Maturidade e Vitalidade fetal Flashcards
Maturidade fetal
Indiretamente esta associada a capacidade funcional pulmonar (capacidade de produção de surfactante pelo pneumocitos II)
No desenvolvimento pulmonar a formação dos alvéolos primitivos ocorre por volta da 25ª semana
- Maturidade fetal é avaliada indiretamente (clinico, lab) e diretamente medida da produção de surfactante
Qual a principal causa de mortalidade neonatal em prematuros
Síndrome do desconforto respiratório -> incapacidade pulmonar (baixa produção de surfactante)
Maturidade fetal - métodos indiretos
> 37 semanas
altura uterina
movimentação fetal
BCF
Amnioscopia (Maior quantidade de grumos: maior maturidade fetal)
Ultrassom = datação precoce (entre 11 e 14 semanas)
Núcleos de ossificação: quanto mais maduro o feto, maior o número de núcleos de ossificação (úmero, fêmur e tíbia) → se estão presentes, indica gestação de pelo menos 38 semanas
Maturidade placentária: grau III é o máximo, indica termo
Amniocentese => Creatinina > 2 mg/dL = feto maduro
Relação LA/soro mãe > 2
Células Orangiófilas (se > 10% de células orangiófilas, é feto maduro)
Maturidade da pele similar a pulmonar
Maturidade fetal - métodos diretos
Buscar no líquido amniótico a presença do surfactante Surfactante pela amniocentese
Relação L/E (lecitina/ esfingomielina)
Esfingomielina decresce e lecitina sobe ao longo da gestação - Feto é maduro quando relação L/E = 2:1
Confundidores: mecônio, sangue (pela punção da amniocentese), DM → podem gerar falso +
Teste de Clements ou Shake-test
Surfactante + etanol → forma halo de bolhas ao redor do tubo = reação do álcool com surfactante, que fica estável - indica que há surfactante, então é bebê maduro
Contagem de corpos lamelares
Quanto mais novo o feto, menos queratina há
Contagem superior a 50.000 cl/mL- maturidade
Vitalidade Fetal - Mobilograma (contagem dos movimentos fetais)
Feto ativo: saudável
Feto com mobilidade reduzida: vitalidade comprometida
Obs.: sensibilidade alta/ especificidade baixa
Baixa especificidade pois o feto passa a maior parte do tempo dormindo
Vitalidade Fetal - Avaliação do fluxo sanguíneo
Avalia fluxo sanguíneo em território materno (artérias uterinas) e fetal (arterial: aa. umbilicais, cerebrais médias, renais e Aorta; venoso: ducto venoso, v. cava inferior, seio transverso cerebral e v. umbilical)
Sangue materno → artérias uterinas → artérias arqueadas → aa. espiraladas → forma invadidas pelo trofoblasto → sangue fetal dentro da placenta (da a. espiralada)
pré-eclâmpsia
No momento em que o trofoblasto invade as arteríolas espiraladas, não invade a camada muscular de forma adequada, de maneira que as arteríolas espiraladas ficam vasoconstritas, levando à pré-eclâmpsia (quadro hipertensivo materno)
Se arteríolas espiraladas estão vascontriats, oxigênio não chega de forma adequada para a placenta, de forma que há mais resistência
Quando há má oxigenação e diminui pO2 sanguíneo o feto faz redistribuição sanguínea ou centralização hemodinâmica fetal, que é vasodilatação arterial dos órgãos nobres (artéria cerebral, coronárias e suprarrenal)
Suprarrenal produz corticóide, muito importante para maturação pulmonar
Ou seja, a dopplerfluxometria avalia padrão de fluxo sanguíneo, que prediz baixa a pO2 no sangue fetal, podendo prever acidose respiratória que depois se traduz em metabólica (começa a fazer respiração anaeróbica e produzir lactato)
Dopplervelocimetria Obstétrica (Dopplerfluxometria)
TERRITORIO MATERNO - AA. UTERINAS
1º trimestre: pode indicar predição pré-eclâmpsia
2º trimestre: Segunda onda de invasão das arteríolas espiraladas -> deve haver queda da resistência das artérias uterinas
*Aumento da impedância (resistência) ao fluxo: A. uterina adjacente à placenta é a principal fonte de perfusão da mesma
- pre- eclampsia
- RCIO
- Indica falha na placentação
* Incisura protodiastólica: onda de alta amplitude - Representa refluxo de sangue da circulação uteroplacentária - predição de DHEG
Dopplervelocimetria Obstétrica (Dopplerfluxometria)
TERRITORIO FETAL - aa. UMBILICAL
Avalia a função placentária
Oxigenação fetal (Essencial para nutrição fetal)
Doppler das artérias umbilicais
Baixa resistência (impedância ao fluxo baixa)
Diástole alta (se afasta da linha de base, baixa resistência)
Alteração (Dopplervelocimetria Arterial)
Diástole zero: progressão da resistência nas artérias umbilicais, onde fluxo diastólico (relaxamento) atinge linha de base
Obliteração de até 50% da microcirculação placentária
