Raiva e Tétano Flashcards

1
Q

Agente etiológico do tétano

A

toxina do Clostridium tetani
BGP anaerobio obrigatorio formador de esporos, presente no intestino de mamiferos, solo é a fonte principal, sem potencial de invadir hospedeiro, não cresce em tecidos saudaveis

*alta letalidade, caiu por causa da vacinação

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2
Q

quais as duas toxinas produzidas pelo clostridium tetani?

A

tetanolisina e
tetanospasmina (age na placa neural)

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3
Q

Fisiopatologia do tetano

A

acometimento do sistema nervoso
- ligacao irreversivel da toxina que impede a liberação de GABA (neurônios inibitórios)
- hiperexcitabilidade neuronal descontrolada, afetando principalmente o sistema motor e o SNA
- Paciente permanece contraído

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4
Q

clinica do tetano

A

-contração involuntária simultânea dos músculos agonistas e antagonistas
-aumento do tônus muscular,
-espasmos dolorosos

2ª semana: instabilidade autonômica e estado hipersimpático (sudorese, taquicardia e hipertensão lábil)

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5
Q

Fatores predisponentes para tetano

A

-Trauma penetrante → inoculação de esporos
-Coinfecção com outras bactérias
-Tecido desvitalizado
-Corpo estranho
-Isquemia localizada
-Quanto maior a condição de anaerobiose, maior a chance de o esporo germinar e produzir bacilos

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6
Q

Quais ferimentos tem alto potencial tetanogenico?

A

-Queimaduras
-Fraturas expostas
-Mordedura de animais
-Abortos provocados em condições precárias

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7
Q

Quem adoece pelo tetano?

A

-Quem não foi vacinado previamente
-Quem não procura atendimento médico
-Os que não foram adequadamente tratados

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8
Q

periodo de incubação e aspectos clinicos do tetano

A

-7 a 10 dias (media)
-periodo de progressao: 48h
-tetano localizado (contrações tonicas em uma extremidade, frequentemente é o inicio da forma generalizada)
-tetano cefálico (acometimento de nervos cranianos)

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9
Q

tétano generalizado

A

o Rigidez axial precede a apendicular
o Rigidez cervical
o Trismo
o Riso sardônico
o Opistótono
o Obstrução de via aérea
o Nível de consciência preservado

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10
Q

Quais as possiveis consequencias do tétano?

A

o Dor e espasmos
o Insuficiência respiratória
o Lesões ortopédicas
o Lesões de língua

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11
Q

Tratamento do tétano

A

-sedativos (diazepan), opioides
-UTI, via aerea pervia, controle dos espasmos
-debridamento do foco
-atb (metronidazol ou penicilina cristalina)
-neutralizar toxina com imunização passiva
SORO (dura 2 sem)
IMUNOGLOBULINA (dura 3 sem)

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12
Q

Prognóstico do tétano

A

o Mortalidade de 8 a 50%

o Fatores de gravidade:

-período de incubação menor do que 10 dias,
-período de progressão menor do que 48 horas,
-idade maior do que 60 anos,
-presença de comorbidades,
-complicações na admissão

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13
Q

Dx do tetano

A

clinico e epidemiologico

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14
Q

Patogeno causador da raiva

A

familia (Rhabdoviridae) de virus RNA do genero Lyssavirus*
ciclo de transmissao: urbano, rural e silvestre

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15
Q

caracteristica principal da raiva:

A

Encefalite aguda → progressiva, aguda e letal
*zoonose transmitida por mordida (principalmente) por animais silvestres ou domésticos não vacinados

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16
Q

periodo de incubacao da raiva

A

45 dias

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17
Q

periodo de transmissao da raiva

A

caes e gatos: 2 a 5 dias antes dos sinais clinicos, morte do animal em 5 dias

morcegos: podem ter virus por longo periodo, sem sintomatologia

18
Q

2 formas mais importantes da raiva

A

ENCEFALÍTICA - febre, dor de cabeça, disfagia, aversao a agua, hipertonia, contracoes > paralisia
PARALÍTICA - paralisia, dor difusa muscular

19
Q

qual é o prodromo da raiva?

A

dura de 2 a 4 dias: (encefalitica) mal estar, febre baixa, anorexia, cefaleia, nauseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensacao de angustia

*hiperestesia e parestesia proximos ao local da mordedura e alteracoes de comportamento

20
Q

qual é o progressao da raiva, depois do prodromo?

A

(paralitica) ansiedade, delirios, espasmos musculares involuntarios (paralisia, alteracoes cardiorrespiratorias, retencao urinaria e obstipacao intestinal), convulsoes, sialorreia (se recusa engolir sua prorpria saliva = desidratacao), hiperacusia, fotofobia
evolucao ao obito: 5 a 7 dias

21
Q

Diagnóstico de raiva

A

*Método de imunofluorescência direta (IFD) em impressão de córnea e raspado de mucosa lingual
*Biologia molecular (PCR)

22
Q

Tratamento raiva

A

-antiviral, analgesico
-soro heterologo (solucao de anticorpos em equideos, 40UI/kg devendo infiltrar nas lesoes a maior quantidad epossivel da dose do soro

-imunoglobulina humana antirrábica: mais seguro, porem mais caro, indicada se ocorrência de quadros anteriores de hipersensibilidade; uso prévio de soros de origem equídea; a existência de contatos frequentes com animais, principalmente com equídeos

23
Q

Qual os primeiros passos apos um ferimento?

