Questões Apendicite Flashcards

1
Q

Paciente, sexo masculino, 17 anos é examinado no setor de urgência com dor abdominal há 24 horas, iniciado no período de migração migrando posteriormente para a fossa ilíaca direita. O exame físico mostra a palpação superficial ou profunda na ilhota direita, contração e defesa da palpação, Sinal de Blumberg positivo. A conduta correta é:
A
Indicar apendicectomia.

B
Solicite uma ultrassonografia de abdome para confirmar o diagnóstico.

C
Indique uma tomografia computadorizada do abdome para excluir diagnósticos diferenciais.

D
Observação por mais 24 horas em domicílio.

A

A apendicectomia pode ser aberta ou videolaparoscópica. Atualmente, há uma tendência em escolher videolaparoscopia, principalmente em mulheres, idosos, obesos e perfurações. Alternativa A: CORRETA. Os dados do enunciado permitem o diagnóstico clínico de apendicite aguda. Não são necessários exames complementares e o paciente deve ser submetido a apendicectomia, preferencialmente via laparoscópica. Alternativa B: INCORRETA. O USG é útil quando há uma dúvida diagnóstica, principalmente nas mulheres em função das etiologias ginecológicas. Alternativa C: INCORRETA. O quadro é típico, inclui irritação local peritoneal inclusive. Não há indicação de TC. Alternativa D: INCORRETA. Não dê alta para um paciente com um quadro de apendicite aguda.

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2
Q

O sinal de Rovsing é sugestivo de apendicite aguda e os resultados de uma manobra semiológica que consiste em:

A

Indução de dores no QID pela palpação do QIE

Alternativa A: INCORRETA. Aumento de dor de cabeça provocada corresponde ao sinal de Dunphy. Alternativa B: INCORRETA. Dor à rotação interna do quadril direito corresponde ao sinal do obturador. Alternativa C: CORRETA. Descrição correta de um manobra de Rovsing. Alternativa D: INCORRETA. Dor à extensão do quadril direito corresponde ao sinal do psoas.

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3
Q

Paciente dá entrada no Hospital Municipal de Santarém com quadro de dor em epigastro com irradiação para fossa ilíaca direita associada a febre (38ºC), náuseas, anemia e anorexia. Ao exame físico, o paciente apresenta defesa na fossa direita, descompressão brusca positiva na fossa direita. Apresenta leucocitose de 16.800 com desvio à esquerda. USG de abdome total: apendicite aguda. Dentre as alternativas abaixo, marque como NÃO pertence aos requisitos de Alvarado.
A
Aumento da dor à tosse provocada

B
Dor de rotação interna do quadril direito

C
Indução de dores no quadrante inferior direito pela palpação do quadrante inferior esquerdo

D
Dor à extensão do quadril direito

A

São os requisitos de Alvarado: M: Migração de dor para o quadrante inferior direito = 1 ponto A: Anorexia = 1 ponto N: Náuseas e vômitos = 1 ponto T: Sensibilidade no quadrante inferior direito = 2 pontos R: Dor à descompressão brusca = 1 ponto E: Temperatura elevada = 1 ponto L: Leucocitose = 2 pontos S: Desvio da contagem leucocitária para a esquerda = 1 ponto. A única alternativa que não contempla o escore de Alvarado é a letra C.

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4
Q

Paciente de 15 anos chega ao Pronto Atendimento com quadro de dor abdominal na fossa ilíaca direita, anorexia e febre. Hemograma mostra 15.000 leucócitos. Segundo ou escore modificado de Alvarado, esse paciente apresenta quantos pontos? Está indicada uma cirurgia?

A

Quanto maior a pontuação da escala de Alvarado, maior a chance de diagnóstico de apendicite aguda. Aplicando ou escore de Alvorado, temos: dor na fossa ilíaca direita - 1 ponto; anorexia - 1 ponto; febre - 1 ponto; leucocitose - 2 pontos. Total: 5 pontos. Cirurgia só está indicada quando > 7 pontos. Alternativa A: INCORRETA. Alternativa B: INCORRETA. Alternativa C: CORRETA. Alternativa D: INCORRETA. Alternativa E: INCORRETA.

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5
Q

O diagnóstico do Apendicite Aguda é clínico clínico, ficando os exames de laboratório de imagem para complementar o diagnóstico. Em 1986, Alvarado criou uma escala de diagnósticos baseados em três sintomas, três sinais e dois achados laboratoriais. Marque uma alternativa que mostre a maior probabilidade de um paciente ter apendicite aguda:

A) Dor epigástrica e depois em FID, anorexia, náuseas, dor descompressão brusca e leucocitose.

B)
Dor na fossa ilíaca direita (FID), náuseas, dor à palpação profunda e alta PCR.

C)
Difusão abdominal, vômitos, descompressão brusca, leucocitose e PCR elevadas.

D)
Dor em pelve, anorexia, febre, leucocitose com desvio à esquerda.

E)
Se houver epigástrica e depois do FID, náuseas, palpitações profundas no FID, PCR elevada.

A

Alternativa A: CORRETA. A migração do dor para o FID é o sintoma mais específico para apendicite aguda. Anorexia está quase sempre presente. Náuseas e leucocitose podem acompanhar o quadro clínico. Aplicando ou escore de Alvarado: 6 pontos. Alternativa B: INCORRETA. Aplicando ou escore de Alvarado: 2 pontos. Alternativa C: INCORRETA. Aplicando ou escore de Alvarado: 4 pontos. Alternativa D: INCORRETA. Aplicando ou escore de Alvarado: 4 pontos. Alternativa E: INCORRETA. Aplicando ou escore de Alvarado: 3 pontos.

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6
Q

Assinale uma alternativa que responde CORRETAMENTE à pergunta abaixo. Em casos não clássicos de apendicite aguda, qual o estudo de imagem de escolha?

A

Tomografia computadorizada.

lternativa A: INCORRETA. Um USG é o exame de escolha em gestantes e crianças (evitar a exposição), mas não é o melhor exame. Alternativa B: INCORRETA. O enema opaco não está indicado na propedêutica básica do apendicite aguda. Alternativa C: INCORRETA. Em casos raros em que um apendicite de radiografia pode evidenciar um apendicolito, mas não é o exame de escolha. Alternativa D: INCORRETA. Cintilografia com radionuclídeos não está indicada na terapêutica básica de apendicite aguda. Alternativa E: CORRETA. TC é o exame de escolha em casos de dúvida diagnóstica no apendicite aguda. Tem sensibilidade e especificidade muito elevadas.São achados tomográficos agudos: diâmetro apendicular ≥ 7 mm e espessamento da parede.

