Retinopatia Diabética Flashcards

1
Q

Qual é a porcentagem de pacientes diabéticos que apresentam Retinopatia Diabética?

A

1/3

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Q

Qual é a porcentagem dos pacientes com Retinopatia Diabética que apresentam formas graves, que ameaçam a visão?

A

1/3

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Q

Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da Retinopatia Diabética?

A

1. Tempo de Doença (PRINCIPAL)

  • Ao diagnóstico: DM1 (0%) e DM2 (5%)
  • Após 20 anos: DM1 (90%) e DM2 (50%)

2. Mal controle clínico (SEGUNDO MAIS IMPORTANTE)

  • Pior prognóstico e maior progressão

3. Tipo de Diabetes

  • DM1 pior que DM2

4. Tratamento:

  • Uso de insulina –> maior prevalência de retinopatia

5. HAS

6. Tabagismo

7. Gestação

- piora da RD durante a gestação

8. Nefropatia por Diabetes

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4
Q

Como deve ser feito o rastreio dos pacientes diabéticos para a Retinopatia Diabética?

A

1. DM1:

  • 5 anos após o diagnóstico e depois anualmente

2. DM2:

  • No diagnóstico e depois anualmente

3. Gestante diabética:

  • No 1º trimestre e o seguimento de acordo com a gravidade da retinopatia apresentada
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5
Q

Qual é a fisiopatologia da Retinopatia Diabética?

A

1. Perda de Pericitos e Espessamento da Membrana Basal do Endotélio dos capilares (1ª alteração histológica)

Estresse oxidativo associado à Hiperglicemia Crônica

2. Surgimento de Microaneurismas (1ª alteração no FO)

Associadas à perda de pericitos e pelo espessamento da membrana basal

3. Quebra da BHI

Incompetência dos capilares lesionados

4. Oclusões Capilares

Vasos lesionados podem sofrer processo de oclusão.

5. Aumento do VEGF

Isquemia, levando ao surgimento de Neovasos e aumentando a permeabilidade vascular (Edema Macular)

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6
Q

Quais são as lesões elementares da Retinopatia Diabétia?

A

1. Microaneurismas

  • Lesões saculares dos capilares
  • 1ª lesão fundoscópica

2. Hemorragias

  • Chama de vela (CFN)
  • Ponto Borrão (CNI e CPE)

3. Exsudatos Duros

  • Extravazamento de lipoproteínas (CPE)

4. Exsudatos Algodonosos

  • Infarto da CFNR

5. Beeding Venoso

6. IRMAs

  • shunts arteriovenosos que se abrem próximos à áreas de isquemia.
  • Não tem leakage
  • Não ultrapassa a MLI
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7
Q

Qual é a classificação da Retinopatia Diabética, segundo o ETDRS?

A

1. Leve

  • Microaneurismas e hemorragias em < 4 quadrantes
  • 1% RDP alto risco em 1 ano

2. Moderada:

  • Não preenche critérios para GRAVE
  • 3% RDP alto risco em 1 ano

3. Grave:

- 15% RDP alto risco em 1 ano

  • Paciente apresenta UM dos seguintes critérios

4 quadrantes com > 20 Hemorragias e/ou Microaneurismas

2 quadrantes com Beeding Venoso

1 quadrantes com IRMA

5. Muito Grave:

  • DOIS ou mais critérios da GRAVE
  • 45% RDP alto risco em 1 ano

6. Retinopatia Diabética Proliferativa

  • Presença de Neovasos de Retina e/ou Disco
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8
Q

Quais são lesões elemanteres que não entram na classificação da Retinopatia Diabética?

A

Exsudatos

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9
Q

Quais são os critérios de Retinopatia Proliferativa de Alto Risco?

A

Esse grupo apresenta Alto Risco para perda visual grave, isto é, perda de 3 linhas de visão em 5 anos.

Os critérios para classificação são:

1. NVD >1/4 DD:

Neovasos de disco maiores que 1/4 do diâmetro de papila

2. NVD + HV

Neovasos de disco, de qualquer tamanho, associados a Hemorragia Vítrea

3. NVE >1/2 DD + HV

Neovasos de retina maiores que 1/2 diâmetro de papila associados à hemorragia vítrea

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10
Q

Qual é a indicação de Panfotocoagulação da Retina?

A

A partir da Retinopatia Muito Grave

Reduz em 50% a chance de Perda visual grave.

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11
Q

Qual é o princípio da panfotocoagulação?

