Rotura Prematura de Membranas - Monize Flashcards
Qual é a porcentagem de todas as gestações afetadas pela rotura prematura de membranas?
5%
Por qual porção dos partos prematuros a rotura prematura de membranas é responsável?
1/3
Qual é a relevância da rotura prematura de membranas em relação à prematuridade e morbidade?
Principal causa identificável
Qual é a porcentagem dos casos de TPP no Brasil devido à rotura prematura de membranas?
28,70%
Em termos de mortalidade neonatal mundial, qual é o impacto percentual da rotura prematura de membranas?
29%
O que é a rotura prematura de membranas?
Ruptura espontânea das membranas coriônica e amniótica, comprovadamente 01 hora antes do início do trabalho de parto, Independente de idade gestacional.
Qual é o nome dado ao intervalo entre a ruptura das membranas e o início do trabalho de parto?
Período de Latência
Qual é a duração típica do período de latência após a rotura prematura de membranas?
Entre 12-24 horas
Quais são os sinônimos para a rotura prematura de membranas?
Ruptura Prematura De Membranas Ovulares (Rpmo), Amniorrexe Espontânea, Amniorrexe Artificial, Amniorrexe Iatrogênica
Qual é o termo que se deve evitar usar ao se referir à rotura prematura de membranas e por quê?
Evitar “ROTURA DE BOLSA” ou “BOLSA ROTA” porque é inadequado; a bolsa das águas só se forma no trabalho de parto.
Quais são as funções do líquido amniótico?
Facilita movimentação fetal, favorece o desenvolvimento de diversos sistemas, permite livre flutuação do cordão umbilical, protege o feto de traumas e compressões, e protege contra contaminações e infecções.
Como o líquido amniótico auxilia no desenvolvimento fetal?
Favorece o desenvolvimento pulmonar, sistema digestório, sistema urinário e desenvolvimento muscular.
Qual é a importância do líquido amniótico para o cordão umbilical?
Permite a livre flutuação do cordão umbilical.
Por que o líquido amniótico é importante durante a movimentação fetal e contrações uterinas?
Protege de traumas externos e de compressões.
Como o líquido amniótico protege o feto de agentes externos?
Protege contra potenciais contaminações e infecções.
Quais são as causas iatrogênicas para a rotura prematura de membranas?
Cirurgias Cervicais (cerclagem), Amnlacentese (Fetoscopia), Biópsia de Vilosidade Coriônica, Laserterapia.
Que procedimento cervical pode levar à rotura prematura de membranas?
Cirurgias Cervicais (cerclagem).
Qual procedimento que envolve a retirada de uma amostra pode causar rotura prematura?
Biópsia de Vilosidade Coriônica.
Qual tratamento que utiliza luz intensa pode ser uma causa iatrogênica para a ruptura de membranas?
Laserterapia.
Quais são as causas espontâneas para a rotura prematura de membranas?
Super-distensão uterina,
Fatores mecânicos,
Alteração da integridade cervical,
Fatores intrínsecos às membranas,
Alteração da oxigenação tecidual,
Diminuição da atividade imunológica bactericida do líquido amniótico.
Quais condições estão relacionadas à super-distensão uterina que podem causar rotura prematura?
Polidrâmnio e Gestação Múltipla.
Que fatores mecânicos podem levar à rotura prematura de membranas?
Contrações uterinas e Movimentação fetal.
Como as alterações na integridade cervical podem causar a rotura prematura?
Por Incompetência cervical e Cerclagem.
Quais são as condições associadas a fatores intrínsecos às membranas que podem levar à rotura prematura?
Deficiência de alfa-1-antitripsina e Síndrome de Ehlers-Danlos.
Qual hábito está associado à alteração da oxigenação tecidual que pode causar rotura prematura?
Tabagismo.
Como a diminuição da atividade imunológica do líquido amniótico pode influenciar a rotura prematura?
Reduz a defesa bactericida, potencialmente permitindo contaminações que levem à rotura.
