Sangramentos da Gestação e Rotura de Membranas - Monize Flashcards
Em quantos períodos é dividida a gestação para considerar hipóteses de diagnóstico de sangramentos?
A gestação é dividida em 2 períodos: 1ª metade e 2ª metade.
Por que é útil dividir a gestação em dois períodos ao considerar sangramentos?
A divisão facilita o pensamento em hipóteses de diagnóstico mais direcionadas.
O que é considerado um aborto em termos de semanas de gestação?
Um aborto é considerado uma interrupção da gravidez antes de 22 semanas.
Quais são as outras duas características que definem um aborto além das semanas de gestação?
Feto com peso inferior a 500g ou feto com comprimento inferior a 16,6 cm.
Em que posição o aborto está entre as causas de mortalidade materna no Brasil?
É a 4ª causa de mortalidade materna no Brasil.
O que é a síndrome hemorrágica de primeira metade da gravidez?
É uma interrupção da gravidez que ocorre na primeira metade da gestação, caracterizada por aborto.
O que diferencia um aborto precoce de um tardio em termos de semanas de gestação?
Precoce ocorre antes de 12 semanas e tardio entre 13 e 20 semanas.
O que distingue um aborto espontâneo de um provocado?
Espontâneo ocorre sem intervenção externa e pode ser causado por doenças da mãe ou anormalidades do embrião/feto. Provocado é uma interrupção causada por intervenção externa e intencional.
Quais são as duas principais formas de classificar um aborto e suas subcategorias?
1) Precoce ou tardio: Precoce antes de 12 semanas, tardio entre 13 e 20 semanas
2) Espontâneo ou provocado: Espontâneo sem intervenção externa, provocado com intervenção externa e intencional.
O que é abortamento evitável ou ameaça de abortamento?
É uma forma de abortamento onde há chances de reversão do quadro, ou seja, existem perspectivas na evolução da gravidez.
Quais são os dois principais sintomas de um abortamento evitável?
Os dois grandes sintomas são sangramento e dor.
Todo sangramento em gravidez é considerado como o quê?
Todo sangramento em gravidez é considerado uma ameaça de aborto.
O que significa deslocamento de embrião maior que 40% no contexto de abortamento evitável?
Se o descolamento do embrião for maior que 40%, há uma alta chance de aborto.
E o que implica um deslocamento de embrião menor que 40%?
Se o descolamento for menor que 40%, há reabsorção do descolamento e maior chance de viabilidade da gravidez.
O que é o exame especular no contexto de abortamento evitável?
É um exame físico que pode revelar características como sangue coletado e sangramento ativo de leve intensidade.
Quais achados podem ser observados ao exame especular em um caso de abortamento evitável?
Podem-se encontrar sangue coletado e sangramento ativo de leve intensidade, com colo impérvio.
Quais são os achados com toque vaginal combinado em um abortamento evitável?
Útero com tamanho compatível com idade gestacional e atraso menstrual, colo impérvio e sangramento de pequena monta.
O que significa “colo impérvio” no contexto de achados especulares do abortamento evitável?
Colo impérvio significa que o colo do útero está fechado, indicando que não há passagem permitida.
O que é indicado por “sangramento de pequena monta” em um abortamento evitável?
Indica que o volume de sangramento é relativamente baixo.
Quais são os achados no exame ecográfico transvaginal em um caso de abortamento evitável?
1) Saco gestacional regular
2) Batimento cardíaco fetal regular e bpm aumentado
3) Área de descolamento ovular inferior a 40% do diâmetro do saco gestacional.
Qual é a conduta recomendada para um caso de abortamento evitável, mesmo na presença de hematoma retroplacentário, e qual é a eficácia da recomendação de repouso no leito?
A conduta é expectante, sem indicação de internação hospitalar, mesmo na presença de hematoma retroplacentário. Não há medidas médicas que possam alterar a evolução do quadro. A recomendação de repouso no leito não demonstrou benefícios.
O que define um caso de abortamento inevitável e quais são os achados clínicos frequentes?
O abortamento inevitável é definido quando o colo uterino está aberto e não há medicação para reverter o sangramento, tornando a continuação da gestação inviável. Clinicamente, isso se traduz pela dilatação da cérvice, que permite a detecção, na maioria das vezes, de membranas ovulares e do próprio embrião.
