Rotura Prematura de membrana Flashcards
Ruptura prematura de membranas - definição
Ruptura prematura: prematura em relação ao trabalho de parto (não em relação à IG) = ruptura das membranas antes de iniciado a o trabalho de parto
Membranas: membranas fetais = âmnio e córion
Pré-viável: antes de 24 semanas (antes do bebe ser viável, de forma que as consequências acabam sendo maiores)
Pré-termo: antes das 37 semanas
Termo: após 37 semanas
A incidência aumenta quanto maior a IG
Etiopatogenia - fatores predisponentes
- Principal fator predisponente: Infecção -> altera a matriz de colágeno das membranas (vaginose bacteriana)
- Diminuição intrínseca de colágeno: Síndrome de Ehler-Danlos : há uma redução geral de colágeno no corpo, o que se aplica também às membranas
- Sangramento: Placentas de inserção baixa podem romper seus vasinhos → o sangue também tem metaloproteinases → favorecendo a ruptura
*Tabagismo: Faz com que haja redução de colágeno→ favorecendo a ruptura
Etiopatogenia - fatores desencadeantes
Pressão aumentada intra-uterina (sobre uma membrana já enfraquecida)
Contrações muito frequentes
Gestação gemelar
Polidrâmnio
Macrossomia fetal
Função das membranas
- fator mecânico de proteção/absorção de trauma
- manter temperatura adequada
- a adequada quantidade de LA e integridade das membranas permite a expansão pulmonar e a expansão muscular
- fornecer substâncias bactericidas e bacteriostáticas
- liberação de prostaglandinas → indução das contrações uterinas
Complicações relacionadas a RPMO
*Infecções: PRINCIPAL
*Prematuridade -> processo inflamatório/infeccioso local → RPMO pode fazer com que as contrações se iniciam → começo do trabalho de parto
*Prolapso de cordão
*Óbito do feto
*Sofrimento fetal
*Hipoplasia pulmonar → se há falta de LA → o pulmão (alvéolos) não consegue expandir → hipoplasia pulmonar → prognóstico muito ruim após o nascimento
*Deformidades de membros -> O LA é importante para o desenvolvimento dos membros e movimentação fetal. Sem o LA, o bebe fica espremido
Diagnóstico RPMO
- Clinico: Exame especular: ao passar o espéculo se vê o líquido saindo de dentro do colo do útero = diagnóstico - é o padrão ouro
- Exames Complementares
*USG obstétrico - bom para acompanhamento
*PAMG-1 (Amnisure) - não oferecido no SUS => Alfa-1-microglobulina placentária = substâncias que têm 100x mais quantidade dentro do LA do que no conteúdo vaginal
*IGFBP-1 (Actim Prom) = é uma proteína de ligação derivada do IGF do tipo 1. Muito mais presente no líquido amniótico do que no líquido vaginal
*Testes mais em conta mas não tão bons: Ianetta, Teste da cristalização, Teste do pH vaginal => todos possuem reação cruzada
Conduta RPMO
- ATB
*Bebês < 37 semanas; uso indicado indubitavelmente
Corioamnionite → ATB de amplo espectro
Se for haver nascimento:
- Profilaxia de infecção por estreptococo +
- Cultura para estreptococo DESCONHECIDA com ruptura prematura de membranas > 18h ou parto prematuro
- Bebês > 37 semanas - sem necessidade de antibiótico
- Profilaxia de infecção por estreptococo +
- Cultura para estreptococo DESCONHECIDA com ruptura prematura de membranas > 18h
Conduta RPMO
- Corticoide
- Para acelerar o amadurecimento pulmonar uma vez que o bebê tem mais chance de entrar em trabalho de parto prematuro
- Deve ser feito: Entre 24 e 34 semanas e ausência de CORIOAMNIONITE
- Até 2 ciclos com 1 mês de intervalo
- Preferência - Betametasona:
2 doses: 12 mg com intervalo de 24h (Ciclo)
Conduta RPMO
- Parto
Gestação < 24 semanas:
Risco grande de infecção e de prognóstico desse bebê
Gestação > 37 esperar no máximo de 6h para que ela entre em trabalho de parto
Gestação > 34 semanas ⇒ induzir o parto
Quanto maior a idade gestacional → menor é o período de latência (tempo entre ruptura de membranas e início do trabalho de parto)
Então numa ruptura de termo posso esperar um pouco ( no máximo de 6h ) para que ela entre em trabalho de parto