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7
Q

Paciente 73 anos, hipertensão leve, prioritária, foi admitido na emergência com quadro de febre, vômitos e dor abdominal por 36h, localizado no momento da fossa ilíaca direita e hipogástrio. Sinal de Duphy postivo e Rovsing negativo. TC revelou sinais de espessamento da região ileocecal com coleção de 3cm e distância do oleo terminal aderido ao ceco. Qual o diagnóstico e conduta?

A
Apendicite aguda - apendicectomia vídeolaparoscópica.
B
Diverticulite de meckel - Enterectomia segmentar.
C
Ileite de Crohn - corticoterapia venosa e mesalazina.
D
Diverticulite de ceco - hemicolectomia diretia.
E
Apendagite epiplóica - antibioticoterapia venosa.

A

Alternativa A: CORRETA. A paciente apresenta clínica e imagem compatível com apendicite aguda. Espessamento de parede e abscesso periapendicular sugerem apendicite. O ícone está aderido ao processo inflamatório cecal. A conduta é apendicectomia, preferencialmente videolaparoscópica. Alternativa B: INCORRETA. O diverticulite de Meckel pode ter uma doença idêntica à apendicite aguda, porém é muito menos frequente e deve ser considerado quando um índice normal é encontrado em um paciente com suspeita clínica de apendicite aguda. Alternativa C: INCORRETA. Ileite de Crohn deve ser considerado quando um índice normal é encontrado em um paciente com suspeita clínica de apendicite aguda. Alternativa D: INCORRETA. O desvio no ceco normalmente cursa com sangramento, e não inflamação. Alternativa E: INCORRETA. Apendagite epiplóica manifesta-se na TC como massa paracólica, oval, de 1 a 5 cm, com densidade de gordura, acompanhando-se de espessamento do revestimento peritoneal e atenuação da gordura periapendicular. Ileite de Crohn deve ser considerado quando um índice normal é encontrado em um paciente com suspeita clínica de apendicite aguda. Alternativa D: INCORRETA. O desvio no ceco normalmente cursa com sangramento, e não inflamação. Alternativa E: INCORRETA. Apendagite epiplóica manifesta-se na TC como massa paracólica, oval, de 1 a 5 cm, com densidade de gordura, acompanhando-se de espessamento do revestimento peritoneal e atenuação da gordura periapendicular. Ileite de Crohn deve ser considerado quando um índice normal é encontrado em um paciente com suspeita clínica de apendicite aguda. Alternativa D: INCORRETA. O desvio no ceco normalmente cursa com sangramento, e não inflamação. Alternativa E: INCORRETA. Apendagite epiplóica manifesta-se na TC como massa paracólica, oval, de 1 a 5 cm, com densidade de gordura, acompanhando-se de espessamento do revestimento peritoneal e atenuação da gordura periapendicular.

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8
Q
Um apendicite agudo é a causa mais frequente de infecção abdominal, sendo o mais comum de todas as operações de urgência. Desenvolver uma fisiopatologia do apendicite aguda, uma das principais causas é:
A
obstrução por fecalito.
B
obstrução por neoplasia.
C
obstrução por parasita intestinal.
D
compressão por linfáticos periapendiculares.
A

A obstrução apendicular leva ao aumento da secreção no interior do índice, hiperproliferação bacteriana local, aumento da pressão intra-apendicular e isquemia da parede intestinal. Alternativa A: CORRETA. A obstrução apendicular por fecalito é a principal causa de apendicite aguda. Alternativa B: INCORRETA. Obstrução por neoplasia é uma causa possível, mas pouco frequente de apendicite aguda. Alternativa C: INCORRETA. Obstrução por parasita intestinal, como Ascaris, é uma causa possível, mas pouco frequente de apendicite aguda. Alternativa D: INCORRETA. Hiperplasia linfoide é apontada em algumas séries como a segunda causa de apendicite aguda.

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9
Q
A obstrução intraluminal é o evento inicial da maioria dos quadros de apendicite aguda. Qual é o fator mais comum que causa essa obstrução?
A
Hiperplasia linfoide.
B
Mononucleose.
C
Fecalito.
D
Parasitose.
E
Doença de Crohn.
A

Apendicite aguda é uma inflamação aguda do apêndice vermiforme decorrente de obstrução de lúmen do apêndice (por fecalito, fezes normais, agentes infecciosos ou hiperplasia linfoide, etc.). Alternativa A: INCORRETA. Hiperplasia linfoide é apontada em algumas séries como a segunda causa de apendicite aguda. Alternativa B: INCORRETA. Apendicite aguda é uma complicação rara da mononucleose, provavelmente por hiperplasia linfoide causada pelo EBV. Alternativa C: CORRETA. A obstrução do útero apendicular por fecalito é a principal causa de apendicite aguda. Alternativa D: INCORRETA. Obstrução por parasita intestinal, como Ascaris, é uma causa possível, mas pouco frequente de apendicite aguda. Alternativa E: INCORRETA.

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10
Q

Um dos grandes desafios do médico que trabalha em Pronto Atendimento é o diagnóstico diferencial de dor abdominal aguda. Por se tratar de uma manifestação de alta prevalência e ser comum em várias doenças abdominais, é necessário o conhecimento dos principais diagnósticos diferenciais, entre os quais um apendicite agudo. O escore de Alvarado (QUADRO 1) é uma avaliação pouco invasiva, simples, rápida, validada no Brasil, que leva a um ponto de corte maior ou igual a 5, tem sensibilidade de 92, 6%, especificidade de 63, 6%, valor preditivo positivo de 86, 2% e valor preditivo negativo de 77, 8% para o diagnóstico de apendicite aguda em crianças e adultos jovens imunocompetentes. Faz parte dos critérios clínicos deste escore, EXCETO:
A
Migração da dor.
B
Anorexia.
C
Náuseas e / ou Vômito.
D
Defesa de parede no quadrante inferior do abdome.
E
Dor no punho percussão da região lombar direita.