A

-lavar imediatamente com agua corrente, sabao, antissepticos
-soro antirrabico (se tiver joga na ferida)
-fazer profilaxia do tetano (caso nao seja vacinado ou com esquema vacinal incompleto) e uso de atb nos casos indicados

24
Q

clinica do cao ou gato suspeito na raiva

A

mudança brusca de comportamento, além de salivação abundante, dificuldade para engolir, mudança nos hábitos alimentares e paralisia de patas traseiras

25
CASO CLINICO, como proceder? o Masculino, 25 anos o Previamente hígido o Mordedura de cão em mão e antebraço esquerdos o Cão de rua desconhecido, não passível de observação
Sempre fazer imunoglobulina em caso de animais silvestres.
26
tetato e raiva estão diminuindo pq?
vacinação tetano - vacina raiva - vacina animais e para humanos pré e pós exposicao
27
qual tipo de animal mais comum de raiva em pais desenvolvido e subdesenvolvido?
animal silvestre - pais desenvolvidos animais domesticos, falta de vacinacao - pais subdesenvolvidos
28
patogenia da raiva
vírus adentra organismo pela mordida > se replica e chega no SNS pelos nervos periféricos No SNC ele se espalha causando inflamação inicial do tec nervoso -> morte celular tb vai para glândulas salivares
29
existe pré-exposição a raiva?
sim 3 doses de vacinas antirrábicas nos dias 0, 7 e 28
30
pós-exposição a raiva
vacina dia 0, 3, 7 e 14 + soro antirrabico
31
diferenca de patogenia da raiva e do tetano
tetano: machucado > bacteria (esporo) penetra > sistema nervoso libera toxinas que bloqueiam irreversivelmente transmissores GABA > hipertonia, contracao muscular mantida raiva: mordida > virus penetra e se multiplica > SNC e glandulas salivares > SNC faz inflamacao e morte celular
32
Vacinacao tétano
(vacina penta: tet, coq, fifteria, haem influneza b): DTPa 2, 4 e 6 mese (reforco aos 15 meses e 4 anos) depois de 7 anos e adultos: DT (3 doses e reforco a cada 10 anos) gravida: vacinar a partir da 20 semana (prevencao para RN) dura 2 meses na crianca
33
Exemplo de caso confirmado de tétano
Todo caso suspeito, descartado para outras etiologias e que apresenta um ou mais dos seguintes: sinais e sintomas: hipertonia dos masseteres (trismo), disfagia, contratura dos músculos da mímica facial (riso sardônico, acentuação dos sulcos naturais da face, pregueamento frontal, diminuição da fenda palpebral), rigidez abdominal (abdome em tábua), contratura da musculatura paravertebral (opistótono), da cervical (rigidez de nuca), de membros (diculdade para deambular), independentemente da situação vacinal, de história prévia de tétano e de detecção de solução de continuidade da pele ou de mucosas. A lucidez do paciente reforça o diagnóstico.
34
Conduta para contato indireto com cão ou gato, mamifero domestico ou morcegos e mamiferos silvestres
Lavar com agua e sabao
35
Conduta para exposição leve (ferimento superficial) com cão ou gato passível de observação e sem sinais sugestivos de raiva
manter o animal em observacao por 10 dias. Se permanecer vivo e saudavel, suspender observacao. Se morrer, desaparecer ou sianis de raiva: INDICAR VACINA
36
Conduta para exposição leve (ferimento superficial) com animal não passível de observação ou com sinais sugestivos de raiva
INICIAR PROFILAXIA: VACINA (4 DOSES: 0, 3, 7 e 14
37
Conduta para exposição leve (ferimento superficial) com mamifero domestico de interesse economico
lavar com agua e sabao iniciar profilaxia: vacina
38
Conduta para exposição leve (ferimento superficial) com morcegos e outros mamiferos silvestres
lavar com agua e sabao iniciar profilaxia: vacina e soro (ou imunoglobulina) em ate 7 dias
39
Conduta para exposição grave com cao ou gato passivel de observacao por 10 dias sem sinais sugestivos de raiva
lavar com agua e sabao nao iniciar profilaxia. Manter animal em observacao por 10 dias. Se morrer, ou desaparecer, faz VACINA e SORO ou IMUNOGLOBULINA
40
Conduta para exposição grave com cao ou gato nao passivel de observacao por 10 dias ou com sinais sugestivos de raiva
lavar com agua e sabao VACINA e SORO ou IMUNOGLOBULINA
41
Conduta para exposição grave com mamifero domestico de interesse economico
lavar com agua e sabao VACINA e SORO ou IMUNOGLOBULINA