CA de Colo Uterino / Cervical - Alexandre Flashcards

1
Q

Qual é o principal fator de risco para CA de colo de útero?

A

Papilomavírus Humano (HPV), responsável por 99,7% dos casos.

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2
Q

Como o HPV é principalmente transmitido?

A

Por via sexual.

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3
Q

O CA de colo de útero é prevenível?

A

Sim, é prevenível.

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4
Q

Quais são os tipos de HPV de baixo risco?

A

6 e 11.

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5
Q

Quais são os tipos de HPV de alto risco?

A

16 e 18.

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6
Q

Qual a porcentagem de pessoas sexualmente ativas que terão contato com o HPV?

A

80%.

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7
Q

Que porcentagem dessas pessoas terá uma infecção persistente por algum motivo?

A

10%.

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8
Q

Quais são os fatores de risco para infecção persistente pelo HPV?

A
  1. Imunossupressão
  2. Tabagismo
  3. ISTs
  4. Baixo nível socioeconômico.
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9
Q

Qual é a forma clínica de apresentação do HPV?

A

Condilomas.

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10
Q

E a forma subclínica?

A

Lesões intraepiteliais.

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11
Q

Como se manifesta a forma latente do HPV?

A

Diagnóstico por métodos moleculares.

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12
Q

O que significa “Célula normal” na forma subclínica de apresentação do HPV?

A

Refere-se a células que não apresentam alterações ou anomalias visíveis microscópicas e, portanto, são consideradas normais ou saudáveis.

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13
Q

O que define a classificação “NIC I”?

A

NIC I (Neoplasia Intraepitelial Cervical grau 1) refere-se a displasias leves onde as alterações celulares são observadas principalmente na camada inferior do epitélio.

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14
Q

E “NIC II”, o que representa?

A

NIC II (Neoplasia Intraepitelial Cervical grau 2) indica displasias moderadas com alterações celulares que envolvem até dois terços da espessura do epitélio.

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15
Q

Como é caracterizado “NIC III”?

A

NIC III (Neoplasia Intraepitelial Cervical grau 3) descreve displasias severas ou carcinoma in situ, onde as alterações celulares acometem mais de dois terços da espessura do epitélio até a sua totalidade.

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16
Q

O que é o “Carcinoma Invasor” na forma subclínica de apresentação do HPV?

A

Carcinoma Invasor refere-se a uma etapa onde as células anormais romperam a membrana basal e invadem os tecidos adjacentes, indicando a progressão para um câncer invasivo.

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17
Q

Contra quais tipos o HPV a vacina bivalente oferece proteção?

A

Protege contra os tipos 16 e 18.

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18
Q

Quais tipos a vacina quadrivalente protege contra?

A

Protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18.

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19
Q

E a vacina nonavalente, contra quais subtipos protege?

A

Protege contra os subtipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58.

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20
Q

Qual vacina contra HPV é utilizada no esquema de vacinação brasileiro?

A

A vacina quadrivalente.

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21
Q

Qual o esquema de vacinação para meninas de 9-14 anos no Brasil?

A

Duas doses, administradas em um intervalo de 0 e 6 meses.

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22
Q

Qual o esquema de vacinação para meninas de 9-45 anos que estão convivendo com HIV/AIDS, transplantadas de órgãos sólidos ou em quimioterapia no Brasil?

A

Três doses, administradas nos intervalos de 0, 2 e 6 meses.

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23
Q

Para meninos de 11-14 anos no Brasil, qual é o esquema de vacinação contra HPV?

A

Duas doses, administradas em um intervalo de 0 e 6 meses.

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24
Q

E para meninos de 9-45 anos que estão convivendo com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos ou em quimioterapia, qual é o esquema?

A

Três doses, administradas nos intervalos de 0, 2 e 6 meses.

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25
Q

Como é realizado o rastreamento do CA de Colo de Útero?

A

Através da Colpocitologia oncótica.

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26
Q

Em quais mulheres deve-se realizar o rastreamento do CA de Colo de Útero?

A

Mulheres sexualmente ativas com idade igual ou superior a 25 anos.

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27
Q

Qual a frequência recomendada para o rastreamento do CA de Colo de Útero?

A

Uma vez por ano, mas se houver 2 exames negativos, o rastreio passa a ser a cada 3 anos (Regra do 1, 2, 3).

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28
Q

Até que idade deve ser realizado o rastreamento?

A

Até os 64 anos de idade, desde que a paciente tenha pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos.

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29
Q

Qual a recomendação para pacientes com mais de 64 anos que nunca realizaram colpocitologia oncótica?