A

São os requisitos de Alvarado: M: Migração de dor para o quadrante inferior direito = 1 ponto A: Anorexia = 1 ponto N: Náuseas e vômitos = 1 ponto T: Sensibilidade no quadrante inferior direito = 2 pontos R: Dor à descompressão brusca = 1 ponto E: Tempera

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11
Q

Sobre a apendicite aguda, assinale a opção incorreta.
A
É a causa mais comum de abdome agudo não traumático.
B
É mais prevalente entre os 10-19 anos de idade e mais comum entre os homens.
C
O tratamento somente com antibióticos pode ser realizado e apresenta menos complicações.
D
A infecção do sítio cirúrgico é a complicação pós operatória mais comum.

A

A apendicite aguda é a causa mais comum de dor abdominal aguda, necessitando de cirurgia. Mais de 5% da população já desenvolveu apendicite em algum momento. É mais comum em adolescentes e ao redor dos 20 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade. Alternativa A: CORRETO Alternativa B: CORRETO Alternativa C: INCORRETO. O tratamento padrão ouro da apendicite aguda é apendicectomia aberta ou laparoscópica com o o atraso no tratamento aumenta a mortalidade. Caso a cirurgia não seja possível, antibióticos, embora não curativos, melhoram de maneira substancial a sobrevida mesmo que apresentem complicações importantes. Alternativa D: CORRETO Resposta correta, letra .C

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12
Q
A apendicite é a causa mais comum de abdome agudo e tem sua fisiopatologia bem definida. Dentre os sinais abaixo, qual não faz pensar nesse diagnóstico?
A
Sinal do Obturador
B
Sinal de Blumberg
C
Sinal de Lenande.
D
Sinal de Rovsing
E
Sinal de McBurney

EXPLIQUE CADA UM

A

Na avaliação clínica de um caso suspeito de apendicite temos as seguintes manobras propedêuticas que utilizamos: Dor à palpação no ponto de McBurney, Sinal de Blumberg (Dor à descompressão súbita no ponto de McBurney), Sinal de Rovsing (Dor na fossa ilíaca direita à palpação da fossa ilíaca esquerda). Sinal de Lenander (Temperatura retal maior que a temperatura axilar em mais de 1º C), Sinal de Dunphy (Dor na FID que piora com a tosse), Sinal do Iliopsoas (Dor à extensão e abdução da coxa direita com o paciente em decúbito lateral esquerdo) e Sinal do Obturador (Dor hipogástrica à flexão e rotação interna do quadril). Alternativa A: CORRETO Alternativa B: CORRETO Alternativa C: CORRETO Alternativa D: CORRETO Alternativa E: INCORRETO. Existe o ponto de mcburney e o sinal de Blumberg que é a descompressão súbita dolorosa do ponto em questão Resposta correta, letra E.

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13
Q
Qual é a causa mais comum de apendicite aguda?
A
Fecalito.
B
Parasitose.
C
Hiperplasia do tecido linfoide.
D
Neoplasia benigna
A

A apendicite aguda (AA) é a principal causa de abdome agudo cirúrgico em todo o mundo, com uma prevalência de aproximadamente 7% na população. Tem um pico de incidência entre 10-14 anos no sexo feminino e entre 15-19 anos no sexo masculino. A apendicectomia é o tratamento de escolha, pois, além de permitir o diagnóstico definitivo, também reduz significativamente o risco de complicações, tais como perfuração, sepse e óbito. O fator causal mais importante de AA parece ser o desenvolvimento de obstrução luminal, cuja etiologia tem associação com a faixa etária – a hiperplasia linfóide é o fator mais comum encontrado em pacientes menores de 20 anos, enquanto a obstrução por fecalito é mais comum em idosos. Como é mais comum ocorrer em pessoas jovens, a hiperplasia linfóide é a principal causa. Alternativa A: INCORRETO. Alternativa B: INCORRETO. Alternativa C: CORRETO. É o aumento ou inchaço da linfa ocasionado pelos linfócitos como uma espécie de reação a invasão de organismos estranhos no corpo como bactérias e vírus. Uma das formas mais comuns e populares de Hiperplasia Linfóide é a ocorrência de Apendicite, que é a inflamação do apêndice localizado no início do intestino grosso. A ocorrência de apendicite impede o funcionamento do intestino e, para isso, é necessário à intervenção cirúrgica de urgência para evitar o desenvolvimento e provocar males como a peritonite (inflamação do peritônio) e trombose. Alternativa D: INCORRETO. Resposta correta, letra C.

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14
Q
Uma paciente com 25 anos é levada ao pronto socorro com queixa de dor em fossa ilíaca direita há 2 dias. Ao exame físico apresentava defesa local e discreto sinal de peritonite. O hemograma apresenta 15.500 leucócitos com 6% de bastões. O exame de imagem mais adequado para essa paciente tendo em vista seus diagnósticos diferenciais é
A
Histeroscopia diagnóstica.
B
Tomografia computadorizada.
C
Ultrassonografia.
D
Colonoscopia.
E
Ressonância magnética.
A

Paciente com sinais de abdome agudo inflamatório, o exame inicial padrão ouro é a ultrassonografia, pela rapidez de diagnostico, podendo ser feita ate beira leito, baixo custo, com nenhuma radiação. Os diagnósticos diferenciais de abdome agudo inflamatório são apendicite aguda, diverticulite aguda, colecistite aguda, pancreatite aguda, linfadenite mesentérica. No caso da nossa paciente faz sentido pensarmos em apendicite aguda. Alternativa A: INCORRETA, não faz parte dos exames mais indicados nesse caso. Alternativa B: INCORRETA, a TC não seria nossa opção inicial, porém, em segundo tempo ela é o exame mais acurado para a detecção da apendicite aguda. É um exame com radiação ionizante e que usa contraste endovenoso, logo, deve ser utilizado com cautela. Alternativa C: CORRETA, vide dica do professor. Alternativa D: INCORRETA, nesse momento, não seria nossa escolha, para a queixa da paciente e seu estado clinico, não faria muito sentido pedir uma colonoscopia. Alternativa E: INCORRETA, não há indicação. Resposta correta, letra C.

