Prematuridade Flashcards
Prematuridade - conceito
- Ocorrência de trabalho de parto em gestações pré-termo (> 20 semanas completas e < 37 semanas incompletas), não importando seu peso (antes disso é aborto)
- Trabalho de parto: presença de pelo menos 3 contrações efetivas (ou seja, que levem a trabalho cervical no sentido de impulsionar o feto pelo canal de parto), geralmente duram de 30 a 40s, com 30 a 40 mmHg
Principais riscos do prematuro
Insuficiência/ desconforto respiratória
Hemorragia peri intraventricular → óbito ou sequelas neurológicas
Mais tardiamente (10-12 dias) → enterocolite necrosante (imaturidade do TGI)
Sepse
Retinopatia
Deficiência visual
Complicações motoras
Causas que levam a TPP
Estresse materno
estresse metabólico (DM, desidratação)
hemorragia decidual (polidrâmnio, macrossomia fetal, gemelar)
infecções intra e extra uterina
incompetência instimocervical
mal formação uterina
Indicação: distúrbio hipertensivo descontrolado, hemorragia, sofrimento fetal crônico
Principal causa de prematuridade - patogênese
Historia de parto prematuro em gestação anterior aumenta o risco em 2x
Trabalho de parto prematuro
bolsa rota
gestações múltiplas
Predição de TPP
- avaliação do comprimento cervical, por ecografia transvaginal (menor que 2,5cm) e/ou avaliação do orifício interno (dilatação cervical)
- presença de fibronectina fetal, a partir da 24ª semana, no muco cervical, pode indicar ocorrência de TPP nos próximos 15 dias
Prevenção de TPP
- correção dos fatores de risco identificados
- quadros infecciosos (ex.: vaginose bacteriana), anemia materna (correção do quadro)
- progesterona (via vaginal, 200mg - 1 comprimido até 36 semanas) = relaxamento das miofibrilas, efeito de quiescência endometrial
Diagnóstico do TPP
Presença de trabalho de parto (contrações uterinas ritmadas frequentes) em gestações entre 20 e 37 semanas:
Contrações uterinas frequentes
1 a cada 5-8 minutos
4 a cada 20 minutos ou 8 em 60
Dolorosas, palpáveis, pelo menos com 30 segundos de duração
Alterações cervicais
Dilatação > 2 cm
Esvaecimento maior que 80%
Do tempo de gravidez (Idade Gestacional) - DUM ou pela USG mais precoce
Conduta
1. inibir trabalho de parto = drogas tocolíticas
- inibir trabalho de parto = drogas tocolíticas
- dar tempo para corticoterapia para amadurecimento pulmonar (2dias)
- entre 24 e 34 semanas
- dilatação cervical menor que 4cm
Contraindicação de inibição
morte fetal
anomalia fetal letal (agenesia renal bilateral)
sofrimento fetal agudo
PE grave ou eclampsia
sangramento materno com instabilidade hemodinâmica
Corioamnionite - ABSOLUTA
bolsa rota
dilatação cervical avançada
Atosibana => antagonista da ocitocina
Nifedipino => Bloq de canal de Ca (relaxamento do miométrio)
Terbutalina => Batamimetico (relaxamento da musculatura lisa)
Indometacina proscrita depois das 32 semanas e Sulfato magnesio não usa
Conduta
2. Corticoide
Promove síntese de surfactante no pulmão fetal e - diminui o risco de hemorragia intraventricular e de enterocolite necrosante
- 24-34 semanas
- utilizar único ciclo (se admite um ciclo de resgate); vários ciclos podem resultar em sepse neonatal e óbito
- efeito terapêutico máximo entre 48/72 horas após a primeira dose, por até 7 dias
-
Betametasona 12mg IM em 2 doses com intervalo de 24hs
Dexametasona 6mg IM (12/12h), totalizando 24 mg (4 doses)
contraindicações:
- infecção materna aguda de qualquer etiologia, bacteriana ou viral
- doenças maternas que possam agravar-se com o uso de corticoide (diabetes descompensado)
- fase ativa de trabalho de parto, com parto iminente *individualização dos casos
Conduta
3. Sulfato de magnesio => neuroproteção entre 24 e 32 semanas
=> neuroproteção entre 24 e 32 semanas
realizado quando o parto for iminente
interromper a tocolise para iniciar MgSO4
- ataque: 4-6g IV 20-30m
- manutenção: 1-2g IV/h
ANTIDOTO = antídoto gluconato de cálcio 10 ml a 10%, IV. Doses maiores (15 a 30 ml a 10%, IV) estão indicadas para pacientes com parada cardíaca ou que apresentam sinais de toxicidade cardíaca grave associada à hipermagnesemia
- Antibioticoterapia => Profilaxia para sepse neonatal por estreptococo do grupo beta associado a sepse neonatal
- por desconhecimento do resultado
ATB: penicilina benzatina ou ampicilina
Doses
Penicilina G cristalina
Ataque: 5 mi de UI EV
Manutenção: 2,5 mi de UI EV de 4/4h até o nascimento
Ampicilina
Ataque: 2,0 g EV
Manutenção: 1,0 g EV de 4/4 h até o nascimento