Quais são as subcategorias de aborto inevitável e como elas se diferem?
1) Aborto inevitável completo: Material presente no canal vaginal e colo uterino fechado.
2) Aborto inevitável incompleto: Não foi possível eliminar todo o material.
O que é observável em um caso de aborto inevitável incompleto?
Espessamento do endométrio.
O que ocorre em relação ao expulsamento do concepto e a eliminação de material em um aborto inevitável incompleto?
Há expulsamento do concepto mas permanência da placenta ou restos placentários, ou seja, o ovo é eliminado parcialmente.
Quais são os sintomas típicos de um aborto inevitável incompleto?
Os sintomas incluem sangramento, útero menor que o esperado, e dores tipo cólicas.
Quais são as condutas gerais recomendadas para casos de abortamento inevitável?
Para abortamento incompleto com menos de 12 semanas, a Aspiração Manual Intrauterina (AMIU) é recomendada. Se não for possível realizar AMIU, a curetagem uterina é a opção. Para abortamentos com mais de 12 semanas, a curetagem uterina é utilizada para eliminar o feto.
Qual é a conduta recomendada para um abortamento inevitável incompleto com menos de 12 semanas?
A Aspiração Manual Intrauterina (AMIU) é recomendada. Se AMIU não for possível, a curetagem uterina é realizada.
Qual é a conduta recomendada para um abortamento inevitável com mais de 12 semanas?
Curetagem uterina é realizada para eliminar o feto.
O que define um caso de aborto retido?
Um aborto retido é definido como um caso onde não houve sangramento e não ocorreu a eliminação do feto.
Qual é a condição do feto em um caso de aborto retido?
O feto se encontra sem batimento cardíaco.
Qual é a conduta recomendada em um caso de aborto retido?
A conduta é expectante até 30 dias, esperando a eliminação espontânea do feto. Se isso não ocorrer, é necessário realizar a curetagem.
Quais são os sinais inflamatórios em um caso de aborto infectado?
Os sinais inflamatórios incluem febre e corrimento com odor fétido.
Como é o sangramento em um caso de aborto infectado?
O sangramento geralmente não é profuso e costuma se manifestar como sangue aguado, escuro, tipo “lavado de carne”, frequentemente com odor fétido.
Quais tecidos estão comprometidos nas formas iniciais de um aborto infectado?
Nas formas iniciais, apenas o endométrio e o miométrio estão comprometidos pelo processo infeccioso.
Quais são os sintomas de infecção detectados nas formas iniciais de um aborto infectado?
Os sintomas que traduzem a infecção incluem febre em torno de 38°C e dor média tipo cólicas intermitentes.
Como é o estado geral do paciente nas formas iniciais de um aborto infectado?
O estado geral é bom, permitindo o exame físico que frequentemente revela dor moderada à mobilização do colo uterino e à palpação abdominal.
Quais são os tratamentos comuns para um aborto infectado?
Nos casos comuns, o tratamento envolve a administração de antibióticos adequados como Clindamicina + Gentamicina ou Amicacina, além da remoção do foco infeccioso.
Como são tratados os casos mais graves de aborto infectado?
Em casos mais graves, além da administração de antibióticos como Penicilina G ou Ampicilina, o tratamento clínico inclui o suporte ao estado geral da paciente com a administração de solutos e, se necessário, sangue.
Qual é o tratamento definitivo para um aborto infectado?
O tratamento definitivo é cirúrgico e envolve a curetagem com a remoção do foco infeccioso, que é quase sempre traduzido nos restos placentários infectados.
Qual é a conduta geral em abortamentos com foco infeccioso?
A conduta geral em abortamentos com foco infeccioso é a administração de antibióticos (ATB) combinada com o esvaziamento uterino.
O que é gestação ectópica e onde ela geralmente ocorre?
A gestação ectópica ocorre quando a implantação e o desenvolvimento do ovo fertilizado acontecem fora da cavidade uterina. Embora possa ocorrer em outros locais, como cicatrizes de cesárea, corno do útero e colo do útero, é mais comumente encontrada na tuba uterina.
Qual é o risco para uma paciente que já teve uma gestação ectópica?