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15
Q
Assinale a alternativa que apresenta a causa mais comum de obstrução do óstio apendicular na apendicite aguda em adolescentes.
A
Corpo estranho.
B
Hiperplasia linfóide.
C
Fecalitos.
D
Tumores benignos.
E
Doença de Cronh.
A

A apendicite é uma doença típica de jovens adultos, com pico de incidência entre a segunda e terceira décadas de vida. Geralmente o processo inflamatório se inicia após obstrução do óstio apendicular, que pode ser causada por fecalitos, cálculos, hiperplasia linfóide, tumores, parasitas, dentre outros. Em crianças e adolescentes a hiperplasia linfóide secundária a infecções é considerada a principal causa da obstrução, enquanto em adultos a fibrose e o fecalito se tornam mais importantes e em pacientes mais velhos há aumento das obstruções por neoplasias. Alternativa A: Incorreto, ver comentário acima. Alternativa B: Correto, ver comentário acima. Alternativa C: Incorreto, ver comentário acima. Alternativa D: Incorreto, ver comentário acima. Alternativa E: Incorreto, ver comentário acima. Resposta correta, letra B.

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16
Q
Uma mulher de 25 anos, gestante de 23 semanas, vai ao pronto-socorro com queixa de dor no flanco direito, há 24 horas. Está anorética, com náuseas e febril (37,6 °C). O exame físico revela dor à palpação no flanco e na fossa ilíaca direita, embora sem defesa e sem sinais de irritação peritoneal. A ultrassonografia mostra útero gravídico, feto normal e vesícula biliar normal. O ceco não foi visualizado. Hemograma: 15.800 leucócitos/mm³, sem desvio. O exame de urina é normal. Escore na escala de Alvarado: 5. Apesar de melhora parcial com sintomático, a dor persiste. Próximo passo mais apropriado:
A
Ultrassonografia transvaginal.
B
Antibioticoterapia intravenosa e observação.
C
Ressonância magnética do abdome.
D
Tomografia de abdome e pelve.
E
Apendicectomia.
A

Apendicite aguda é a emergência extrauterina cirúrgica mais comum na gestante. Alternativa A: INCORRETA. Ultrassonografia transvaginal não visualiza melhor o apêndice. Alternativa B: INCORRETA. É necessário esclarecer o diagnóstico, pois o tratamento da apendicite é cirúrgico. Alternativa C: CORRETA. A paciente apresenta risco intermediário de apendicite, devendo, portanto, ser investigada. A USG não conseguiu visualizar o apêndice. Logo, a investigação deve proceder com RNM, uma vez que a TC está contraindicada em gestantes. Alternativa D: INCORRETA. TC está contraindicada em gestantes. Alternativa E: INCORRETA. Apendicectomia está indicada para escore de Alvarado ≥ 7.

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17
Q

Em casos de apendicite aguda:
A
A utilidade das culturas peritoneais é questionável, uma vez que a flora bacteriana, em geral, é conhecida; o resultado só se conhece em alguns dias e muitas vezes não há alteração do plano terapêutico inicial, independentemente dos resultados das culturas.
B
Recomenda-se a coleta e envio de secreção do apêndice inflamado para cultura, sistematicamente, para orientar a correta opção de antibioticoterapia que obrigatoriamente se institui no pós operatório
C
Nos casos de infecção de sítio cirúrgico, a antibiótico terapia visa erradicar bactérias gram negativas, uma vez que são os microorganismos mais frequentemente encontrados nas culturas da secreção purulenta colhida da ferida infectada
D
Recomenda-se drenar os casos de peritonite difusa, com a intenção de diminuir a possibilidade de formação de abscesso intra cavitário

A

A antibioticoprofilaxia é recomendada previamente em toda apendicectomia, com objetivo de reduzir as infecções pós-operatórias da ferida e a formação de abscesso intra-abdominal, sendo necessária apenas uma dose pré operatória. Em casos de apendicite perfurada, por outro lado, é recomendada antibioticoterapia até o paciente estar afebril. Alternativa A: Correto. A flora bacteriana do apêndice, assim como do cólon em geral, é composta principalmente por bactérias gram-negativas aeróbicas e anaeróbicas. A cultura do líquido peritoneal frequentemente é negativa nas apendicites não perfuradas e raramente alteram a seleção ou duração do uso de antibióticos, sendo desaconselhada sua prática de rotina. Alternativa B: Incorreto, como mencionado acima. Alternativa C: Incorreto, a infecção geralmente é polimicrobiana, com associação de germes aeróbios e anaeróbios, sendo os principais agentes encontrados nas culturas a Escherichia coli e o Bacteroides fragilis. Alternativa D: Incorreto, a drenagem não previne a formação de abscessos. Resposta correta, letra A.

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18
Q
Um rapaz de 16 anos está no quinto pós-operatório de apendicectomia, por apendicite aguda complicada. Foi deixado dreno tubulolaminar no leito cirúrgico, pois o coto apendicular estava muito friável. Nas últimas 24 horas, o débito do dreno passou a ter aspecto fecalóide. Drenou 10 mL em 24 horas. O paciente está em bom estado geral, afebril e com boa aceitação alimentar. Queixa-se apenas de discreta dor ao redor do dreno. Pulso: 84 bpm; PA: 120 × 80 mmHg. Está em uso de ciprofloxacino e metronidazol desde a cirurgia. Conduta:
A
Manter antibióticos e dreno. Observação clínica.
B
Retirada do dreno.
C
Troca do dreno para port-O-vac.
D
Reoperação.
E
Troca dos antibióticos.
A

O ideal para este paciente é manter a antibioticoterapia e dreno e fazer a observação clínica devido ao baixo débito do dreno ao bom estado geral do paciente. Resposta correta é a letra A.

19
Q

Um rapaz de 18 anos vai ao pronto-socorro com queixa de dor abdominal há 6 dias, associada a náuseas e inapetência, desde o início do quadro. Refere febre, mas não mediu. Diz que a dor se iniciou em região de mesogástrio e agora se localiza basicamente em fossa ilíaca direita. Seu estado geral é bom. É feita a hipótese de apendicite aguda, com provável abscesso. É correto afirmar:
A
A conduta para apendicite aguda é sempre cirurgia de urgência. O diagnóstico é eminentemente clínico e os exames de imagem não modificam a conduta. Por isso, em princípio, devem ser dispensados.
B
A apendicectomia deve ser preferencialmente por via aberta, quando houver três ou mais dias de história ou leucocitose > 16.000/mm³.
C
Deve fazer tomografia de abdome e pelve; se tiver abscesso periapendicular bloqueado, é possível fazer o tratamento inicial com drenagem do abscesso guiada por exame de imagem, tratar com antibioticoterapia e programar apendicectomia para outro momento.
D
Se tiver clinicamente sinais sugestivos de sepse, deve ser tratado inicialmente com antibioticoterapia e expansão volêmica, retardando a apendicectomia para quando estiver estabilizado totalmente.
E
Seu tratamento provavelmente exigirá colectomia direita.