Diástole reversa: fluxo diastólico fica abaixo da linha de base (negativo)
Obliteração de mais de 90% da microcirculação placentária
Parto deve ser feito, independente da idade gestacional
Dopplervelocimetria Obstétrica (Dopplerfluxometria)
TERRITORIO FETAL - aa. Cerebral media
- Há aumento de aporte sanguíneo para o cérebro se há redução de PO2
Comportamento do fluxo cerebral:
Alta resistência vascular - sístole alta/diástole próxima a linha de base
Diminuição da resistência com o avançar da gestação
IP (índice de pulsatilidade cérebro-umbilical): cerebral/umbilical < 1
Alterado
Vasodilatação da a. cerebral → diminuição da resistência → diminuição da velocidade de fluxo → sangue fica mais tempo no tecido cerebral para distribuir O2
Diástole é mais alta (baixa resistencia)
Dopplervelocimetria Venosa
Se feto de termo com sinais de centralização hemodinâmica, conduta é interrupção da gestação
Se feto pré-termo com centralização hemodinâmica, mede-se o Doppler venoso do ducto venoso (representa o fluxo que chega ao coração)
Alteração nesse fluxo identifica impacto no miocárdio cardíaco
Ducto com índice de pulsatilidade venoso (IPv) até 1 considerado normal (acompanhar vitalidade diariamente)
IPv 1-1,5 considerado suspeito, sendo preciso fazer corticoide para preparar para o parto
IPv > 1,5: realizar parto imediato, por risco de acidemia fetal
Perfil Biofísico Fetal
importante na DMG para avaliar acidose
Parâmetros avaliados em USG ausente = 0 presente = 2
movimentos respiratórios (> 30 segundos),
movimento corpóreo (pelo menos 2),
tônus fetal (extensão ativa e retorno),
volume LA (bolsão > 2 cm),
CTB (pelo menos 2 acelerações da FCF)
Perfil biofísico > 8 normal
Perfil biofísico < 6 suspeito: comprometimento da vitalidade fetal
Quanto menor a nota, pior o prognóstico
Cardiotocografia
Banda A ou actotocográfica (fica no fundo de útero): registra contrações uterinas
Banda B ou cardiotocográfica (superior): registra frequência cardíaca do bebê
BFC basal - normal 110-160 bpm
Variabilidade - diferença entre maior e menor BCF
Acelerações transitórias (aceleração da FC basal de mais de 20 bpm por mais de 20s) - normais
Desacelerações
Contrações de movimentos fetais
Cardiotocografia - Parâmetros de Batimentos e Variabilidade
Bradicardia < 110bpm
Benignas (betabloqueadores, ansiolíticos, hipotensão materna e BAV fetal)
Hipoxemia crônica
Normal 110-160 bpm
Taquicardia > 160 bpm
Benignas (uso de beta-miméticos, febre materna)
Hipoxemia crônica
Variabilidade
Diferença entre o maior e o menor bpm
Ausente: indetectável (linha reta de batimento) - sinal de pré-óbito
Variabilidade normal: entre 10 e 25 bpm
Mínima: 0-5bpm
Moderada: 6-25 bpm
Acentuada: >25 bpm
Aceleração Transitória >20 bpm por >20s (<32 sem: >10bpm por >10s)
Variabilidade é mais importante que a aceleração para a vitalidade fetal
Geralmente ocorre quando bebe se movimenta
Significante de boa vitalidade fetal
Cardiotocografia - Desacelerações
Ocorrem quando há contração uterina, pois há interrupção do fluxo sanguíneo
*Precoce (DIP I): BENIGNA ( fisiológicas) Ocorre no mesmo momento em que há o ápice da contração
*Transitória/ variável (DIP III): por compressão do cordão umbilical, sem concordância com as contrações uterinas. Ocorre de maneira rápida e retorna a linha de base - BENIGNA
*Tardia (DIP II): desaceleração ocorre depois do pico da contração uterina - preditivo de sofrimento fetal, ainda mais se vier com baixa variabilidade -> Considerada patológica, sugestiva de anóxia fetal (insuficiência uteroplacentária e hipofluxo placentário)
*Prolongada: Decréscimo na FC >15bpm por no mínimo 2 min. e menor que 10 min. para retorno a linha de base. Geralmente ocorre por hipertonia uterina - PERIGO => Feto entra em hipoxemia e vai a óbito
Categorias de Cardiotocografias Pré-Parto
Categoria I (normal) (todos os critérios):
FC basal de 110-160 bpm
Variabilidade moderada (6-25 bpm)
Ausência de desaceleração tardia ou transitória
Desaceleração precoce presente ou não
Acelerações podem estar presentes
Categoria II (suspeito):
Taquicardia/bradicardia
Variabilidade ausente sem desaceleração
Variabilidade mínima ou aumentada
Ausência de aceleração
Desacelerações transitórias recorrentes, mas sem variabilidade ausente
Desacelerações tardias com variabilidade moderada
Desacelerações transitórias com aceleração “ombro”
Categoria III (terminal - anormalidades ácido-base fetais):
Variabilidade ausente associado a:
Desacelerações tardias recorrentes
Desacelerações transitórias recorrentes
Bradicardia
Padrão sinusoidal