A
  • Redução de produção de VEGF pelas áreas isquêmicas periféricas
  • Redução e aumento da permeabilidade do oxigênio nessas áreas
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12
Q

Qual é a técnica utilizada para realização da Panfotocoagulação?

A

Laser de argônio

Mira: 200-500 micrômetros

Tempo: 0,2s

Potência: suficiênte para deixar uma marca branca na retina

Disparos: 1200-2000

Sessões: 3-4

***Evitar: mácula, vasos, neovasos, mácula

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13
Q

Quais são as complicações associadas à panfotocoagulação?

A

DC

DR Exsudativo

Edema macular

Nictalopia/Redução da sensibilidade ao contraste (lesão dos bastonetes periféricos)

Midríase / Perda da acomodação / Redução da sensibilidade da córnea (lesão dos nn. Nasociliares)

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14
Q

Qual é o outro tratamento possível para a Retinopatia Diabética Proliferativa?

A

Injeção intra-vítrea de anti-VEGF

Problema: efeito temporário, sendo necessárias novas aplicações

Vantagens: trata edema macular e pode melhorar a acuidade visual

Conclusão: é possível tratar a RDP associando os dois tratamentos

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15
Q

Quais são as possíveis complicações e seus respectivos tratamentos, em pacientes com Retinopatia Diabética Proliferativa?

A
  1. Hemorragia Vítrea que não melhora
    - DM1: VVPP precoce
    - DM2: VVPP após 6 meses
  2. DRT que ameaça a mácula
  3. DRT + DRR
  4. Glaucoma de Células Fantasmas
    - Bloqueio do trabeculado por hemácias.

Todas as complicações acima são tratadas com Vitrectomia Posterior.

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16
Q

Qual é a porcentagem de pacientes que irá desenvolver edema macular diabético (EMD)?

A

PRINCIPAL causa de baixa de acuidade visual nesses pacientes

  • 29% dos DM1, após 20 anos
  • 28% dos DM2, após 20 anos
17
Q

Qual é a diferença entre o edema macular difuso e o focal?

A

1. Difuso:

  • Quebra da Barreira Hematorretiniana com extravazamento macular difuso.

2. Focal:

  • Edema macular loalizado, geralmente associado à extravazamento de um ou mais microaneurismas
18
Q

O que é o Edema Macular Clinicamente Significativo?

A

Classificação criada pelo ETDRS:

  1. Espessamento macular dentro de 500 micrômetros do centro da fóvea
  2. Exsudatos duros dentro de 500 micrômetros do centro da fóvea com espessamento adjacente
  3. Espessamento macular > 1 diâmetro de disco dentro de um raio de 1 diâmetro de disco do centro da fóvea
19
Q

Quais são os pilares do tratamento do Edema Macular Diabético?

A

1. Controle clínico

2. Descartar complicações:

  • Maculopatia isquêmica
  • DRT

3. Avaliar localização do edema:

> 500micrômetros da fóvea: laser focal

< 500micrômetros da fóvea: injeçao de Anti-VEGF

20
Q

Quais são as formas de se tratar um paciente com EMD utilizando anti-VEGF?

A

Existem 3 esquemas de injeção de anti-VEGF

1. Mensal

  • injeções mensais

2. PRN (Pro Re Nata)

  • injeção mensal por 3 meses
  • retornos mensais
  • caso seja detectado o edema, o paciente é tratado.

3. Tratar e Extender

  • injeção mensal por 3 meses
  • após este período o paciente retorna mensalmente, recebendo injeções até que a retina não tenha edema
  • em seguida, não havendo edema, o retorno é aumentado em mais duas semanas, porém o paciente recebe injeção.
  • o próximo retorno, então é aumentado em mais 2 semanas, e isso é feito toda vez em que não se detecte edema.
  • No momento em que se detectar edema em um dos retornos, o paciente recebe a injeção, porém, o seu retorno é adiantado em duas semanas, pois o paciente em questão não “aguentou” ficar tanto tempo sem receber o anti-VEGF
  • O espaçamento entre as visitas pode chegar até, no máximo, a cada 12 semanas.
21
Q

Qual outra substância pode ser utilizada para o tratamento do EMD, além do anti-VEGF

A

Corticóides

Indicações:

1. Pacientes pseudofácicos

  • risco alto de desenvolver catarata em pacientes fácicos

2. Sem Glaucoma

  • Aumento da PIO

3. Gestantes

  • sem segurança comprovada dos anti-VEGFs para o feto

4. Pacientes que não respondem ao anti-VEGF