A

Paciente jovem, com quadro típico de apendicite com diagnóstico tardio. Quando temos um quadro de apendicite com duração maior que 48 horas, em um paciente sem peritonite ou instabilidade hemodinâmica, devemos idealmente fazer um exame de imagem para avaliar a presença de complicações, como o abscesso periapendicular. Esta complicação se forma quando o omento e os órgãos intra abdominais fazem um bloqueio da perfuração. Alternativa A: INCORRETO: Na presença de um abscesso periapendicular, em um paciente sem sinais de peritonite ou instável hemodinamicamente, devemos realizar a antibioticoterapia e drenagem, fazendo a apendicectomia em um segundo momento. Alternativa B: INCORRETO: A laparoscopia pode ser realizada nesses casos, sendo contraindicada se instabilidade hemodinâmica. Alternativa C: CORRETO: Como já descrito, devido ao diagnóstico tardio, no paciente sem sinais de instabilidade ou peritonite, devemos fazer um exame de imagem para avaliar a possibilidade de uma abscesso periapendicular. O tratamento é feito com antibioticoterapia (utilizando por exemplo ceftriaxone e metronidazol), drenagem (principalmente se maior que 4 cm), e programação da apendicectomia geralmente após 4 semanas. Alternativa D: INCORRETO: Paciente com sinais de peritonite, sepse ou instabilidade hemodinâmica devem ser tratados com cirurgia de urgência. Resposta correta, letra C.

20
Q

Mulher de 23 anos, grávida na 20ª semana de gestação. Procura a emergência com histórico de 3 dias de quadro de dor abdominal no flanco direito, progressiva, com febre, vômitos e queda do estado geral. Ao exame físico, fundo uterino palpável pouco abaixo do umbigo e dor importante no flanco direito. Leucograma com 14500 leucócitos por mm³ . Ultrassonografia evidência apêndice aumentado de volume, com abscesso periapendicular. A terapêutica indicada é:
A
terapia com antibiótico por 14 dias.
B
apendicectomia videolaparoscópica.
C
operação cesariana e antibioticoterapia por 15 dias.
D
operação de cesariana e apendicectomia no mesmo tempo.

A

Abdome agudo, leucocitose, e apêndice inflamado à USG… é apendicite! Para a sorte desta paciente, ela se encontra no momento ótimo para abordagem videolaparoscópica (2o trimestre de gestação). Basta usar pneumoperitônio de menor pressão durante o procedimento. Resposta correta, letra B

21
Q
Paciente, sexo masculino, 27 anos, é submetido a laparoscopia diagnóstica devido a dor em FID. Durante a operação encontrou-se apendicite com gangrena e sem perfuração. Assinale V ou F.Nesse caso, a apendicectomia pode ser realizada por videolaparoscopia
A
VERDADEIRO
B
FALSO
A

1- Verdadeiro. É indicado que a laparoscopia quando utilizada para diagnóstico também seja um elemento curativo. Assim, utiliza-se a mesma para realização da apendicectomia. Se existir complicações como impossibilidade na retirada do apêndice ou acometimentos de grandes vasos sanguíneos é imprescindível a conversão para cirurgia aberta (convencional) (Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões).

22
Q

Homem, 25 anos, no 4° dia de pós-operatório de apendicectomia (fase gangrenosa), encontra-se internado na enfermaria de hospital secundário em uso de antibioticoterapia (gentamicina e metronidazol). Após a eliminação de flatos e presença de ruídos hidroaéreos, teve boa aceitação de dieta pastosa. Apresentou pico febril de 38°C no 1º dia de pós-operatório. Ao exame, a ferida cirúrgica encontra-se hiperemiada, discretamente abaulada e com saída de secreção purulenta. Além de orientar o paciente sobre a possibilidade de ocorrência desta complicação, a conduta mais adequada para este paciente deve ser:
A
Manter a antibioticoterapia utilizada, indicar a exploração cirúrgica da ferida operatória pelo risco de infecção intracavitária.
B
Trocar a antibioticoterapia utilizada, indicar a realização de exame de imagem pelo risco de infecção intracavitária.
C
Manter a antibioticoterapia utilizada, retirar os pontos cirúrgicos para drenagem da secreção com realização de curativos diários.
D
Trocar as medicações da antibioticoterapia utilizada, retirar os pontos cirúrgicos para drenagem da secreção com realização de curativos diários.

A

A infecção do sítio cirúrgico manifesta-se entre 4 a 6 dias após a realização da cirurgia. Alternativa A: INCORRETA. Não há sinais de infecção intracavitária. Alternativa B: INCORRETA. Não há sinais de infecção intracavitária. Alternativa C: CORRETA. Trata-se de infecção superficial do sítio cirúrgico, que se manifesta com sinais inflamatórios em torno da ferida. Está indicado abrir o ferimento, lavar, desbridar e drenar. Alternativa D: INCORRETA. Não há indicação de antibioticoterapia em infecções superficiais de sítio cirúrgico. Antibiótico deve ser mantido como tratamento da apendicite gangrenosa.

23
Q

Um rapaz de 15 anos é levado ao pronto-socorro com queixa de dor em fossa ilíaca direita, náuseas e anorexia há dois dias. Refere ter sentido leve desconforto no epigástrio, que não tem mais, antes do aparecimento da dor atual. A dor foi aumentando aos poucos. Nega queixas urinárias. Não tem antecedentes médicos relevantes. O pai diz que “este menino nunca ficou doente”. Tem febrícula (agora, 37,6 °C). O abdome é bastante doloroso à palpação no quadrante inferior direito, com defesa involuntária e sinais de irritação peritoneal. Tem ainda dor discreta à percussão lombar direita. Os sinais de Rovsing, do psoas e do obturador são negativos. Hemograma: 12.000 leucócitos/mm³; PCR: 18 mg/L (normal até 5 mg/dl); Urina I: 50.000 leucócitos/mm³. No ultrassom, o apêndice não é visualizado. Próximo passo na abordagem deste adolescente:
A
Tomografia de abdome.
B
Apendicectomia.
C
Antibióticos IV e observação clínica, internado.
D
Antibiótico por via oral e aguardar urocultura, em casa.
E
Repetir ultrassom e hemograma em 24 horas.

