Farmacologia Flashcards

1
Q

Categorias de medicações e a gestação

A

Categoria A
Estudos controlados não revelam risco

Categoria B
Nenhuma evidência de riscos em humanas - prescrição livre
Estudos controlados em animais que não demonstraram efeitos sobre o feto
Ampicilina, azitromicina, ondansetrona, paracetamol (ate 4gr/dia), hidroclorotiazida, metformina

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2
Q
A

Categoria C - Risco não pode ser excluído-> estudos em animais demonstraram efeitos danosos sobre o feto e não há estudos controlados em mulheres
Prescrição restrita -> avaliar risco/beneficio
Dependendo do remédio e época da gravidez pode ser categoria D
Só prescrever caso inexistência de droga alternativa
AINS, Tramadol, anlodipino, omeprazol, prednisona, propranolol

Categoria D
Evidência positiva de risco
Prescrição proibida
Só prescrever em casos excepcionais
Aspirina, naproxeno, ibuprofeno, midazolam, fenobarbital clonazepam, losartana, atenolol, captopril

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3
Q

Prednisona

A

1º trimestre = Leva à formação de fenda palatina/ orofacial
No final da gestação, antes do parto para prevenir a síndrome do desconforto respiratório não leva ao risco para feto ou neonato

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4
Q

Propranolol (e outros beta bloqueadores) - Categoria C
Atenolol - categoria D

A

Reduzem perfusão placentária, bradicardia fetal e hipoglicemia → pode levar a morte do bebê
2 e 3º trimestre - RN devem ser observados 24-48h após o parto para bradicardia, hipoglicemia e demais sintomas de beta-bloqueadores
Atenolol (BB)
Parto prematuro
Diminuição da perfusão placentária
Bradicardia no bebe
Durante amamentação leva a bradicardia neonatal

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5
Q

Anlodipino

A

Aumento de morte intrauterina
Aumento do período gestacional
Aumento do trabalho de parto

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6
Q

Naproxeno (AINE- Flanax)e outros AINS -
Categoria C
Categoria D - 3º tri

A

Risco aumentado de aborto em animais
Malformação cardíaca =>Ducto arterioso tem seu fechamento precoce com o uso deste medicamento) a partir da 32ª semana de gestação, pois reduz as prostaciclinas (PGE2) -> usado em bebês que nascem com o ducto arterioso patente
Oligohidrâmnio = baixa produção de LA
Hipertensão pulmonar
Inibição da agregação plaquetária
Lesão renal fetal

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7
Q

Tramadol (opioide) - Categoria C

A

Em animais altas dose mostraram efeitos no desenvolvimento de órgãos, crescimento ósseo e aumento da taxa de mortalidade → controverso, tem referencia q entende que há problema porque apenas em altas doses

Não deve ser durante a amamentação: pode causar excesso de sonolência no bebê, dificuldade respiratória ou sérios problemas respiratórios

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8
Q

Aspirina
categoria C nos 1 e 2 tri
categoria D no 3º tri

A

Riscos semelhantes ao naproxeno
Não recomendado seu uso durante amamentação
Associada com aumento da mortalidade perinatal, hemorragia neonatal, possível teratogênese
Baixas doses -> como anticoagulante -> protocolos é usado para prevenir pré eclâmpsia

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9
Q

Losartana
D

A

2 e 3º trimestre - redução de LA, hipoplasia pulmonar e craniana e morte fetal
Oligohidrâmnio, hipoplasia pulmonar fetal, hipoplasia do crânio

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10
Q

Captopril (IECAs no geral)
Categoria D

A

Malformação craniofacial, aumento de morbidade e toxicidade neonatal

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11
Q

Categoria X = Contraindicação na gestação
Prescrição proibida!!
Fenobarbital, Varfarina, atorvastatina, misoprostol, sinvastatina, acido valproico, fluconazol, hormonios androgenicos, litio, tetraciclina, ciclofosfamida, metotrexato, carbamazepina, fenitóina

A

*Varfarina
1º trimestre - atravessa a placenta e impede a produção de proteínas dependentes de vitamina K pelo feto. Embriopatia por varfarina: doença da cartilagem, acarretando em hipoplasia nasal dos membros, cegueira, microcefalia, hidrocelfalia, hemorragia fetal, aborto espontanea
Sinvastatina
1º trimestre - prevalência de malformações fetais (anomalias congênitas)
Misoprostrol
Contração uterina → aborto
Fenobarbital
Risco de teratogênese e síndrome de ausência