Uma paciente que já teve uma gestação ectópica tem um aumento de 15% na chance de ter outra.
Como é feita a observação do ovário em relação à gestação ectópica?
Normalmente, o ovário que contém o corpo lúteo é o local onde a gestação ectópica ocorreu.
Quais são os sintomas principais na anamnese para identificar uma gestação ectópica complicada (aborto ou ruptura)?
O sintoma principal da gravidez tubária complicada é a dor. Em casos de ruptura tubária, a dor é sincopal e lancinante. Já em casos de aborto, a dor apresenta-se em caráter de cólicas.
Quais são os principais sinais no exame físico geral que caracterizam um estado hipovolêmico em uma gestação ectópica?
Os principais sinais que caracterizam um estado hipovolêmico incluem palidez cutaneomucosa sem perda sanguínea visível, taquicardia e hipotensão arterial.
No contexto da gestação ectópica, que achados podem ser evidenciados durante um exame físico especial em ginecologia?
No exame físico especial, podem-se observar reação peritoneal, descompressão brusca dolorosa (DB+), e diminuição de ruídos hidroaéreos intestinais (RHA-).
Quais são os principais achados durante o exame dos genitais internos em casos de gestação ectópica?
Durante o exame dos genitais internos, há intensa dor notada especialmente com a palpação do fundo de saco posterior, conhecida como “Grito de Douglas” (sinal de Proust). O útero apresenta-se ligeiramente aumentado e amolecido. Nos anexos, tumoração palpável só é detectada em cerca de 50% dos casos.
Quais são alguns fatores de risco associados à gestação ectópica?
Gravidez ectópica prévia, cirurgia tubária prévia, infertilidade, Doença Inflamatória Pélvica (DIP), endometriose, usuárias de DIU, anticoncepção de emergência e tabagismo.
No contexto de gestação ectópica, quão significativo é o fator de risco de ter uma gravidez ectópica anterior?
Ter uma gravidez ectópica anterior é um fator de risco importante para uma nova gestação ectópica.
Quais fatores cirúrgicos prévios podem aumentar o risco de uma gestação ectópica?
Cirurgia tubária prévia, como esterilização feminina e reanastomose tubária, são fatores de risco.
Por que a infertilidade é considerada um fator de risco para a gestação ectópica?
A infertilidade é um fator de risco porque as condições que causam infertilidade também podem levar a uma gravidez ectópica.
Como a Doença Inflamatória Pélvica (DIP) pode ser um fator de risco para gestação ectópica?
A DIP pode causar cicatrizes ou bloqueios nas tubas uterinas, tornando mais provável uma gestação ectópica.
De que forma o tabagismo está relacionado ao risco de gestação ectópica?
O tabagismo é um fator de risco para gestação ectópica, embora o mecanismo exato ainda seja incerto.
Em resumo, quais são os principais fatores de risco para gestação ectópica?
Utilização de DIU, cirurgias prévias e endometriose são resumidamente os principais fatores de risco.
Quais são os parâmetros de diagnóstico laboratorial e por imagem que indicam uma gestação ectópica?
Um beta-hCG positivo acima de 2.000 Ul/Ml, juntamente com a ausência de uma imagem dentro da cavidade uterina, são indicativos de uma gestação ectópica.
Quais sintomas são sugestivos de gravidez ectópica, e qual deve ser a conduta em tais casos?
Atraso menstrual, sangramento genital e/ou dor abdominal são sintomas sugestivos de gravidez ectópica. Em casos com esses sintomas, deve ser realizado acompanhamento cuidadoso até que o diagnóstico seja esclarecido.
Quais exames são necessários para complementar o diagnóstico de gestação ectópica e qual é a conduta correta diante do valor discriminatório da beta-hCG?
A conduta inclui o monitoramento da evolução dos títulos da beta-hCG, a realização de USTV (ultrassonografia transvaginal) e, excepcionalmente, a curetagem uterina para confirmar ou descartar o diagnóstico. O valor discriminatório da beta-hCG é de 2.000mUI/mL; valores acima desse indicam que uma gestação intrauterina deveria ser confirmada à USTV.
Quais são as indicações para a conduta expectante no tratamento da gestação ectópica?
