Alto risco, DHEG e infecções Flashcards
Gestação de alto risco - Intercorrências
Qualquer agravo que ocorra durante a gestação: infecções que possam levar a infecções congênitas como rubéola, toxo, cmv; nefropatias, hemopatias, doenças autoimunes, epilepsia.
Gestação de alto risco - Doenças obstétricas na gestação atual
- Macrossomia (GIG - mães diabéticas)/ PIG por HAS materna
- Número de fetos -> quanto maior o numero, maior a chance de baixo peso e prematuridade
- Volume do líquido amniótico: condições que aumentam ou que diminuam (rompimento da bolsa)
- Trabalho de parto pré-termo
- Gravidez prolongada (> 42 semanas)
- Ganho ponderal - Pequeno ou excessivo
- Pré-eclâmpsia
- Ruptura prematura das membranas
- Sangramento de origem uterina
- Aloimunização (Mãe Rh- e pai Rh+)
Gestação de alto risco - História reprodutiva anterior
- Morte perinatal (explicada ou inexplicada)
- Recém-nascido (pré-termo <37 semanas, malformado) no peso adequado
- Recorrência de abortamentos - adotar medidas preventivas
- Esterilidade/infertilidade (uso de hormônios, ciclos de reprodução assistida)
- Intervalo interpartal < 2 anos ou > 5 anos
- Síndromes hemorrágicas (DPP)
- Síndromes hipertensivas (eclampsia, pré-eclâmpsia)
- Cirurgia uterina anterior
Menor capacidade de contração das fibras uterinas e risco de ruptura na região cicatricial
Periodicidade das consultas no Pré-natal de alto risco
Periodicidade das consultas
Quinzenal até 30ª semana (dependendo do grau de risco)
Semanal da 30ª semana até o parto
Acompanhamento multidisciplinar
Monitorização da vitalidade materna e fetal sistemática - rastrear possíveis causas de descompensação e distúrbios que diminuam a vitalidade fetal
Confirmação de infecção fetal
Identificação do moo sangue fetal ou liquido amniótico
Alteração morfológica no USG
Toxoplasmose
Formas de transmissão materna: oocistos, taquizoítos (infecção aguda) e cistos teciduais com bradizoítos (infecção indolente)
Transmissão materna: taquizoita via placentária
IgG - IgM - = suscetível (repetir 1º, 2º e 3º tri)
IgG + IgM- = infecção pregressa (pedir avidez)
IgG +IgM + = infecção recente
IgM pode ficar ativa por ate 6 meses (a baixa imunidade na gestação pode prolongar IgM) = avidez de anticorpos
< 30% infecção recente
30 a 60% boderline
>60% antiga
Toxoplasmose IgM positivo -> iniciar tratamento
- Solicitar teste confirmatório para avaliar reação cruzada -> iniciar tto sem confirmar
- Tratar Espiramicina (Rovamicina) 3g/dia da 12ª semana até termo da gestação (prevenção secundaria - prevenir a passagem do parasita da gestante ao concepto - proteger o feto pela transmissão vertical)
- Realizar exames para avaliar IgG (+)
- USG 12, 20 e 24ª semana - sinais de contaminação fetal
- Realizar amniocentese para PCR 6 semanas após confirmação e acima de 20 semanas (avaliar infecção fetal)
Achados ultrassonográficos da toxoplasmose
Hidrocefalia
Macrocrania
Calcificações intracranianas (a mais característica para suspeita diagnóstica) e/ou hepáticas
Hepatoesplenomegalia
Placenta = aumento da espessura e calcificações grosseiras
RCIU
Feto infectado - prevenção terciaria
Pirimetamina (Daraprim) 50 mg/dia
Sulfadiazina 3g/dia
Ácido folínico (Leucovorin) 15 mg 2x/semana
Caso haja toxicidade gástrica da gestante alternar com espiramicina 3g/dia a cada 3 semanas
Ate o final da gestação
Rubéola
Agente: RNA virtus (família togavirus)
Período de transmissão: 7 dias antes e após o rash cutâneo
Após vacinação, evitar gestação por no mínimo 3 meses
Risco de transmissão materno- fetal
Quanto mais precoce for a infecção materna e acontecer a infecção fetal, pior o acometimento
< 11 semanas ⇒ síndrome de rubéola congênita (surdez, catarata, microcefalia, malformações cardíacas
11-18 semanas: surdez e distúrbios do DNPM
> 18 semanas: sem defeitos ou poucos defeitos fetais
Achados ultrassonográficos para rubéola
Catarata
Microftalmia
Microcefalia
MF (malformações) cardíacas (CIV - comunicação interventricular)
RCF
Hidropsia fetal
Placenta: aumento da espessura, calcificações grosseiras
Obs: grifos são patognomônicos
CMV
Agente: DNA vírus (família herpesvírus)
Transmissão por contato íntimo, pessoa-a-pessoa
Transmissão para o feto
Via transplacentária
Clínica
Febre linfadenomegalia, anorexia, fadiga (mono like síndrome)
Achados ultrassonográficos CMV
Esplenomegalia
Placentomegalia
Hidrocefalia
Microcefalia
Calcificações intracranianas periventriculares (é a mais característica do CMV)
RCIU
Hidropsia fetal
Calcificações intra hepáticas
Hipercogenicidade de alças
Tratamento e prognóstico CMV
- IgM (+) = Aminiocentese
Valaciclovir
Ganciclovir
Assintomáticos: é a grande maioria, com possíveis sequelas tardias - surdez, coriorretinite, microcefalia, déficit motor