em crianças?
Infecção grave levando a disfunção cardiovascular
O Phoenix Sépsis Score é construído através da analise de acometimento de quais sistemas?
Respiratório;
Cardiovascular;
Hematológico;
Neurológico;
Como o PSS define sepse?
PSS ≥ 2 em vigência de infecção suspeita ou documentada;
Como o PSS define choque séptico?
Sepse com ≥ 1 ponto no escore cardiovascular
Quais os fatores de risco para sepse pediátrica?
Idade < 1 mês;
Lesão grave;
Imunossupressão;
Doença crônica debilitantes;
Presença de dispositivos invasivos;
Malformação do TGY com ITU’s de repetição
Quais os principais agentes bacterianos relacionados à sepse?
S. Aureus;
S. Pneumoniae;
S. Pyogene;
Pseudomonas sp.
E. Coli
Quais as principais causas virais de sepse?
Adenovírus;
Vírus sincicial;
Dengue;
Herpes;
Quais os sinais clínicos da sepse?
Febre;
Protração;
Adinamia;
Diarreia (origem TGI);
Irritabilidade/alteração do nível de consciência (SNC);
Como a SIRS se manifesta?
Através da alteração dos sinais vitais, com taquicardia ou bradicardia, desconforto respiratório
O que seria um choque quente?
Hiperdinâmico, com baixa resistência vascular periférica e alto DC;
Enchimento capilar rápido < 1s;
Pulsos amplos, cheios com amplitude de pulso > 40 mmHg;
Extremidades quentes;
O que seria um choque frio?
Alta resistência vascular periférica e baixo débito cardíaco;
Enchimento capilar lentificado > 2s;
Pulsos finos;
Extremidades frias e moteadas;
Qual o tipo de choque séptico mais comum na criança?
Tipo frio
Quais são os exames complementares necessáraios diante da suspeita diagnóstica de sepse?
Hemograma completo;
Gasometria arterial;
Lactato;
Glicemia capilar;
Eletrólitos;
Ureia;
Creatinina;
Urina tipo I;
Hemocultura/urocultura;
Coagulograma;
Enzimas hepáticas;
Bilirrubinas;
Rx de tórax
Para que é necessário solicitar o hemograma no choque séptico?
Para avaliação da série branca e diferencial;
Indicativos de infecções agudas: Trombocitopenia, Neutrofilia, Neutropenia;
Para que é necessário solicitar a gasometria arterial no choque séptico?
Para avaliação da perfusão tecidual e status de oxigenação
O que se deve ser feito nos primeiro 10 a 15 minutos no choque séptico no paciente pediátrico?
Avaliar e manter via aérea, com ventilação;
Oferecer O2;
Avaliar necessidade de IOT (rebaixamento do nível de consciência ou desconforto respiratório);
Acesso venoso;
O estabelecimento de terapia antimicrobiana empírica de amplo espectro deve ser realiza em até quando tempo do reconhecimento do choque séptico e da sepse?
Até 3 horas da sepse e 1 hora do choque séptico;
Na primeira hora de tratamento do choque séptico, qual o tratamento?
Suporte intensivo: bolus 10-20 mL/Kg de cristalóides até 40 - 60 mL/Kg
Sem suporte intensivo: bolus somente se hipotensão até 40 mL/Kg e manter manutenção hídrica;
Qual tipo de fluidos vamos utilizar em crianças para reposição volêmica no choque séptico?
Cristaloide balanceados e tamponados (RL e Plasma-Lyte)
Quais drogas são escolhidas para o manejo do choque séptico na infância?
Epinefrina e norepinefrina;
Paciente com choque do tipo quente, qual a droga vaso ativa que devemos prescrever?
Noradrenalina
Paciente pediátrico com choque do tipo frio, com qual droga vasoativa devemos indicar?
Adrenalina;
Quando devemos realizar transfusão sanguínea no paciente com choque séptico?
Hemoglobina < 7 g/dL