A conduta expectante é indicada quando há queda dos níveis de beta-hCG.
Em que situação é indicada a conduta cirúrgica no tratamento da gestação ectópica?
A conduta cirúrgica é indicada em casos de rotura tubária.
Quais são as indicações para o uso de metotrexato (MTX) no tratamento da gestação ectópica?
O MTX é indicado quando há estabilidade hemodinâmica, diâmetro da massa anexial menor ou igual a 3,5 cm, beta-hCG inicial de 5.000 mUI/ml, ausência de dor abdominal e desejo de gravidez futura. Termo de consentimento deve ser assinado. (Não é muito usual nós escolhermos essa conduta)
O que sugere uma duplicação dos níveis de beta-hCG a cada 48 horas em uma gestação ectópica?
Sugere uma gestação ectópica rota, necessitando de uma conduta mais incisiva.
Qual a conduta em uma gestação ectópica com decrescimento dos níveis de beta-hCG?
A conduta é expectante.
Quais são os sintomas que indicam rotura em uma gestação ectópica e qual é a conduta indicada?
Em caso de rotura, a paciente sente muita dor, apresenta abdome agudo e eliminação de sangue na cavidade abdominal, indicando conduta cirúrgica devido à irritação peritoneal.
O que sugere uma duplicação dos níveis de beta-hCG a cada 48 horas em uma gestação ectópica?
Sugere uma gestação ectópica rota, necessitando de uma conduta mais incisiva.
Qual a conduta em uma gestação ectópica com decrescimento dos níveis de beta-hCG?
A conduta é expectante.
Quais são os sintomas que indicam rotura em uma gestação ectópica e qual é a conduta indicada?
Em caso de rotura, a paciente sente muita dor, apresenta abdome agudo e eliminação de sangue na cavidade abdominal, indicando conduta cirúrgica devido à irritação peritoneal.
O que é a Doença Trofoblástica Gestacional (DTG) de forma simplificada?
É uma anomalia que afeta as células do tecido trofoblástico placentário, podendo levar a problemas como invasão, metástase e recorrência.
Como a Doença Trofoblástica Gestacional (DTG) é definida de forma aprofundada?
É uma anomalia proliferativa que atinge as células cito e sinciciotrofoblásticas que compõem o tecido trofoblástico placentário, variando em propensão para regressão, invasão, metástase e recorrência.
Quais são os achados no USG para Neoplasia Trofoblástica Gestacional?
O sangramento tem aspecto de sagu ou cacho de uva.
Por que é necessário um acompanhamento posterior em casos de Neoplasia Trofoblástica Gestacional?
Para verificar se a doença benigna não evoluiu para uma forma maligna.
Qual o fator de risco para neoplasia trofoblástica gestacional (mola hidatiforme)?
O principal fator de risco é ter idade ≥ 35 anos (IMA)
Quais são as manifestações clínicas de sangramento na neoplasia trofoblástica gestacional?
Sangramento transvaginal de repetição e intensidade variável.
Como o útero se apresenta na neoplasia trofoblástica gestacional?
Aumentado de volume para a idade gestacional.
Quais sintomas gastrointestinais são comuns na neoplasia trofoblástica gestacional?
Náuseas e vômitos.
Que tipo de cisto é visualizado no USG em casos de neoplasia trofoblástica gestacional?
Cisto tecaluteínicos, com aspecto de uva/sagu.
Qual patologia endócrina tem maior probabilidade de ocorrer na neoplasia trofoblástica gestacional?
Hipertireoidismo.
Em que período gestacional é mais provável observar sinais de pré-eclâmpsia na neoplasia trofoblástica gestacional?
Antes da 20ª semana da gestação.
Como as náuseas e vômitos se manifestam em gestações molares evoluídas com úteros volumosos e grande quantidade de material intracavitário?
A hiperêmese pode ser incoercível e de difícil inibição.
O que são cistos tecaluteínicos e em que percentual dos casos de neoplasia trofoblástica gestacional eles estão presentes?
Cistos tecaluteínicos são uma forma de hiperestimulação ovariana causada por níveis elevados do B-hCG. Eles estão presentes em cerca de 20% dos casos de neoplasia trofoblástica gestacional.
