ROTURA PREMATURA DE MEMBRANAS Flashcards
Defina o que é a rotura PREMATURA de membranas
é definida como rotura espontânea das membranas amnióticas após a 20ª semana de gravidez e antes do início do trabalho de parto.
A rotura das membranas amnióticas antes da 20ª semana de gestação caracteriza o quadro de abortamento inevitável.
Quando a RPM acontece antes do termo, entre 20 e 37 semanas, ela é classificada como rotura prematura pré-termo das membranas (RPPM).
O que é o período de latência?
O período decorrido entre a rotura das membranas e o parto é chamado de período de latência1
Qual a etiologia dessa condição?
A infecção é uma das principais causas de RPPM, sendo que estudos mostram que 32% a 35% dos casos têm cultura de líquido amniótico positiva.
As bactérias infectantes produzem enzimas (proteases, colagenases e elastases) que atuam sobre as membranas, levando ao enfraquecimento e à ruptura das mesmas.
Pode ser também por uma condição inerente à paciente - apresentando uma bolsa aminiótica mais delgada a succeptivel à rupturas
Quais são os fatores de risco?
- Exames invasivos: amniocentese e cordocentese
- Incompetência istmocervical
- Inserção baixa de placenta
- Macrossomia
- Polidramnia
- Trabalho de parto prematuro
- Infecções genitais
- Tabagismo
- Sangramento genital
- Vaginose bacteriana
- Gestação múltipla
- Deficiências nutricionais
- Doenças maternas (ex: doença falciforme)
- Atividade sexual
- Passado de parto prematuro
- Período interpartal curto
Como é feito o diagnóstico?
PRINCIPALMENTE CLÍNICO - Realizar exame preventivo para analisar a saída de líquido amniótico pelo óstio cervical. Pode ser realizada a manobra de Tarnier (compressão uterina para a saída do líquido amniótico)
Podem ser realizados testes complementares para aumentar a certeza da suspeita diagnóstica.
- Cristalização do muco cervical (formato arboriforme)
- Determinação do pH vaginal (mais alcalinizado)
- Detecção da microglobulina placentária
- USG (pouco sensível)
- Teste do Fenol vermelho: coloca-se tampão vaginal na vagina da paciente. Após um tempo, adiciona-se gotas do reagente, observando se há alteração da coloração (de laranja para vermelho)
OBS: O toque vaginal deve ser evitado por conta da elevada probabilidade de infecção. Apenas realizar quando a mulher entra em trabalho de parto.
Como se dá a conduta?
DEPENDE DA IDADE GESTACIONAL
Gestações a termo (maiores que 37 semanas e 34 semanas em diante): Indução imediata do parto com ocitocina.
Abaixo de 34 semanas a conduta é bastante discutida. Normalmente se opta pela indução do parto, mas existem aqueles que preferem manter uma conduta conservadora desde que não exista uma infecção estabelecida. Assim os corticoides são ofertados para que o bebê tenha um desenvolvimento pulmonar mais acelerado, já que ele pode nascer a qualquer momento.
A avaliação laboratorial deve ser realizada a cada 3 dias.
Os estudos mostram baixas taxas de sucesso na conduta conservadora em gestações inferiores a 24 semanas, associadas a risco elevado de infecção materna, morte neonatal e lesão neurológica grave.
Na presença de infecção, a via vaginal é a mais recomendada.
Como é realizado o tratamento com antibióticos?
Ampicilina 2g IV, depois 1g IV de 6/6 hrs, por 48hrs
Azitromicina 1g VO
Amoxicilina 500mg 8/8hrs por 5 dias
Os corticoides podem ser administrados em que intervalo gravídico?
24-34 semanas, na ausência de sinais de infecção materno-fetal
Como se dá a classificação?
o Pré-termo – antes de 37 semanas
o Precoce – ocorre no início do trabalho de parto
o Oportuna – ocorre ao final do período de dilatação
o Tardia – ocorre concomitante a expulsão fetal (“empelicado”)
Obs: período de latência (> 24h: prolongado) tempo entre a ruptura da membrana e o desencadeamento do trabalho de parto menor quanto mais próximo do termo
O que a oligodramnia pode causar ao feto?
o Acidentes de parto – maior frequência de apresentações distócicas como as pélvicas e córmicas
o Compressão de cordão pela oligoidramnia
o Sofrimento fetal – anormalidades da frequência cardíaca fetal, por provável compressão do cordão devido a oligodramnia, corioamnionite ou deslocamento placentário
o Malformações – Síndrome de Oligoidramnia (Potter)
Oligoidramnia por longos períodos em fase precoce compressão fetal redução dos movimentos fetais compressão fetal e desenvolvimento de fácies anômala, hipoplasia pulmonar, achatamento da ponte nasal, dobra anormal da orelha, posição anormal de mãos e pés e atitude de flexão por contratura de cotovelos e joelhos
Incidência varia inversamente com idade gestacional e com o volume de líquido amniótico
o Retenção placentária – ocorre com mais frequência quanto mais prematura for a gestação, necessitando de extração manual e curetagem
o Risco de cesariana