A

A paciente deve fazer duas citologias com intervalo de um a três anos. Se os dois exames forem negativos, ela está excluída do rastreio.

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30
Q

Qual a recomendação de rastreamento para pacientes sem atividade sexual?

A

Não precisam realizar o rastreamento, pois não tiveram contato com o HPV.

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31
Q

E para gestantes?

A

Continuam o mesmo fluxo de rastreamento das não gestantes.

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32
Q

Quais histerectomizadas são excluídas do rastreamento?

A

Aquelas que tiveram histerectomia total por doença benigna e que não têm história prévia de lesões de alto grau.

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33
Q

Como deve ser o rastreamento em imunossuprimidas?

A

Iniciar coleta após a primeira relação sexual. Os dois primeiros exames devem ser semestrais. Se ambos forem negativos, passar para rastreio anual.

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34
Q

E para portadoras de HIV com CD4+ inferior a 200?

A

O rastreio deve ser mantido semestralmente.

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35
Q

Quais são as categorias da classificação de Richart?

A

NIC I, NIC II e NIC III, e Carcinoma Invasor.

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36
Q

O que NIC I representa na classificação de Richart?

A

Uma lesão intraepitelial de grau mais baixo.

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37
Q

Na nomenclatura citológica brasileira, o que LSIL/LIEBG representa?

A

Lesão intraepitelial de baixo grau.

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38
Q

E HSIL/LIEAG?

A

Lesão intraepitelial de alto grau.

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39
Q

Qual a correspondência entre NIC I na classificação de Richart e a nomenclatura citológica brasileira?

A

LSIL/LIEBG.

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40
Q

Qual a correspondência entre NIC II e NIC III na classificação de Richart e a nomenclatura citológica brasileira?

A

HSIL/LIEAG.

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41
Q

Qual é a conduta para ASC-US em pacientes com menos de 25 anos?

A

Repetir colpocitologia oncótica em 3 anos.

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42
Q

Qual é a conduta para ASC-US em pacientes entre 25 e 29 anos?

A

Repetir colpocitologia oncótica em 12 meses (1 ano).

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43
Q

E para pacientes com 30 anos ou mais com ASC-US?

A

Repetir colpocitologia oncótica em 6 meses.

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44
Q

Qual é a conduta para “Células glandulares atípicas de significado indeterminado” que não se pode afastar lesão de alto grau (ASC-H)?

A

Encaminhar para colposcopia.

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45
Q

E para “Células glandulares atípicas de significado indeterminado” possivelmente não-neoplásicas ou não se podendo afastar lesão de alto grau?

A

Encaminhar para colposcopia.

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46
Q

Qual é a conduta para “Células atípicas de origem indefinida (AOI)” que são possivelmente não neoplásicas ou não se podendo afastar lesão de alto grau?

A

Encaminhar para colposcopia.

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47
Q

Qual é a conduta para Lesão de baixo grau (LSIL/LIEBG) em pacientes com menos de 25 anos?

A

Repetir colpocitologia oncótica em 3 anos.

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48
Q

E para pacientes com 25 anos ou mais com Lesão de baixo grau (LSIL/LIEBG)?

A

Repetir colpocitologia oncótica em 6 meses.

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49
Q

Qual é a conduta para “Lesão de alto grau (HSIL/LIEAG)”?

A

Encaminhar para colposcopia.

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50
Q

E para “Lesão intraepitelial de alto grau, não podendo excluir microinvasão”?

A

Encaminhar para colposcopia.

51
Q

Qual é a conduta para “Carcinoma escamoso invasor”?

A

Encaminhar para colposcopia.

52
Q

E para “Adenocarcinoma in situ (AIS) ou invasor”?

A

Encaminhar para colposcopia.

53
Q

Qual é a posição do CA de Colo de Útero (Cérvice) entre os cânceres mais incidentes em mulheres no Brasil?

A

Terceiro câncer mais incidente.

54
Q

Quantos novos casos de CA de Colo de Útero (Cérvice) são estimados pelo INCA?

A

Estimativas de 16.340 novos casos.

55
Q

Quantas mortes por CA de Colo de Útero (Cérvice) ocorreram em 2019?

A

5.430 mortes.

56
Q

Como é a incidência do CA de Colo de Útero (Cérvice) em países menos desenvolvidos comparado a países mais desenvolvidos?

A

Incidência é duas vezes maior em países menos desenvolvidos.

57
Q

Qual é a sobrevida média em 5 anos para CA de Colo de Útero (Cérvice) no mundo?

A

Entre 59 a 69%.

58
Q

E qual é a sobrevida média em 5 anos para CA de Colo de Útero (Cérvice) no Brasil?

A

49%.