Quais bactérias estão associadas à etiopatogenia da rotura prematura de membranas?
Estreptococo do Grupo B, Gardnerella vaginalis, Peptoestreptococos, outros estreptococos (como do Grupo A), Fusobactérias, Bacteroides fragilis, Bacteroides sp, E. Coli e Enterococos.
Qual bactéria tem uma prevalência de 20% na etiopatogenia da rotura prematura de membranas?
Estreptococo do Grupo B.
Quais são as bactérias associadas com uma prevalência de 10% ou menos à rotura prematura?
Outros estreptococos (ex.: do Grupo A), Fusobactérias, Bacteroides fragilis, Bacteroides sp.
Qual é a prevalência da Gardnerella vaginalis na etiopatogenia da rotura prematura?
17%.
Qual é a prevalência do Peptoestreptococos na etiopatogenia da rotura prematura?
11%.
Quais são os principais mecanismos envolvidos na fisiopatogenia da rotura prematura de membranas?
Processo infeccioso latente, Processo inflamatório, Alteração estrutural da membrana tecidual, e Rotura da membrana ovular.
O que é característico do processo inflamatório na fisiopatogenia da rotura prematura?
Envolve Apoptose, Proteases e Colagenases.
Qual mecanismo da fisiopatogenia envolve alterações no tecido da membrana?
Alteração estrutural da membrana tecidual.
O que ocorre no estágio final da fisiopatogenia da rotura prematura de membranas?
Rotura da membrana ovular.
Como é feito o diagnóstico da rotura prematura de membranas na maioria dos casos?
É essencialmente clínico em 90% dos casos através de anamnese e exame físico.
Qual é a principal característica da história clínica na rotura prematura de membranas?
Perda abrupta de líquido com aspecto e odor característicos.
O que é observado no exame especular para o diagnóstico da rotura prematura de membranas?
- Perda de líquido amniótico pelo OE (orifício externo) do colo, podendo ser espontaneamente,
- com compressão do fundo uterino com manobra de Valsalva
- com tampão vaginal.
Por que é importante evitar o toque vaginal durante o diagnóstico da rotura prematura?
Devido ao risco de contaminação/infecção.
Quais são os métodos de propedêutica complementar para avaliar a rotura prematura de membranas?
Avaliação direta do pH utilizando fitas específicas.
Qual é o valor de pH indicativo da rotura prematura de membranas ao usar fitas específicas?
pH ≥ 7,0 após umedecer a fita com o conteúdo vaginal.
De onde o conteúdo deve ser preferencialmente coletado para a avaliação do pH na rotura prematura de membranas?
Do fundo de saco.
O que é o Teste do Fenol na propedêutica complementar para rotura prematura de membranas?
É um teste em que se observa a mudança de coloração do algodão ou gaze umedecidos com o conteúdo vaginal após a instilação do reagente.
Qual é a mudança de coloração observada no Teste do Fenol?
A coloração muda de laranja para vermelha.
Como é realizado o Teste do Fenol para identificar a rotura prematura de membranas?
Instilando algumas gotas do reagente em algodão ou gaze umedecidos com o conteúdo vaginal e observando a mudança de coloração.
O que é o TFERN Test na propedêutica complementar para rotura prematura de membranas?
É um teste que verifica a cristalização do líquido amniótico “em samambaia” após aquecimento do conteúdo vaginal em lâmina.
Qual é a principal característica observada no TFERN Test para indicar rotura prematura?
A cristalização do líquido amniótico “em samambaia”.
Como é realizado o TFERN Test para identificar a rotura prematura de membranas?
Aquecendo o conteúdo vaginal disposto em lâmina e observando a cristalização “em samambaia” do líquido amniótico.
O que a ultrassonografia (USG) avalia na propedêutica complementar para rotura prematura de membranas?
Avalia o Índice de Líquido Amniótico (ILA) e o Maior Bolsão Vertical (MBV).
O que é o Índice de Líquido Amniótico (ILA) na ultrassonografia?