Qual é a conduta inicial no tratamento da neoplasia trofoblástica gestacional?
A conduta inicial é levar o paciente ao centro cirúrgico. Não se realiza curetagem; uma biópsia é necessária.
Quais são as etapas do seguimento pós-molar no tratamento da neoplasia trofoblástica gestacional?
O principal item do seguimento pós-molar é a dosagem do beta-hCG. Inicialmente, a dosagem é feita semanalmente, depois quinzenalmente, até que haja normalização em três dosagens consecutivas. Após isso, a avaliação é mensal durante seis meses.
Durante o seguimento pós-molar, qual é a orientação quanto à possibilidade de engravidar?
A orientação é de não engravidar durante o período de seis meses de seguimento pós-molar.
O que é o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?
O DPP ocorre quando há ruptura dos vasos maternos na decídua basal, levando à separação da placenta e causando sangramento.
O que causa imediatamente o Deslocamento Prematuro de Placenta?
A causa imediata é a ruptura dos vasos maternos na decídua basal.
Qual pode ser a extensão do sangramento em casos de DPP?
O sangramento pode ser pequeno e autolimitado ou pode continuar a dissecar a interface placenta-decidual, levando à separação completa ou quase completa da placenta.
O que geralmente está relacionado à maioria dos casos de DPP?
A maioria dos descolamentos parece estar relacionada a um processo patológico placentário crônico.
Quais anormalidades no desenvolvimento das artérias espiraladas podem levar ao DPP?
Anormalidades no desenvolvimento precoce das artérias espiraladas podem levar a necrose decidual, inflamação placental e possivelmente infarto, culminando em disrupção vascular e sangramento.
O que é o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP) e em que fase da gravidez ele geralmente ocorre?
O Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP) é uma complicação obstétrica que geralmente ocorre na segunda metade da gravidez. É caracterizado pela separação prematura da placenta do útero, levando a sangramentos que podem variar em intensidade.
Quais são os três principais sinais e sintomas que compõem a tríade do Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?
A tríade do Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP) inclui: sangramento, hipertonia e dor.
Quais são algumas das causas possíveis para o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?
As causas do Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP) podem incluir
trauma,
uso de drogas,
anomalias uterinas,
infecção intra-amniótica,
vasculite,
distúrbios trombóticos,
ruptura prematura das membranas (polidâmnio),
tabagismo e
descolamento placentário anterior.
Quantos graus de classificação existem para o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?
Existem três graus de classificação para o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP): Grau I, Grau II e Grau III.
O que caracteriza o Grau I de Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?
O Grau I é geralmente assintomático ou apresenta sangramento discreto. Não há hipertonia uterina significativa e a vitalidade fetal é mantida. O diagnóstico é muitas vezes feito após o nascimento, devido à presença de coágulos retroplacentários.
O que caracteriza o Grau II de Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?
O Grau II envolve sangramento moderado e verificação da presença de batimentos cardíacos fetais. Há repercussão hemodinâmica na mãe, como aumento da frequência cardíaca, alteração postural da pressão arterial e queda do fibrinogênio. A vitalidade fetal é prejudicada.
O que caracteriza o Grau III de Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP) e quais são suas subcategorias?
O Grau III é caracterizado pela ausência de batimentos cardíacos fetais, indicando óbito fetal. A mãe apresenta hipotensão arterial e hipertonia uterina. Ele é dividido em Grau IIIA, onde há coagulopatia instalada, e Grau IIIB, onde não há coagulopatia instalada.
Quais são os sinais e sintomas que podem ser usados para diagnosticar o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP)?
Os sinais e sintomas que podem ser usados para diagnosticar o Deslocamento Prematuro de Placenta (DPP) incluem:
Sangramento vaginal,
Dor abdominal ou pélvica,
Contração uterina,
Anormalidades na frequência cardíaca fetal e
Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD).
No tratamento da DPP, qual é a conduta recomendada para uma gestante estável com feto morto?
Se a gestante está estável e o feto está morto, a recomendação é a realização de um parto vaginal.
No tratamento da DPP, qual é a conduta recomendada para uma gestante estável com feto vivo?
Se a gestante está estável e o feto está vivo, a decisão entre parto vaginal e cesárea depende de se o parto é iminente ou não. Se o parto é iminente, opta-se pelo parto vaginal; caso contrário, a cesárea é a abordagem recomendada.