59
Q

Qual é o principal fator de risco para o CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

HPV é o principal fator de risco.

60
Q

A multiparidade é considerada um fator de risco para o CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

Sim, a multiparidade é um fator de risco.

61
Q

O tabagismo influencia no risco de desenvolver CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

Sim, o tabagismo é um fator de risco.

62
Q

Qual a relação entre a idade do primeiro coito e o risco de CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

Iniciar o coito antes dos 16 anos aumenta o risco.

63
Q

O número de parceiros sexuais influencia o risco de CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

Sim, um maior número de parceiros sexuais aumenta o risco.

64
Q

Os anticoncepcionais são considerados um fator de risco para o CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

Sim, anticoncepcionais são um fator de risco.

65
Q

O nível socioeconômico influencia o risco de desenvolvimento do CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

Sim, baixo nível socioeconômico é um fator de risco.

66
Q

Más condições higiênicas são consideradas um fator de risco para o CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

Sim, más condições higiênicas aumentam o risco.

67
Q

Qual é a principal etiologia do CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

A infecção por HPV é a principal etiologia, sendo responsável por quase a totalidade dos casos.

68
Q

Quantos e quais são os principais tipos oncogênicos do HPV associados ao CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

Existem 15 tipos oncogênicos de HPV, sendo os principais o tipo 16 e 18.

69
Q

Qual é o principal sítio de contaminação do HPV no colo do útero?

A

O principal sítio de contaminação é a JEC (junção escamo-celular).

70
Q

Qual é a relação entre a imunidade e o HPV no contexto do CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

A imunidade tem um papel fundamental, uma vez que muitas infecções por HPV têm cura espontânea graças à resposta imunológica do indivíduo. No entanto, em alguns casos, a infecção persistente pode levar ao desenvolvimento do CA de colo uterino.

71
Q

Em que fase da doença o CA de Colo de Útero (Cérvice) é geralmente assintomático?

A

Nas fases iniciais da doença.

72
Q

Quais são os sintomas do CA de Colo de Útero (Cérvice) nas fases mais iniciais?

A

Pode apresentar leucorréia sanguinolenta, purulenta e sinusiorragia

“água de carne”

73
Q

E nas fases mais avançadas, quais sintomas podem surgir no CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

Nas fases mais avançadas, os sintomas incluem dores pélvicas, tenesmo vesical ou retal, edema de membros inferiores, emagrecimento e massa pélvica palpável.

74
Q

Em que fase da doença o exame especular é especialmente útil no CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

Nas fases avançadas da doença.

75
Q

Qual é o exame utilizado para rastreamento do CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

Colpocitologia oncótica (Papanicolaou).

76
Q

Além da colpocitologia, que outro teste pode ser usado para detectar HPV?

A

Captura Híbrida.

77
Q

Qual é o exame definitivo para diagnóstico de CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

___Colposcopia seguida de estudo anatomo-patológico___
O diagnóstico é sempre histológico

78
Q

Qual é a confirmação definitiva para diagnóstico de CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

O diagnóstico é sempre histológico.

79
Q

Qual é a histologia mais comum para CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

Carcinoma Espinocelular (CEC) representando 80 a 90% dos casos, geralmente associado ao HPV 16.

80
Q

Qual é a segunda histologia mais comum para CA de Colo de Útero?

A

Adenocarcinoma, representando 10% dos casos, geralmente associado ao HPV 18.

81
Q

Qual é a relação entre Carcinoma Espinocelular e HPV?

A

O Carcinoma Espinocelular (CEC) está frequentemente associado ao HPV tipo 16.

82
Q

Qual é a relação entre Adenocarcinoma e HPV?

A

O Adenocarcinoma está frequentemente associado ao HPV tipo 18.

83
Q

Quais são as características apresentadas pelo Carcinoma Espinocelular?

A

Pode ser exofítico, papilífero, ulcerado ou francamente infiltrativo.

84
Q

Existem outros tipos histológicos de CA de Colo de Útero além do Carcinoma Espinocelular e Adenocarcinoma?

A

Sim, Sarcomas, mas eles são raros.

85
Q

Como o CA de Colo de Útero (Cérvice) dissemina de forma direta?

A

Propaga-se para a vagina e corpo do útero por continuidade. Pode se estender para os paramétrios, bexiga, e reto por contiguidade.

86
Q

Quais são as vias de disseminação indireta do CA de Colo de Útero (Cérvice)?

A

Através dos vasos linfáticos (chegando aos linfonodos pélvicos e para-aórticos) e pelos vasos sanguíneos (gerando metástases à distância).

87
Q

Qual é a forma mais comum de disseminação indireta do CA de Colo de Útero?

