Aula Apendicite Flashcards
ANATOMIA
- Se localiza no QDI (quadrante inferior direito) FID (fossa ilíaca direita)
- Divertículo intestinal cego termina em fundo cego
- Massa de tecido linfoide explica por que é tão reativo nas infecções
- Origem na face póstero-medial do ceco, inferior à junção ileocecal importante ao procurar essa parte do órgão
- Inervação: plexo mesentérico superior – fibras simpáticas – fibras parassimpáticas plexo m s explica como o paciente refere essa dor (como ela vai progredindo)
- Encontro entre o ceco e o íleo – chamado de apêndice vermiforme (parece verme)
Inervação
- Inervação: plexo mesentérico superior – fibras simpáticas – fibras parassimpáticas explica dor do paciente a princípio: dor epigástrica
- Plexo sai perto da artéria mesentérica superior e vai migrar pra fossa ilíaca direita (origem bem epigástrica)
- Clínica clássica – dor epigástrica e depois vai migrar pra FID (devido ao plexo m s)
Vascularização
Vascularização
• A mesentérica superior –> Ileocólica –> Apendicular
• Veia Apendicular –> Ileocólica –> VMS
Drenagem Linfática
Drenagem Linfática
• Linfonodos ileocólicos ao longo da A. Ileocólica
• Linfonodos mesentéricos superiores
Em crianças, a inflamação sobe até o epigástrio - linfonodos aumentados
Localização
Localização
• A localização anatômica do apêndice segue a seguinte distribuição na ordem de ocorrência queixas diferentes
o Retrocecal 65/70% - cirurgia mais difícil, prevalente
o Pélvica queixa mais correlacionada com micção, confundida com cistite (infecção urinaria) pela proximidade com bexiga, pode ficar retrovesical.
o Paracecal 10% dor localizada bem na FID
o Pré-ileal ou pós-ileal – ocorrência um pouco anômala
Epidemiologia
Epidemiologia • Principal causa de abdome agudo • Incidência de 11:10.000 essa incidência é dos EUA, em países subdesenvolvidos devido a condições sanitárias inferiores, a GECA também pode confluir pra apendicite. Para diagnóstico diferencial: não tem Blumberg, não possui alterações laboratoriais, há discreta leucocitose e discreto pcr (muito inferiores ao de abdome agudo) • Maior incidência entre 15 e 19 anos • Mais comum em homens 1.4:1
Fisiopatologia
• Obstrução da luz do apêndice por fecálito ou hiperplasia linfoide aumento da pressão intraluminal e congestão venosa isquemia e invasão bacteriana necrose e perfuração
Diagnóstico
Diagnóstico • Desafio clínico • Inúmeros diagnósticos diferenciais • Urgência no diagnóstico • Evolução natural perfuração • Apresentação clínica clássica: 50 a 60% (na população feminina e em crianças ainda menos) • Principal fator para diagnóstico o Anamnese detalhada o Exame físico cuidadoso • Combinação dos sintomas • Tempo de progressão • Dor em fossa ilíaca direita
Sintomas
progressão
Sintomas
• Dor epigástrica ou periumbilical
• 4 a 12 horas, náusea, anorexia e febre baixa - atentar para trofismo do paciente, um paciente mais gordo, devido ao tecido adiposo pode sentir dor mais tarde.
• 12 a 24 horas dor aumentada e se localiza em FID
Exame Físico
Exame Físico
• Febre baixa
• Dor a palpação em FID
• Presença de irritação peritoneal - em outros pontos também
• Descompressão brusca + positiva
• Sinal de Rovsing: comprimir colon ascendente (FIE) e pela movimentação de ar dentro do intestino grosso - o paciente irá referir dor à Fossa Ilíaca Direita
Diagnóstico
Diagnóstico
• Anatomia clássica descrita por Mc Burney -
• Ponto de McBurney, apenas 50% apêndices a 5 cm do ponto de McBurney
colocar dedo mínimo na crista ilíaca antero superior e medir até o umbigo com indicador
dividir em 3 partes, mais ou menos no meio é o ponto
Exame Físico
SINAIS
Sinal de Blumberg: ponto em que descompressão brusca tem epônimo. Não é patognomônico mas 80% presente em apendicite.
Sinal do PSOAS: posicione o paciente em decúbito lateral esquerdo, hiperestender passivamente o membro inferior direito e trazer para trás. - Flexão ativa contra resistência, ocorre por muitas vezes o psoas estar repousado em cima do psoas.
Sinal do Obturador: decúbito dorsal horizontal, fletir coxa e fazer rotação medial.
(apendicite + pélvica)
• Sinal de Rovsing: dor na fossa ilíaca direita à palpação da fossa ilíaca esquerda. Palpação no cólon descendente desloca os gases para o cólon ascendente, atingindo o apêndice inflamado hipersensível, provocando dor.
• Sinal de Dunphy: dor na FID que piora com a tosse
+ comum, difícil de testar, referido pelo paciente.
- Sinal de Aaron: dor epigástrica referida à palpação do ponto de McBurney - fibras mesentéricas superiores
- Sinal de Kallas - punho percurssão do calcâneo à direita. Refere dor FID. “pisar no chão com força” “Pular” - crianças
Exames Laboratoriais
Exames Laboratoriais
• Hemograma
o Leucocitose – 11000 a 17000 mm3
processo infeccioso, aumento de células brancas gerais, número incerto, mas leucocitose importante. Acima de 20000 apêndice complicado
desvio à esquerda: fala sobre processo infeccioso avançado, com presença de células jovens no sangue (bastões, metamielócitos, mielócitos)
• Urina I
o Leucocitúria – moderada em 50% dos pacientes
o Hematúria
apêndice com localização pélvica, cursa com cistite.
• PCR
aumentado na perfuração
processos inflamatórios e infecciosos - proteína C reativa
• BetaHCG
o Gravidez tubária rota
diagnóstico diferencial
• Amilase
excluir outras causas
sofrimento de alça, isquemia, pancreatite
Escore de alvarado
critérios
Não fala sobre a gravidade da apendicite, só sobre a presença
Migração da dor 1 anorexia 1 náuseas 1 defesa na FID 2 Descompressão brusca em FID 1 Febre > 37.2 1 Leucocitose 2 Desvio para a esquerda 1
Escore de alvarado
parâmetro
- Em pacientes com E.A de 1 a 4 : outro diagnóstico deve ser considerado
- Em pacientes com E.A de 5 a 7 : deve ser feita a tomografia computadorizada
- Em pacientes com E.A de 8 a 10 : apendicectomia deve ser realizada imediatamente sem maiores estudos