É a quantificação média volumétrica de quadrantes do líquido amniótico.
O que é avaliado pelo Maior Bolsão Vertical (MBV) na ultrassonografia?
É a mensuração do maior bolsão vertical de líquido amniótico.
Como é o tratamento clínico para rotura prematura de membranas com menos de 24 semanas de idade gestacional?
Acompanhamento ambulatorial, rotina infecciosa, controle ultrassonográfico semanal, verificação de sinais vitais diariamente, repouso, hidratação oral, explicação sobre prognóstico reservado e não usar antibiótico para GBS.
E para uma rotura prematura de membranas com 24 semanas ou mais de idade gestacional?
Hospitalização, conduta expectante, antibioticoterapia, corticoterapia entre 24 e 36 semanas/06 dias, avaliação diária da vitalidade fetal, sinais vitais 4x/dia, repouso e hidratação.
Qual a conduta para rotura prematura de membranas com 24 semanas ou mais de idade gestacional?
Hospitalização.
Qual terapia medicamentosa é indicada em casos de rotura prematura de membranas com 24 semanas ou mais?
Antibioticoterapia e Corticoterapia entre 24 a 36 semanas/06 dias.
Por que a corticoterapia é administrada entre 24 a 36 semanas em casos de rotura prematura de membranas?
Para acelerar a maturidade pulmonar fetal, reduzindo riscos de problemas respiratórios no neonato.
Qual avaliação é realizada diariamente em pacientes com rotura prematura de membranas com 24 semanas ou mais de idade gestacional?
Avaliação da Vitalidade Fetal Diária.
Quando realizar a profilaxia antibiótica para EGB em rotura prematura de membranas?
Quando há ausência de indicação para interrupção imediata, não há resultado recente negativo de cultura para EGB, com o objetivo de aumentar o período de latência e prevenir quadros infecciosos.
Qual o objetivo da administração de antibiótico profilático em rotura prematura de membranas?
Aumentar o período de latência e prevenir quadros infecciosos, especialmente contra o estreptococo do Grupo B (EGB), caso não haja resultados recentes negativos de cultura para o mesmo.
Qual o protocolo de administração de antibiótico em rotura prematura de membranas?
Penicilina G Cristalina 5 milhões UI IV (ataque) + 2.500.000 UI IV 4/4h (manutenção) OU Ampicilina 2g IV (ataque) + 1g IV 4/4 horas (manutenção)
O que é EGB e por que é importante na gestação?
EGB (Estreptococo do Grupo B) é uma bactéria que pode ser encontrada no trato intestinal ou genital de adultos saudáveis, mas que pode causar infecções neonatais graves se transmitido ao bebê durante o parto.
Em que período de gestação a corticoterapia é indicada em casos de rotura prematura de membranas?
Entre 24 a 36 semanas e 06 dias de gestação.
Quais são os benefícios da administração de corticosteróides em casos de rotura prematura de membranas?
Diminuição expressiva da mortalidade neonatal, desconforto respiratório, enterocolite necrozante e hemorragia intracraniana.
Qual é uma das consequências do uso de corticosteróides que pode complicar o manejo clínico?
A corticoterapia pode levar à leucocitose, o que pode complicar o controle infeccioso.
Em que circunstâncias deve-se ser cauteloso ao administrar corticosteróides em rotura prematura de membranas?
Quando existem sinais claros de infecção, pois, embora não pareça aumentar o risco de septicemia, a corticoterapia pode complicar o quadro infeccioso devido à leucocitose que ela pode causar.
Os corticosteróides aumentam o risco de infecção em casos de rotura prematura de membranas?
Aparentemente, não aumentam o risco para infecção e sepse, mas é importante ser cauteloso se houver sinais claros de infecção.
Quais são os componentes do Celestone Soluspan ® e suas características de ação?
Contém Acetato e Fosfato dissódico de Betametasona. Difosfato tem ação rápida, enquanto Acetato tem ação mais prolongada.
Qual é a dosagem e o regime de administração do Celestone Soluspan ®?