A

A forma mais comum é pelos vasos linfáticos que levam aos linfonodos pélvicos e para-aórticos.

88
Q

Metástases à distância do CA de Colo de Útero são comuns?

A

Não, metástases a distância, que ocorrem pelos vasos sanguíneos, são menos frequentes.

89
Q

Qual é a definição do Estádio I no estadiamento (FIGO) para CA de Colo de Útero?

A

Carcinoma limitado ao colo uterino.

90
Q

O que é o Estádio IA no estadiamento de CA de Colo de Útero?

A

Refere-se a tumores pré-clínicos, detectados apenas microscopicamente.

91
Q

O que diferencia o IA1 do IA2 no estadiamento de CA de Colo de Útero?

A

IA1 refere-se à invasão do estroma até 3mm, enquanto IA2 refere-se à invasão do estroma de 3 a 5mm.

92
Q

Como é classificado o Estádio IB no estadiamento de CA de Colo de Útero?

A

IB refere-se a tumores com profundidade de invasão do estroma ≥ 5mm, mas ainda restritos ao colo
IB1 tem um tumor < 2cm
IB2 tem tumor entre 2 e 4 cm
IB3 tem tumor > 4 cm.

93
Q

Qual é a definição do Estádio II no estadiamento (FIGO) para CA de Colo de Útero?

A

O tumor invade o corpo do útero, mas não atinge o 1/3 inferior da vagina nem a parede pélvica.

94
Q

O que é o Estádio IIA no estadiamento de CA de Colo de Útero?

A

Refere-se a tumores que comprometem até os 2/3 superiores da vagina.

95
Q

O que diferencia o IIA1 do IIA2 no estadiamento de CA de Colo de Útero?

A

IIA1 refere-se a tumores com diâmetro menor que 4 cm, enquanto IIA2 refere-se a tumores com diâmetro de pelo menos 4 cm ou mais.

96
Q

Como é classificado o Estádio IIB no estadiamento de CA de Colo de Útero?

A

O tumor compromete o paramétrio, mas não atinge a parede pélvica.

97
Q

Qual é a definição do Estádio III no estadiamento (FIGO) para CA de Colo de Útero?

A

O tumor atinge o 1/3 inferior da vagina ou até a parede pélvica ou causa hidronefrose ou comprometimento dos linfonodos

98
Q

O que é o Estádio IIIA no estadiamento de CA de Colo de Útero?

A

O tumor compromete o 1/3 inferior da vagina.

99
Q

Como é definido o Estádio IIIB no estadiamento de CA de Colo de Útero?

A

Refere-se a tumores que comprometem a parede pélvica OU causam uretero-hidronefrose OU extrusão renal

100
Q

O que diferencia o IIIC1 do IIIC2 no estadiamento de CA de Colo de Útero?

A

IIIC1 refere-se a comprometimento dos linfonodos pélvicos, enquanto IIIC2 indica envolvimento dos linfonodos para-aórticos.

101
Q

Qual é a definição do Estádio IV no estadiamento (FIGO) para CA de Colo de Útero?

A

O tumor se estende além da pelve OU compromete a mucosa da bexiga ou mucosa do reto

102
Q

Como é definido o Estádio IVa no estadiamento de CA de Colo de Útero?

A

O tumor apresenta metástases em órgãos adjacentes, especificamente na bexiga e no reto.

103
Q

O que caracteriza o Estádio IVb no estadiamento de CA de Colo de Útero?

A

O tumor apresenta metástase à distância, ou seja, para órgãos ou áreas que não estão imediatamente adjacentes ao colo do útero.

104
Q

Qual é o tratamento recomendado para CA de Colo de Útero Estádio IA1?

A

O tratamento pode ser feito através de Conização ou Histerectomia Piver I.

105
Q

Como se trata o CA de Colo de Útero Estádio IA2?

A

O tratamento é feito por meio de Histerectomia Piver II juntamente com Linfadenectomia pélvica.

106
Q

Qual é a abordagem terapêutica para Estádio IB1, IB2 e IIA1 do CA de Colo de Útero?

A

O tratamento indicado é a Cirurgia de Werthein-Meigs, também conhecida como Histerectomia Piver III.

107
Q

Como é tratado o CA de Colo de Útero com tumores ≥ 4 cm ou estádio ≥ IIB?

A

A abordagem principal é a Quimiorradiação
Em alguns casos, pode-se considerar a Exenteração pélvica

108
Q

Como manejar um caso de carcinoma de colo uterino durante a gestação?

