Sangramentos Flashcards
Qual a conduta frente a uma mola hidatiforme?
Vácuo-aspiração uterina
Solicitar tipagem sanguínea (fazer imunoglobulina se Rh-)
O que é a mola hidatiforme e qual a diferença entre mola parcial e completa?
A mola hidatiforme é uma proliferação tumoral do trofoblasto. É completa quando um espermatozóide fecunda um oócito anucleado, gerando tecido aploide, e parcial quando dois espermatozóides fecundam um oócito normal, gerando um tecido triploide. Neste segundo caso, tecido fetal pode ocorrer.
A mola completa tem mais risco de ter sequelas trofoblásticas (neoplásicas).
Quais são os fatores de risco para mola hidatiforme?
Extremos da idade reprodutiva e história prévia.
Qual o quadro clínico da mola hidatiforme? Qual exame devemos pedir na suspeita?
Sangramento vaginal na primeira metade da gestação
Hiperêmese (pelo nível elevado de beta-hCG)
Altura uterina além da esperada para IG
Hipertireoidismo (beta-hCG tem a mesma subunidade do TSH)
Ausência de BCF na mola completa
Pode ter DHEG antes de 20 semanas
Cistos tecaluteínicos
Devemos solicitar USG para confirmar diagnóstico.
Qual o sinal ultrassonográfico da mola hidatiforme?
Sinal de “tempestade de neve” ou “flocos de neve”
Qual deve ser o acompanhamento de uma paciente com mola hidatiforme?
Acompanhar o beta-hCG -> tende a negativar em 8-10 semanas
evitar gestação por 1 ano
Quais são os tipos de neoplasia trofoblástica gestacional e qual seu tratamento?
São a mola invasora, coriocarcinoma, e tumor do sítio placentário (mais raro e de pior prognóstico). O coriocarcinoma tem alto poder metástatico (miométrio, pulmão, SNC, fígado). 25% dos coriocarcinomas aparecem após aborto, 22% após gestação normal, 3% após ectópica e 50% após mola. O tratamento é com quimioterapia ou histerectomia, exceto o tumor de sítio placentário, que não é sensível a quimioterapia.
Quais são os sítios metastáticos de coriocarcinoma?
Miométrio, pulmão, SNC e fígado.
Qual o risco de uma mola completa malignizar?
15-20%.
O que é um abortamento tardio e um abortamento precoce? Qual a sua diferença com óbito fetal intra-útero?
O abortamento tardio ocorre entre 12-20/22 (segundo professor Rezende) e o abortamento precoce ocorre antes de 12 semanas. O óbito fetal é quando ocorre após 20-22 semanas ou quando o feto possui maior que 500g.
Quais são as principais causas de abortamento?
A principal causa são anomalias cromossômicas e genéticas. Outras causas endócrinas (como insuficiência do corpo lúteo, tireoideopatias, diabetes mal controlada, SOP), infecciosas, trombofilias (abortamento mais tardio com 16-17 semanas), auto-imunes, anatômicas (incompetência istmo-cervical)
Como e quando é dado o diagnóstico de insuficiência de corpo lúteo? Qual o seu tratamento?
A insuficiência do corpo lúteo é um diagnóstico de exclusão, dado quando a paciente tem abortamentos de repetição precoce, geralmente antes das 10 semanas de gestação. O tratamento é feito com progesterona micronizada via vaginal.
O que é uma ameaça de abortamento?
Sangramento vaginal leve, ausência de cólica ou cólicas leves, com colo uterino fechado e útero de tamanho normal, com saco gestacional e embrião vivo. Pode haver um hematoma subcoriônico.
O que é um abortamento completo?
Histórico de sangramento e cólicas intensas com o colo uterino fechado e útero menor que o esperado, e endométrio linear com <15mm
O que é um abortamento incompleto?
Pode haver ou não sangramento intermitente, com expulsão de restos ovulares por um colo entreaberto. É necessária a curetagem. Em casos de aborto tardio (>12 semanas), é esperada a eliminada do concepto para prosseguir com a curetagem.
O que é um aborto retido?
Embrião com comprimento cabeça nádega maior ou igual a 7mm sem atividade cardíaca no ultrassom transvaginal. Diferente da gestação anembrionada, onde não há embrião mesmo com um saco gestacional maior ou igual a 25mm.
Qual a antibioticoterapia usada em casos de aborto infectado?
Clindamicina + gentamina
Penicilina/amipicilina + metronidazol + gentamicina
Qual o conceito de abortamento habitual? Quais são suas principais causas?
3 ou mais abortamentos consecutivos do mesmo parceiro. Suas principais causas são incompetência istmo-cervical (15-20% dos casos), trombofilias.
Qual a história típica da incompetência istmo-cervical?
Perda recorrente e cada vez mais precoce do concepto, tipicamente no segundo trimestre. 15-20% dos abortamentos habituais se devem a essa patologia.
Quais exames podem ajudar na definição de incompetência istmo-cervical?
Colo menor que 25mm no USG TV de 2o trimestre confere risco aumentado de trabalho de parto prematuro. A passagem de vela de Hegar tamanho 8 pelo orifício externo do canal cervical é outro indicativo
Quais são as principais causas de incompetência istmo-cervical?
Trauma prévia
Laceração cervical anterior
Cauterização/conização