Betametasona 12 mg IM a cada 24 horas, totalizando 2 doses em 2 dias.
Quais são os componentes do Decadron* e sua característica de ação?
Contém Fosfato Sódico de Dexametasona.
Qual é a dosagem e o regime de administração do Decadron*?
Dexametasona 6 mg IM a cada 12 horas, por 2 dias, totalizando 4 doses.
Quais são os principais critérios diagnósticos para Corioamnionite?
FEBRE associada a pelo menos mais 02 critérios listados a seguir:
- Taquicardia materna (FC>100 bpm) ou Fetal (BCF>160 bpm)
- Utero Irritável (contraçoes irregulares)
- Secreção purulenta pelo OEC
- Leucocitose (> 15.000 ou aumento de 20% - desvio para a esquerda)
- Aumento da PCR em 20%
- Diminuição abrupta do ILA
- Alteração do PBF: ausência de MR
Qual é a alteração cardíaca associada à Corioamnionite na mãe e no feto?
Taquicardia materna (FC>100 bpm) e Fetal (BCF>160 bpm).
O que é Utero Irritável e como ele se relaciona com a Corioamnionite?
É um dos critérios diagnósticos para Corioamnionite. Refere-se a contrações irregulares do útero.
Qual é a relevância da secreção purulenta pelo OEC no diagnóstico de Corioamnionite?
A presença de secreção purulenta pelo OEC é um dos critérios diagnósticos para Corioamnionite.
Como a leucocitose é definida no contexto da Corioamnionite?
Leucocitose é definida como > 15.000 ou um aumento de 20% com desvio para a esquerda. É um dos critérios diagnósticos para Corioamnionite.
Qual é a relevância do aumento da PCR em 20% para o diagnóstico de Corioamnionite?
O aumento da PCR em 20% é um indicador de processo inflamatório e é um dos critérios diagnósticos para Corioamnionite.
O que a diminuição abrupta do ILA indica em relação à Corioamnionite?
A diminuição abrupta do Índice de Líquido Amniótico (ILA) é um dos critérios diagnósticos para Corioamnionite.
Qual é a alteração do padrão de fluxo sanguíneo que está relacionada à Corioamnionite?
A alteração do Padrão de Fluxo Sanguíneo (PBF) que indica Corioamnionite é a ausência de movimento respiratório fetal (MR).
Qual é o principal objetivo do tratamento da Corioamnionite?
Promover a indução do trabalho de parto, se possível.
Qual é a abordagem padrão de antibioticoterapia para Corioamnionite?
Uso de Clindamicina 600 mg IV a cada 6 horas ou 900 mg IV a cada 8 horas em conjunto (++++ / EEEE) com Gentamicina 3 a 5 mg/Kg IV dose única a cada 24 horas.
Quando e por que a Gentamicina pode ser substituída na antibioticoterapia da Corioamnionite?
Em pacientes nefropatas, substitua a Gentamicina por Ceftriaxona 1 a 2 g IV a cada 12 horas.
Por quanto tempo a antibioticoterapia deve ser mantida em pacientes com Corioamnionite?
Manter até 48 horas do último pico febril.
Como deve ser a conduta em relação à idade gestacional para o parto?
A conduta deve ser particularizada de acordo com a idade gestacional.
Qual é a abordagem preferencial quanto ao manejo do parto?
Quando possível, a conduta preferencialmente deverá ser expectante.
Quais são as principais vigilâncias a serem mantidas durante a espera?
Vigilância infecciosa e de vitalidade fetal, com critérios clínicos e laboratoriais, incluindo leucograma e PCR a cada dois dias.
Em que situações a resolução do caso deve ser antecipada?
A resolução será feita, a princípio, com 36-37 semanas ou antes, na vigência de sofrimento fetal ou corioamnionite.
Qual é a intervenção sugerida se o parto ocorrer antes de 32 semanas de gestação?
Utilizar MgSO4 (sulfato de magnésio) para neuroproteção fetal.