A

O tratamento do carcinoma de colo uterino na gestação depende do estágio do câncer e da idade gestacional. Em estágios iniciais e gestação precoce, pode-se considerar a interrupção da gravidez seguida de tratamento padrão. Em gestações avançadas, pode-se considerar a espera até a maturidade fetal para realizar o parto e, em seguida, o tratamento oncológico.

109
Q

Qual é a importância da ligadura das artérias hipogástricas em situações especiais do carcinoma de colo uterino?

A

A ligadura das artérias hipogástricas pode ser realizada para reduzir o sangramento durante cirurgias pélvicas extensas, como a exenteração pélvica. Esta técnica pode ser útil em situações onde há grande vascularização tumoral ou risco aumentado de sangramento intraoperatório.

110
Q

O que é o carcinoma do “coto uterino”? Como é tratado?

A

O carcinoma do coto uterino refere-se ao desenvolvimento de câncer no tecido remanescente após uma histerectomia subtotal (quando o colo do útero não é completamente removido). O tratamento envolve, principalmente, cirurgia para remover o tecido afetado e pode incluir radioterapia ou quimioterapia, dependendo do estágio e do tipo histológico do tumor.

111
Q

Quais são as implicações e os riscos associados às recidivas no CA cervical?

A
  • Risco de retorno do câncer após tratamento.
  • Pode ocorrer no local original (recidiva local) ou em outro lugar (recidiva distante).
  • Tratamentos subsequentes podem ser mais complexos e desafiadores.
  • Pode exigir abordagens terapêuticas adicionais e mais agressivas.
  • Impacto significativo na qualidade de vida do paciente.
112
Q

Como a obstrução ureteral se relaciona com CA cervical?

A
  • Tumores podem crescer e obstruir os ureteres.
  • A obstrução pode levar a problemas renais se não for tratada.
  • Pode necessitar de procedimentos adicionais, como a colocação de stent, para manter o fluxo urinário.
  • Complicação que pode exigir manejo multidisciplinar.
113
Q

Qual é o impacto do CA cervical no desenvolvimento de edema nos membros inferiores (MMII)?

A
  • O tumor ou o tratamento (como a linfadenectomia) pode interferir na drenagem linfática, levando ao edema. - Pode ser crônico e difícil de gerenciar. - Requer manejo para prevenir complicações adicionais, como linfedema e infecções.
114
Q

Por que os pacientes com CA cervical podem estar em risco de tromboflebite?

A
  • O câncer aumenta o risco de coágulos sanguíneos devido à hipercoagulabilidade associada à condição maligna. - A mobilidade reduzida e determinados tratamentos também podem aumentar o risco. - A tromboflebite requer tratamento rápido para evitar complicações graves, como embolia pulmonar.
115
Q

Como as fístulas podem se desenvolver em casos de CA cervical?

A
  • Fístulas podem se formar quando o tumor invade tecidos adjacentes e cria uma passagem anormal entre duas estruturas.
  • Fístulas vesicovaginais e retovaginais são possíveis em CA cervical avançado.
  • Podem causar desconforto, incontinência e aumentar o risco de infecção.
  • O manejo pode incluir cirurgia, procedimentos minimamente invasivos ou manejo conservador, dependendo do caso e do status global do paciente.
116
Q

Quais são as principais complicações de um CA cervical?

A

• Recidivas
• Obstrução ureteral
• Edema MMII
• Tromboflebite
• Fístulas

117
Q

Qual é o tratamento para o câncer cervical no estádio I?

A

Traquelectomia (conização) ou histerectomia.

118
Q

Qual procedimento é realizado em pacientes no estádio I do câncer cervical que desejam engravidar?

A

Conização.

119
Q

O que é conização?

A

Uma pequena cirurgia na qual um pedaço do colo do útero, em forma de cone, é retirado para ser avaliado no laboratório.

120
Q

Como é tratado o câncer cervical no estádio II?

A

Traquelectomia (remove o colo do útero e a parte superior da vagina, mantendo o corpo do útero) ou histerectomia (remoção total do útero) com linfadenectomia, avaliando a necessidade de radioterapia.

121
Q

Qual é o tratamento para o câncer cervical no estádio III?

A

Radioterapia externa e/ou braquiterapia.

122
Q

O que é braquiterapia?

A

Tipo de radioterapia em que a fonte radioativa é colocada dentro da área a ser tratada, basicamente, uma radioterapia vaginal.

123
Q

Como é tratado o câncer cervical no estádio IV?

A

Radioterapia externa e/ou braquiterapia para controle do sangramento e quimioterapia para metástase a distância.

124
Q

Quais são os principais alvos de metástase a distância no estádio IV do câncer cervical?

A

Pulmões, fígado e ossos.