No tratamento da DPP, qual é a conduta em casos de instabilidade materna E/OU sofrimento fetal agudo (SFA) E/OU trabalho de parto lento?
Em casos de instabilidade materna, sofrimento fetal agudo (SFA) ou trabalho de parto lento, a conduta recomendada é a realização de uma cesárea.
No contexto da DPP, como a escolha entre parto vaginal e cesárea é feita quando a gestante está estável?
A escolha entre parto vaginal e cesárea quando a gestante está estável é baseada no status do feto (vivo ou morto) e na iminência do parto. Se o feto está morto, opta-se por parto vaginal. Se o feto está vivo e o parto é iminente, também se opta por parto vaginal. Se o feto está vivo mas o parto não é iminente, a cesárea é recomendada.
O que é placenta prévia e quando ela é diagnosticada?
A placenta prévia é definida como a presença de tecido placentário total ou parcialmente inserido no segmento inferior do útero, diagnosticada após 28 semanas de gestação.
Quais são os tipos de placenta prévia?
Há dois tipos principais de placenta prévia:
1) Quando a placenta recobre total ou parcialmente o orifício interno do colo uterino, anteriormente chamada de placenta prévia centro-total ou centro-parcial.
2) Placenta de inserção baixa, onde a borda placentária se insere no segmento inferior do útero mas não chega ao orifício interno, e se localiza a no máximo 2 cm de distância dessa estrutura. Este era conhecido como placenta prévia marginal.
O que deve ser descartado no diagnóstico diferencial de placenta prévia?
É importante descartar a possibilidade de acretismo placentário quando se diagnostica uma placenta prévia. O acretismo placentário é uma condição em que a placenta adere de maneira anormal ao miométrio (músculo uterino), o que pode complicar a remoção da placenta após o parto e levar a sangramentos severos.
Quais são os fatores de risco para placenta prévia?
Os fatores de risco para placenta prévia incluem: número de cesarianas prévias, gestação múltipla, antecedente de placenta prévia, número de curetagens uterinas, idade materna avançada, multiparidade e tabagismo.
Qual é o exame diagnóstico padrão para placenta prévia?
O exame diagnóstico padrão para placenta prévia é o ultrassom obstétrico (USG).
Quando deve-se suspeitar de placenta prévia em gestantes?
Qualquer gestante acima de 24 semanas com sangramento vaginal indolor deve levar à suspeita de placenta prévia.
Quais são os achados típicos em um USG na placenta prévia?
Contrações uterinas podem ser encontradas durante ou após o episódio hemorrágico, e o tônus uterino está normal nos seus intervalos. O exame de toque vaginal é proscrito pelo risco de ocasionar hemorragia abundante.
Qual é a abordagem de tratamento para placenta prévia?
A abordagem de tratamento para placenta prévia é cirúrgica.
Até que semana de gestação o diagnóstico de placenta prévia não é fechado?
Antes de 28 semanas de gestação, o diagnóstico de placenta prévia não é fechado.
A conduta de tratamento para placenta prévia muda dependendo se o feto é pré-termo ou de termo?
Sim, a conduta de tratamento para placenta prévia varia dependendo se o feto é pré-termo ou de termo.
Qual é a conduta para feto pré-termo com sangramento materno incontrolável ou sofrimento fetal em caso de placenta prévia?
Em caso de feto pré-termo com sangramento materno incontrolável ou sofrimento fetal, a interrupção imediata por cesárea é indicada.
Qual é a conduta para feto pré-termo com sangramento materno controlável em caso de placenta prévia?
Em caso de feto pré-termo com sangramento materno controlável, a indicação é para internação e vigilância do sangramento. Isso inclui controle dos sinais vitais, controle da vitalidade fetal e uso de corticóides entre 25 e 34 semanas de gestação.
Qual é a conduta para feto de termo em caso de placenta prévia?
Para fetos de termo em casos de placenta prévia, a interrupção com 37 semanas por cesárea é recomendada.
É possível o parto vaginal em casos de placenta de inserção baixa?
Sim, em casos de placenta de inserção baixa, o parto vaginal é possível.
O que é rotura uterina?