A

O paciente em questão apresenta um quadro típico de apendicite aguda: anorexia, náusea, febre, dor em fossa ilíaca direita, portanto o diagnóstico é clínico e nesse caso, mesmo com o USG negativo, podemos realizar a apendicectomia visto que a sensibilidade do ultrassom é de apenas 85%. Gabarito da questão é a letra B.

24
Q
Um garoto de 14 anos de idade foi operado por incisão de McBurney, com a hipótese diagnóstica de apendicite aguda. No intraoperatório, no entanto, foi observado que o apêndice era normal. A conduta deve ser:
A
Retirar o apêndice e examinar cuidadosamente 1,5 m de íleo terminal.
B
Retirar o apêndice e drenar a cavidade.
C
Converter para laparotomia mediana.
D
Fechar a incisão e fazer tomografia.
E
Apendicectomia habitual, apenas.
A

A resposta correta é a letra A. O apêndice deve ser retirado para ser analisado pois pode haver um processo inflamatório histologicamente, que não chame atenção a olho nu e o exame cuidadoso do íleo terminal tem por finalidade excluir outras causas como por exemplo a doença de crohn.

25
Q

Um paciente de 20 anos de idade, submetido a apendicectomia por incisão de McBurney por apendicite aguda fase III, operado sem intercorrências, está no primeiro dia de pós-operatório. Pulso: 82 bpm; PA: 110 × 80 mmHg. Refere dor na incisão. A ferida operatória está seca e com bom aspecto. Tem dor discreta à palpação de fossa ilíaca direita. Os ruídos hidroaéreos estão audíveis, ainda que fracos. O paciente ainda não evacuou, mas relata eliminação de gases. Melhor conduta, entre as opções a seguir, no que se refere à realimentação:
A
Introduzir dieta leve.

B
Solicitar ultrassom de abdome para descartar abscesso intraperitoneal e decidir sobre a realimentação com base no resultado.

C
Aguardar evacuação para introduzir dieta.

D
Aguardar melhora do padrão de ausculta abdominal para introduzir dieta.

E
Introduzir água, chá e gelatina.

A

Paciente com dor no local da incisão cirúrgica após realização de apendicectomia pela técnica de McBurney. Apesar da dor local, o trânsito intestinal do paciente está preservado já que está apresentando flatos e ruídos hidroaéreos na ausculta abdominal, portanto já pode ser indicada uma dieta leve. Resposta correta, letra . A

26
Q
Homem, 16 anos, deu entrada no serviço de emergência apresentando dor de grande intensidade na fossa ilíaca direita, com parada de eliminação de gases e fezes. Referiu que inicialmente apresentou anorexia, seguida de dor abdominal periumbilical e, na sequência, vômitos. Ao exame físico foi evidenciado abdome tenso, doloroso à palpação profunda de fossa ilíaca direita, com descompressão dolorosa. Paciente foi encaminhado para laparotomia explorada confirmando suspeita de apendicite aguda. A apendicectomia foi realizada. O ceco e o apêndice vermiforme são irrigados por:
A
Ramos do tronco celíaco
B
Ramos da a. mesentérica superior
C
Ramos da a. mesentérica inferior
D
Ramos da a. ilíaca comum direita
E
Ramos da a. ilíaca externa direita
A

Segundo o Moore (7ª edição), A irrigação arterial do ceco é realizada pela artéria ileocólica, o ramo terminal da AMS. A artéria apendicular, um ramo da artéria ileocólica, irriga o apêndice vermiforme. Dessa forma, toda a vascularização é originária de ramos da A.Mesentérica Superior

27
Q

Homem com 35 anos de idade, no 3º dia pós-operatório de apendicectomia, encontra-se internado em enfermaria coletiva de pequeno hospital secundário. O achado cirúrgico foi de uma apendicite aguda em fase gangrenosa. Foi iniciada a antibioticoterapia com administração de gentamicina e metronidazol e a alimentação via oral com boa aceitação, após a eliminação de flatos e fezes. Não apresentou febre. Ao exame, a ferida cirúrgica encontra-se hiperemiada, discretamente abaulada e com saída de material purulento. A conduta para esse caso, além do esclarecimento ao paciente, é:
A
manter a antibioticoterapia e curativos diários.

B
trocar antibioticoterapia, aplicar calor local e curativos diários.

C
manter a antibioticoterapia, retirar os pontos cirúrgicos para drenagem da secreção e curativos diários.

D
trocar antibioticoterapia, indicar a realização de exame de imagem pelo risco de infecção intracavitária.

E
manter antibioticoterapia, indicar a exploração cirúrgica da ferida operatória pelo risco de infecção intracavitária.

A

O achado de hiperemiada, abaulamento e com saída de material purulento da ferida cirúrgica sugere uma infecção. A infecção do sítio cirúrgico (ISC) é uma das complicações pós-operatórias mais comuns e pode ser dividida em incisional superficial, incisional profunda, e de órgãos ou cavidades. Esta paciente apresenta a ISC incisional superficial, caracterizada por febre e eritema, edema e drenagem purulenta na ferida operatória. Alternativa A: INCORRETA. Essas medidas estão corretas, porém a antibioticoterapia deve ser mantida. Alternativa B: INCORRETA. Não há necessidade de trocar a antibioticoterapia, pois este é um esquema recomendado para pacientes com apendicite perfurada no pós-operatório e deve ser mantido. Na ISC incisional superficial por si só, caso não haja celulite e manifestações sistêmicas, não há necessidade de prescrição de antibióticos. Alternativa C: CORRETA. Como mencionado, a antibioticoterapia deve ser mantida pois tratava-se de uma apendicite em fase gangrenosa. Além disso, a conduta na ISC incisional superficial inclui retirar os pontos cirúrgicos para drenagem da secreção, irrigação com soro fisiológico, desbridamento e curativos diários. Alternativa D: INCORRETA. Como já mencionado, não há a necessidade de troca de antibióticos. A infecção intracavitária apresenta quadro clínico diferente, como por exemplo distensão abdominal e abdome doloroso difusamente. Alternativa E: INCORRETA. A infecção intracavitária apresenta quadro clínico diferente (vide alternativa C), por isso, não há necessidade de exploração cirúrgica. Porém, deve ser feita a exploração manual pelo cirurgião, para se certificar que não há o acometimento de fáscia e músculo. Resposta correta, letra C.