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12
Q

Anticonvulsivantes

A

⅓ delas podem ter um aumento na frequência de crises durante a gestação
Convulsão é mais prejudicial do que o fármaco (abortamento, hemorragias, prematuridade)
Idealmente o ajuste deve ocorrer antes de engravidar
Se os anticonvulsivantes forem necessários, utiliza-se monoterapia, sendo a mais efetiva (menor dose)-> suplementar obrigatoriamente com ac. fólico
Levitiracetam
Lamotrigina
Oxcarbamazepina

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13
Q

Antipsicóticos

A

Típicos - seguros em baixas doses
Haloperidol (C)
Não tem risco na lactação - medicamento de escolha na amamentação
Cloropromazina (C)
Risco alto na lactação - adormecimento e sedação do lactente

Atípicos
Clozapina (B) - poucos relatos de caso asseguram o uso
Risperidona (C) - uso deve ser evitado
Olanzapina (C) - poucos relatos de caso asseguram o uso
Quetiapina (C) - poucos relatos de caso asseguram o uso

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14
Q

Antidepressivos

A
  • Inibidores da recaptação de serotonina
  • Nortriptilina (C) - fármaco de escolha na gestação e baixo risco na lactação
    Menor efeito anticolinérgico (isso é positivo)
  • Fluoxetina: estudos de caso asseguram o uso no 1º trimestre
    Segunda opção
  • Sertralina: fármaco de escolha na lactação
  • Benzodiazepínicos
  • Diazepam e clonazepam: uso evitado na gravidez e lactação
  • Lorazepam e Alprazolam: uso evitado na lactação
    Risco: síndrome de abstinência neonatal, quando usado próximo ao parto = floppy baby (hipotonia, hipertermia, dificuldade de alimentação)
  • Tricíclicos
    Uso assegurado no 1º trimestre
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15
Q

Analgésicos e anti-inflamatórios
Analgésicos não-opióides - AINES

A

Mecanismo de ação: inibem COX → redução de PG
Queda de PGE2 → constrição do ducto arterioso
Hipertensão pulmonar primária no RN
Diminuição do fluxo sanguíneo renal, reduzindo a produção de LA, podendo induzir a formação de oligoidrâmnio
Queda de PGE2 → efeito tocolítico → prolonga e inibe o parto

  • Indometacina
    Manejo de parto prematuro para evitá-lo (32-34 semanas sem uso de anti-hipertensivo) + indução de fechamento do ducto arterioso
  • Paracetamol
    Risco de acometimento hepático
    Categoria B na gravidez e na lactação
  • Ibuprofeno (Advil)
    Categoria D no 3º trimestre
    Uso continuo/prolongado = causa gastrosquise: malformação congênita da parede abdominal/ evisceração
  • AAS
    Pode causar gastrosquise
    Doses elevadas = Hipocoagubilidade fetal
    Categoria C nos primeiros trimestres e D no 3° trimestre de gestação
  • Dipirona
    ação anti-inflamatória um pouco maior que o paracetamol
    Risco de agranulocitose (raro)
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16
Q

Opióides

A

Morfina (C)
Codeína (C)
Possíveis malformações respiratórias
Uso próximo ao parto pode levar à depressão respiratória
Uso crônico pode levar à síndrome de abstinência do RN

17
Q

Antiasmáticos
⅓ das gestantes asmáticas pioram da asma

A
  • Anticorpos monoclonais tem se mostrado boa opção
  • Categoria B
    Corticoides inalatórios - Budesonida
    Spray nasal e para aspirar
    Não realiza metabolização hepática
    Estabilizadores de mastócitos - Cromolin
    Modificadores de leucotrienos
    -Categorias C
    Corticóides inalatórios - Beclometasona
    Modificadores de leucotrienos
    Metilxantinas
    Agonistas B-2-adrenérgicos
18
Q

Hipotensores

A

Alfa-metildopa (agonistas alfa2-adrenérgicos) (B)
250 mg Vo 2x/dia
agonista alfa2 -> ação no tronco encefálico -> diminui tônus simpático -> diminui DC e RVP

Labetalol (antagonista alfa-1-seletivo, beta-não seletivo) (C)
IV ou VO
Início com 100 mg 2x/dia
antagonista alfa-1-seletivo, beta-não seletivo-> ação no miocardio, bronquios e m. liso vascular B2 e a1 -> diminui PA e RVP