A rotura uterina é uma abrupta solução de continuidade da parede uterina, envolvendo todas as suas camadas, inclusive a serosa superficial.
Quais pacientes estão em risco aumentado de rotura uterina com base em sua história de parto?
Pacientes com dois ou mais partos cesáreos anteriores estão em risco aumentado de rotura uterina. A hiperatividade uterina nesses casos é um indicativo para a realização do próximo parto por cesárea devido ao risco elevado de rotura.
Quais causas de rotura uterina estão associadas a fatores relacionados à própria gestação, como a condição do útero e do feto?
A superdistensão uterina, que pode ocorrer devido a gestação multifetal, polidrâmnio ou anomalia fetal, é uma causa de rotura uterina.
Quais são as causas iatrogênicas de rotura uterina e como elas ocorrem?
A utilização de ocitocina que leva à hipertonia uterina e a perfuração iatrogênica são causas iatrogênicas de rotura uterina. A ocitocina pode levar a contrações uterinas excessivas que culminam em rotura, enquanto a perfuração iatrogênica pode ocorrer durante procedimentos médicos.
Como as cicatrizes uterinas anteriores e a distocia no trabalho de parto podem levar à rotura uterina?
Cicatrizes uterinas anteriores tornam o tecido mais frágil e suscetível a romper. A incapacidade de reconhecer distocia durante o trabalho de parto, especialmente com contrações uterinas excessivas em relação a um anel uterino de restrição anterior, também pode levar à rotura.
Quais são os sinais e sintomas de rotura uterina?
Um sinal comum de rotura uterina é a distensão do segmento uterino interior no abdome.
O que é a Síndrome de Bandl-Frommel?
A Síndrome de Bandl-Frommel é caracterizada pela formação de um anel próximo à cicatriz umbilical que separa o corpo do útero do segmento. Isso faz com que o ligamento redondo fique distendido.
Qual é o tratamento indicado para a Síndrome de Bandl-Frommel?
O tratamento indicado para a Síndrome de Bandl-Frommel é cirúrgico.
O que é a Rotura do Seio Marginal?
A Rotura do Seio Marginal pode ocorrer no periparto e se manifesta por episódios de sangramento vaginal indolores, contínuos e de pequena quantidade, de cor vermelha viva. O tônus uterino e o BCF (Batimento Cardíaco Fetal) são normais, e a placenta está normoposicionada à ultrassonografia.
Quais são algumas considerações importantes sobre a Rotura do Seio Marginal?
- Não há fatores de risco associados. 2. O quadro é idêntico à placenta prévia, mas a ultrassonografia mostra uma inserção normal da placenta. 3. O sangramento é de origem materna e geralmente de pequena intensidade. 4. A conduta é obstétrica.
Como diferenciar a Rotura do Seio Marginal de uma Placenta Prévia?
Ambos os quadros podem apresentar sintomas semelhantes como sangramento vaginal indolor. A principal diferença é a posição da placenta, que é normoposicionada na Rotura do Seio Marginal, conforme observado através de ultrassonografia. Isso faz dela um diagnóstico diferencial de Placenta Prévia.
O que é Rotura de Vasa Prévia?
Rotura de Vasa Prévia ocorre quando os vasos fetais que compõem o cordão umbilical, mas que não estão recobertos e protegidos pela membrana do cordão, se rompem. Esses vasos se localizam entre o orifício uterino e a apresentação fetal.
Quais são os sintomas mais comuns em um quadro de Rotura de Vasa Prévia?
O principal sintoma é o sangramento vaginal em grande quantidade após a ruptura das membranas, seja de forma natural (amniorrexe) ou artificial (amniotomia). Este quadro é frequentemente acompanhado de sofrimento fetal.
Como o diagnóstico de Rotura de Vasa Prévia pode ser feito no pré-natal?
O diagnóstico de Rotura de Vasa Prévia no pré-natal pode ser realizado através da ultrassonografia com dopplerfluxometria colorida.
Qual é a conduta padrão para gestantes com diagnóstico de Rotura de Vasa Prévia que estão com 36 semanas ou mais?
A conduta padrão é a interrupção eletiva da gestação por via alta (cesariana) em todas as pacientes com 36 semanas ou mais.