28
Q
Durante uma cirurgia indicada por hipótese diagnóstica de apendicite, o apêndice apresenta aspecto normal, e a trompa de Falópio apresenta sinais de salpingite. Assim, o manejo cirúrgico ideal, nesse caso, é:
A
Apendicectomia.
B
Apendicectomia e salpingectomia.
C
Salpingectomia.
D
Nenhuma ressecção.
E
Somente drenagem com Penrose.
A

Antes de toda cirurgia (exceto em casos de extrema urgência) o paciente ou seus responsáveis devem assinar o termo de consentimento, concordando com a cirurgia que será realizada e com seus riscos. Alterações de planejamento cirúrgico que não precisam ser tomadas imediatamente por risco de morte do paciente (ex: esplenectomia por lesão arterial com sangramento incontrolável) devem ser discutidas com o paciente e/ou familiares, sobretudo em casos onde a cirurgia levaria a possíveis danos significativos, como é o caso da salpingectomia podendo levar à infertilidade. Alternativa A: Correto. É conduta padronizada entre cirurgiões a retirada do apêndice mesmo quando esse apresenta aspecto normal durante a cirurgia. Dentre outros motivos, destaca-se o fato de a cicatriz da apendicectomia ser difusamente conhecida; caso essa paciente tenha a cicatriz porém não tenha o apêndice retirado, está sujeita a um viés no tratamento em ocasiões futuras, se tornar a apresentar uma clínica de abdome agudo, já que os médicos tenderiam a excluir apendicite como etiologia. Alternativa B: Incorreto, o manejo inicial da salpingite é clínico e a salpingectomia não pode ser realizada sem consentimento da paciente. Alternativa C: Incorreto, o manejo inicial da salpingite é clínico e a salpingectomia não pode ser realizada sem consentimento da paciente. Alternativa D: Incorreto, a apendicectomia deve ser realizada, como explicado na alternativa A. Alternativa E: Incorreto, a apendicectomia deve ser realizada, como explicado na alternativa A. Resposta correta, letra A.

29
Q
Qual é o gás de insuflação mais utilizado em videolaparoscopia?
A
Oxigênio.
B
Nitrogênio.
C
Gás carbônico.
D
Hélio.
E
Óxido nitroso.
A

A videolaparoscopia consiste em uma técnica cirúrgica utilizada para diagnósticos e tratamentos diversos. Como vantagens à técnica aberta, provoca menos dor abdominal, é menos invasiva, permite alta hospitalar e retorno às atividades diárias mais precoce, geralmente apresenta melhor estética após a cicatriz pelas incisões menores, relaciona-se a menos complicações, infecções, bridas/aderências, morbimortalidade, entre outros. Contudo, como desvantagens, promove uma pior visualização e palpação dos órgãos, necessidade de anestesia geral e pior capacidade de resolver complicações que surgem durante as cirurgias. Em relação à técnica: inicialmente realiza-se a introdução com água de Vereas, testa se a mesma encontra-se realmente na cavidade peritoneal, insufla com gás carbônico a cavidade e realiza a passagem da óptica. Depois, é mais fácil introduzir os trocartes de forma segura, sob visualização indireta. Por utilizar CO2 a cirurgia deve ser realizada com cautela em pacientes com DPOC, uma vez que esses já apresentam retenção crônica de gás carbônico. Instabilidade hemodinâmica e discrasia sanguínea são as duas principais contraindicações absolutas. Além disso, ao insuflar ar na cavidade abdominal, pode ocorrer taquicardia, redução do débito cardíaco e do retorno venoso, hipercapnia, etc. As indicações clássicas incluem: colecistectomias e apendicectomias, cirurgias bariátricas, remoção de órgãos sólidos, diagnósticos, abdome agudo e tratamento de neoplasias. Alternativa A: INCORRETA. Alternativa B: INCORRETA. Alternativa C: CORRETA. Alternativa D: INCORRETA. Alternativa E: INCORRETA. Resposta correta, letra C.

30
Q
Qual estrutura é o primórdio do ceco e do apêndice?
A
Divertículo do apêndice
B
Divertículo hepático
C
Divertículo biliar
D
Divertículo do ceco
E
Septo transverso
A

A alça intestinal média tem um ramo cranial e um ramo caudal e é suspensa na parede abdominal dorsal por um mesentério alongado. O ramo cranial cresce rapidamente e forma as alças do intestino delgado; no entanto, o ramo caudal sofre muito pouca alteração, exceto pelo desenvolvimento do divertículo do ceco, o primórdio do ceco e do apêndice. Logo, resposta correta letra D.

31
Q

O divertículo do ceco surge de qual estrutura?
A
Porção cranial do intestino anterior

B
Porção cranial do intestino médio

C
Porção cranial do intestino posterior

D
Porção caudal do intestino anterior

E
Porção caudal do intestino médio

A

O primórdio do ceco e do apêndice vermiforme é o divertículo do ceco que aparece, na sexta semana, como uma dilatação no limite antimesentérico do ramo caudal da alça intestinal média. Dessa maneira, resposta letra E.

32
Q

A partir de qual semana surge o divertículo do ceco?
A
Sexta semana

B
Sétima semana

C
Oitava semana

D
Nona semana

E
Décima semana

A

O primórdio do ceco e do apêndice vermiforme é o divertículo do ceco que aparece, na sexta semana, como uma dilatação no limite antimesentérico do ramo caudal da alça intestinal média. Dessa maneira, resposta letra A.

33
Q

Quais são as possíveis posições que o apêndice pode assumir?
A
Retrocecal e retro duodenal apenas
B
Retrocecal e retrocólico apenas
C
Retrocólico e retro duodenal apenas
D
Retro pancreatico e retro duodenal apenas
E
Retrocecal, retrocólico e apêndice pélvico

A

O apêndice esta sujeito a consideráveis variações em sua posição. Como o colo ascendente se alonga, o apêndice pode passar posteriormente ao ceco (apêndice retrocecal) ou ao colo (apêndice retrocólico). Ele pode também descer sobre a borda da pelve (apêndice pélvico). Dessa maneira, resposta letra E.

34
Q
A posição mais comum nas pessoas que o apêndice assume é?
A
Retrocecal
B
Retrocólico
C
Apêndice pélvico
D
Retro duodenal
E
Não existe uma maior prevalência entre as posições
A

O apêndice está sujeito a consideráveis variações em sua posição. Como o colo ascendente se alonga, o apêndice pode passar posteriormente ao ceco (apêndice retrocecal) ou ao colo (apêndice retrocólico). Ele pode também descer sobre a borda da pelve (apêndice pélvico).Em aproximadamente 64% das pessoas, o apêndice está localizado em posição retrocecal. Dessa maneira, resposta letra A.