Pindolol (antagonista B-não seletivo, agonista parcial beta-2-vasos) (B)
IV ou Vo
Agonismo parcial em B2
Nifedipina (bloqueador de canais de Ca2+) (C)
VO 30 mg 1x/dia
bloqueador de canais de Ca2+ -> ação no m. liso e no miocárdio -> diminui PA e RVP

19
Q

Hospitalização - Pre eclampsia

A

Hidralazina - 5-10 mg IV ou IM (vasodilatação de músculo liso)

Labetalol - 20 mg IV
Aumento para 40 mg em 10 min se controle for inadequado

Sulfato de magnésio
Eficácia documentada na prevenção das convulsões
Prolongamento da gravidez em até 2 dias
Sem efeitos colaterais
No feto: redução de tônus muscular e da massa óssea
Na mãe: náuseas, vômitos, problemas respiratórios, coma, lesão renal
Ação
Vasodilatação seletiva cerebral -> Antagonista de canais de Ca2+
Inibição da agregação plaquetária
Antagonismo de NMDA
Mais eficiente mais seguro que anticonvulsivantes clássicos

20
Q

Tratamento clínico para redução da PA

A

Anti-hipertensivos de emergência
Hidralazina 5 mg IV a cada 15 min (PA > 11)
Nifedipina 10 mg SL a cada 40 min

Anti-hipertensivos ambulatoriais
Pindolol 10-30 mg/dL
Metildopa 750-2000 mg/dL

21
Q

Tratamento clínico para iminência de eclâmpsia

A

Sulfatação profilática (ver diurese reflexo patelar)
Esperar 4 horas para o parto - Continuar por 24h após o parto
a toxicidade depende do clarence renal

Pritchard - melhor opção
4 g IV + 10 g IM de sulfato de Mg, seguida da dose de manutenção 5 g Im a cada 4h (problema: dose efetiva próxima da dose fatal)
Checar em diurese antes de iniciar, pois sulfato de magnésio é secretado nos rins
A cada dose checar reflexo patelar. Se reflexo patela diminuído pular dose, ausência do reflexo entrar com gluconato de cálcio - é o antídoto

Zuspan
4 g IV seguido de 1-2 g/h em bomba de infusão

22
Q

Diabetes Mellitus Gestacional DMG
Principalmente em gestantes > 35 anos

A

Monitorar das glicemias capilares 4-7x/dia pré e pós-prandia
Insulinoterapia
0,5 U/Kg - insulina regular humana de ações intermediárias e rápidas
Insulina de longa duração deve ser evitada
Categoria B
Metformina: pode ser usada durante toda a gestação (B)
Glibenclamida: só pode a partir do 2º trimestre (C)

23
Q

Antieméticos

A

Metoclopramida
Categoria B
Risco muito baixo na lactação
Bloqueador dopaminérgico de SNC
Andocetrona
Dimenidrato (Dramin)
Categoria B
Risco muito baixo na lactação
Dramin B6 = metade da dose do dramin, por isso causa menos sono → é o recomendado para grávida

24
Q

Antiúlcerosos

A

Antiúlcerosos
Cimetidina (B) - risco baixo na lactação - retirado do mercado
Ranitidina (B) - risco baixo na lactação - retirado do mercado
Omeprazol (C) - risco baixo na lactação

25
Q

Antimicrobianos

A

Uso de penicilinas e cefalosporinas é considerado seguro

Ciprofloxacino e norfloxacino são evitados na gestação porque os estudos em animais mostraram que as fluoroquinolonas são tóxicas para as cartilagens em desenvolvimento. Até o momento não foi observado nenhum efeito teratogênico nos estudos em humanos.

Amicacina, gentamicina e outros aminoglicosídeos costumam ser evitados na gestação pelo risco teórico de ototoxicidade e nefrotoxicidade. O risco não é impedido em necessidades reais para infecções graves

26
Q

Vacinas

A

Vírus vivos ou atenuados - contraindicados
Caxumba, poliomielite, rubéola e sarampo e febre amarela
Bactérias mortas: indicados quando houver possibilidade de contágio
COVID - ainda não há estudos sobre, por enquanto, todas as grávidas devem ser vacinadas
Nenhum estudo fase 3
Categoria B em pfizer e butantã/ sinovac