35
Q
A persistência dos componentes intestinais na porção inicial do cordão umbilical recebe o nome de:
A
Hérnia
B
Onfalocele
C
Ceco móvel
D
Ceco Sub-hepático
E
Gastroquise
A

A onfalocele congênita é uma anomalia em que consiste a persistência dos componentes intestinais na porção inicial do cordão umbilical. A herniação dos intestinos para o cordão umbilical ocorre em cerca de um em cada 5.000 nascimentos. Logo, resposta letra B.

36
Q

Sobre a Gastroquise assinale a alternativa errada:
A
É um defeito lateral ao plano mediano da parede abdominal anterior
B
Extrusão das vísceras abdominais com envolvimento do cordão abdominal
C
As vísceras ao saírem para a vesícula amniótica são banhadas pelo líquido amniótico
D
Geralmente o defeito ocorre no lado direito ao umbigo
E
É mais comum no sexo masculino

A

A gastroquise é um defeito relativamente raro da parede abdominal e resulta de um defeito lateral ao plano mediano da parede abdominal anterior. O defeito linear permite a extrusão das vísceras abdominais, sem o envolvimento do cordão umbilical. As vísceras saem para a vesícula amniótica e são banhadas pelo líquido amniótico. Geralmente o defeito ocorre do lado direito, lateral ao umbigo, e é mais comum no sexo masculino. Dessa maneira, resposta letra B.

37
Q

Quando temos o duodeno localizado anterior a artéria mesentérica superior o que aconteceu?
A
Alca intestinal media não se formou completamente

B
Não houve a herniação fisiológica

C
Houve rotação da alça intestinal no sentido anti-horário

D
Houve má formação da artéria

E
Ocorreu uma rotação da alça intestinal no sentido horário

A

Em casos muitos raros, a alça intestinal média roda no sentido horário em vez de rodar no sentido anti-horário. Como resultado, o duodeno fica localizado anteriormente à artéria mesentérica superior (AMS), e não posteriormente a ela, enquanto o colo transverso se localiza posterior em vez de anterior à AMS. Nesses bebês, o colo transverso pode estar obstruído por pressão da AMS. Dessa maneira, resposta letra E.

38
Q

A mal rotação do intestino médio seguida de falta de fixação dos intestinos deixa o intestino delgado e o ceco em que localidades?
A
Intestino delgado na esquerda com o ceco a direita e o duodeno no centro
B
Intestino delgado anterior a artéria mesentérica superior
C
Ceco posterior a artéria mesentérica superior
D
Intestino delgado a esquerda com o ceco no centro
E
Intestino delgado a direita e ceco a esquerda

A

Em casos ainda mais raros, o intestino delgado situa-se do lado esquerdo do abdome e o intestino grosso se localiza à direita, com o ceco no centro. Esta situação incomum resulta da mal rotação do intestino médio, seguida da falta de fixação dos intestinos. Assim, resposta letra D.

39
Q
O Ceco sub-hepático quando ocorre em adultos pode criar um problema no diagnóstico de qual doença?
A
Pancreatite
B
Hepatite
C
Esplenomegalia
D
Ulcera gástrica
E
Apendicite
A

O ceco e o apêndice sub-hepáticos são mais comuns no sexo masculino e ocorrem em cerca de 6% dos fetos. O ceco sub-hepático pode ocorrer em adultos; entretanto, quando ele ocorre, pode criar um problema no diagnóstico de apendicite e na remoção cirúrgica do apêndice (apendicectomia). Assim, resposta letra E.

40
Q

O ceco localizado logo abaixo do piloro do estömago é consequencia de:
A
Alca intestinal media não se formou completamente
B
Não houve a herniação fisiológica
C
Houve rotação da alça intestinal no sentido anti-horário
D
Não ocorreu a rotação da alça intestinal media ao retornar ao abdome
E
Ocorreu uma rotação da alça intestinal no sentido horário

A

A não rotação ocorre quando a alça intestinal média não roda no seu retorno ao abdome. Como resultado, o ramo caudal da alça retorna para o abdome antes de o intestino delgado se localizar no lado direito e todo o intestino grosso no lado esquerdo. A rotação usual de 270 graus no sentido anti-horário não é concluída, e o ceco se fixa logo abaixo do piloro do estômago. Dessa maneira, resposta letra D.

41
Q
Complete: “Quando ocorre \_\_\_\_\_ do intestino médio, a artéria mensentérica superior pode ser obstruída, resultando em infarto e gangrena do intestino irrigado por ela.”
A
Ceco móvel
B
Herniação
C
Estenose
D
Vôlvulo
E
Gastroquise
A

Uma deformação catastrófica do intestino médio é o vôlvulo do intestino médio. Quando ocorre a artéria mensentérica superior pode ser obstruída, resultando em infarto e gangrena do intestino irrigado por ela. Dessa forma, resposta letra D.

42
Q
A Duplicação do intestino é causada por:
A
Recanalização mal feita
B
Recanalização tardia
C
Localização errada do intestino
D
Herniação fisiológica precoce
E
Fatores de diferenciação alterados
A

A maioria das duplicações intestinais são duplicações císticas ou tubulares. As duplicações císticas são as mais comuns. As duplicações tubulares comumente se comunicam com a luz intestinal. Quase todas as duplicações são causadas pela falta da recanalização normal; como resultado, são formadas duas luzes. Logo, resposta correta letra A.

43
Q
O Ceco móvel resulta da fixação incompleta do:
A
Colon transverso
B
Colon ascendente
C
Colon descendente
D
Sigmóide
E
Ceco
A

Em cerca de 10% da população, o ceco tem uma mobilidade anormal. Em casos muito raros, ele pode herniar através do canal inguinal direito. O ceco móvel resulta da fixação incompleta do colo ascendente. Dessa maneira, resposta letra B.

44
Q
Como podemos chamar o divertículo ileal congênito:
A
Divertículo de Murphy
B
Divertículo de McBurney
C
Divertículo de Meckel
D
Divertículo de Blumberg
E
Divertículo de Giordano
A

O divertículo ileal congênito (divertículo de Meckel) ocorre em 2% a 4% da população e é de prevalência de três a cinco vezes maior no sexo masculino. Este divertículo é uma das anomalias mais comuns do trato digestivo. Assim, resposta letra C.